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MODULO 01 – O SEP E SEUS RISCOS, Notas de aula de Energia

Sistema Elétrico de Potência (SEP) - em sentido amplo: ... prevenção, e controle em cumprimento à NR 10 da portaria 3214/78, item 10.2.1.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Lição 01
Organização do Sistema de Potência (SEP)
Aspectos Organizacionais
Concedente para regulação e fiscalização: ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica.
Geração;
Transmissão e
Distribuição de energia elétrica
As concessões são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia (MME)
Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros organismos também
importantes e vitais para a adequada coordenação da expansão e operação do sistema.
ONS Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a operação elétrica e
energética de todo o sistema brasileiro.
• EPE – Empresa de Planejamento Energético, encarregada de planejar a expansão dos sistemas elétricos e
energéticos.
• CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, responsável pelos contratos de compra e venda
de energia e pela contabilidade da energia fornecida ou recebida pelos geradores, distribuidores, consumidores
livres e comercializadores.
Sistema Elétrico de Potência (SEP) - em sentido amplo:
É o conjunto de todas as instalações e os equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica.
O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade, grandes extensões de linhas de trans-
missão e um parque produtor de geração predominantemente hidráulica. O mercado consumidor (47,2 milhões
de unidades) concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, mais industrializados. A região Norte é atendida de
forma intensiva por pequenas centrais geradoras, a maioria das termelétricas é à base de óleo diesel.
Os sistemas de energia elétrica organizam-se numa estrutura baseada em processos verticais e
horizontais, como você pode verificar no diagrama abaixo.
MODULO 01 O SEP E SEUS RISCOS
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Lição 01

Organização do Sistema de Potência (SEP)

 Aspectos Organizacionais

Concedente para regulação e fiscalização: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.  Geração;  Transmissão e  Distribuição de energia elétrica As concessões são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia (MME) Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros organismos também importantes e vitais para a adequada coordenação da expansão e operação do sistema.

• ONS – Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a operação elétrica e

energética de todo o sistema brasileiro.

• EPE – Empresa de Planejamento Energético, encarregada de planejar a expansão dos sistemas elétricos e

energéticos.

• CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, responsável pelos contratos de compra e venda

de energia e pela contabilidade da energia fornecida ou recebida pelos geradores, distribuidores, consumidores livres e comercializadores.

Sistema Elétrico de Potência (SEP) - em sentido amplo:

É o conjunto de todas as instalações e os equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade, grandes extensões de linhas de trans- missão e um parque produtor de geração predominantemente hidráulica. O mercado consumidor (47,2 milhões de unidades) concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, mais industrializados. A região Norte é atendida de forma intensiva por pequenas centrais geradoras, a maioria das termelétricas é à base de óleo diesel. Os sistemas de energia elétrica organizam-se numa estrutura baseada em processos verticais e horizontais, como você pode verificar no diagrama abaixo.

MODULO 01 – O SEP E SEUS RISCOS

 Geração ou Produção de Energia Elétrica.

Barragem Saída do Gerador Subestação Elevadora Linha de Transmissão Subestação Abaixadora Linha de Distribuição Ramal de Ligação

 Geração Nuclear

Situadas normalmente o mais próximo possível dos locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos de transmissão, dependendo também dos aspectos de segurança e conservação ambiental. Como fontes alternativas de energia elétrica:  Energia solar fotovoltaica;  Usinas eólicas;  Usinas utilizando-se da queima de biomassa (madeira e bagaço de cana-de-açúcar, por exemplo) e outras fontes menos usuais como as que utilizam a força das marés.

NOTA: Devido aos longos prazos de maturação de projetos de geração de grandes envergaduras, no Brasil,

vêm sendo desenvolvidos estudos para a verificação da viabilidade técnica e dos custos associados à transmissão de energia da Amazônia para as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do País, na qual estão envolvidas distâncias acima de 2.000 km.

