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Monografia (JEAN), Notas de estudo de Enfermagem

Ocorencia no municipio de Itamaraju-ba nos últimos cinco anos

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 12/03/2013

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1INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que vem afetando a população de
forma crescente, tornando-se um sério problema de Saúde Pública. Trata-se de uma
patologia que não escolhe idade, sexo, raça, classe social e se faz presente em
todas as partes do mundo.
Apesar das dificuldades em decorrência da complexidade da doença em si
e seu controle/tratamento, alguns programas são implementados com a finalidade de
propor atividades de caráter individual e ou coletivo, voltados para a promoção da
saúde bem como prevenção da ocorrência, por meio do fornecimento de ações
educacionais.
A orientação eficaz quanto ao controle, dicas de prevenção, faz-se
necessária para se obter sucesso no combate de vários agravos em decorrência do
diabetes. Como parte desse programa educativo para a melhoria da qualidade de
vida, podemos citar o antitabagismo, a moderação ou eliminação do consumo de
bebidas alcoólicas, mudança dos hábitos alimentares, participação ativa na prática
de atividades físicas, uso correto das medicações e a realização periódica de
exames laboratoriais (BRASIL, 2006).
O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um serio problema de saúde pública
no Brasil e no mundo, em função, tanto do crescente número de pessoas atingidas
quanto pela complexidade que constitui o processo de viver com essa doença. As
prospecções apontam que cerca de 8% da população brasileira tem o diagnostico de
diabetes, sendo que destas, poucas tem acesso ao tratamento ideal para o controle
do DM, o que implica em poucas possibilidades de controle das complicações dessa
doença, especialmente as crônicas (FRANCIONI SILVA, 2007).
O DM é uma patologia em exceção, uma vez que o ritmo de vida vem
impedindo que as pessoas mantenham padrões de vida saudáveis, priorizando uma
dieta adequada hipocalórica, atividades físicas regulares, exames periódicos e
evidente que o estado vem aumentando o elenco terapêutico seja ele
medicamentoso comportamental e ou nutricional, mas também é claro que falha no
tocante a prevenção e promoção desta co-morbidade, com esse intuito este trabalho
vem esclarecer esta patologia, evidenciando sua ocorrência nos últimos cinco anos.
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1 INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que vem afetando a população de forma crescente, tornando-se um sério problema de Saúde Pública. Trata-se de uma patologia que não escolhe idade, sexo, raça, classe social e se faz presente em todas as partes do mundo. Apesar das dificuldades em decorrência da complexidade da doença em si e seu controle/tratamento, alguns programas são implementados com a finalidade de propor atividades de caráter individual e ou coletivo, voltados para a promoção da saúde bem como prevenção da ocorrência, por meio do fornecimento de ações educacionais. A orientação eficaz quanto ao controle, dicas de prevenção, faz-se necessária para se obter sucesso no combate de vários agravos em decorrência do diabetes. Como parte desse programa educativo para a melhoria da qualidade de vida, podemos citar o antitabagismo, a moderação ou eliminação do consumo de bebidas alcoólicas, mudança dos hábitos alimentares, participação ativa na prática de atividades físicas, uso correto das medicações e a realização periódica de exames laboratoriais (BRASIL, 2006). O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um serio problema de saúde pública no Brasil e no mundo, em função, tanto do crescente número de pessoas atingidas quanto pela complexidade que constitui o processo de viver com essa doença. As prospecções apontam que cerca de 8% da população brasileira tem o diagnostico de diabetes, sendo que destas, poucas tem acesso ao tratamento ideal para o controle do DM, o que implica em poucas possibilidades de controle das complicações dessa doença, especialmente as crônicas (FRANCIONI SILVA, 2007). O DM é uma patologia em exceção, uma vez que o ritmo de vida vem impedindo que as pessoas mantenham padrões de vida saudáveis, priorizando uma dieta adequada hipocalórica, atividades físicas regulares, exames periódicos e evidente que o estado vem aumentando o elenco terapêutico seja ele medicamentoso comportamental e ou nutricional, mas também é claro que falha no tocante a prevenção e promoção desta co-morbidade, com esse intuito este trabalho vem esclarecer esta patologia, evidenciando sua ocorrência nos últimos cinco anos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo foi contextualizado dentro das características cientificas da pesquisa documental. Sendo apresentados através de livros, artigos científicos, revistas, dissertações, teses, impressos ou disponíveis nas bibliotecas virtuais brasileiras. Sua natureza será descritiva dentro da temática: DIABETES MELLITUS: OCORRÊNCIA NO MUNICIPIO DE ITAMARAJU-BA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.

