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Compreendendo a Dor: Causas, Diagnósticos e Tratamentos, Exercícios de Fisiologia

Este documento aborda a importância da dor crônica e sua impacto na saúde, além de discutir os mecanismos fisiológicos e psicológicos da dor. Ele também detalha diferentes tipos de dor, como dor aguda e crônica, e os métodos de avaliação e tratamento. O texto também menciona alguns casos clínicos para ilustrar os conceitos discutidos.

Tipologia: Exercícios

2024

Compartilhado em 27/01/2024

luh-cunha
luh-cunha 🇧🇷

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Módulo 301 - Dor
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Baixe Compreendendo a Dor: Causas, Diagnósticos e Tratamentos e outras Exercícios em PDF para Fisiologia, somente na Docsity!

Módulo 301 - Dor

DOR

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL

Ibaneis Rocha Barros Junior

SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL – SES/DF E PRESIDENTE DA FUNÇÃO DE ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE- FEPECS Lucilene Maria Florêncio de Queiroz

DIRETORA-EXECUTIVA DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE – FEPECS Inocência Rocha da Cunha Fernandes

DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESCS Marta Davis Rocha de Moura

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA – CCM Márcia Cardoso Rodrigues

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

Copyright © 2024 – Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS Curso de Medicina – 3ª Série Módulo 301: Dor Período: 29 de janeiro a 08 de março de 2024

A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ESCS Impresso no Brasil

Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/UAV/FEPECS Editoração gráfica : Gerência de Educação Médica – GEM/CCM/ESCS Normalização Bibliográfica: Núcleo de Atendimento ao Usuário – NAU/BCE/ESCS

Coordenadora do Curso de Medicina: Márcia Cardoso Rodrigues Gerente de Educação Médica: Eliziane Brandão Leite Gerente de Desenvolvimento Discente e Docente: Thiago Blanco Vieira Gerente de Avaliação: Cláudia Regina Zaramello Coordenador da 1ª Série: André Luiz Afonso de Almeida Coordenadora da 2ª Série: Fernanda Vieira de Souza Canuto Coordenador da 3ª Série: José Ricardo Laranjeiras Coordenadora da 4ª Série: Adriana Domingues Graziano Coordenadora da 5ª Série Cláudia Regina Zaramello Coordenadora da 6ª Série : Camila Viana Costa Lueneberg

Tutores : Ana Beatriz Schmitt Silva Ernane Pires Maciel Heloisa Glass Jefferson Augusto Piemonte Pinheiro Maria dos Santos Barcelos Rodrigo Aires Corrêa Lima Rosana Zabulon Feijó Belluco Taciana Albuquerque Sampaio Carvalho Verônica Maria Goncalves Furtado Viviane Cristina Uliana Peterle

Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP) NAU/BCE/FEPECS

Endereço para correspondência: SMHN Quadra 03 Conjunto A Bloco 1 70710-700 Brasília–DF Fone/Fax: 3326.0433 Fone: 3325. Endereço eletrônico: http://www.escs.edu.br Email: escs@saude.df.gov.br

Dor : módulo 301 : manual do tutor / Rodrigo Aires Corrêa Lima, José Ricardo Fontes Laranjeira- Brasília: Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde / Escola Superior de Ciências da Saúde, 2024. 29p. (Curso de Medicina, módulo 301, 2024).

3ª série do Curso de Medicina

  1. Dor. 2. Mecanismos. 3. Avaliação. 4. Tratamento. I. Rodrigo Aires Corrêa Lima. II. Escola Superior de Ciências da Saúde.

CDU – 616.8-009-

Módulo 301 - Dor

AGRADECIMENTOS

Aos colegas docentes da terceira série, palestrantes e estudantes pela ajuda proporcionada

na elaboração e execução do módulo em anos anteriores.

Aos pacientes que através do seu sofrimento permitem e aceleram o desenvolvimento do

conhecimento acerca da Dor.