 Transmissão

Baseados na função que exerce, pode-se definir transmissão como o transporte de energia elétrica caracterizada pelo valor nominal de tensão:  Entre a subestação elevadora de uma usina elétrica e a subestação abaixadora em que se inicia a subtransmissão, alimentando um sistema de distribuição e fornecendo energia elétrica a um grande consumidor.  Entre as subestações que fazem a interligação dos sistemas elétricos de dois concessionários, ou de áreas diferentes do sistema de um mesmo concessionário. As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil em corrente alternada podem variar de 138 kV até 765 kV, incluindo, neste intervalo, as tensões: 230 kV, 345 kV, 440 kV, 500 kV e 750 kV. Os sistemas de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais como 34,5 kV, 69 kV ou 88 kV.

NOTA: Sistema que opera em corrente contínua, Sistema de Itaipu (± 600 kV)

No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é constituído basicamente de:  Geradores  Estações de elevação de tensão;  Linhas de transmissão  Subestações seccionadoras  Estações transformadoras abaixadoras. Na transmissão em corrente contínua , a estrutura é essencialmente a mesma, diferindo apenas pela presença das estações conversoras junto à subestação elevadora (para retificação da corrente) e junto a subestação abaixadora (para inversão da corrente) e, ainda, pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de seccionamento. As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente alternada, enquanto que as estações conversoras apresentam custo elevado. Portanto, a transmissão em corrente contínua apresenta-se vantajosa na interligação de sistemas com freqüências diferentes ou para a transmissão de energia a grandes distâncias.

 Subtransmissão (34,5 kV – 69 kV – 88 kV)

É a transmissão de energia elétrica entre uma subestação abaixadora de um sistema de transmissão e uma ou mais subestações de distribuição.

 Subestação

É parte de um sistema de potência concentrada em um dado local, compreendendo, primordialmente, nas extremidades das linhas de transmissão e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo obras civis e estruturas de montagem, podendo incluir também transformadores, equipamentos conversores e outros equipamentos. Podemos citar dentre os tipos de subestação:

Subestação elevadora – Subestação transformadora na qual a tensão de saída é maior que a

tensão de entrada;

Subestação abaixadora – Subestação transformadora na qual a tensão de saída é menor que a

tensão de entrada;

 Distribuição

NOTA: Por definição, distribuição é a transferência de energia para os consumidores, a partir dos pontos

onde se considera terminada a transmissão (ou subtransmissão), até a medição de energia, inclusive. Os principais componentes do sistema elétrico de distribuição são:

  • Redes primárias;
  • Redes secundárias;
  • Ramais de serviço;
  • Medidores;
  • Transformadores de distribuição;
  • Capacitores e reguladores de rede. Consumidores que possuem uma carga instalada superior a 75 kW serão atendidos em tensão

1 - Proximidade e contato com partes energizadas.

Definição: Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com

uma parte do seu corpo ou com extensão condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que esteja manipulando.

  • Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.
  • Saiba que as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas de modo à permitir um espaço suficiente para que você tenha um trabalho seguro.
  • As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por barreiras que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais.
  • Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que eventualmente possa ficar sob a tensão dever ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos.

 Proteção contra o risco de contato

  • As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possível, devem ser providas de proteção complementar por meio de controle a distância, manual e/ou automático.
  • As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir fuga de corrente, devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto à blindagem, ao isolamento e ao aterramento.
  • Respeitar as distâncias de segurança entre as tensões (fase-fase e fase-terra), utilização correta dos EPI’s e dos EPC’s (ao contato, ao potencial e a distância).
  • As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.
  • É vedados o uso de adornos (brincos, correntinhas, entre outros) pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.
  • Os trabalhos que exigem o acesso à zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas na tabela B.

Zona de risco: Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente,

de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados ao trabalho.

Zona controlada: Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões

estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

Verifique na tabela a seguir a faixa de tensão nominal da instalação elétrica e a faixa de

tensão para as zonas de risco e controlada.