2.1 LOCAL DA PESQUISA

Central de Processamento de Dados da Associação de Diabéticos de Itamaraju-Ba, localizado, na Avenida Brasil, número 728 centro.

2.2 TIPOS DE PESQUISA

2.2.1. Documental

Para Gil, (2002) a pesquisa documental assemelha-se muito a pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. O desenvolvimento da pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica. Apenas cabe considerar que, enquanto na pesquisa bibliográfica as fontes são constituídas sobre tudo por material impresso localizado nas bibliotecas, na pesquisa documental, as fontes são muito mais diversificadas e dispersas (GIL, 2002).

2.2.2. Bibliográfica

Para Lakatos (2011), pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar

diversas complicações como disfunções e insuficiência em múltiplos órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos, podendo ser ocasionado em decorrência do defeito na secreção e/ou ação da insulina nos processos patológicos específicos, a lembrar, a destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência direta da ação da insulina, disfunção da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006, p.9). Segundo Batista et al (2005), o diabetes está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de desenvolvimento de complicações micro e macro- vasculares, como também de neuropatias. Pode resultar em cegueiras, insuficiência renal e amputações de membros, sendo responsável por gastos excessivos em saúde e substancial redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida.

3.1.1 Origem da Doença

Segundo historiadores, a primeira descrição sobre a doença Diabetes Mellitus já constava no ano 1500 aC no Papiro de Ebers, e, o nome da patologia deve-se a Arataeus existente no período de 30 a 90 aC (OLIVEIRA, 2008).

A palavra Diabetes Mellitus (DM) tem sua origem advinda do latim e do grego, onde quer dizer - líquido que passa direto por um sifão, e a palavra Mellitus - mel, por isso, traduz-se ao fato do portador “urinar muito e doce”. Se tornando atualmente uma patologia de grande relevância para a vida das pessoas, e da sociedade, traduzindo-se em um grande problema de saúde pública no mundo, isso em conseqüência tanto dos crescentes índices de pessoas portadoras, quanto pela complexidade correlata ao processo de adaptação com a patologia (FRANCIONI et al 2007).

3.2 EPIDEMIOLOGIA

3.2.1 Diabetes Mellitus no Mundo

O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), permanece um grave problema de saúde pública afetando, aproximadamente, 173 milhões de indivíduos em todo o mundo. Esse agravo se caracteriza como uma doença crônica, devido à falta de insulina ou à incapacidade da insulina para exercer adequadamente seus efeitos, sendo mais comum em indivíduos com excesso de peso. Estima-se que, para o ano de 2030, em

todo o mundo, existirá uma população de 300 milhões de pessoas sofrendo de diabetes, e que essa doença seja uma das principais causas de morte (SOUSA, 2012). Por outro lado, as complicações das doenças resultantes do diagnóstico tardio, e a não adesão eficaz ao tratamento, podem demandar no aumento dos custos públicos na esfera hospitalar devido à elevação dos casos de internações (BRASIL, 2002). Segundo Mathias e Jorge 2004 apud Nascimento 2007, no Brasil, foram conduzidos um censo entre 1986 e 1988 em nove capitais em uma amostra da população adulta de 30 a 69 anos de idade. A média geral da prevalência do DM para essa área foi de 7,6%, variando de 2,7% para a população de 30 a 39 anos, até 17,4% para a população de 60 a 69 anos, sendo de se anotar que 46% dos entrevistados não sabiam que eram diabéticos. Uma epidemia de diabetes Mellitus (DM) está em curso. Em 1985 estimativa- se que existissem 30 milhões de adultos com DM no mundo; esse número cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 173 milhões no ano 2030. Cerca de dois terços desses indivíduos com DM vivem nos países em desenvolvimento, onde a epidemia tem maior intensidade, com crescente proporção de pessoas afetadas em grupos etários mais jovens comparando a população atual brasileira que está próximo dos 200 milhões de habitantes (BRASIL, 2006).

