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Modelo de Projeto, Notas de aula de Construção

na alfabetização e letramento de alunos da educação infantil. Procurou entender, também, ... Figura 3: Foto do Uso do alfabeto móvel sem as fichas.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Maracana85
Maracana85 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO
BÁSICA - LASEB
ÁREA: PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Doralice Pompilio Vieira dos Santos
JOGOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O TRABALHO COM O
NOME PRÓPRIO
Belo Horizonte
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO

BÁSICA - LASEB

ÁREA: PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Doralice Pompilio Vieira dos Santos JOGOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O TRABALHO COM O NOME PRÓPRIO Belo Horizonte Dezembro de 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO

BÁSICA - LASEB

ÁREA: PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Doralice Pompilio Vieira dos Santos JOGOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O TRABALHO COM O NOME PRÓPRIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Docência na Educação Básica, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção de título de Especialista em Docência da Educação Básica. Área: Processo de Alfabetização e Letramento Orientadora: Profª. Drª. Ana Paula Rodrigues Belo Horizonte Dezembro de 2019

A Deus por me dar capacidade de vencer mais essa batalha!

RESUMO

O presente trabalho pretendeu compreender a importância dos jogos como recurso pedagógico na alfabetização e letramento de alunos da educação infantil. Procurou entender, também, como, por meio da interação e do trabalho com o nome próprio, a criança aprende e apreende os conhecimentos adquiridos em momentos em que o lúdico é apresentado como suporte para isso. Para tanto, teve como referências teóricas de apoio, Soares (2010); Morais (2012), Vygotsky (2007), Brandão e Leal (2011). Metodologicamente, optou-se pela pesquisa-ação, método em que o pesquisador é, também, sujeito do processo, uma vez que observa e analisa a sua própria prática. O procedimento adotado foi a aplicação de um plano de ação durante o segundo semestre de 2019 em uma turma de 4/5 anos de uma EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) do município de Belo Horizonte, Minas Gerais. Dentre os principais resultados observou que a interação da criança com seus pares no contexto escolar, em que utilizou uma didática que possibilitasse a criança aprender e apreender o mundo a sua volta, permitindo-o um aprendizado prazeroso. Palavras-chave: Educação Infantil, Interação, Jogos Pedagógicos.

LISTA DE FIGURAS

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa propositou compreender a importância dos jogos como recurso pedagógico na alfabetização e letramento de alunos da educação infantil; considerando-os ser uns dos recursos que possibilita a criança o seu desenvolvimento e descobertas de uma realidade como sujeito sociocultural, pensante e crítico, e, sendo também uns dos métodos facilitadores no ensino-aprendizagem do letramento e escrita, que de acordo Vygotsky (2007, p.24), possibilita o registro das associações realizadas pela criança contribuindo nas transformações dos processos perceptivos de suas atividades intelectuais. Segundo ainda este teórico o “aprendizado da criança começa muito antes dela frequentar a escola” (p. 94), que o seu nascer se dá num ambiente com recursos básicos para sua sobrevivência possibilitando seu desenvolvimento sociocultural nas inter-relações construídas juntas aos seus pares sociais. Com a finalidade de pesquisar e estudar as possibilidades de alfabetização e letramento por meio dos jogos, desenvolveu um plano de ação com sua aplicabilidade juntos aos alunos de uma Escola Municipal de Educação Infantil da Prefeitura de Belo Horizonte/MG, que contou com 18 crianças de 4/5 anos, permitindo compreender como elas decodificam e identificam as palavras, a escrita e os símbolos representativos de sua língua materna. Numa relação dialógica da criança e seus pares, este sujeito desde do nascimento é constituída cidadão sócio histórico-cultural; recebendo um nome próprio como forma de marcar sua subjetividade numa sociedade grafocêntrica. Ao ser inserido no contexto Escolar, a criança no processo de letramento e alfabetização e sua relação com os grafemas/fonemas e os símbolos representativos da linguagem oral/escrita, foram trabalhados para uma construção da linguagem gráfica e sua estrutura gramatical, como princípio importante no processo de suas habilidades em seu desenvolvimento sócio interacional e cognitivo. Para se alcançar as habilidades pretendidas trabalhadas, usou do lúdico como instrumento de aprendizado dos grafemas/fonemas e dos símbolos linguísticos, que constituem seu nome próprio e sua representação na linguagem oral/escrita, estabelecendo em conjunto as regras e sua forma sistemática na sua execução, numa perspectiva de levá-las a perceberem que a escrita, as letras e os símbolos presentes no seu dia-dia em suas interações com o núcleo primário-social, a família, estendendo ao núcleo macrossocial em que transita; propositou aprender e conhecer as letras, sua grafia e representação simbólica. Como maneira mais compreensiva fez uso do nome social/próprio, permitindo que as crianças reconhecem as letras do nome ampliando sua identificação com as letras do alfabeto,