NOTA: Caso você esteja em perigo, os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades,

devem ser suspensos de imediato. Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos, devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados e seus respectivos procedimentos de trabalho. Além disso, o responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar a situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. Faixa de tensão Nominal da instalação elétrica em KV Rr – Raio de delimitação entre zonas de riscos e controlada em metros Rc – Raio de delimitação entre zonas controlada e livre em metros <1 0,20 0, ≥10 e <3 0,22 1, ≥3 e <6 0,25 1, ≥6 e <10 0,35 1, ≥10 e <15 0,38 1, ≥15 e <20 0,40 1, ≥20 e <30 0,56 1, ≥30 e 36 0,58 1, ≥36 e <45 0,63 1, ≥45 e <60 0,83 1, ≥60 e <70 0,90 1, ≥70 e <110 1,00 2, ≥110 e<132 1,10 3, ≥132 e <150 1,20 3, ≥150 e <220 1,60 3, ≥220 e <275 1,80 3, ≥275 e <380 2,50 4, ≥380 e <480 3,20 5, ≥480 e <700 5,20 7, ZL = Zona livre. ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho. PE = Ponto da instalação energizado. SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança

Tabela B – Tabela de raios de delimitação de zonas de

risco, controlada e livre.

 ESD: Descarga Eletrostática

Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e de dispositivos de descarga elétrica. A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso, ela é gerada principalmente por um desbalanceamento de elétrons localizados sob uma superfície ou no ar do ambiente. O desbalanceamento de elétrons (em todos os casos, gerado pela falta ou pelo excesso de elétrons) gera um campo elétrico capaz de influenciar outros objetos que se encontram a uma determinada distância. O nível de carga é afetado pelo tipo de material, pela velocidade de contato e pela separação dos corpos, da umidade e de diversos fatores.

5 - Campo Elétrico e Magnético

Campo magnético

A maioria dos equipamentos tem certo grau de sensibilidade à perturbação de origem eletromagnética. Um simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal e comandos pode causar um mau funcionamento, ou seja, não significa que esse equipamento será danificado, mas será levada a ele uma informação que será codificada, não como um raio que caiu, mas como uma informação que o equipamento tomará e que vai ser errada. Isso é uma perturbação de origem eletromagnética, porque o raio cria um campo eletromagnético que vai provocar o mau funcionamento dos comandos do controle de operação. Os sistemas de controle destinados à segurança devem estar protegidos contra esse fenômeno classi- ficado como compatibilidade eletromagnética e os equipamentos devem estar imunes a esse tipo de in- terferência. Luva em tecido dissipativo de poliéster e nylon carbono. Ideal para salas limpas e manipulação de componentes sensíveis a ESD Pulseira Antiestática elástica com cabo espiral, resistor de 1 Mega Ohm, pino banana e garra jacaré.Utilizada de forma a remover com segurança a estática do operador protegendo os componentes sensíveis a ESD

Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno de perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza ruídos de natureza de campo eletromagnético que perturbe tanto o seu funcionamento quanto o de outros. Para isso que existe o estudo de um bom aterramento, da escolha adequada do tipo de aterramento para evitar correntes comuns, ou seja, assegurar, ao usuário da instalação, certa segurança para o equipamento instalado e evitar certos tipos de sobretensão que são provocados por falhas na rede elétrica, como um curto–circuito, por exemplo. Mais uma finalidade do aterramento é a de promover uma referência de potenciais para a boa operação dos sistemas elétricos, em especial quando há partes isoladas eletricamente, como um transformador.

Importante - Corrente elétrica gera campo magnético

Existe grande controvérsia a respeito dos efeitos dos campos eletromagnéticos no ser humano. Não existe fundamentação científica em muitos trabalhos divulgados, porém algumas observações são feitas a seguir:

  • muitos trabalhos sobre o tema apresentam problemas metodológicos e muitos se baseiam em exposição anterior, que é de difícil mensuração ou comprovação;
  • a legislação brasileira não determina os limites de tolerância para exposição ocupacional aos campos eletromagnéticos.