Módulo 301 - Dor

1 INTRODUÇÃO

A dor é um sintoma que faz parte da experiência humana. É o elemento de alerta do indivíduo, envolvida na detecção de estímulos físicos e químicos nocivos. Portanto, condições que prejudicam a percepção e a sinalização da dor representam um grande risco à saúde. Enquanto a dor fisiológica e as dores agudas têm valor biológico fundamental, a dor crônica causa sofrimento e incapacidade, com repercussões biopsicossociais. O conhecimento da avaliação, diagnóstico, tratamento e cuidado da dor é de responsabilidade dos profissionais de saúde que assistem o paciente. O aprofundamento da compreensão da dor enquanto fenômeno permite a correta avaliação, o diagnóstico e a escolha das opções terapêuticas para minimizar a dor e melhorar a qualidade de vida, proporcionando autonomia e reduzindo os custos em saúde. Os mecanismos fisiopatológicos ligados a dor são complexos e derivam de estudos com humanos e também com animais. Apesar de não corresponder exatamente ao que ocorre no microambiente dos tecidos, nervos periféricos, medula espinal e encéfalo, os estudos experimentais fornecem os fundamentos da terapêutica. Assim, grande parte do conhecimento neurobiológico é obtido de forma indireta, através do bloqueio ou pela estimulação de receptores específicos e não considera a dor como resposta a uma vivência, com aspectos sensitivos, emocionais e sociais. A prevalência da dor crônica no Brasil é estimada em 31% a 41%. Há, no entanto, grande lacuna no ensino médico no que se refere à compreensão dos mecanismos da dor. O resultado é o desconhecimento do manuseio básico da dor, a tendência a desvalorizar a dor e os fatores afetivos a ela relacionados, considerando parte da queixa como criação da mente dos pacientes. Com isto os pacientes sofrem desnecessariamente e até tentam se convencer que a sua dor não é real. O tratamento da dor crônica deve ser multidisciplinar, entretanto o conhecimento farmacológico das drogas utilizadas para controle do sintoma dor é fundamental para o médico generalista e para o especialista de áreas que lidam com o tratamento de dor. Cirurgias, medicamentos, acupuntura, fisioterapia, atividade física, suporte psicológico e psiquiátrico e atenção de vários especialistas da área de saúde

compõem as medidas para condução da dor crônica.

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

2 ÁRVORE TEMÁTICA

DOR

AGUDA CRÔNICA

ONCOLÓGICA

ASPECTOS PSICO-SOCIAIS

SAÚDE PUBLICA

PSICOGÊNICA NOCIPLÁSTICA

REFERIDA (^) VISCERAL IRRADIADA

PERIFÉRICA CENTRAL VISCERAL (^) SOMATICA

NOCICEPTIVA NEUROPÁTICA

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

4 ATIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM

4.1 Período/Duração/Carga horária

  • Período: De 29 de janeiro a 08 de março de 2024
  • Duração: 6 semanas
  • Carga horária: 56 horas

Semana padrão

5 CRONOGRAMA SEMANAL DE ATIVIDADES

1ª SEMANA - PERÍODO: 29/01 a 02/02/

DIA HORÁRIO ATIVIDADE

29/01/ (Segunda-feira)

08h às 12h IESC 14h às 16h IESC 16h às 18h Horário protegido para estudo

30/01/ (Terça-feira)

08h às 09h Apresentação do Módulo 301 09h às 12h Tutoria: abertura do problema 1 14h às18h Habilidades e Atitudes 31/01/2024 (Quarta- feira)

08h às 12h Horário protegido para estudo 14h às 18h Horário protegido para estudo 01/02/ (Quinta-feira)

08h às12h Habilidades e Atitudes 14h às 18h Horário protegido para estudo

02/02/ (Sexta-feira)

08h às12h Tutoria: fechamento do Problema 1 e abertura do Problema 2 14h às 16h Palestra 1 16h às 18h Horário protegido para estudo