De acordo com Varella, (2012) a diabetes virou epidemia mundial, se espalhando à medida que os países enriquecem, a população fica sedentária e o consumo diário de calorias aumenta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que existam 350 milhões de pessoas nessa condição, o dobro das que havia em 1980. Na China, há 90 milhões de casos; na Índia, 61,3 milhões; nos Estados Unidos, 25,8 milhões; no México, 10,3 milhões. Em 2010, o censo do IBGE encontrou no Brasil cerca de 12 milhões.

3.2.2 Epidemiologia do Diabetes Mellitus no Brasil

Alguns estudos estimam que no Brasil existam por volta de 10 milhões de pessoas portadoras da referida patologia, sendo que destes, aproximadamente um milhão estão incluídos crianças e jovens, se tornando assim, um fato de grande preocupação para a comunidade científica tanto do Brasil como em outras regiões e países do mundo. Outro fato interessante é que metade dos diabéticos não tem conhecimento que são portadores da doença, e estes, em grande parte das vezes só

Diabetes de 1988, no qual a prevalência nessa mesma faixa etária foi de 7,6% sugerindo que o DM deve estar se tornando mais prevalente, pelo menos na população adulta residente neste estado. Para uma estimativa mais atualizada da prevalência do DM numa determinada população, como num município, por exemplo, deve-se levar em consideração a prevalência média do DM em 3 faixas etárias: abaixo de 30 anos, entre 30 e 69 anos e com 70 anos ou mais, aplicando esses índices de prevalência as respectivas populações de cada faixa etária, conforme o último censo populacional do IBGE. Com esta metodologia de cálculo, utilizando-se a prevalência do estado de Ribeirão Preto (12,1%) ao invés da prevalência do Censo Nacional de Diabetes (7,6%) para a faixa etária de 30 a 69 anos, o número estimado de portadores de DM no Brasil é de aproximadamente 10, milhões, conforme mostra o (QUADRO l).

QUADRO. lEstimativa da população diabética em 2006 – prevalências de 12%.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011).

No Brasil ainda, baseado em estudos regionais de prevalência de diabetes tipo 2 e atualizando os dados para o Censo IBGE 2010, a Sociedade Brasileira de Diabetes considera que 12.054.824 é o número estimado de diabéticos. (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2011). Para Brasil (2006) no final dos anos 1980, a prevalência de DM na população adulta foi estimada em 7,6% dados mais recentes apontam para taxas mais elevadas, como 12,1% no estado de Ribeirão Preto, SP. Em 2005 foram diagnosticados em torno de 8 milhões de indivíduos com DM no Brasil. O número de indivíduos diabéticos está aumentando devido ao crescimento e ao envelhecimento populacional, a maior urbanização, a crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como a maior sobrevida do paciente com DM. Quantificar a prevalência de DM e o número de pessoas diabéticas, no presente e no futuro, e importante para permitir uma forma racional de planejamento e alocação de recursos. Foram colhidos os dados de pacientes portadores de Diabetes Mellitus diagnosticados em Itamaraju-Ba nos últimos cinco anos entre 2008 a 2012 sendo que os resultados foram (QUADRO l).

QUADRO Il. Prevalência de pacientes portadores de DM diagnosticados em Itamaraju-Ba nos últimos cinco anos. Ano Quantidade de casos 2008 2. 2009 3. 2010 3. 2011 4. 2012 Aproximadamente 5. Fonte: Associação de Diabéticos de Itamaraju-Ba, ano 2012.

Os resultados acima mostram um aumento exorbitante, no diagnóstico de pacientes com DM; Com uma estimativa, de crescimento apresentando uma média de prevalência de 600 á 700 casos por ano. A Associação de Diabéticos de Itamaraju-Ba, (2012) ressalva ainda que em cada bairro do município existem no mínimo três pacientes com amputações de membros, como conseqüência da patologia em questão.

