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Uma pesquisa sobre a utilização de resíduos de construção civil na produção de tijolos ecológicos. A pesquisa inclui testes de resistência à compressão e análises da qualidade do solo e do resíduo utilizado. O documento também discute os desafios e benefícios da reciclagem de resíduos de construção civil e a importância de seguir as exigências da nbr 8491/2012.
Tipologia: Exercícios
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Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Civil das Faculdades Integradas de Caratinga, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Área de Concentração: Engenharia e Sustentabilidade. Prof.(a) Orientadora: M.Sc. Bárbara Dutra da Silva Luz CARATINGA – MG 2017
Dedicamos esta pesquisa às nossas famílias, que nos deram suporte e incentivo para que isto se concretizasse.
Agradecemos a Deus, Pai fiel e amoroso; Às nossas famílias, por sempre nos apoiarem. Aos colegas de turma, por partilhar todas as experiências; À nossa orientadora Bárbara Dutra, pela paciência; Aos demais mestres, pelo aprendizado.
A pesquisa aqui descrita trata da realização de testes de resistência à compressão em tijolos ecológicos à base de resíduos de construção civil. Sabe- se que a construção civil deve utilizar meios mais eficientes de produção e de manutenção dos empreendimentos. O tijolo ecológico é uma alternativa viável para as construções, pois utiliza meios não poluentes, não passando pelo processo de queima na sua fabricação. Outro meio de tornar o tijolo ecológico ainda mais eficiente é agregar resíduos de construção no seu traço. Foi realizada uma pesquisa com fabricação de tijolos ecológicos utilizando resíduos de construção civil em porcentagens de 10%, 20% e 50%. As amostras com prazo de cura de 07 e 14 dias foram submetidas ao teste de resistência á compressão, onde foi encontrado que as amostras com 50% de resíduos em seu traço apresentou resultados de acordo com a NBR 8491/2012, alcançando a resistência de 2 Mpa. Palavras-chave: Resíduos, tijolo ecológico, viabilidade.
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1. INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização O cenário econômico atual tem favorecido o crescimento da construção civil no Brasil e no mundo. Aliado a este crescimento está o aumento significativo da geração de resíduos oriundos de demolição e construção civil, tornando-se um problema não somente ambiental, mas também social e econômico (CBIC, 2011). Diante disso, é necessário estabelecer um planejamento para reaproveitamento dos resíduos oriundos de construção e demolição como forma de reduzir a quantidade de descarte destes no meio ambiente e uma forma de diminuir custos em determinadas áreas de construção. A construção civil mostra-se como sendo o setor responsável pela parcela predominante da massa total dos resíduos sólidos urbanos bem como pelo consumo do maior volume de recursos naturais do mundo. Em nosso país, são gerados, em média, 0,52 tonelada de resíduos de construção civil (RCC) por habitante anualmente ou 150 kg por m^2 construído (para obras novas), o que representa de 54% a 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos (PINTO, 1998) Os resíduos de construção que não são reaproveitados têm dois destinos conhecidos: um é o descarte irregular realizado pelo proprietário da obra ou por um terceiro contratado; e o descarte em áreas regulares e autorizadas por empresas que realizam o serviço de coleta dos resíduos mediante pagamento. Considera-se que nenhum dos dois destinos supracitados é o ideal para os resíduos de construção. Para que haja uma redução do impacto ambiental causado faz-se necessária uma destinação para o reaproveitamento desse material. (Lei 12.305/2010) O desenvolvimento da Construção Civil no país tem crescido muito nos últimos 10 anos, proporcionando um desenvolvimento econômico, gerando renda e emprego, mas traz como prejuízo o consumo exacerbado de recursos naturais e a geração de grande quantidade de resíduos nas demolições e no desperdício de materiais nos canteiros de obra. Os resíduos provenientes de construção e demolição são descartados de duas maneiras distintas: irregularmente pelos proprietários dos
13 reaproveitamento de resíduos em diversas áreas da Engenharia Civil; e o terceiro capítulo com a metodologia, coleta e análise dos dados, bem como a discussão dos resultados.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Construção Civil X Sustentabilidade A interferência do ser humano no meio ambiente tem trazido para a humanidade muitos prejuízos, pois em geral, essa interferência nem sempre é positiva. A apropriação sobre os recursos naturais, tratando-os como inesgotáveis, sendo que estes não são, traz muito prejuízo à geração atual e pode comprometer a vida das gerações vindouras. Já há algumas décadas a comunidade científica vem advertindo a sociedade em geral com relação aos níveis de poluição na atmosfera, poluição esta oriunda de emissão indiscriminada de gases, causando efeito estufa e diversas alterações no clima (COPARI, 201 6 ). Figura 1 – Poluição nas áreas urbanas causada pelo meio de produção Fonte: All Gas Brasil Mudanças econômicas e a necessidade de produção sem um planejamento para preservação ambiental tem afetado o meio onde se vive. Existe a busca pelo atendimento à demanda populacional, que cresce cada vez mais, fazendo com que essa produção desenfreada gere resíduos e que estes
