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Trabalho de pesquisa sobra a morfologia de nominalizacao das linguas bantus especifcamente Makua
Tipologia: Resumos
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Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância
Nome: Helena Francisco Bores Código : 708241352 Curso : Licenciatura em Ensino de Português Disciplina : Linguística Bantu Ano de Frequência : 2º ano, T: G Nampula, Abril de 2025
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Descrição dos objectivos
Metodologia adequada ao objecto do trabalho
Análise e discussão Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo
Exploração dos dados
Conclusão Contributos teóricos práticos
Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafoespaçament o entre linhas
Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas
Introdução As línguas Bantu faladas em Moçambique, pertencentes ao vasto filo das línguas Nigero- Congolesas, exibem uma morfologia nominal altamente elaborada e complexa, caracterizada por um sistema intrincado de classes nominais. Este fenômeno linguístico, amplamente difundido na família Bantu, manifesta-se de forma particularmente sofisticada no Macua, uma das línguas pre- dominantes no norte de Moçambique. O cerne deste sistema reside na categorização dos substantivos em classes distintas, cada uma delas associada a um par de prefixos nominais específicos - um para o singular e outro para o plural. Esses prefixos, concatenados aos radicais nominais, desempenham um papel crucial não apenas na marcação do número gramatical, mas também na codificação de noções semânticas mais abstractas, como a animacidade, a forma, a dimensão e outras propriedades inerentes aos referentes. Além disso, a concordância nominal, fenômeno intimamente ligado às classes nominais, permeia toda a gramática do Macua, impondo a realização de marcadores concordantes em diver- sos constituintes da sentença, como adjetivos, verbos, pronomes e outros modificadores. Esta intrincada rede de relações de concordância, altamente sensível à classe nominal do substantivo controlador, confere uma complexidade adicional à morfologia nominal desta língua. Objectivo Geral ë Analisar a Morfologia Nominal das Línguas Bantu de Moçambique Caso da Língua Macua Objectivos Específicos ë Conceituar a Classe Nominal nas Línguas Bantu sob ponto de vista de diferentes autores ë Discrever o Contexto Histórico da Lingua Macua (Emakhuwa) ë Identificar as Classes Nominais na Língua Macua (Emakhuwa)
Assim, a História da língua macua. É um testemunho da da resiliência cultural e da Adap- tabilidade Refletindo a rica área da herança, dando e valorização das línguas africanas dentro dos do cenário global.
2. Conceito de Classe Nominal nas Línguas Bantu As classes nominais codificam não apenas informações gramaticais, mas também semân- ticas, refletindo propriedades inerentes aos referentes, como animacidade, forma, dimensão e outras características salientes. Essa abordagem semântica oferece uma perspectiva complemen- tar à visão puramente gramatical. Segundo Ngunga, A., e Faquir, O. G. (2011). As classes nominais constituem um sistema de gênero gramatical no qual os substantivos são agrupados em categorias distintas, cada uma associada a um par de prefixos específicos para marcar o singular e o plural. Esses prefixos nomi- nais desempenham um papel fundamental na concordância com outros elementos da sentença, como adjeCtivos, verbos e pronomes. Explorando a língua Macua, pertencente ao grupo das línguas Bantu de Moçambique, é possível observar como diferentes realidades da cultura local se organizam dentro desse sistema de classes nominais. 2.1. Classes Nominais na Língua Macua (Emakhuwa) As classes nominais na língua Emakhuwa, uma das línguas Bantu faladas em Moçam- bique, desempenham um papel crucial na estruturação e organização do vocabulário. Estas classes são fundamentais para a compreensão da gramática e da semântica do Emakhuwa, uma vez que determinam como os substantivos se relacionam entre si e com outras partes da oração. Segundo Ngunga, A. (2004). A língua Emakhuwa possui um sistema complexo de classes nominais que não apenas categoriza os substantivos, mas também influencia a morfologia e a sintaxe da língua. Cada classe nominal é associada a um prefixo que indica características como gênero, número e, em muitos casos, a função semântica do substantivo no discurso. Essa organi- zação é crucial, pois permite a concordância dos elementos na oração, um aspecto distintivo das línguas Bantu.
