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Modelos de regulacao florestal, Esquemas de Engenharia Florestal

contem anotacoes importantes sobre modelos de regulacao florestal

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 02/07/2025

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ISSN 1980-3958
Outubro, 2013
257
Anais da reunião técnica:
Biometria florestal - modelos de
crescimento e produção
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ISSN 1980-

Outubro, 2013^257

Anais da reunião técnica:

Biometria florestal - modelos de

crescimento e produção

Documentos 257 Embrapa Florestas Colombo, PR 2013 ISSN 1980- Outubro, 2013 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Florestas Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Evaldo Muñoz Braz Patricia Povoa de Mattos (Editores técnicos) Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção

Editores técnicos Evaldo Muñoz Braz Engenheiro florestal, Doutor, Pesquisador da Embrapa Florestas, evaldo.braz@embrapa.br Patricia Povoa de Mattos Engenheira-agrônoma, Doutora, Pesquisadora da Embrapa Florestas, patricia.mattos@embrapa.br

Sumário

Crescimento e produção florestal ................................ 11

Crescimento e produção das variáveis dendrométricas .... 14

Variáveis fundamentais nos modelos de produção .......... 20

Métodos para estimativa da altura por meio da análise

de tronco .................................................................. 25

Métodos para classificação de sítios florestais ............... 29

Técnicas de predição e projeção do crescimento e

produção como suporte para o manejo florestal .............. 33

Modelos biomatemáticos e modelos implícitos de

produção e crescimento .............................................. 39

Modelos para povoamentos desbastados ....................... 42

Modelos para árvores individuais .................................. 48

Modelagem em florestas nativas .................................. 55

Taxa de corte sustentada em Floresta Ombrófila Densa ... 62

Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção Evaldo Munhoz Braz Patricia Povoa de Mattos (Editores técnicos) Programa: Reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção Organização: Evaldo Muñoz Braz e Patricia Povoa de Mattos Local e data: Auditório da ACN, Embrapa Florestas, 29/10/ 08:00 08:30 Abertura e apresentação dos participantes Evaldo Muñoz Braz 08:30 09:00 Crescimento e produção florestal Alessandro Dias Borges 09:00 09:30 Crescimento e produção das variáveis dendrométricas^ Romell Alves Ribeiro 09:30 10:00 Variáveis fundamentais nos modelos de produção^ Tiago Souza Kretzer 10:00 10:30 Intervalo 10:30 11:00 Métodos para estimativa da altura por meio da análise de tronco Roger Sousa Fiusa 11:00 11:30 Métodos para classificação de sítios florestais^ Vitor Dressano Domene 11:30 12: Técnicas de predição e projeção do crescimento e produção como suporte para o manejo florestal Aline Canetti 12:00 13:00 Almoço

10 Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção 13:00 13: Modelos biomatemáticos e Modelos implícitos de produção e crescimento Andreia Taborda dos Santos 13:30 14: Modelos para povoamentos desbastados e Modelos para árvores individuais Rafaella Curto 14:00 14:30 Modelagem em florestas n ativas Mariana Ferraz Oliveira 14:30 15:00 Taxa de corte sustentada em Floresta Ombrófila Densa Pollyni Ricken 15:00 15:30 Intervalo 15:30 17:00 Debate: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção Moderadores: Evaldo Muñoz Braz e Patrícia Póvoa de Mattos Programa: Reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção Organização: Evaldo Muñoz Braz e Patricia Povoa de Mattos Local e data: Auditório da ACN, Embrapa Florestas, 29/10/