3.3 CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS

Diversos estudos referem que existem diversos tipos de diabetes, porém, a Organização Mundial de Saúde, aponta que os tipos mais comuns na sociedade estão alocados em dois grupos mais comuns, o diabetes dependente de insulina (IDDM ou Tipo 1), e o não insulino-dependente (NIDDM ou Tipo 2), sendo que em ambos os tipos podem ocorrer distúrbios e ou complicações tardias, para tanto, faz-se de extrema relevância implementar um rigoroso controle dos níveis de glicemia, para assim poder retardar e ou diminuir o avanço dos níveis da glicose na corrente sanguínea (BRASIL, 2002). Por outro lado, Brasil (2002), afirma que, a literatura refere que devido à existência de diversos tipos de Diabetes Mellitus, estes diferem quanto à causa, evolução clinica e ou ainda metodologia de tratamento. As principais classificações do diabetes são: Diabetes do Tipo 1 (referido como diabetes Mellitus insulino- dependente), Diabetes do Tipo 2 (referido como diabetes Mellitus não insulino- dependente) e ainda o Diabetes Gestacional, sendo este uma modalidade da doença que atinge mulheres no período gestacional. O Diabetes Mellitus Tipo 2 é uma síndrome heterogênea resultante do defeito nos sistemas de secreção e ou na ação da insulina, provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a

e adolescentes. Aproximadamente 80% a 90% dos pacientes com DM Tipo 2 têm também a síndrome metabólica, caracterizado por um aglomerados de fatores que implica risco cardiovascular elevado( dislipidemia, obesidade abdominal, resistência insulínica, tolerância alterada á glicose ou diabetes e hipertensão. Os fatores de riscos mais relevantes para desenvolvimento do diabetes Tipo 2 é a obesidade. (sobretudo o tipo androide, com distribuição predominantemente abdominal da gordura) é o mais importante. Entre outros fatores importantes se incluem o sedentarismo, historia familiar de DM Tipo 2, idade > 40 anos, síndrome dos ovários policísticos e prévio diabetes gestacional. Tabagismo também implica risco aumentando para o DM Tipo 2, o inverso acontecendo em relação ao DM Tipo 1 e ao LADA. Foi também sugerido que o consumo crônico de café diminui o risco para o DM Tipo 2. Criança que nascem pequenas para a idade gestacional tem risco aumentando de desenvolver, na vida adulta, síndrome metabólica e DM Tipo 2 (FORTI et al, 2006).

3.4 FISIOLOGIA DA DOENÇA

Conforme abordou Brunner e Suddarth (2009) a insulina é secretada por células beta, as quais constituem um dos quatro tipos de células nas ilhotas de Langerhans no pâncreas. A insulina é um hormônio anabólico ou de armazenamento. Quando uma pessoa ingere uma refeição, a secreção de insulina aumenta e movimenta a glicose do sangue para o músculo, fígado e células adiposas. Nas células beta, segundo Brunner e Suddarth (2009), a insulina:

Transporta e metaboliza a glicose para energia; Estimula o armazenamento de glicose no fígado e músculo (na forma de glicogênio); Sinaliza ao fígado para interromper a liberação de glicose; Estimula o armazenamento de lipídeos da dieta no tecido adiposo; Acelera o transporte de aminoácidos (derivados da proteína nutricional) para as células; Brunner e Suddarth (2009) afirmam que “A insulina também bloqueia a clivagem da glicose, proteína e lipídeos armazenados. Durante os períodos de jejum (entre as refeições e durante a noite), O pâncreas libera ininterruptamente uma pequena quantidade de insulina (insulina basal); Outro hormônio pancreático, chamado de glucagon (secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans), é liberado quando os níveis de glicose no sangue diminuem e estimulam o fígado a liberar a glicose armazenada. Em conjunto a insulina e o glucagon mantêm um nível constante de glicose no sangue ao estimularem a liberação de glicose pelo fígado”. Inicialmente, o fígado produz glicose através da clivagem do glicogênio

(glicogenolise). Depois de 8 a 12 horas sem alimento, o fígado forma glicose a partir da clivagem de substâncias diferentes dos carboidratos, incluindo aminoácidos gliconeogênese (Brunner e Suddarth, 2009).