Além disso, a análise das classes nominais no Emakhuwa revela não só a riqueza da lín- gua, mas também suas interações com outras línguas da mesma família, o que pode fornecer in- sights valiosos sobre a evolução linguística na região. A importância de estudar as classes nomi- nais se estende além da gramática, tocando em aspectos culturais e sociais dos falantes, já que a língua reflete e preserva aspectos da identidade e história do povo Macua. CLASSES NOMINAIS NA LÍNGUA MACUA (EMAKHUWA) Classe 1/2: Seres Humanos (Singular/Plural) Classe 3/4: Árvores, plantas, fenômenos naturais (Singular/Plural) ë Mu-/a- ë Muchu (pessoa) → Athu (pessoas) ë Muthiyana (mulher) → Athiyana (mu- lheres) ë Mulupale (adulto) → Alupale (adultos) ë Mwaana (criança) → Aana (crianças) ë Mulopwana (homem) → Alopwana (ho- mens) ë Mu-/mi- ë Muri (árvore) → Miri (árvores) ë Mwaako (montanha) → Myaako (monta- nhas) ë Muloko (rio) → Miloko (rios) ë Mukatthe (pão) → Mikatthe (pães) ë Muttottho (mangue) → Mittottho (man- gues) Classe 5/6: Frutas, partes do corpo, fenómenos naturais (Singular/Plural) Classe 7/8: Objectos, ferramentas, línguas (Singular/Plural) ë Ni-/ma- ë Nikhuva (osso) → Makhuva (ossos) ë Nrama (bochecha) → Marama (boche- chas) ë Niino (dente) → Maino (dentes) ë Niitho (olho) → Meetho (olhos) ë E-/i- ë Etthaya (panela) → Itthaya (panelas) ë Ephula (faca) → Iphula (facas) ë Emakhuwa (língua macua) → Imakhuwa (línguas macuas) ë Ekopo (copo) → Ikopo (copos) ë Ekaaro (carro) → Ikaaro (carros) Classe 9/10: Animais, objetos importados (Singular/Plural) Classe 11: Substantivos abstractos/alongados ë E-/i- ë Enupa (casa) → Inupa (casas) ë Etthoko (lar) → Itthoko (lares) ë Epuri (cabra) → Ipuri (cabras) ë Enyomba (animal) → Inyomba (ani- mais) ë Ekole (macaco) → Ikole (macacos) ë O- ë Okhala (vida) ë Olelo (hoje) ë Oratta (bondade) ë Vakhani (pouco) ë Waatta (muitos) ë Oratya (Jeito) Portanto, o estudo das classes nominais na língua Emakhuwa não é apenas uma questão de análise linguística, mas também uma janela para a compreensão mais profunda de uma cultura rica e diversificada.
ilumina suas particularidades gramaticais, mas também revela as narrativas culturais que a sus- tentam. Como ser indo, onde lugar de destaque no panorama linguístico de Moçambique. 3.1. Fonologia A fonologia da língua Macua, um membro do grupo bando revela uma estrutura sonora rica e complexa reflectindo tanto suas Origens históricas quanto às influências culturais ao longo do tempo, essa língua se caracteriza por um sistema que podem ser divididos em lugar de honra na China zás a divulgar em CO apresentam um padrão de qualidade que inclui os 5 vogais bási- cos ( a,e,i,o,u,) podem ser modificadas por um fenómeno conhecido como Harmónia Vocálica, em que a vogal de uma sílaba influencia as vogais adjacentes. Já as vogais nasais, que também são importantes na fonologia da Macua, surgem na presença de consoantes nasais, conferindo um carácter único a articulação e a ressonância das palavras. Ademais, a fonologia do macua se destaca pelo uso de um sistema silábico predominante- mente aberto, o que significa que a sílabas tende a terminar em vogar. Essas características favo- recem a fluidez da língua, permitindo que as palavras sejam proferidas com um ritmo melódico cadenciar a prosódia desempenha um papel significativo na construção de sentido, já que. A colocação do acento tónico pode variar de acordo com a morfologia e a síntese. Assim, a fono- logia da língua macua não apenas serve como uma base estrutural para a comunicação, mas tam- bém reflete a rica tapeçaria cultural de falantes e as nuances. A identidade linguística que a carac- teriza. 3.1.1. Morfologia A morfologia da língua macua é um aspecto essencial para compreender sua estrutura e funcionalidade, revelando a riqueza e complexidade características das línguas Bang. Em termos gerais, a morfologia é o estudo da formação das palavras e das suas partes constituintes constitu- tivas, incluindo raízes, afixos e flexões no contexto da língua macua, que pertence ao Grupo das línguas bando, observamos um sistema morfológico aglutinante. Onde os elementos morfológicos se aglutinam para criar significados mais complexos, Isto é especialmente visível da conjugação verbal e na formação de substantivos onde prefixos e sufixos desempenham um papel predominante. Primeiramente, os substantivos em magoa são frequentemente formados. A partir de raízes que podem ser precedidas por prefixos que indicam classes nominais, um fenómeno típico de línguas banto.