12 Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção regeneração natural, visando quantificar o desenvolvimento da espécie através dos incrementos médio e corrente em volume. Durante o estudo, verificou-se que as árvores oriundas da regeneração possuíam cerne desenvolvido, muito irregular, e não permitiram uma distinção clara entre os anéis de crescimento, impossibilitando a avaliação do crescimento dos indivíduos. Ao analisar as árvores provenientes do reflorestamento, determinaram que as mesmas não tinham atingido seu máximo incremento médio anual, não permitindo, neste ponto, a determinação da idade de corte adequada, assim como o máximo potencial de crescimento da espécie, referente a produção volumétrica e idade de rotação do plantio, do ponto de vista biológico. O crescimento em diâmetro de Eucalyptus grandis foi analisado por Rezende e Ferraz (1986) para a determinação da máxima produtividade anual. Nesse estudo de caso, a máxima produtividade e a idade de corte foram determinadas através do incremento corrente anual (ICA) e do incremento médio anual (IMA), ambos em volume. A idade de corte foi estabelecida a partir da análise gráfica das curvas do incremento médio anual (IMA) e do incremento corrente anual (ICA), identificando o ponto máximo pelo ponto de interceptação das curvas. Esses autores determinaram ainda o IMA e o ICA em massa, obtendo idade de corte superior ao calculado por métodos tradicionais, ressaltando que outros aspectos devem ser levados em conta e que podem antecipar erroneamente a idade de corte. Chassot et al. (2011) através de uma diferente metodologia, determinaram um modelo de crescimento para árvores individuais, baseada em estimativas de produção através do diâmetro e aspectos fitossociológicos, como posição socioecológica, circunferência à altura do peito (CAP) e altura total. O autor determinou um modelo de produção em que a melhor estimativa para um diâmetro futuro apresentava

Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção 13 melhor correlação com o diâmetro atual em função da posição socioecológica do indivíduo. Através do incremento dendrométrico é possível determinar o crescimento de florestas, assim como espécies, e obter um prognóstico da produção, sendo estas informações de extrema valia para o setor florestal. O conhecimento adequado sobre o crescimento de uma árvore, povoamento ou floresta permite um planejamento adequado da produção e a aplicação de tratos silviculturais no momento preciso, idade de corte ideal, dentre outros.

Referências

CHASSOT, T.; FLEIG, F. D.; FINGER, C. A. G.; LONGHI, S. J. et al. Modelos de crescimento em diâmetro de árvores individuais de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze em Floresta Ombrófila Mista. Ciência Florestal , Santa Maria, RS, v. 21, n. 2, p. 303- 313, abr./jun. 2011. FINGER, C. A. G.; SCHNEIDER, P. R.; BERGER, R.; ELEOTÉRIO, J. R. Investigação retrospectiva do crescimento volumétrico de pau-ferro. Ciência Florestal , Santa Maria, RS, v. 13, n. 1, p. 131- 136, 2003. REZENDE, M. A.; FERRAZ, E. S. B. Incrementos anuais de volume, massa e idade ideal de corte para Eucalyptus grandis , IPEF , Piracicaba, n. 32, p. 43-48, 1986. VANCLAY, J. K. Modelling forest growth and yield : applications to mixed tropical forests. Wallingford: CAB International, 1994. 312 p.

Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção 15 corrente anual em altura ocorrerá mais cedo em espaçamentos menores. A respeito da posição do povoamento, se a planta está sombreada, tendo quantidade de luz apenas para se manter ou ter superávit para um lento crescimento em qualquer variável dendrométrica, o ponto que ela atingirá o incremento corrente anual será mais tardio. O crescimento em área basal e volume são influenciados pela densidade e pelos demais fatores mencionados para o diâmetro e altura. De maneira geral, o incremento corrente anual em área basal ocorre mais cedo do que o incremento corrente anual em volume. Coelho et al. (1970) analisaram o comportamento do crescimento em diâmetro, altura e volume de 4 espécies de eucaliptos submetidos a 2 espaçamentos (3 m x 2 m e 3 m x 1,5 m), por um período de 4 anos. Esses autores constataram que os diâmetros apresentados no espaçamento 3 m x 2 m foram maiores em todos os anos de estudo, e que o volume empilhado de madeira com casca produzido aos 5 anos foi maior no espaçamento 3 m x 1,5 m. Para que o máximo incremento médio anual em volume seja detectado é necessário monitorar através de parcelas permanentes o desenvolvimento das plantas contidas na área monitorada ao longo do tempo, e então construir modelos de projeção da produtividade. Estes propiciarão antever a idade em que ocorrerá este ponto máximo. Se este ponto máximo for detectado muito cedo, pode-se inferir que o espaçamento está reduzido, ou que há falta de adubação nos povoamentos. Quando este fato ocorrer em sítios muito produtivos é comum a aplicação de desbastes como estratégia de manejo. Em sítios pouco produtivos, onde a prática do desbaste é antieconômica, a estratégia de manejo é a de ampliar o espaçamento, o que implica em menos custos e árvores de maior porte em