3.5. SINAIS E SINTOMAS

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, (2012) pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:

Polidipsia Muita sede; Poliúria Vontade de urinar diversas vezes; Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual); Fome exagerada; Visão embaçada; Infecções repetidas na pele ou mucosas; Machucados que demoram a cicatrizar; Fadiga (cansaço inexplicável); Dores nas pernas por causa da má circulação.

Em alguns casos não há sintomas. Isto ocorre com maior freqüência no diabetes Tipo 2. Neste caso, a pessoa pode passar muitos meses, às vezes anos, para descobrir a doença. Os sintomas muitas vezes são vagos, como formigamento nas mãos e pés. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais de 40 anos de idade.

3.6 DIAGNÓSTICO

Os sintomas clássicos do DM (poliúria, polidipsia e polifagia, associados á perda ponderal) são bem mais característicos do diabetes Tipo 1, no qual estão quase sempre presentes. A presença de obesidade não exclui, contudo, o diagnostico. No diabetes Tipo 2, cerca de 50% dos pacientes desconhecem ter a doença por serem assintomáticos ou oligossintomaticos, apresentando mais comumente sintomas inespecíficos, como tonturas, dificuldade visual, astenia e/ou cãibras. Vulvovaginite de repetição e disfunção erétil podem ser também, os sintomas iniciais. Cerca de 80% dos pacientes tem excesso de peso (FORTI, 2006). De acordo com os critérios estabelecidos pela OMS antes de 1997, o diagnóstico de diabetes era feito quando a glicemia colhida pela manhã, em jejum, estivesse igual ou acima de 140 mg/dL. Ou quando a glicemia igualava ou ultrapassava 200 mg/mL, duas horas depois da administração de75 gramasde glicose por via oral.Em 1997, o limiar em jejum foi reduzido para 126 mg/mL, medida tomada porque acima desse nível os vasos da retina já são afetados. O diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste em outro dia. São considerados

monitoração, terapia farmacológica e educação.

3.7.1 Hiperdia

O Hiperdia é um sistema de cadastramento de hipertensos e diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus, em todas as unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, gerando informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde.

Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo em que, a médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o consequente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social (BRASIL, 2012).

3.7.2 Farmacológico

Os objetivos básicos do tratamento dos pacientes com DMT2 não diferem daqueles do DMT1: controle metabólico com a esperança de se promover a saúde e aumentar a expectativa de vida. Em contraste com o DMT1, a insulina não é componente obrigatório da terapia do DMT2, embora após vários anos de doença ela se torne necessária. Entre os diabéticos tipo 2 há um largo espectro clínico de: disfunção das células ß, índice de massa corporal e resistência à insulina que requer uma escolha cuidadosa das várias opções terapêuticas. Os pacientes com DMT sendo mais velhos têm com maior freqüência associação com outros problemas clínicos, tais como: hipertensão arterial, dislipidemia e osteoporose, que precisam ser tratados concomitantemente (BOTUCATU, 2012). Atualmente, existem cinco classes distintas de agentes orais, redutores da glicose sanguínea, disponíveis comercialmente no Brasil comparada com placebo, diminuem consistentemente os níveis de Hba1c entre 1% e 2%, sendo a eficácia equivalente quando comparadas umas as outras. A escolha deve levar em consideração aspectos individuais do paciente, como idade, peso, níveis da glicose sanguínea (jejum e pós-prandial) e aspectos clínicos indicativos de resistência ou

deficiência insulínica como mecanismo fisiopatológico predominante. Somente as sulfanilureias, metformina e acarbose mostram-se efetivas na redução das complicações vasculares ao longo do tempo, sugerindo que essas drogas devem ser consideradas como drogas de primeira escolha para iniciar o tratamento medicamentoso de pacientes com diabetes Tipo 2 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, 2004).