Além das classes nominais à língua macua, apresenta um sistema de concordância que se reflete na estrutura gramatical do discurso. Por exemplo, os adjectivos e verbos são obrigatoria- mente concordantes com o substantivo a que se refere tanto em género quanto ao número. Este fenómeno garante a coisa a coesão. E coerência textual, facilitando a interpretação da relações semânticas. Adicionalmente, as formas verbais em macua revela intrínseca rede de de morfemas que codificam informações como tempo, aspetos, modo a até o agente da acção. Os verbos po- dem ser elaborados a partir de raízes simples acrescidas de morfemas. Acho a expressa, não há SIS de significado, permitindo aos falantes de língua macua uma expressividade rica e sutil. 3.1.1.1. Mudanças Morfológicas A morfologia nominal da língua Macua, assim como em outras línguas Bantu, apresenta uma estrutura complexa e rica, caracterizada por um sistema de prefixos e raízes que se combi- nam para formar substantivos. A base da formação dos nomes se dá pela utilização de raízes que, ao serem precedidas por prefixos, criam categorias semânticas específicas que expressam variá- veis como número, gênero e classe. Neste contexto, os prefixos não apenas determinam a classificação do substantivo, mas também desempenham um papel fundamental na concordância nominal, que é uma das caracte- rísticas distintivas das línguas Bantu. Além disso, a língua Macua possui um sistema de classes nominais que categoriza os substantivos em grupos que compartilham determinadas propriedades morfológicas e semânticas. Cada classe nominal é identificada por um prefixo específico que modifica a raiz do substantivo, permitindo que a língua expresse conceitos variados e relacione os substantivos entre si. A estrutura de formação de palavras na língua Macua é, portanto, não apenas uma questão de combinação de sons, mas sim de uma lógica interna pautada nas relações de significado e con- cordância, reflectindo a riqueza cultural e a tradição lingüística de sua comunidade falante. 3.1.2. Sintaxe A sintaxe da língua Macua apresenta características que refletem sua estrutura própria e sua relação com outras línguas bantu. Um dos aspectos mais marcantes é a ordem básica das sen- tenças, que normalmente segue o padrão Sujeito-Verbo-Objeto (SVO), similar à ordem em mui- tas línguas africanas.
Conclusão A análise da morfologia nominal da língua Macua, uma das importantes línguas Bantu de Moçambique, revela características distintivas que contribuem para a riqueza cultural e linguística da região. Esta pesquisa evidenciou a complexidade das classes de substantivos, que são fundamentais para a estrutura gramatical da língua, permitindo uma classificação que vai além do simples gênero e número. A utilização de prefixos e sufixos, não apenas na formação de palavras, mas também na marcação de concordância entre os elementos da frase, ressalta a dinâmica morfológica presente na língua. O acordo nominal, que rege a relação entre substantivos e adjetivos, oferece aspectos que são cruciais para o entendimento da estrutura sintática. Além disso, a influência do português, como língua colonial e contemporânea, contribui para a variação e adaptação da língua Macua, trazendo novos desafios e oportunidades para a sua preservação e ensino. O estudo também apontou as implicações sociolinguísticas, que destacam a importância da língua Macua na identidade cultural dos falantes e na sua relação com a língua portuguesa. Com a crescente necessidade de documentação e análise linguística, torna-se evidente que a pesquisa sobre a morfologia da língua Macua não apenas enriquece o conhecimento acadêmico, mas também propõe reflexões sobre as práticas educacionais que buscam integrar essas línguas na vida cotidiana dos seus falantes. Em suma, a morfologia nominal da língua Macua é um campo fértil para novas investigações e, ao mesmo tempo, um testemunho da intersecção entre tradição e inovação linguística, evidenciando que, apesar dos desafios, existem perspectivas promissoras para o futuro da língua e dos seus falantes.
Bibliografia Ngunga, A., & Faquir, O. G. (2011). Padronização da ortografia de línguas moçambicanas: Relatório do 3° seminário. Maputo: CEA. Petzell, M. (2012). O sermão de python sub-descrito: Corpus, abóbada e cânone na oratura de Moçambique. Journal of Semitic Studies, 57(1), 157-179. https://doi.org/10.1093/jss/fgr Sitoe, B., & Ngunga, A. (2000). Relatório do II seminário sobre a padronização da ortografia de línguas moçambicanas. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane. Firmino, G. (2002). A "questão linguística" na África pós-colonial: O caso do português e das línguas autóctones em Moçambique. Maputo: Promédia. Katupha, J. M. (1983). Um estudo preliminar da sintaxe de sintagmas nominais na língua emakhuwa. Dissertação de Mestrado, Universidade de Londres, Londres, Reino Unido. Ngunga, A. (2004). Introdução à linguística bantu. Maputo: Imprensa Universitária. Petzell, M. (2008). O dialeto Kagayama de Angoche. Tese de Doutorado, Universidade de Gothenburg, Gothenburg, Suécia. Sitoe, B. (1996). Dicionário língua portuguesa - língua makhuwa. Maputo: Núcleo Editorial da Universidade Eduardo Mondlane. Kisseberth, C. W., & Odden, D. (2003). Tom. Em D. Nurse & G. Philippson (Eds.), As línguas bantu (pp. 59-70). Londres: Routledge. Liphola, M. M. (2001). Aspectos da fonologia e morfologia do Shimakonde. Tese de Doutorado, Ohio State University, Columbus, OH. Ngunga, A., & Simbine, V. (2012). Gramática descritiva da língua changana. Maputo: CEA. Nurse, D., & Philippson, G. (Eds.). (2003). As línguas bantu. Londres: Routledge. Petzell, M. (2015). Um esboço da sintaxe Kagayama. Language Sciences, 51, 222-237. https://doi.org/10.1016/j.langsci.2015.03. Schadeberg, T. C., & Mucanheia, F. U. (2000). Ekakhutsembo: Dicionário iekaholomo- português. Maputo: Núcleo Editorial da Universidade Eduardo Mondlane.