16 Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção diâmetro. Espera-se ao final da rotação (longo prazo) que a produção do povoamento desbastado seja similar à soma das produções obtidas quando a prática do desbaste é efetuada. As justificativas para a aplicação destes sistemas são de ordem econômica e para evitar a mortalidade. De qualquer maneira, a função principal da seleção do espaçamento é proporcionar determinada competição para a(s) espécie(s) selecionada(s), visando seleção dos melhores indivíduos. No que se refere a florestas naturais, o crescimento e a produção são diferentes, de acordo com as tipologias florestais e ambientais. Por exemplo, em florestas tropicais clímax, as espécies arbóreas geralmente crescem muito lentamente, mesmo em condições favoráveis de temperatura e precipitação. Tais espécies podem levar décadas para atingirem um tamanho ideal de corte. Caso ocorra alguma perturbação na área, os níveis de incremento tendem a aumentar por algum tempo, até ocorrer novamente a estabilização. Uma observação importante com relação ao crescimento das árvores é que existe correlação entre o crescimento diamétrico e a quantidade de luz recebida pelas copas. Segundo Schneider e Schneider (2008), o crescimento em diâmetro de árvore individual é afetado pela densidade populacional, sendo sensível a mudanças causadas por desbaste. O crescimento em diâmetro indicará o grau de aproveitamento da madeira e a sua importância. Segundo esses autores, árvores dominantes respondem melhor às mudanças de densidade, uma vez que estão em posição mais favorável para competir com as demais pela luz, umidade e outros elementos. Árvores com danos no fuste, na copa ou dominadas por cipós apresentam crescimento diamétrico mais lento. O incremento em diâmetro é menor também nas menores classes diamétricas, já que o número de plantas é maior e a competição por luz, água e nutrientes é mais acentuada. As plantas que compõem o dossel da floresta, e ainda não atingiram a senescência, são as

18 Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção mortas durante as operações de exploração, enquanto outras são severamente danificadas e morrem pouco tempo depois. Assim como a mortalidade, o recrutamento é de extrema importância em qualquer expressão de crescimento de um povoamento. O recrutamento realimenta a floresta com mudas e pequenas árvores. É preciso que um número mínimo de árvores sobreviva e cresça, possibilitando os futuros ciclos de corte, para que a produção florestal seja sustentável. Sanquetta et al. (2003) avaliaram a mortalidade e o recrutamento em duas áreas florestais de Araucaria angustifolia, sendo que uma delas sofreu sistematicamente raleamentos de sub-dossel para manejo de erva-mate e também corte seletivo de madeira, o que não ocorreu na segunda. Os resultados mostram que a floresta que não foi manejada, dada a sua maior densidade, vem sofrendo com a maior competição e, por isso, apresentou um maior número de árvores mortas. A mortalidade foi quase o dobro da floresta onde houve o manejo. Foram evidenciadas altas taxas de recrutamento na floresta manejada em comparação a floresta não manejada. Isto indica que as práticas de manejo com corte seletivo e raleamento de sub-bosque podem ter favorecido o recrutamento por dessas espécies. Em florestas homogêneas os níveis de produtividade variam enormemente em função da espécie, procedências, sítios, idade, espaçamento, manejo e constituição genética.

Anais da reunião técnica: Biometria florestal – modelos de crescimento e produção 19

Referências

COELHO, A. S. R.; MELLO, H. A.; SIMÕES, J. W. Comportamento de espécies de Eucaliptos face ao espaçamento. IPEF , Piracicaba, n. 1, p. 29-55, 1970. SANQUETTA, C. R.; CÔRTE, A. P. D.; EISFELD, R. de L. Crescimento, mortalidade e recrutamento em duas florestas de Araucária (Araucaria angustifólia (Bert.) O. Ktze.) no Estado do Paraná, Brasil. Revista Ciências Exatas e Naturais , v. 5, n. 1, p. 101-112, jan./jun. 2003. SCHAAF, L. B.; FILHO, A. F.; SANQUETTA, C. R.; GALVÃO, F. Incremento diamétrico e em área basal no período 1979-2000 de espécies arbóreas de uma Floresta Ombrófila Mista localizada no sul do Paraná. Floresta , Curitiba, v. 35, n. 2, p. 271-290, maio/ago. 2005. SCHNEIDER, P. R.; SCHNEIDER, P. O. Manejo florestal. Santa Maria, RS: UFSM, 2008. 195 p.