NOTA: Do ponto de vista médico, não existe nenhum exame que possa ser formalmente realizado como

indicador de efeito ou de exposição a campos eletromagnéticos. Na Europa prevalece, em relação aos campos eletromagnéticos, o Princípio da Precaução, proposto na Conferência RIO-92: “O Princípio da Precaução é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Este Princípio afirma que na ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano”.

6 - Comunicação, Identificação e Sinalização.

É importante ressaltar que a comunicação e identificação são partes importantes do controle do risco, como padronização dos procedimentos de transmissão e operação, criando uma linguagem simples, fazendo uma nomenclatura e utilizando métodos seguros (cartões de segurança, painéis de controle e padronizações das cores) e utilização de cones, cercas e fi tas.

  1. Recomenda-se que todo trabalho em altura seja previamente autorizado pelo SESMT da empresa contratante.

 Recomendações para trabalho em Altura

Caso você esteja trabalhando em alturas, verifique a seguir os cuidados que você deverá ter para evitar acidentes.

  • Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço.
  • Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço.
  • Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas estuques), instalar uma prancha móvel.
  • Usar cinto de segurança ancorado em local adequado.
  • Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado.
  • É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado (cordas ou cestas especiais). Caso não seja possível, a área destinada para jogar o material deve ser cercada, sinalizada e com a devida autorização do SESMT da empresa contratante.
  • Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas.
  • Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas autorizados.
  • Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-la.
  • Ao descer ou subir escadas, fazer com calma e devagar.
  • Não improvisar.

 Medidas de Controle de riscos Elétricos

Verifique a seguir as medidas de controle que você deverá adotar para evitar acidentes elétricos em sua empresa.

  • Desenergização.
  • Aterramento funcional (TN/TT/IT) de proteção temporária.
  • Equipotencialização.
  • Seccionamento automático da alimentação.
  • Dispositivo de corrente de fuga.
  • Extra baixa tensão.
  • Bloqueios e impedimentos.
  • Isolamento das partes vivas.
  • Separação elétrica. – Ex: Utiliza-se em salas cirúrgicas.

Lição 03

 Técnicas de Análise de Risco no SEP

Os acidentes são provocados por uma seqüência concatenada de eventos, porém o potencial de acidentes industriais causados pelo homem tem crescido com o desenvolvimento tecnológico. O manuseio de materiais perigosos em quantidades acima de valor limite, específico para cada tipo de substância, exige o estabelecimento de um programa de gerenciamento de riscos a fim de garantir padrões mínimos de segurança, tanto para os empregados de uma empresa como para o público externo e o meio ambiente. Antes de prosseguirmos, é importante lembrar que enquanto o perigo está associado com a fonte com potencial de causar acidentes, o risco está associado à probabilidade e conseqüências.

NOTA: É importante saber que todos os envolvidos nos serviços em eletricidade são responsáveis pela

prevenção de acidentes. Portanto é fundamental que os profissionais que compõem as equipes de trabalho, apliquem as técnicas de análise de riscos, com o objetivo de reduzir as probabilidades de acidentes, em todas as etapas das intervenções realizadas no sistema elétrico de potência.

 Objetivo

É informar e capacitar os participantes para a identificação de perigos e implementação de medidas de prevenção, e controle em cumprimento à NR 10 da portaria 3214/78, item 10.2.1.

 Gerenciamento de riscos.

