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Modernismo – O que é isso?, Notas de aula de Artes

Recursos necessários para esta dinâmica: ▫. Textos e fichas de leitura componentes do material do professor e do aluno. Etapa ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Andre_85
Andre_85 🇧🇷

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Modernismo –
O que é isso?
Dinâmica 2
3ª Série | 2º Bimestre
DISCIPLINA SÉRIE CoNCEItoS objEtIvo
Língua Portuguesa 3ª de Ensino Médio Arte Moderna/
Modernismo.
Reconhecer o efeito
de sentido decorrente
da escolha de uma
determinada palavra ou
expressão.
DINÂMICA Modernismo – O que é isso?
HAbILIDADE PRINCIPAL H27 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão.
HAbILIDADES ASSoCIADAS H25 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
CURRÍCULo MÍNIMo Caracterizar o Modernismo brasileiro.
Caro/a aluno/a, estas são as fases que seu professor irá trabalhar com a sua turma:
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Modernismo –

O que é isso?

Dinâmica 2

3ª Série | 2º Bimestre

DISCIPLINA SÉRIE CoNCEItoS objEtIvo Língua Portuguesa 3ª de Ensino Médio Arte Moderna/ Modernismo. Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. DINÂMICA Modernismo – O que é isso? HAbILIDADE PRINCIPAL H27 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. HAbILIDADES ASSoCIADAS H25 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. CURRÍCULo MÍNIMo Caracterizar o Modernismo brasileiro. Caro/a aluno/a, estas são as fases que seu professor irá trabalhar com a sua turma:

Aluno EtAPAS AtIvIDADE tEMPo EStIMADo oRgANIzAção REgIStRo 1 Apresentação da dinâmica, leitura e debate. Leitura e discussão orientada: levantamento das principais características do Modernismo brasileiro. 30 min Toda a Turma. Oral/ Coletivo. 2 Análise do texto e sistematização dos conteúdos. Análise textual, exercícios de aprofundamento do conceito de Modernismo, dos efeitos de humor e de ironia; sistematização básica. 30 min Duplas. Escrito/Oral/ Duplas. 3 Autoavaliação. Questões Objetivas (modelo Vestibular UERJ/2009 – adaptadas). 20 min Individual. Escrito. 4 Etapa opcional.^ Produção textual. Tempo a critério do professor. Individual. Escrito. Recursos necessários para esta dinâmica: ƒ Textos e fichas de leitura componentes do material do professor e do aluno. Etapa 1 aprEsEntação da dinâmica,

lEitura E dEbatE

lEitura E discussão oriEntada: lEvantamEnto das principais caractErísticas do modErnismo brasilEiro O que você pensa quando ouve a palavra “ moderno ”? Ou o que surge em sua mente ao escutar que “a música X é brega, já a Y é moderna”? Em geral, quando pensamos em algo moderno, somos levados a imaginar uma situação de inovação, que traz uma mudança, que está acontecendo de forma diferente do que acontecia antes... Um carro moderno, por exemplo, possui equipamentos que outro antigo desconhecia. Este conceito também foi e é aplicado às artes de uma maneira geral. Surgido na Europa, o movimento modernista, que é como chamamos o conjunto de manifestações artísticas que investiram em maneiras novas de se constituir, ligadas à modernidade e se desligando da tradição, teve grandes representantes em Portugal, como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro. Como temos estudado, o Modernismo Brasileiro teve “início” com a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, realizada entre os dias 11 e 17 de fevereiro de 1922. Nela, grandes nomes da Literatura e das Artes Plásticas expressaram seus ideais e suas concepções do que seria uma nova linguagem artística e literária. Entre as principais características dessa nova forma de ver, pensar e produzir arte podemos

Aluno no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guaiamuns diz-que habitando a água-doce por lá. No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. Porém respeitava os velhos, e frequentava com aplicação a murua a poracê o torê o bacorocô a cucuicogue, todas essas danças religiosas da tribo. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras-feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar. Nas conversas das mulheres no pino do dia o assunto eram sempre as peraltagens do herói. As mulheres se riam, muito simpatizadas, falando que “espinho que pinica, de pequeno já traz ponta”, e numa pajelança Rei Nagô fez um discurso e avisou que o herói era inteligente. [...] II Maioridade [...] Então Macunaíma quis se divertir um pouco. Falou pros manos que inda tinha muita piaba muito jeju muito matrinchão e jatuaranas, todos esses peixes do rio, fossem bater timbó! Maanape disse:

