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Seja bem vindo ao estimulante desafio de aprender um pouco sobre a língua do Antigo Testamento. Embora apresente dificuldades características, como um alfabeto.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
santa contra a injustiça e os apelos dos grandes panegíricos; terá acentos de festa e entonações de terror; será o clarim dos neomênios e o trompete do julgamento”. (Tradução: Antônio Costa Aragão – engenheiro, estudioso de história mundial, bacharel em direito e escritor)
É óbvio que este trabalho tem muitas limitações e não pretende explorar toda a riqueza do idioma em estudo. Trata de, como diz o título, NOÇÕES. Veremos o alfabeto, os sinais massoréticos, a transliteração, algum vocabulário, o artigo, o substantivo, o adjetivo, alguns pronomes, um pouco sobre o verbo e outras particularidades do hebraico. Também um pouco de história. Bom estudo!
Prof. Arnaldo Sá
A história da língua hebraica confunde-se com a própria história do povo hebreu. O termo vem de Héber (Gn 10:25), um dos descendentes de Sem, filho de Noé. As línguas e dialetos falados pelos filhos de Sem ficaram conhecidas como semitas. Em Gênesis 14:13, aparece a expressão “Abraão, o hebreu”, ou seja, “ivri”, que na Septuaginta^1 é assim traduzido: “o que atravessou” (o rio). Os descendentes de Abraão adotaram o alfabeto cananítico e posteriormente o arameu. Podemos dividir a história do idioma hebreu em quatro períodos: O primeiro é o período bíblico ou clássico. Tem início por volta do século XIV a.C. e estende-se até o século III a.C. Durante esse período foram escritos os livros que compõem o Antigo Testamento. O segundo período, o mishinaico ou rabínico, começa no século III a.C. e vai até o terceiro século depois de Cristo. Nesse período é produzido o Talmude, famosa obra jurídico-religiosa dos judeus, dividido em duas partes: a Mishná e o Guemará. A Mishná reúne uma coletânea de todas as leis orais e tradições judaicas. O Guemará apresenta uma interpretação e comentários sobre estas leis. O período seguinte foi o medieval, com predominância até o século XIII. Nesse período o hebraico já entrara em pleno declínio como língua falada, e foi preservado nos documentos sagrados dos filhos de Israel. Graças aos massoretas, sábios judeus da Idade Média, a pronúncia pôde ser conservada por meio de um sistema de símbolos que representavam as vogais. Estes símbolos ficaram conhecidos como sinais massoréticos. Foi também nesse período que muitos vocábulos gregos, árabes, hispânicos e de outros idiomas foram acrescentados ao léxico hebraico. O quarto e último período é o do hebraico moderno, língua oficial do atual Estado de Israel, desde sua criação em 1948. A “ressurreição” do hebraico como língua falada foi possível graças ao esforço de eruditos judeus, como Eliezer ben Yehuda que fundou o Comitê da Língua Judaica. Ben Yehuda compilou o Dicionário completo de hebreu antigo e contemporâneo , obra em 17 volumes, fundamental para a consolidação do hebraico moderno. Hoje transformado em Academia, o Comitê é autoridade máxima em assuntos referentes à língua hebraica.
(^1) Tradução do Antigo Testamento para o grego, feita por 72 sábios judeus, por volta do século III a. C, no Egito.
(^2) O hebraico moderno, normalmente, não usa os sinais massoréticos.
O domínio do alfabeto hebraico é o primeiro grande passo para o aprendizado do idioma. Quando falamos em “dominar”, estamos nos referindo ao conhecimento completo de cada letra, o nome da letra, o corresponde fonético em português (transliteração), a forma escrita, enfim, saber “de cor e salteado” cada símbolo das 22 letras do alfabeto hebraico. Estudemos, a partir de agora, o alfabeto, passo a passo. Vamos apresentar pequenos grupos de quatro ou duas letras e praticar a leitura e escrita destes grupos. Pegue um lápis e faça todos os exercícios. Escreva e fale, embora nosso objetivo não seja a conversação. Isso é importante! Ninguém aprende um idioma de boca fechada. Lembre-se: leia da direita para a esquerda.
1º Grupo:
Dalet Guímel Bet Alef NOME
LETRA
D G (como em gato )
Exercício 1
a) O nome da letra é _________________. É representada assim: _____.
b) O nome da letra é ______________. Corresponde ao som do _____.
c) O nome da letra é _______________. Corresponde ao som do _____.
d) O nome da letra é _______________. Corresponde ao som do _____.
NOTE BEM: O hê e o hêt têm escrita e pronúncia parecidas. Cuidado para não confundi-los. A pronúncia do hêt é mais ríspida, vem da parte detrás da boca, com o fundo da língua aproximando-se do véu palatino. Como se estivéssemos tentando limpar a garganta. Vamos transliterar este som assim: HH (ou hh ). O hê é uma aspiração leve, como o “h” inglês da palavra “hello”.
3º Grupo:
Lamed Kaf Yôd Têt NOME
LETRA
Exercício 3
a) O nome da letra é ___________. Corresponde ao som do ______.
b) O nome da letra é ____________. Corresponde ao som do ______.
c) O nome da letra é ____________. Corresponde ao som do ______.
d) O nome da letra é ____________. Corresponde ao som do ______.