3.7.3 Não farmacológico

3.7.3.1 Nutricional

O valor calórico total (VCT) da Terapia Medica Nutricional (TMN) deve ser apropriado para permitir estado nutricional, crescimento e desenvolvimento adequados. A ingestão alimentar diária deve ser feita em 3 refeições principais: café da manhã com 20% VCT, almoço com 20% VCT e jantar com 30% VCT, e preferencialmente 3 refeições complementares: meio da manhã e da tarde e antes de se deitar, com 10% VCT cada uma ou com 5, 10 e 15% VCT, respectivamente. Cada uma das refeições principais devem conter os 3 micronutrientes: carboidratos, gordura e proteínas nas proporções recomendadas para a população em geral, além dos micronutrientes (minerais), vitaminas e fibras (cerca de 20 a 30 g/d). A atividade física é desejada por seus vários efeitos benéficos, principalmente em relação ao sistema cardiovascular, mas deve ser regular, pois há consumo de glicose pelo músculo em exercício independentemente da insulina, devendo fazer parte do plano terapêutico. O alvo mínimo é de 150 minutos/semana (30 min/5 d ou 50 min/3 d, semanalmente) (BOTUCATU, 2012).

3.7.3.2 Comportamental

A prática regular de exercício físico é indicada a todos os pacientes com diabetes, pois melhora o controle metabólico, reduz a necessidade de hipoglicemiantes, ajuda a promover o emagrecimento nos pacientes obesos, diminui os riscos de doença cardiovascular e melhora a qualidade de vida. O aumento epidêmico do diabete Tipo 2 no mundo está associado à diminuição da atividade física e ao aumento da prevalência de obesidade. Assim, a promoção do exercício físico e considerada prioritária tanto para o manejo como para a prevenção do

individuo com diabetes deve ser dedicada à prevenção, identificação e manejo destas complicações.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo as literaturas pesquisadas observa-se que a Diabetes Mellitus está atingindo números preocupantes em todo o mundo e, quando não tratada adequadamente, pode causar complicações que levam a diminuição da qualidade de vida. Em Itamaraju-ba os números vêm crescendo a cada ano que passa de 2008 a 2012 segundo a Associação de Diabéticos de Itamaraju-ba são diagnosticados cerca de 600 a 700 casos de portadores de diabetes Mellitus. No Brasil, estima-se haver mais de 12 milhões de portadores de diabetes. O diabetes é uma doença crônica e ainda não tem cura, mas pode ser bem controlado, evitando complicações que minam a qualidade de vida dos pacientes ou mesmo abreviam sua vida. A grande maioria dos casos de diabetes, corresponde à Diabetes Mellitus tipo 2, a qual é considerada atualmente um problema de saúde pública mundial. O diabetes mellitus oferece boas possibilidades de controle, porém, se não for bem controlado, acaba produzindo lesões potencialmente fatais, como: infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, ulceras nas pernas e até amputações de membros. Por outro lado, quando bem monitorada, as complicações crônicas podem ser evitadas e o paciente diabético pode ter uma qualidade de vida normal. Além do tratamento medicamentoso, é importante ressaltar que a prevenção e tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 2 esta associado a

mudanças no estilo de vida, principalmente relacionados à dieta e à prática de exercícios físicos.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO DE DIABÉTICOS DE ITAMARAJU. Diabetes Mellitus. CNPJ: 12.679.652/0001-83; Itamaraju/Ba, 2012.

BATISTA, M. C. R. et al. Avaliação dos resultados da atenção multiprofissional sobre o controle glicêmico, perfil lipídico e estado nutricional de diabéticos atendidos em nível primário. Rev. Nutr. V. 18 n. 2 Campinas, mar.\abr. 2005.

BOTUCATU, F, M. Diabetes Mellitus Tratamento. Escola Médica Virtual. Disponível em:URL:http://www.emv.fmb.unesp.br/aulas_on_line/Endocrinologia/ diabetes_mellitus/trat_diabetes.asp, Acesso em: 19 de Novembro. 2012.

BRASIL, Caderno de Atenção Básica: Diabetes Melittus. Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica. Brasília-DF: Ministério da Saúde, n, 16,

BRASIL, Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Melittus. Secretaria de Políticas de Saúde/Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília-DF: Ministério da Saúde, n, 59, 2002.

BRASIL, Sociedade Brasileira de Diabetes. Tratamento e acompanhamento do Diabetes Mellitus; Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus. Caderno de Atenção Básica – n°

16. Brasília – DF, 2006.

BRASIL. Hiperdia. Disponível em: URL: http:// portal.saúde. gov.br/se/ DATASUS/ área. Cfm? id área=807. Acesso em: 21 nov. 2012.

BRUNNER, L.S; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 11º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

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