Módulo 301 - Dor

2ª SEMANA - PERÍODO: 05/02 a 09/02/

DIA HORÁRIO ATIVIDADE

05/02/ (Segunda-feira)

08h às 12h IESC 14h às 16h IESC 16h às 18h Horário protegido para estudo 06 /02/ (Terça-feira)

08h às12h Tutoria: fechamento do Problema 2 e abertura do Problema 3 14h às18h Habilidades e Atitudes 07 /02/ (Quarta-feira)

08h às 12h Horário protegido para estudo 14h às 18h Horário protegido para estudo 08 /02/ (Quinta-feira)

08h às12h Habilidades e Atitudes 14h às 18h Horário protegido para estudo

09/02/ (Sexta-feira)

08h às12h Tutoria: fechamento do Problema 3 e abertura do Problema 4 14h às 16h Palestra 2 16h às 18h Horário protegido para estudo

3ª SEMANA - PERÍODO: 12/02 a 16/02/

DIA HORÁRIO ATIVIDADE 12/02/ (Segunda-feira) CARNAVAL 13/02/ (Terça-feira) CARNAVAL 14 /02/ (Quarta-feira)

08h às 12h (^) CARNAVAL 14h às 18h (^) Horário protegido para estudo 15 /02/ (Quinta-feira)

08h às12h (^) Habilidades e Atitudes 14h às 18h (^) Horário protegido para estudo

16 /02/ (Sexta-feira)

08h às12h (^) Tutoria: fechamento do Problema 4 e abertura do Problema 5 14h às 16h (^) Palestra 3 16h às 18h (^) Palestra 4

4ª SEMANA - PERÍODO: 19/02 a 23/02/

DIA HORÁRIO ATIVIDADE

19 /02/ (Segunda-feira)

08h às 12h IESC 14h às 16h IESC 16h às 18h Horário protegido para estudo 20 /02/ (Terça-feira)

08h às12h Tutoria: fechamento do Problema 5 e abertura do Problema 6 14h às18h Habilidades e Atitudes 21 /02/ (Quarta-feira)

08h às 12h Horário protegido para estudo 14h às 18h Horário protegido para estudo 22 /02/ (Quinta-feira)

08h às12h Habilidades e Atitudes 14h às 18h Horário protegido para estudo

23 /02/ (Sexta-feira)

08h às12h Tutoria: fechamento do Problema 6 e abertura do Problema 7 14h às 16h Palestra 5 16h às 18h Horário protegido para estudo

Módulo 301 - Dor

7 PALESTRAS

8 CRONOGRAMA DE AVALIAÇÕES

Data Horário Local Avaliação 08/03/24 8h-12h Grande Auditório da ESCS EAC 03/05/24 14 - 18h Grande Auditório da ESCS Reavaliação do EAC

Data Horário Local Palestra Palestrante

02/02/24 14 - 16h Grande Auditório Anatomofisiologia e mecanismos da dor José Ricardo F. Laranjeira

09/02/24 14 - 16h Grande Auditório Dor musculoesquelética Rodrigo Aires

16/02/24 14 - 16h Grande Auditório Dor neuropática Frank Venâncio

16/02/24 16 - 18h Grande Auditório Cefaleias Frank Venâncio

23/02/24 14 - 16h Grande Auditório Dor oncológica Elaine Barbiere

01/03/24 14 - 16h Grande Auditório^ Revisão de anatomofisiologia e terapias para dor Frederico Barra de Moraes

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

9 DINÂMICA DOS TUTORIAIS

9.1 “Os sete passos”

  1. Esclarecer termos e conceitos desconhecidos;
  2. Identificar no problema as questões de aprendizagem;
  3. Oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento prévio;
  4. Resumir estas explicações identificando as lacunas de conhecimento;
  5. Estabelecer objetivos de aprendizagem;
  6. Auto aprendizado;
  7. Sintetizar conhecimentos e revisar hipóteses iniciais para o problema;

9.2 Papel do tutor

1. Conhecer os objetivos e a estrutura do

módulo temático.

