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Guias e Dicas
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Módulo de Controle para Equipamentos de Refrigeração a Vapor, Notas de aula de Mecatrônica

O desenvolvimento de um módulo de controle para equipamentos que utilizam o ciclo de refrigeração por compressão a vapor, com dispositivo de medição por tubos capilares. O módulo atua baseado no superaquecimento do ciclo de refrigeração, mantendo-o constante e permitindo um rendimento elevado. O texto também discute as preocupações relacionadas à economia de energia, lançamento de fluidos refrigerantes na atmosfera e redução de resíduos sólidos em atividades relacionadas à refrigeração.

O que você vai aprender

  • Como o módulo de controle mantém o superaquecimento do ciclo de refrigeração constante?
  • Quais são as propriedades termodinâmicas importantes para avaliar e entender os processos de um sistema de refrigeração?
  • Qual é a finalidade do módulo de controle desenvolvido no texto?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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usuário desconhecido 🇧🇷

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS
DEPARTAMENTO DE METAL-MECÂNICA
CURSO DE MECATRÔNICA
GEORGE HENRY WOJCIKIEWICZ
MÓDULO DE CONTROLE DO SUPERAQUECIMENTO PARA SISTEMAS DE
REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR
FLORIANÓPOLIS – SC, 2018
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS FLORIANÓPOLIS DEPARTAMENTO DE METAL-MECÂNICA CURSO DE MECATRÔNICA

GEORGE HENRY WOJCIKIEWICZ

MÓDULO DE CONTROLE DO SUPERAQUECIMENTO PARA SISTEMAS DE

REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR

FLORIANÓPOLIS – SC, 2018

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS FLORIANÓPOLIS DEPARTAMENTO DE METAL-MECÂNICA CURSO DE MECATRÔNICA

GEORGE HENRY WOJCIKIEWICZ

MÓDULO DE CONTROLE DO SUPERAQUECIMENTO PARA SISTEMAS DE

REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR

Dissertação apresentada ao Mestrado em Mecatrônica do Campus Florianópolis do Instituto Federal de Santa Catarina para a obtenção do diploma de Mestre em Mecatrônica

Orientador: Marcelo Vandresen, Dr. Eng. Mecânica

FLORIANÓPOLIS, 2018

Dedico esse trabalho aos interessados por essa área do conhecimento.

“Sic Transit Gloria Mundi” Provérbio latino.

RESUMO

A economia de energia, o lançamento de fluidos refrigerantes na atmosfera e a redução dos resíduos sólidos provenientes do descarte de equipamentos de refrigeração são preocupações que devem estar presentes na execução das atividades dos profissionais do ramo da refrigeração. Neste trabalho é apresentado o desenvolvimento de um módulo de controle para equipamentos que utilizam o ciclo de refrigeração por compressão a vapor e tem como dispositivo de medição os tubos capilares. Esse módulo atua baseado no superaquecimento do ciclo de refrigeração, mantendo-o constante e possibilitando um rendimento elevado. Os experimentos realizados comprovaram que, com o módulo, o equipamento apresenta um funcionamento com menor consumo de energia elétrica para uma mesma capacidade frigorífica, podendo, com isto, ser instalado nos equipamentos, renovando-os e evitando trocas desnecessárias. A economia gerada pela sua utilização foi suficiente para o retorno do investimento e consequente redução dos custos de operação. No projeto e na concepção do módulo foram utilizados elementos de mecânica, o depósito e as válvulas; de elétrica, as bobinas solenoides; de eletrônica, os microcontroladores e os sensores de temperatura; e de programação, o sistema embarcado. Dessa maneira, a mecatrônica faz a integração de vários campos do conhecimento para apresentar a solução de um problema apresentado.

Palavras chave: Refrigeração. Superaquecimento. Sistemas embarcados.

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACEEE – American Council fo Energy-Efficient Economy BTU/h – British Thermal Unit COP – Coeficiente de Performance DC – Corrente contínua IFSC – Instituto Federal de Santa Catarina IHM – Interface Homem-Máquina IOM – Instalação, Operação e Manutenção MSS – Minimum Stable Superheat PPR - Polipropileno Copolímero Random – tipo 3 PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica R22 – Fluido refrigerante 22 SRF – Secretaria da Receita Federal

LISTA DE SÍMBOLOS

COP – Coeficiente de performance [unidimensional] h B - Entalpia especifica no ponto B [ kJ/kg ] h C - Entalpia especifica no ponto C [ kJ/kg ] h D - Entalpia especifica no ponto D [ kJ/kg ]  – Vazão mássica [ kg/s ] ^  – Potência de refrigeração [ kW ] S1 – Sensor de temperatura no ponto 1 S2 – Sensor de temperatura no ponto 2 T – Temperatura [ °C ] Te – Temperatura no evaporador [ °C ] Tsaturação à pressão de baixa – Temperatura de saturação do fluido refrigerante na pressão de evaporação [ °C ] Ttubulação – Temperatura medida na tubulação de fluido [ °C ] ^  – Potência de compressão [ kW ]