É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm o objetivo de analisar os riscos existentes no SEP, e propor medidas de controle objetivando mantê-lo operando dentro dos requerimentos de segurança considerados toleráveis. “Para gerenciar riscos é necessário, em primeiro lugar; uma mudança no conceito de segurança industrial, tanto no aspecto da prevenção como no aspecto da ação.” A segurança, no seu conceito inicial, visa à prevenção como “minimização de acidentes com lesão pessoal e perda de tempo”. A ênfase nas taxas de acidentes, que causam afastamento de trabalhadores, era vista como metas em diversas empresas. Com isto alguns acidentes, com alto potencial de perdas, deixaram de ser estudados, pois não chegaram a causar acidentes pessoais com afastamento. No caso da ação, a mudança está na forma de atuação gerencial. No conceito inicial, o responsável pela segurança de uma indústria era centralizado em um órgão que tinha a função de prevenir e de minimizar os acidentes na empresa. É óbvio que por mais competentes que fossem esses profissionais, não poderiam estar em todos os lugares o tempo todo fazendo prevenção. Quem faz a prevenção dos acidentes é o gerente e sua equipe de profissionais que conhecem os procedimentos operacionais, de manutenção, de inspeção, etc., ou seja, a responsabilidade pela segurança será de todos os envolvidos nas atividades desde o gerenciamento a operação, recebendo dos profissionais de segurança o apoio em termos de assessoria e de consultoria para assuntos específicos de segurança industrial.

SUBESTAÇÃO

Perigos Efeitos Medidas preventivas Pontos/partes energizadas. Choque elétrico com queimaduras, contração muscular/fibrilação ventri- cular.

  • Não se aproximar de pontos/partes energizadas.
  • Não tocar em equipamentos, cubículos e estruturas.
  • Usar botas.
  • Aguardar 10 minutos para descarga dos capacitores. Disjuntores e chaves seccionadoras. Desconforto, mal–estar, sobressalto, correria e queda devido ao grande estampido quando os disjuntores são manobra- dos, assim como na ocor- rência de arco elétrico, quando da manobra de chaves seccionadoras.
  • Manter a calma. Parte baixa dos equipamentos e construções com baixa altura. Pancada na cabeça com lesões leves ou graves.
  • Observar as caixas de ar–condicionado das edificações.
  • Evitar se abaixar para observar a parte inferior dos equipamentos de grande porte.
  • Olhar para cima com o fim de observar se existem componentes suspensos ou em fase de montagem.
  • Não permanecer e, mesmo, evitar passar debaixo de carga suspensa. Manobras indevidas de equipamentos, dispositivos elétricos e válvulas. Desligamentos e proble- mas operacionais.
  • Não acionar qualquer comando. Barramentos e conexões de equipamentos apresentando baixa altura. Induções elevadas e arco elétrico.
  • Manter distância de segurança; não levantar os braços, escadas e nem qualquer outro objeto. Falha de equipamentos em manobra. Lesões leves ou graves.^
  • Manter distância dos equipamentos em manobra. Bases sem equipamentos. Lesões leves ou graves.
  • Não andar sobre as tampas das canaletas devido à possibilidade de quebra. Tampas de caneletas quebradas ou enfraquecidas. Queda com possibilidade de lesões leves ou graves.
  • Evitar toque entre pessoas Induções e cargas eletrostáticas. Lesões leves ou graves
  • Não devem ter acesso às instalações, os portadores de aparelhos eletrônicos, a exemplo de marca–passos.
  • Observar a base, mantendo distância dos chumbadores existentes e eventual sobra de material. Raio ultravioleta (UV). Catarata, câncer de pele.
  • Utilizar óculos com proteção UV.
  • Utilizar protetor solar.

DISTRIBUIÇÃO

Perigos Efeitos Medidas Preventivas Pontos / partes energizadas Choque elétrico com queimaduras, contração muscular/fibrilação ventricular.