2. Ter sempre em mente que a

metodologia de ensino-aprendizagem

adotada pela escola é centrada no

aluno e não noprofessor.

3. Assumir a responsabilidade

pedagógica no processo de

aprendizagem.

4. Orientar na escolha do aluno líder

(coordenador) e do secretário em cada

grupo tutorial.

5. Estimular a participação ativa de

todos os estudantes do grupo.

6. Estimular uma cuidadosa e minuciosa

análise do problema.

7. Estimular os estudantes a distinguir as

questões principais das questões

secundárias do problema.

8. Inspirar confiança nos alunos e

facilitar o relacionamento entre os

membros do grupo.

9. Não ensinar o aluno, ajudar o aluno a

aprender.

10. Orientar o grupo preferencialmente

através da formulação de questões

apropriadas e não do fornecimento de

explicações, a menos que seja

solicitado explicitamente pelo grupo.

Nesses casos, estas explicações

deverão ser bem avaliadas e nunca

consistir de aula teórica abrangente.

11. Não intimidar os alunos com

demonstração de conhecimentos.

12. Ativar os conhecimentos prévios dos

alunos e estimular o uso destes

conhecimentos.

13. Contribuir para uma melhor

compreensão das questões levantadas.

14. Sumarizar a discussão somente

quando necessário.

15. Estimular a geração de metas

específicas para a auto-aprendizagem

(estudoindividual).

16. Avaliar o processo (participação,

interesse) e o conteúdo (resultados

alcançados).

17. Conhecer a estrutura da escola e os

recursos disponíveis para facilitar a

aprendizagem.

18. Orientar o aluno para o acesso a estes

recursos.

19. Estar alerta para problemas

individuais dos alunos e disponível

para discuti-los quando interferirem

no rocesso de aprendizagem.

20. Oferecer retroalimentação da

experiência vivenciada nos grupos

tutoriais para as comissões

apropriadas e sugestões para

aprimoramento do currículo, quando

pertinente.

9.3 Papel do coordenador

  1. Orientar os colegas na discussão do problema, segundo a metodologia dos 7 passos e mantendo o foco das discussões no problema.
  2. Favorecer a participação de todos, desestimulando a monopolização ou a polarização das discussões entre poucos membros do grupo.
  3. Apoiar as atividades do secretário.
  4. Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões pelos colegas.
  5. Respeitar posições individuais e garantir que estas sejam discutidas pelo grupo com seriedade e que tenham representação nos objetivos de

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

10.5 Resultado final do Módulo

O resultado final do módulo será dado pela fórmula: (avaliação cognitiva x 9 + profissionalismo/10).

10.6 Critérios para APROVAÇÃO no

programa de módulos temáticos

O escore final do programa de MT (EFMT) é obtido pela média dos resultados obtidos no conjunto dos módulos temáticos da terceira série (MOD 301, MOD 302, MOD 303, MOD 304, MOD 306 e MOD 307). Serão aprovados no programa os estudantes que obtiverem o escore ≥

Módulo 301 - Dor

11 PROBLEMAS

11.1 Problema 1

José, 30 anos, motoboy em Sobradinho, sofreu queda de motocicleta com corte profundo de 10cm, em antebraço esquerdo ao colidir contra ferro retorcido, lesionando músculos, tendões e vasos. Apresentou sangramento profuso e dor aguda de fortíssima intensidade sendo socorrido por viatura dos bombeiros e transportado até o pronto socorro do Hospital Regional do Paranoá, pela proximidade. Deu entrada no hospital gemendo de dor, com pressão arterial de 160 X 100 mm Hg e com frequência cardíaca de 140 bpm. Foi submetido a assepsia, sutura de músculo, tendões e vasos após infiltração do anestésico local lidocaína a 2% sem vasoconstrictor e administrado um antagonista não competitivo dos receptores de NMDA (Cetamina). O residente de plantão explicou que a Cetamina reduzia a possibilidade da sensibilização central e do fenômeno de wind up , que poderiam levar a cronificação da dor. O paciente teve alta para o domicílio após 8 horas e fez curativos diários no ambulatório do hospital. José percebeu na semana seguinte ao trauma que havia 2 áreas de hiperalgesia: uma no local da cicatriz e outra nas imediações da lesão principal no tecido íntegro. O médico solicitou que José indicasse a intensidade da dor usando uma escala numérica de 0 a 10, sendo referida como de intensidade 7.