  • Não se encontra mais timbó. Macunaíma disfarçando secundou:
  • Junto daquela grota onde tem dinheiro enterrado enxerguei um despotismo de timbó.
  • Então venha com a gente pra mostrar onde que é. Foram. A margem estava traiçoeira e nem se achava bem o que era terra o que era rio entre as mamoranas copadas. Maanape e Jiguê procuravam procuravam enlameados até os dentes, degringolando juque! nos barreiros ocultos pela inundação. E pulapulavam se livrando dos buracos, aos berros, com as mãos pra trás por causa dos candirus safadinhos querendo entrar por eles. Macunaíma ria por dentro vendo as micagens dos manos campeando timbó. Fingia campear também mas não dava passo não, bem enxutinho no firme. Quando os manos passavam perto dele, se agachava e gemia de fadiga.
  • Deixe de trabucar assim, piá! Então Macunaíma sentou numa barranca do rio e batendo com os pés n’água espantou os mosquitos. E eram muitos mosquitos, piuns maruins arurus tatuquiras

Português muriçocas meruanhas mariguis borrachudos varejas, toda essa mosquitada. Quando foi-de tardezinha os manos vieram buscar Macunaíma tiriricas por não terem topado com nenhum pé de timbó. O herói teve medo e disfarçou:

  • Acharam?
  • Que achamos nada!
  • Pois foi aqui mesmo que enxerguei timbó. Timbó já foi gente um dia que nem nós... Presenciou que andavam campeando ele e sorveteu. Timbó foi gente um dia que nem nós... Os manos se admiraram da inteligência do menino e voltaram os três pra maloca. [...] ANDRADE, M. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. São Paulo: Agir, 2008. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=nyCLoEDiNFMC&printsec=frontcover&hl=pt- BR#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 18 jan. 2013. voCAbULáRIo URARICoERA nome de um rio brasileiro, no estado de Roraima. tAPANHUMAS tribo indígena. SARAPANtAR assustar, espantar. MALoCA grande barraca indígena, coberta de palmas secas e que aloja vá- rias famílias; aldeia. jIRAU cama de varas; espécie de estrado onde se sentam os pescadores na jangada PAxIúbA espécie de palmeira. SAúvA nome de várias espécies de uma família de formigas. DANDAvA andava. MUCAMbo nome dado a moradia construída artesanalmente, muitas vezes de frágil construção. gUAIAMUNS caranguejos. CUNHAtã menina; moça. gUSPIA o mesmo que cuspia. MACURU balanço formado por talas, em que se colocam as crianças, para poderem se balançar sem perigo. EStRAMbóLICAS complicadas; problemáticas. PAjELANçA nome de um ritual místico, realizado por um pajé indígena, com o ob- jetivo de curar, de prever o futuro, entre outras realizações mágicas. SoRvEtEU algo que sumiu, desapareceu.

Português Etapa 2 análisE do tExto E sistEmatização

dos contEúdos

análisE tExtual, ExErcícios dE aprofundamEnto do concEito dE modErnismo, dos EfEitos dE humor E dE ironia; sistEmatização básica Agora você irá trabalhar em dupla. Antes, porém, de responder às questões propostas nesta fase, reflita e debata sobre elas com o seu colega. Cuidado com o tempo. Fique atento para que, no momento da correção, suas atividades estejam prontas e você possa participar e sanar possíveis dúvidas. Vamos ao trabalho! Leia as questões a seguir e responda-as de acordo com o que foi debatido em sala, entre o seu professor e a turma. Junto com seu colega, responda a cada pergunta, atentando para o que realmente foi pedido.

1. Durante a primeira fase, tratamos das principais características do Modernis- mo brasileiro. Com base no que estudamos, e analisando os fragmentos do primeiro e do segundo capítulo de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter , responda: que elementos você destacaria como modernistas nesses textos? 2. Podemos dizer que, nestes fragmentos, há uma preponderância de humor e ironia. Retire passagens do texto que confirmem esta afirmação.