  • FIGURA 1 – Consumo de energia elétrica pelos eletrodomésticos
  • FIGURA 2 - Consumo de energia elétrica nos diversos setores da economia
  • FIGURA 3 - Exemplos de equipamentos de refrigeração e climatização
  • vapor e diagrama pressão versus entalpia FIGURA 4 - Representação simplificada do ciclo de refrigeração por compressão de
  • FIGURA 5 - Diagrama pressão versus entalpia do ciclo de refrigeração.
  • FIGURA 6 – Superaquecimento
  • FIGURA 7 - Etiqueta da bomba de calor.
  • FIGURA 8 - Bomba de calor utilizada no experimento.
  • FIGURA 9 - Etiqueta climatizador de Ar.
  • FIGURA 10 - Características técnicas do climatizador.
  • FIGURA 11 - Climatizador de ar instalado para a realização do experimento.
  • FIGURA 12 – Projeto do depósito de fluido com as válvulas solenoides.
  • FIGURA 13 - Depósito construído
  • FIGURA 14 - Arduino® Uno com as ligações utilizadas
  • FIGURA 15 - Termômetro Digital 1 fio DS18B20.
  • FIGURA 16 - DS18B20 Características elétricas.
  • FIGURA 17 - Sensor de fluxo.
  • FIGURA 18 - Analisador de energia.
  • FIGURA 19 - Cilindro graduado.................................................................................
  • FIGURA 20 - Placa de conexão dos sensores
  • aquecedor no equipamento original FIGURA 21 - Diferença de temperatura entre a entrada e a saída de água no
  • FIGURA 22 - Superaquecimento do fluido no equipamento original
  • FIGURA 23 - Calor trocado no equipamento original
  • FIGURA 24 - Potência elétrica consumida no equipamento original
  • FIGURA 25 – COP no equipamento original
  • FIGURA 26 - Seleção do tubo capilar
  • FIGURA 27 - Tubo capilar utilizado
  • aquecedor no equipamento com tubo capilar............................................................ FIGURA 28 - Diferença de temperatura entre a entrada e a saída de água no
  • FIGURA 29 – Superaquecimento do fluido no equipamento com tubo capilar..........
  • FIGURA 30 - Calor trocado no equipamento com tubo capilar
  • FIGURA 31 - Potência elétrica consumida no equipamento com tubo capilar
  • FIGURA 32 - COP no equipamento com tubo capilar
  • aquecedor no equipamento com módulo FIGURA 33 - Diferença de temperatura entre a entrada e a saída de água no
  • FIGURA 34 – Superaquecimento no equipamento com o módulo
  • FIGURA 35 - Calor trocado no equipamento com o módulo
  • FIGURA 36 - Potência elétrica consumida no equipamento com o módulo
  • FIGURA 37 – COP no equipamento com o módulo
  • FIGURA 38 - Comparação COP................................................................................
  • FIGURA 39 - Comparação Potência Elétrica.............................................................
  • FIGURA 40 - Comparação Calor trocado
  • 18.000 BTU/h FIGURA 41 - Dados técnicos - Equipamento de climatização, tipo split, capacidade
  • TABELA 1 - Características técnicas do sensor de fluxo. LISTA DE TABELAS
  • TABELA 2 - Características de medição do analisador de energia.
  • TABELA 3 - Aferição do sensor de vazão
  • TABELA 4 - Posicionamento dos sensores
  • TABELA 5 - Resultado das medições no equipamento com configuração original
  • TABELA 6 - Resultado das medições no equipamento com tubo capilar
  • TABELA 7 - Resultado das medições no equipamento com o módulo instalado
  • TABELA 8 - Comparação equipamento com módulo versus sem módulo
  • TABELA 9 - Composição de preço de venda do módulo
  • 1 INTRODUÇÃO
  • 1.1 Histórico
  • 1.2 Aplicações
  • 1.3 Justificativa e relevância
  • 1.4 Objetivos
  • 1.4.1 Objetivo geral................................................................................................
  • 1.4.2 Objetivos específicos
  • 2 DESENVOLVIMENTO
  • 2.1 Revisão de literatura
  • 2.1.1 Propriedades Termodinâmicas
  • 2.1.2 Ciclo de refrigeração por compressão de vapor
  • 2.1.3 Coeficiente de performance
  • 2.1.4 Superaquecimento........................................................................................
  • 2.1.5 Sistemas microprocessados
  • 3 MATERIAIS E MÉTODOS
  • 3.1 Dispositivo experimental
  • 3.1.1 Aquecedor de água
  • 3.1.2 Climatizador de Ar
  • 3.1.3 Depósito de fluido
  • 3.2 Sistemas de medição
  • 3.2.1 Medição de temperatura
  • 3.2.1.1 Arduino® Uno
  • 3.2.1.2 Sensores de temperatura
  • 3.2.2 Medição da vazão.........................................................................................
  • 3.2.3 Medição da potência elétrica
  • 3.3 Metodologia
  • 3.3.1 Medições
  • 3.3.2 Procedimento experimental
  • 3.3.2.1 Aferição
  • 3.3.2.2 Modificação do equipamento
  • 3.3.2.3 Instalação do módulo
  • 4 ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
  • 5 CONCLUSÃO
  • REFERÊNCIAS