Módulo 301 - Dor

11.3 Problema 3

Itamar Benigno, 45 anos, hipertenso, tabagista, operador de caldeira despertou na madrugada com forte dor em flanco direito, de início súbito, em cólica, com migração para a região inguinal e genital do mesmo lado. Após 10 minutos do início, a dor tornou-se fortíssima, associada a náuseas e vômitos, e sem posição que pudesse trazer melhora. Notou urina avermelhada descrita como “água de carne”(sic). Ao ser examinado apresentou fácies de sofrimento, PA= 150x100 mmHg, frequência cardíaca de 120bpm e sinal de Giordano presente a direita. Foi medicado com AINES seletivos da COX2, antieméticos (Ondansetrona), antiespasmódicos (Escopolamina) e hidratação venosa com alívio parcial da dor. A tomografia computadorizada e a radiografia simples do abdome mostraram imagem calcificada na altura da quarta vértebra lombar, compatível com cálculo em ureter direito. Evoluiu com nova intensificação da dor após 4 horas, sendo medicado com AINES não seletivos, porém os opioides foram contraindicados por reação de hipersensibilidade prévia.

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

11.4 Problema 4

Lucimar 51 anos, funcionária do SLU, trabalha 6 dias por semana, e também realiza limpeza, lava e passa em sua residência. É obesa e hipertensa. Há 7 anos apresenta dor lombar bilateral e simétrica, sem irradiação para membros inferiores, com piora ao final do dia e melhora parcialcom repouso e uso de relaxantes musculares. A paciente estava muito ansiosa por imaginar que poderia ser algo mais sério, como um câncer, mas o médico a tranquilizou informando que ela não apresentava sinais de alerta que indicavam uma doença mais preocupante. Seu filho, Abelardo de 20 anos, estudante, sedentário, refere que há 3 anos, iniciou dor “cansada” na região glútea e região lombar bilateral, sem irradiação, e que às vezes acorda o paciente à noite. Refere que tem dificuldade de se levantar pela manhã e que geralmente melhora após começar a se movimentar nas atividades diárias. Em um único episódio há 6 meses, teve irradiação para o membro inferior direito até lateral do pé, procurou o farmacêutico e fez uso de AINES orais e corticosteroide injetável, com melhora. Como voltou a sentir dor um mês após, foi avaliado pelo médico ortopedista, que ao examiná-lo, descartou comprometimento de raízes nervosas e pensando em uma contusão, prescreveu repouso, uso de AINE, relaxantes musculares, fisioterapia motora e exercícios de alongamento e flexibilidade. Após 3 meses de tratamento e ainda com muita dor, desenvolveu epigastralgia e náuseas e, já com restrições para movimentos nas atividades diárias, passou a se queixar também de dor em região esternal. Procurou novamente seu médico, que realizou novo exame físico e encontrou um Teste de Schöber positivo (figura). Solicitou então, ressonância magnética da coluna lombo-sacra e das articulações sacroilíacas, provas de atividade inflamatória e o HLA B 27, o que permitiu concluir o diagnóstico e programar o tratamento.

Figura 1 – Aspecto da flexão da coluna no teste de Schoeber

Fonte: https://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/medicine/medclerk/ 4_05/level1/rheum/rheum_dis.pdf