possibilitando na criação e recriação de novas palavras a partir também do nome de seus colegas de turma. Diante disto foi verificado a eficácia do uso de jogos como recurso pedagógico; buscando desenvolver e estimular a atenção e o raciocínio lógico, promovendo a socialização e coparticipação nas ações simbólicas e construtivas do saber, propiciando-as reconhecerem as suas diferenças como sujeito social, como também as diferenças da grafia do seu próprio nome e das letras que as compõem e o uso em diferentes palavras do seu cotidiano, possibilitando as diversas formas gráficas em relação ao uso do grafema e fonema. A metodologia usada para esta pesquisa é de abordagem qualitativa. Para Ludke e André (1986) esse modelo de pesquisa é o mais propício para se usar na área de educação, pois permite investigar assuntos impalpáveis e profundos. Dentro da Pesquisa qualitativa se pesquisou sob o foco de uma pesquisa-ação, em que o pesquisador é, ao mesmo tempo, o sujeito da ação e o que pesquisa a própria prática. Ele pesquisa e é pesquisado ao mesmo tempo. Nessa perspectiva, Barbier (2004) defende que A pesquisa-ação obriga o pesquisador de implicar-se. Ele percebe como está implicado pela estrutura social na qual ele está inserido e pelo jogo de desejos e de interesses de outros. Ele também implica os outros por meio do seu olhar e de sua ação singular no mundo. Ele compreende, então, que as ciências humanas são, essencialmente, ciências de interações entre sujeito e objeto de pesquisa. O pesquisador realiza que sua própria vida social e afetiva está presente na sua pesquisa sociológica e que o imprevisto está no coração da sua prática. Mais e mais ele percebe que as metodologias tradicionais em ciências sociais devem ser retomadas, desenvolvidas e reinventadas sem cessar no âmbito da pesquisa-ação. (BARBIER, 2004, p. 14). Nesse sentido, na pesquisa-ação, o olhar do professor- pesquisador é influenciado e influencia os outros ao seu redor, o que lhe possibilita enxergar o que muitos não enxergam, mas, ao mesmo tempo, o impede de ter o olhar crítico sobre si mesmo. O trabalho de implicação do pesquisador em ação o conduz, inelutavelmente, a reconhecer sua parte fundamental na vida afetiva e imaginária de cada um na sociedade. Ele descobre todos os reflexos míticos e poéticos, assim como o sentido sagrado frequentemente dissimulado nas atividades mais banais e cotidianas. (BARBIER, 2004, p.15). Barbier demonstra, com isso, que essa abordagem humaniza o pesquisador, fazendo-o olhar para o objeto de pesquisa não somente para investigar de forma técnica, mas para repensar sua prática. Este teórico ainda sugere que Os docentes, por exemplo, têm vontade de participar diretamente do conhecimento dos problemas deles mesmos, e estão cada vez mais conscientes da inutilidade das pesquisas clássicas feitas por outros sob a denominação das “Ciências da Educação”. Os novos objetos, surgidos nos últimos anos (currículo), levam os docentes a repensarem sua implicação. Os novos métodos quantitativos atribuem-lhes uma

1. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A concepção de criança que temos na atualidade nem sempre esteve relacionada ao conceito de pessoa de direto, que requer proteção e cuidados especiais. Até o final do século XIX, era considerada socialmente como adulto em miniatura por não haver distinção entre o mundo adulto e o mundo infantil. Dessa forma, ela ingressava aos sete anos na sociedade de adultos e era responsabilidade dos professores o cuidado e a vigilância, mais do que a educação formal em si. Na contemporaneidade as crianças estão sob tutela da família e do o Estado, que intervém na educação e socialização deste sujeito. Com a democratização do acesso à educação, as possibilidades da criança de ter iniciado na idade correspondente do seu processo alfabetização, tem sido motivo de pesquisas de estudiosos na área educacional, assim como o conceito de letramento. Quando se fala em letramento, recorre-se a conceituação de Soares (2010), em que a palavra letramento pode ser vista sob quatro pontos de vista: o antropológico, o linguístico, o psicológico e o educacional. Para essa pesquisa, focou no último citado, a saber, o educacional, sobre o qual a autora nos aponta que: “Letramento designa as habilidades de leitura e escrita de crianças, jovens ou adultos, em práticas sociais que envolvem a língua escrita. É este o conceito de letramento que, entre nós, está presente nas práticas escolares, nos parâmetros curriculares, nos programas, nas avaliações que vêm sendo repetidamente feitas em diferentes níveis– nacional, estaduais, municipais. ” (SOARES, 2010, p. 57) Portanto pode-se apontar que o letramento vai além da decodificação da escrita. Ele está presente no uso social que essa escrita propicia. Quando a criança, mesmo sem saber decodificar, que é o caso de uma criança na educação infantil, sabe que um bilhete é para dizer algo aos pais ou responsáveis ou, que a agenda permite aos familiares saberem se a criança se alimentou, dormiu ou fez algo diferente na escola, essa criança mesmo não sendo alfabetizada já é uma criança que está sendo letrada no ambiente escolar e no seu cotidiano extraescolar. Segundo ainda Soares (2004), ela afirma que não existe como dissociar a alfabetização do letramento uma vez que são inseparáveis. Na alfabetização, a criança aprende o código, porém no letramento ela aprende o uso desse código. Quando a criança entende que as letras são usadas para escrever e ao escrever ela se comunica com o outro ela percebe a função social dessa escrita e isso é letramento.

Nos anos 60 no cenário brasileiro os educadores compreendiam que Educação Infantil e o processo de letramento e alfabetização era possível levando em consideração que a criança tivesse certas habilidades adquirida, que segundo Brandão e Leal (2011, p.14), denominava estas habilidades de “maturidade para alfabetização”, compreendendo que as crianças precisavam estar maduras o suficiente para desenvolver as habilidades de leitura e escrita. Mas, a criança, antes de alcançar este estágio de maturação, deveria ser trabalhada de forma a desenvolver habilidades motoras com atividades maçantes e repetitivas como traçados de letras e outros movimentos. Vale ressaltar que o letramento e a alfabetização independem da língua oral, que o nascer da criança e sua convivência com os diversos grupos sociais em sua formação sócio histórico-cultural, possibilita aprendizagem de uma linguagem que o inclui socialmente. Para que este sujeito adquira conhecimento da estrutura gramatical e ortográfica de sua língua, faz necessário que se conheça os códigos de comunicação e os seus signos, permitindo representar esta linguagem de forma sistemática e estruturada. No mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. (SOARES, 2004, p.14) Nesse sentido este processo desenvolverá habilidades de ler e escrever de forma adequada, possibilitando o aprendizado do alfabeto, dos números, da coordenação motora, formação de palavras e das sílabas, desenvolvendo habilidades de leitura, de compreensão de textos e da linguagem de maneira geral e as competências necessárias para avançar aos níveis escolares seguintes. A polêmica de alfabetizar ou na educação infantil ainda paira nas conversas de professores. Mas na rede municipal de educação de Belo Horizonte, na capital mineira, os próprios documentos oficiais, como as Proposições Curriculares para Educação Infantil, embora não explicitem com todas as letras essa questão, indicam que a Escola de Educação Infantil precisa ser orientada por uma intencionalidade pedagógica que propicie a inserção de forma lúdica na cultura letrada. Na contemporaneidade têm percebido que a normatização do ingresso da criança em um novo ambiente social, a Escola, de acordo Brasil (2010), no “Art. 2º” em que pressupõem o ingresso na Pré-Escola, a criança deverá ter idade de 4 (quatro) anos completos até o dia 31 de março do ano que ocorrer a matrícula”. Sendo assim, segundo Brasil/BH-MG (2003), foi