Aluno

3. No texto, Macunaíma é considerado um herói. Mas esse herói possui ca- racterísticas diferentes dos chamados “mocinhos tradicionais”. Aponte-as com as suas palavras. 4. De acordo com o dicionário de termos indígenas (http://www.significado. origem.nom.br/), Macunaíma, além de “Grande Mau”, também significa “aquele que trabalha durante a noite”. Qual a ironia encontrada entre este significado do nome e as características do personagem em questão? 5. No texto, são apresentadas diversas palavras e/ou expressões ligadas ao vocabulário indígena. Escolha uma frase em que apareça um ou mais des- tes vocábulos e copie-a, substituindo o(s) termo(s) específico(s) por outro que tenha um significado semelhante e seja de mais fácil compreensão. 6. Observe a frase que você modificou na questão anterior. Em seguida, co- mente: há alguma mudança significativa no sentido da palavra e/ou da fra- se, em geral, em decorrência da substituição que você fez? O que acontece quando se troca um termo específico por outro mais popular?

Aluno Etapa 3 autoavaliação QuEstõEs objEtivas (modElo vEstibular uErj – 2009/ adaptadas) Leia os textos a seguir e responda às questões de múltipla escolha. Nelas, você testará os conhecimentos que relembrou hoje. Este é o momento de você trabalhar sozinho. Pense, reflita e aproveite esta oportunidade para testar o que realmente assimilou do que foi trabalhado ao longo da dinâmica. Ao final desta etapa, o professor fará a correção e os comentários. Não se esqueça de tirar as dúvidas que surgirem durante a resolução das atividades, no momento em que estiverem debatendo as questões.

Português

IDEOLOGIA

Meu partido É um coração partido E as ilusões estão todas perdidas Os meus sonhos foram todos vendidos Tão barato que eu nem acredito [...] CAZUZA e ROBERTO FREJAT – 1988 www.cazuza.com.br

1. Podemos perceber que nos dois primeiros versos há a repetição da palavra “partido”. Qual o efeito de sentido decorrente deste uso? a. Revelar o nível de alienação em que se encontra o sujeito poético. b. Reafirmar a influência do coletivo no âmbito pessoal. c. Acrescentar elementos pessoais a uma temática social. d. Projetar um desencantamento sobre a política. 2. Em “ Os meus sonhos foram todos vendidos/ Tão barato que eu nem acredi- to ”, não podemos afirmar que: a. Há uma profunda melancolia em saber que os sonhos foram vendidos tão baratos e não por preços mais “justos”. b. Há uma ironia na forma em que o sujeito poético lida com as palavras: como se os sonhos pudessem ter sido vendidos mais caros. c. Há um certo humor no jogo entre as palavras “sonhos”, “vendidos”, “ba- ratos”, resultante da impossibilidade da interpretação literal das mes- mas. d. Há um sentimento de desilusão, resultante do fato de que os sonhos do sujeito lírico foram extintos de uma forma, aparentemente, banal. CONSIDERAÇÃO DO POEMA Não rimarei a palavra sono com a incorrespondente palavra outono. Rimarei com a palavra carne ou qualquer outra, que todas me convêm. As palavras não nascem amarradas,

Português

Aluno rEfErências bibliográficas ƒ CAMPEDELLI, S. Y.; SOUZA, J. B. Literaturas brasileira e portuguesa: teo- ria e texto_._ Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2000. ƒ NICOLA, J. de. Língua, literatura e redação. Vol. 1. São Paulo: Scipione, 2000. ƒ Dicionários Online: http://www.dicio.com.br htt p : / / w w w. u s i n a d e l e t ra s. c o m. b r /ex i b e l o tex to. p h p? c o d = 10223&cat=Ensaios http://www.dicionarioinformal.com.br http://aulete.uol.com.br/ Acesso em: 15 jan. 2013. sugEstão dE lEitura para o aluno ƒ RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 2003. Considerado uma das obras-primas de Graciliano Ramos, São Bernardo é um livro que conta a história de Paulo Honório, um homem rude, que se utilizou de vários meios, lícitos e ilícitos, para prosperar na vida e adquirir a Fazenda São Bernardo. Após a morte de sua esposa Madalena, o personagem resolve escrever suas “memórias”. Pertence ao conjunto de obras reconhecidas como “Regionalistas”, compostas por escritores na segunda fase do Modernismo brasileiro. Apresenta, portanto, características marcantes deste momento literário, como a temática agreste e o aprofundamento psicológico dos personagens, além da reflexão sobre os problemas sociais. Outro ponto interessante reside no fato de o personagem principal ser um “anti-herói”, ou seja, não possuir as características dos protagonistas das narrativas românticas tradicionais. Vale a pena conferir!