1 INTRODUÇÃO

1.1 Histórico

A refrigeração é utilizada desde o início da civilização, pelos povos antigos, assim como, o conceito do resfriamento para o consumo e a preservação dos alimentos. Para isto, utilizavam gelo natural retirado de lagos e/ou geleiras, que era armazenado em poços, ou cavernas para posterior consumo. Segundo Thevenot (1979), a refrigeração artificial, aquela que não utiliza meios naturais para a produção de frio, inicia em 1755, quando Willian Cullen produz o primeiro gelo artificial, usando o processo de evaporação do éter. Cerca de 45 anos depois, Oliver Evans descreve o ciclo de refrigeração por compressão de vapor e, baseando-se nesta descrição, Jacob Perkins desenvolve a patente de um equipamento para a produção de gelo. Em 1850, Alexander Twining, solicita a patente britânica para o equipamento de refrigeração por compressão de vapor, que utiliza o éter, a amônia, ou o dióxido de carbono como fluido de trabalho. James Harrison, em 1856, produz os primeiros equipamentos de refrigeração, utilizando este mesmo ciclo. Os equipamentos utilizavam como fluidos de trabalho o álcool, o éter, ou a amônia. Na França, em 1864, Charles Tellier solicita a patente francesa do equipamento de refrigeração utilizando éter dimetílico. No livro Refrigeration and Air Conditioning , editado no Instituto Indiano de Tecnologia em 2016, é comentado que a refrigeração doméstica inicia em 1803, com a utilização da geladeira, que utilizava uma barra de gelo natural colocada em um compartimento na parte de cima do móvel. Este equipamento ainda era utilizado até meados do século XX em muitos países. O primeiro refrigerador doméstico utilizando refrigeração artificial foi lançado em 1911 pela General Eletric nos Estados Unidos da América, seguida pela Frigidaire, que lançou o seu em 1915. A climatização de ambientes com sistemas de refrigeração por compressão de vapor inicia em 1891, no depósito de negativos fotográficos da empresa Eastman Kodak, nos Estados Unidos da América. A primeira residência foi climatizada em 1894 na cidade de Frankfurt, na Alemanha e a primeira biblioteca em 1895 nos Estados

por 22 por cento do consumo total da energia elétrica produzida no país, conforme a figura 2, esta parcela de 47 por cento representava cerca de 10,44 por cento de toda a energia elétrica produzida no país, naquele ano.

FIGURA 1 – Consumo de energia elétrica pelos eletrodomésticos (Fonte: Procel, 2007)

FIGURA 2 - Consumo de energia elétrica nos diversos setores da economia (Fonte: Procel, 2007)

Um estudo patrocinado pelo “American Council for Energy-Efficient Economy (ACEEE)” mostrou que, com a carga de fluido reduzida e a manutenção mal realizada nos equipamentos de refrigeração, ocorria um aumento do consumo de energia em até 20 por cento, além da diminuição da vida útil dos equipamentos (Kim e Braun, 2010).

Para evitar estes problemas, devido ao funcionamento irregular dos equipamentos, o módulo desenvolvido neste trabalho pretende, a partir do controle do superaquecimento do ciclo de refrigeração, melhorar sua eficiência. Este módulo atua diretamente no equipamento, retirando ou colocando fluido refrigerante no ciclo, e mantendo o superaquecimento, a partir de um valor pré-definido, para uma operação de máxima eficiência. O módulo, também emitirá alarmes se o funcionamento do equipamento não estiver na sua normalidade.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral

Desenvolver um módulo de controle constituído por um reservatório de fluido, dotado de válvulas de bloqueio com sistema de abertura e fechamento microcontrolado, cujo acionamento será baseado no grau de superaquecimento do ciclo de refrigeração por compressão de vapor.

1.4.2 Objetivos específicos

  • Avaliar o comportamento do ciclo de refrigeração com a variação da carga de fluido;
  • Analisar o consumo de energia elétrica;
  • Definir o volume de armazenamento necessário com base na massa de fluido de cada equipamento;
  • Desenvolver um circuito microcontrolado para a atuação na abertura e no fechamento das válvulas.