Embora as crianças já vivam em um mundo cercado de palavras, é na educação infantil que elas se aproximam efetivamente da escrita. Daí a importância da alfabetização ou do letramento também na Educação Infantil. As crianças, antes mesmo do ensino Fundamental devem ter acesso tanto a atividades de introdução ao sistema alfabético e suas convenções a alfabetização, como também práticas sociais de uso da leitura e da escrita, o letramento (SOARES, 2009. p. 18). Dessa forma, assim como Soares (2009), está pesquisa harmoniza com o pensamento da teórica em defender a presença de atividades de alfabetização na educação infantil.

2. JOGOS COM O NOME PRÓPRIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL A dinâmica dos jogos como recurso didático diante da evolução dos estudos na área da educação sobre o desenvolvimento infantil é essencial para a construção do pensamento da criança, para a aquisição da leitura e da escrita. A utilização dos jogos/brincadeiras em sala de aula possui vasta fundamentação teórica, em que o ato de brincar varia conforme a visão de cada pesquisador, porém sua essência e sua importância no âmbito educacional continuam intrínsecas em cada conceito. Jogar e ou brincar em sala de aula possibilita ricas situações de interação e aprendizagem, constituindo e organizando o sujeito como ser pensante e crítico, auxiliando educadores e educando no processo educacional em diversas áreas, viabilizando situações de aprendizagem e socialização com os outros e com o meio. Nesse sentido, a importância das diversas formas de ensinar a criança, os jogos pedagógicos como um destes recursos, faz com que a criança expresse seus sentimentos, emoções e pensamentos, possibilitando construir-se seu espaço e respeitando o espaço do outro, como também identificando os fonemas e grafemas na produção das palavras e dos símbolos. O aprender de uma criança vai muito além da aquisição da capacidade de pensar como descreve Vygotsky (2007, p. 92), sendo que a aquisição de muitas outras capacidades e habilidades possibilita de forma intrínseca da criança processar as diversas informações seja cognitivamente ou sobre vários aspectos, símbolos ou imagens do mundo real ou fictício coisas, que a permite por meio do brincar ou dos jogos desenvolver várias capacidades de focalização e atenção.