  • Não tocar nas estruturas e nem fazer o seu escalamento
  • Não levantar peças metálicas de grande dimensão debaixo de linhas.
  • Usar bota. Acidente de trânsito Lesões leves ou graves
  • Direção defensiva;
  • Sinalização da área de localização de muncks e outros veículos;
  • Sinalização adequada da área de trabalho. Animais peçonhentos Envenenamento.
  • Usar botas de cano médio
  • Permanecer alerta para o perigo na existência de vegetação. Desnível acentuado da estrada de acesso. Queda com possibilidade de lesões leves ou graves
  • Observar a existência de grandes buracos no acesso Descarga atmosférica Lesões graves
  • Não ficar debaixo de árvores e nem nas suas proximidades
  • Permanecer debaixo da linha ou deitado no solo. Poda de árvores com tombamento no sentido das linhas de distribuição Lesões leves ou graves quando da ocorrência de arcos elétricos.
  • Solicitar instrução à profissional especializado. Parte inferior das estruturas. Pancada na cabeça com lesões leves ou graves
  • Utilizar capacete nos trabalhos na região das estruturas. Aproximação de cabos energizados. Choque elétrico podendo provocar lesões leves ou graves
  • Manter a distância de segurança na utilização de máquinas, caminhões (caçambas / munks).

LIÇÃO 04

Condições Impeditivas para Execução de Serviços.

A nova NR-10, visando a garantir uma maior proteção aos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade, estabeleceu diversos procedimentos a serem seguidos durante a realização dessas atividades.

 As principais condições impeditivas

A ausência ou a deficiência de qualquer uma das condições a seguir impede o início ou o prosseguimento de serviços realizados em instalações elétricas do SEP. Vale ressaltar que essas condições são as principais, pois na análise de riscos do serviço podemos constatar outras situações que possam impedir a execução da atividade. São elas :

  • As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 volts em corrente alternada ou superior a 120 volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam o que estabelece o item 10.8 da NR- 10 (habilitação, qualificação, capacitação e autorização);
  • Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente;
  • Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o

 Quando houver a necessidade de reenergização, esta deve ser autorizada a

partir dos seguintes passos:

A - Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; B - Retirado da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; C - Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; D - Remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e E - Destravamento se houver e religamento dos dispositivos de seccionamento. As medidas constantes, nesses passos, podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado.

 Trabalhos envolvendo alta tensão (AT)

Realização de serviços em que os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão (acima de 1000 v) deverão exercer as suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco. Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o supervisor imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia. Também deverão fazer o estudo e o planejamento das atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos de execução de trabalhos seguros envolvendo risco elétrico. Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado. A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT, dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado. Os equipamentos, as ferramentas e os dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta-tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se às especificações do fabricante, aos procedimentos da empresa e na ausência destes, anualmente.

 Proteção contra incêndio e explosão

As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão. Os materiais, as peças, os dispositivos, os equipamentos e os sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e de dispositivos de descarga elétrica.

Lição 05

Procedimentos de Trabalho; Análise e Discussão.

 Proteção contra incêndio e explosão

“Procedimento de trabalho é o nome que se dá aos documentos que relatam todas as fases de execução de uma atividade ou de um processo com todos os detalhes, tendo como premissa fundamental os requisitos de segurança”. As atividades de construção, operação e manutenção em instalações elétricas devem ser exercidas de acordo com as normas, instruções e os procedimentos emitidos pelos respectivos órgãos competentes de modo a ser executado corretamente e com segurança. Na execução de todo e qualquer serviço em instalações elétricas, deve-se levar sempre em consideração as instruções e recomendações pertinentes a cada caso específico. Verifique a seguir algumas realidades em que os procedimentos de trabalho são evidenciados.

  • Toda atividade operacional realizada por um trabalhador, que interaja no SEP, é passível de ser detalhada em uma seqüência lógica.
  • A garantia da segurança em serviços no SEP é fundamental e obrigatória.
  • Os trabalhos no SEP estão classificados nas áreas de construção/montagem, manutenção e operação de instalações.
  • A técnica de linha viva é uma realidade de manutenção e construção nas quais os trabalhadores atuam diretamente ou “em proximidade” dos equipamentos e condutores energizados.
  • Os trabalhos podem ser executados em instalações industriais ou de concessionárias, de instalações localizadas em subestações e usinas ou linhas de transmissão e distribuição de energia, urbanas ou rurais.