NOTE BEM: A única letra “suspensa”, isto é, que não toca a linha imaginária inferior, é o yôd. O kaf faz parte do grupo de letras que recebem o daguesh lene para indicar o som básico (som de k). Sem o daguesh, o kaf tem som de hêt. Nestas Noções vamos transliterar o som aspirado do kaf assim: HH ou hh. Alguns tratados de língua hebraica transliteram o kaf como kh ou ch. O estudante, por força do hábito, poderia pronunciar “k” ou “x”, por isso preferimos transliterá-lo como h duplo.
4º Grupo:
Ayin SameHH Nun Mem NOME
LETRA
S N M TRANSLITERAÇÃO 70 60 50 40 VALOR NUMÉRICO
Exercício 4
a) O nome da letra é ___________. Corresponde ao som do ______.
b) O nome da letra é ____________. Corresponde ao som do ______.
c) O nome da letra é ____________. Corresponde ao som do ______.
d) O nome da letra é ____________. É representado assim : ______.
NOTE BEM: O som gutural da letra ayin é de difícil percepção e reprodução por nós ocidentais. Não tem um correspondente específico em nosso idioma. A transliteração convencionada é uma aspa simples de abertura. Para nosso estudo, vamos considerá-la como uma letra muda.
5º Grupo:
Resh Qôf Tsad Pê NOME
LETRA
R Q Ts P TRANSLITERAÇÃO 200 100 90 80 VALOR NUMÉRICO
NOTE BEM: A letra pode representar dois sons diferentes. Quando a pronúncia é “S”, colocamos um ponto no canto superior esquerdo da letra, assim:. Se a pronúncia é “Sh”, o ponto fica no lado direito:. A letra tav , a última do alfabeto hebraico, também pode receber ou não daguesh lene , mas sem nenhuma alteração fonética notável.
Consoantes Aspiradas Já vimos que algumas consoantes hebraicas, além do som básico, possuem outra pronúncia que chamamos de aspirada. Para representar o som básico, colocamos um ponto (o daguesh lene) no interior da letra, Os compêndios que tratam do ensino desse idioma costumam denominá-las de consoantes do grupo BEGADKEPHAT. Esta é uma palavra mnemônica, isto é, ajuda a lembrar as seis consoantes deste grupo. São elas:
LETRA
Tav Pê Kaf Dalet Guímel Bêt NOME T P K D G B TRANSLITERAÇÃO T F HH D G V SEM O DAGUESH
Consoantes Finais Alteradas Cinco consoantes hebraicas alteram seu formato quando posicionadas no final de uma palavra. São chamadas de sofit (final, em hebraico). São elas:
FORMATO NORMAL
FORMATO SOFIT
Tsade Pê Nun Mem Kaf NOME Ts F N M HH TRANSLITERAÇÃO
Exercício 7 Identifique as consoantes finais de cada palavra: (Lembre-se: a letra final fica à sua esquerda) Vocábulo Tradução Nome da letra final Transliteração Paz Terra Dente
Quadro Comparativo do Alfabeto Hebraico
Aprenda com afinco o alfabeto quadrado. É este que nos interessa no estudo do idioma, pois é utilizado na maioria dos livros publicados em hebraico. Ele pode apresentar algumas variações nos tipos de letras, dependendo da fonte utilizada.
Exercício 9
Reproduza as letras do alfabeto hebraico, pronunciando cada uma em voz alta. Comece cobrindo cada caractere. Depois continue desenhando os símbolos até o final da linha.
) b g d h w z x + y k l m n s ( p c q r # t ) ) ) ) b b b b g g g g d d d d h h h h w w w w z z z z x x x x
y y y y k k k k l l l l m m m m n n n n s s s s ( ( ( ( p p p p c c c c q q q q r r r r
t t t t
Vamos, então, para o estudo das “vogais”, ou melhor, dos sinais massoréticos.
Vogal A:
É posicionada abaixo de qualquer consoante. Pode ser longa ( qamets gadol ), ou breve ( patah ). Veja abaixo a representação desta vogal (seu símbolo massorético) e sua posição junto com uma consoante, formando uma sílaba.
QAMETS PATAH
Pronúncia da sílaba >
Pa (longa) Pa (breve)
Vogal E:
É posicionada abaixo de qualquer consoante. Pode ser longa ( tserê ), ou breve ( segol ). Veja abaixo a representação desta vogal (seu símbolo massorético) e sua posição junto com uma consoante, formando uma sílaba.
TSERÊ SEGOL
Pronúncia da sílaba > Pê^ (longa)^ Pé (breve)
Vogal I:
É posicionada abaixo de qualquer consoante. Pode ser longa ( hireq gadol ), ou breve ( hireq qaton ). No caso da vogal longa, além do ponto abaixo da consoante, aparece um yôd no lado esquerdo. Veja abaixo a representação desta vogal (seu símbolo massorético) e sua posição junto com uma consoante, formando uma sílaba.
HIREQ GADOL HIREQ QATON
Pronúncia da sílaba > Pi^ (longa)^ Pi (breve)
Vogal O:
Pode ser longa ( holem ), ou breve ( qamets hatuf ). Quando longa, é representada por um ponto acima no canto esquerdo da letra. A vogal “O” longa pode ser, às vezes, representada com auxílio de um vav. Neste caso, é posicionada ao lado esquerdo da consoante e os eruditos a chamam de holem plenum. O “o” breve tem o mesmo formato do qamets gadol. Veja abaixo a representação desta vogal (seu símbolo massorético) e sua posição junto com uma consoante, formando uma sílaba.
HOLEM HOLEM PLENUM QAMETS HATUF
Pronúncia da sílaba > Pô^ (longa)^ Po (breve)