Cada atividade Lúdica para alcançar seu objetivo, dependerá do material a ser desenvolvida junto da criança no brincar, na busca de proporcionar o desenvolvimento da consciência que segundo Vygotsky, “é o desenvolvimento de um conjunto de determinadas capacidades na melhora de uma função da consciência. ” (2007, p. 93). O uso de jogos e ou brincadeiras como recurso pedagógico na educação infantil permite em sua aplicabilidade conhecer a subjetiva da criança/aluno e perceber o comportamento advindo de uma cultural familiar, possibilitando junto aos demais colegas se reinventar, pois é sabido que nessa fase de vida, a criança é capaz de nominar as atividades e registrá-las, diferenciando dos objetos pessoais e dentre outras. Nesse processo o professor percebe um diferencial peculiar de cada criança, registrando de forma individualizada, permitindo usar as informações percebidas como viés condutor na escrita e no letramento. Assim o brincar/jogos pedagógicos como recurso da aprendizagem da escrita e letramento, construído em parceria com o próprio aluno, fazendo necessário apresentar os códigos do Sistema de Escrita Alfabética com todas as regras de acordo com as capacidades e habilidades necessárias para a idade em questão na busca de alcançar os objetivos. A possibilidade de desenvolver habilidades psicomotoras para o favorecimento da aprendizagem no que propõem esta pesquisa, os jogos/brincadeira seja ela, livre em que permite a livre construção criativa da criança ou semiestruturada permitindo a construção livre, porém, oferecendo recursos em sua construção direcionados por uma supervisão, e a estruturada, que mesmo que esteja pronto ou construído, possibilita a criança desenvolver seu raciocínio lógico e a sua capacidade de recriar de uma maneira surpreendente para sua aprendizagem. Assim, permitir e oferecer espaço mínimo que seja para que a criança brinque e possa desenvolver habilidades cognitivas possibilitando seu aprendizado por meio dos jogos elaborados especificamente na construção da escrita e letramento, sendo que este espaço seja adequado e permissivo para explorar todo sua criatividade, capacidade e habilidades. Nas diversas modalidades existente do brincar pedagógico, as brincadeiras e os gêneros textuais proposto no ato lúdico possibilita trabalhar de forma reflexiva diversos gêneros literários tais como: poemas, cantigas, parlendas, trava-línguas, além de explorar o nome próprio como forma de escrita estável e de referência para as crianças da Educação Infantil.

3.1 Exploração das fichas com nomes próprios Para dar início à aplicação, as crianças foram organizadas em um círculo e com elas estabeleci contato visual para apresentar a proposta e como se desenvolveria. O intuito foi fazer uma atividade diagnóstica para sondar se as crianças reconheciam seus nomes e dos colegas. Após, explicar a proposta e as regras, apresentei as fichas com o primeiro nome de cada criança para ver se reconheciam. À medida que a criança identificava seu nome, levantava a mão e se o não fizesse, o colega ajudava apontando a pessoa. Para ajudar quem tinha dificuldade, dei algumas pistas, como o apontamento para o colega do nome correspondente, com a finalidade de estimular o raciocínio e sua capacidade de compreensão e percepção das letras. Essa atividade teve como propósito trabalhar a valorização da criança através do uso do nome próprio assim como o desenvolvimento de sua identidade. Depois distribuí as fichas entre eles e pedi que cada um entregasse a ficha para o colega com o nome correspondente. Nesse primeiro momento da aplicação do Plano, o objetivo foi construir um diagnóstico da turma e permitir que elas manuseassem as fichas com o seu nome e o nome dos colegas, familiarizando-se com as letras e fonemas dos nomes próprios. Figura 1: Exploração das fichas com nomes próprios Fonte: Arquivo pessoal As crianças interagiram bem durante essa atividade, sendo receptivos e participativos. Percebi que a maioria das crianças reconheceram seus nomes e houve uma que reconheceu o nome de todos os colegas.

3.2 Uso do alfabeto móvel No segundo encontro, foi apresentado o alfabeto móvel e entregue a ficha contendo os próprios nomes. O objetivo era que as crianças identificassem as letras que correspondiam ao seu nome, colocando-as em ordem. Ficamos nessa brincadeira um bom tempo, permitindo que as crianças levantassem suas hipóteses sobre a montagem do nome. Alguns sabiam nomear as letras. Outros só as reconheciam, mas ainda não sabiam nomeá-las. Figura 2: Uso do alfabeto móvel Fonte: Arquivo pessoal No encontro seguinte, o alfabeto móvel também foi utilizado para a montagem do nome, mas, dessa vez, sem o recurso da ficha, possibilitando registrar as estratégias criadas para a realização dessa atividade.