16 A questão da sustentabilidade deve ocupar um papel central na reflexão em torno das dimensões do desenvolvimento e das alternativas que se configuram. O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o impacto dos humanos sobre o meio ambiente está se tornando cada vez mais complexos, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos (OLIVEIRA et al, 2012). A construção civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, mas, por outro lado, apresenta-se como grande geradora de impactos ambientais, quer pelo consumo de recursos naturais, quer pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. O setor tem o desafio de conciliar uma atividade produtiva dessa magnitude com condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável consciente e menos agressivo ao meio ambiente (SOUSA et al, 2013 ). No que diz respeito à geração dos resíduos da construção civil, estes são reconhecidamente geradores de poluição ambiental. Nos Estados Unidos são gerados em média 136 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) por ano. Os dados mostram também que há nesse país, aproximadamente, 3500 unidades de reciclagem desses resíduos, que respondem pela reciclagem de 25% do total gerado. (CORTÊS et al, 2011). Figura 2 – Resíduos de Construção Civil Fonte: Portal Resíduos Sólidos
17 No Brasil a situação se assemelha. É preciso a implantação de diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil. Isto posto, destaca-se que o CONAMA formulou a Resolução 307/02, para responsabilização dos geradores de resíduos do processo de novas construções, como também de reformas, reparos e demolições de estruturas e rodovias, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos, por sua destinação final. Além disso, estabelece critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais (SAVI et al, 2013) Figura 3 – Modelo de casa sustentável Fonte: Tecnika Engenharia Especializada A concepção de construção sustentável indica distintas abordagens nos mais variados países. Alguns fazem a identificação como sendo fundamentais os aspectos econômicos, sociais e culturais da construção sustentável, contudo a maior relevância se dá aos impactos ecológicos da construção, como é o caso da preservação de recursos naturais. Tais impactos têm feito com que os países optem pela adoção de políticas ambientais específicas para o setor. Sendo
19 umidade, ventilação e iluminação, proporcionando o conforto necessário a cada um dos espaços planejados (MEDEIROS, 2012) De acordo com Medeiros (2012), algumas técnicas que podem ser utilizadas em uma residência ecologicamente correta e autossustentável, são: a) Piso de Bambu: por ser uma matéria prima altamente renovável, pode ser considerada como sustentável e abundante, colhido sem prejuízo à natureza, de forma natural. Utilizado como revestimento para quem procura resistência, durabilidade e funcionalidade estética. Necessita pouca manutenção, não precisa de enceramento, somente limpeza com pano úmido. Pode ser utilizado em diversas tonalidades; Figura 4 – Piso de Bambu Fonte: Bamboo floors b) Tinta Mineral Natural ou Tinta Mineral Ecológica: elaborada através de uma mistura de terra crua e emulsão aquosa. Não possui poluentes como os Compostos Orgânicos Voláteis – COVs, estabilizantes ou corantes. Até suas embalagens são recicláveis. Existem diversas tonalidades e espessuras, cobertura interna ou externa. Como ponto forte destaca-se por não descascar, ser durável e lavável. Diminui a ocorrência de mofos e fungos, além de ajudar na adaptação da mudança de umidade.
20 Figura 5 – Tinta mineral aplicada na fachada da casa Fonte: Instituto Etno c) Madeira Plástica: excelente opção para utilização em ambientes externos. É muito parecida com a madeira convencional, mas por ser de material plástico, é imune às pragas que atacam a madeira verdadeira, como os cupins. O plástico utilizado na fabricação deste recurso é oriundo de plásticos reciclados misturados com resíduos vegetais industriais. Figura 6 – Madeira Plástica Fonte: Scientia d) Superadobe: utilizado na construção de paredes, convencionais ou não. Elaborado com terra argilosa, é extremamente resistente às mudanças de temperatura e muito seguro em caso de terremoto. Produto naturalmente térmico, diminuindo custos com calefação.