

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
RESUMO: O presente texto é parte de uma reflexão acerca da moral, da ética e do preconceito realizada no grupo de pesquisas e estudos em Ética em Pesquisa ...
Tipologia: Notas de aula
1 / 3
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Moral, Ética e Preconceito
RESUMO: O presente texto é parte de uma reflexão acerca da moral, da ética e do preconceito realizada no grupo de pesquisas e estudos em Ética em Pesquisa do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina. Entendemos a Ética numa perspectiva histórico-crítica. Para tal reflexão nos baseamos nas reflexões de Agnes Heller acerca da vida cotidiana (textos do tempo em que esta autora ainda escrevia numa perspectiva marxista) e nos estudos sobre os fundamentos ontológicos da ética no Serviço Social da autora Maria Lúcia Barroco. Partimos do pressuposto que a ética tem uma construção histórica a partir da construção do ser social. O preconceito surge no âmbito da vida cotidiana que tende a alienação. Mas é na própria vida cotidiana que se pode buscar reflexões para a superação do preconceito.
Palavras-chave: Moral; Ética; Preconceito.
ABSTRACT: The present text is part of a reflection on morality, ethics and prejudice carried out in the group of researches and studies in Ethics in Research of the Course of Social Service of the State University of Londrina. We understand Ethics from a historical-critical perspective. For this reflection we base ourselves on Agnes Heller's reflections on everyday life (texts from the time when this author was still writing in a Marxist perspective) and on the studies on the ontological foundations of ethics in the Social Service of the author Maria Lúcia Barroco. We start from the assumption that the ethics has a historical construction from the construction of the social being. Prejudice arises within the scope of everyday life that tends to alienate. But it is in the daily life itself that one can seek reflections for overcoming prejudice
Keywords: Moral; Ethics; Preconception.
A liberdade que possibilita a auto capacidade do indivíduo perante os seus valores construídos, e das normas que o modo de produção capacita para o seu desenvolvimento (liberdade entendida como escolha entre alternativas concretas). A potencialidade do ser humano genérico de se emancipar de processos alienadores, tendo como pratica o conhecimento e buscando sua autoconstrução humana que se pode partir para a ética na atualidade.
Com o processo de sociabilidade humana, tende-se a necessidade de estabelecer normas e deveres buscando uma sociabilização e convivência social, que através deste processo se tem a origem da moral, que com este processo de sociabilização do individual começa a se reproduzir hábitos e valores que são socialmente construídos e historicamente passado pelas sociedades e seus modos de produção.
O ser social como capaz de se auto legislar, cria valores e a escolhas entre eles. O indivíduo se torna responsável pelos seus atos, amplia sua consciência, estabelece vínculos sociais, busca uma autonomia.
O desenvolvimento da moral e ética usado como base para se julgar os indivíduos, se estão ou não socializados, a moral possui função de integração, função entre os indivíduos e a sociedade, para que os indivíduos obedeçam de acordo com as normas e os valores que são socialmente determinados. Sendo um ato de base ao qual media ações, valores e deveres. Quando não se cumpre uma norma ou vai de confronto a uma regra moral, o indivíduo se sente moralmente culpado pois a construção social e histórica em cima destas normas e regras faz com que o autojulgamento o envergonhe e o culpabilize, ao mesmo fato quando se a inversão deste, quando se cumprimento de uma regra, norma se tenha o sentimento de "orgulho", "prazer".
No estágio da sociedade capitalista, a moral é permeada por interesses de classe e pela (re)produção das relações sociais vigentes. Isto acontece devido às normas estabelecidas e à subordinação das necessidades, os desejos particulares e às exigências sociais ditadas pela sociedade burguesa. Nestas condições, as escolhas são ditadas por normas estabelecidas por “determinantes ideológicos coercitivos” e nem sempre propiciam liberdade. Entendendo a liberdade em Marx como escolha entre alternativas concretas.
Na vida cotidiana, o homem repete valores de maneira acrítica e tende a generalizar estes valores. Neste caminho, a vida cotidiana expressa moralismo e preconceitos, pautados em estereótipos, numa análise imediata, permeada pelo meio onde vive o indivíduo e pelo momento histórico de cada sociedade.
Na vida cotidiana a ultrageneralização é necessária e pode ser modificada, não se ternando necessariamente preconceito. Mas a partir do momento que a ultrageneralização não é refutada teórica e praticamente, os fenômenos se fundamentam como preconceitos. Mas é na vida cotidiana que os preconceitos podem ser superados por uma análise teórica e prática da realidade.
O preconceito pode levar a sentimento de ódio dirigido, não somente à valores que não se concorda, como à pessoas que são diferentes daquilo que se concorda como verdadeiro. Por isso a necessidade de refletir no próprio cotidiano a respeito de pensamentos preconceituosos.
Mas o pensamento cotidiano é ultrageneralizador e fixado na experiência. A vida cotidiana parte de experiências imediatas e estas experiências se tornam critério de verdade de caráter rígido e com pouca reflexão a respeito dos fatos. Os valores construídos na vida cotidiana que se tornam critério de verdade, tomam um caráter de fé, ou seja, se tornam dogmas que não devem ser questionados. Muitas vezes estes dogmas atendem a interesses que podem ser, inclusive, de determinada classe social. O preconceito funciona como uma “reprodução do conformismo”, impedindo os indivíduos a terem atitude crítica diante dos conflitos cotidianos. Podem funcionar como discriminação, gerando uma repulsa aquilo que não se enquadra nos padrões e comportamentos criados pela sociedade que o cerca e que são considerados como corretos.
Independente do conteúdo do preconceito, ele acontece sempre na vida cotidiana. O preconceito pode permear situações de conflitos que exigem juízo de valor que acontece na vida cotidiana. Segundo a autora a moral está presente como mediação na vida cotidiana e o preconceito pode se transformar em moralismo. Isto ocorre quando as atividades são julgadas imediatamente na vida cotidiana, permeadas pela moral, sem uma reflexão mais aprofundada da realidade e sem pensar em superação daquilo que já é dado no cotidiano.
Sempre lembrando que a vida cotidiana tende à alienação, o moralismo é uma forma de alienação moral, pois não considera o potencial de consciência crítica da vida cotidiana. A