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Guias e Dicas
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Modelo de plano de visita domiciliaria, Notas de aula de Enfermagem

Este modelo é acompanhado de um guia para sua utilização, que esclarece sobre a forma de planejamento da visita domiciliaria, detalhan- do os dados a serem ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Salamaleque
Salamaleque 🇧🇷

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MODELO
DE
PLANO
DE
VISITA DOMICILIARIA*
Vilma
Machado de Queiroz
**
Emiko
Yoshikawa Egry
**
QUEIROZ,
V. M. de á
EGRY,
E. Y.
Modelo
de plano de visita domiciliaria. Rev.
Esc. Enf. USP, o Paulo, /7(3):205-211, 1983.
As autoras propõem um modelo de plano de visita
domiciliaria
operacional e
dinámico,
levando em consideração a necessidade de ensinar o
assunto
de forma
abrangente. O modelo proposto é acompanhado de um guia com as informações ne-
cessárias para seu uso adequado. O seu uso, contudo, não exclui a importância da
discussão prévia sobre a metodologia da visita
domiciliaria
e particularmente sobre
a
forma de relacionamento enfermeiro-família.
A
assistência
de enfermagem à família
prestada
por meio de visita
domiciliaria tem mostrado,
apesar
de sua
pequena
utilização e valori-
zação pelas Unidades de Saúde, a sua eficácia em termos de desenvolvi-
mento global da família no
tocante
à
saúde.
Muitos modelos de plano de visita domiciliaria
(V.D.)
m sido
elaborados e utilizados em função das necessidades dos serviços ou de
ensino.
Neste
trabalho
as
autoras
apresentam
um modelo de plano de visita
domiciliaria, elaborado levando em consideração:
.
a necessidade do ensino do
tema
aos
alunos
do Curso de Graduação
da Escola de Enfermagem da USP;
.
as avaliações informais feitas pelos
alunos
do modelo anteriormente
utilizado
(NOGUEIRA
et
alii);
.
a reavaliação e as
discussões
dos docentes que ministram
atualmente
o
ensino de visita domiciliaria.
Este modelo é acompanhado de um guia
para
sua utilização, que
esclarece sobre a forma de planejamento da visita domiciliaria,
detalhan-
do
os dados a serem coletados, as atividades a serem
executadas
e
tam-
m permitindo a anotação de dados sobre os membros da família.
*
Utilizado no
ensino
da disciplina Enfermagem Preventiva e Comunitária da Escola de
Enfermagem
da Universidade deo Paulo.
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Enfermeira. Professor
Assistente
do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da
Escola de Enfermagem da Universidade deo Paulo disciplinas Saúde da Comunidade
e Enfermagem Preventiva e Comunitária.
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MODELO DE PLANO DE VISITA DOMICILIARIA*

Vilma Machado de Queiroz ** Emiko Yoshikawa Egry **

QUEIROZ, V. M. de á EGRY, E. Y. Modelo de plano de visita domiciliaria. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, /7(3):205-211, 1983.

As autoras propõem um modelo de plano de visita domiciliaria operacional e dinámico, levando em consideração a necessidade de ensinar o assunto de forma abrangente. O modelo proposto é acompanhado de um guia com as informações ne- cessárias para seu uso adequado. O seu uso, contudo, não exclui a importância da discussão prévia sobre a metodologia da visita domiciliaria e particularmente sobre a forma de relacionamento enfermeiro-família.

A assistência de enfermagem à família prestada por meio de visita domiciliaria tem mostrado, apesar de sua pequena utilização e valori- zação pelas Unidades de Saúde, a sua eficácia em termos de desenvolvi- mento global da família no tocante à saúde.

Muitos modelos de plano de visita domiciliaria (V.D.) têm sido elaborados e utilizados em função das necessidades dos serviços ou de ensino.

Neste trabalho as autoras apresentam um modelo de plano de visita domiciliaria, elaborado levando em consideração:

. a necessidade do ensino do tema aos alunos do Curso de Graduação da Escola de Enfermagem da USP; . as avaliações informais feitas pelos alunos do modelo anteriormente utilizado (NOGUEIRA et alii); . a reavaliação e as discussões dos docentes que ministram atualmente o ensino de visita domiciliaria.

Este modelo é acompanhado de um guia para sua utilização, que esclarece sobre a forma de planejamento da visita domiciliaria, detalhan- do os dados a serem coletados, as atividades a serem executadas e tam- bém permitindo a anotação de dados sobre os membros da família.

*** U t i l i z a d o n o e n s i n o d a d i s c i p l i n a E n f e r m a g e m P r e v e n t i v a e C o m u n i t á r i a d a E s c o l a d e Enfermagem da Universidade de São Paulo. ** Enfermeira. Professor Assistente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo — disciplinas Saúde da Comunidade e Enfermagem Preventiva e Comunitária.**

Salienta-se que o guia e o modelo propostos não substituem a prévia discussão, com os alunos, da importancia da visita domiciliaria, nem da técnica e/ou procedimentos, e principalmente da forma como será de- senvolvida a relação de ajuda com a família a ser visitada.

GUIA P A R A UTILIZAÇÃO DO MODELO DE PLANO DE

VISITA DOMICILIARIA (ANEXO)

  1. UNIDADE SANITÁRIA: nome da unidade onde foi matriculado o cliente/família.

Ex.: Centro de Saúde de Pinheiros

Ex.: Amb. H.U. (Ambulatorio do Hospital Universitário)

  1. NOME DO CLIENTE. Deverá constar o nome do chefe da família, no caso da unidade sanitária ter prontuário tipo familiar (dados de todos os membros alocados em um mesmo prontuário, com um único número de matrícula para todos eles). Deverá constar o nome do indivíduo considerado prioritário para assistência, no caso da unidade sanitária ter prontuário tipo individual (cada membro da família recebe um número diferente de matrícula, sendo que não existe nem seqüência e nem relação de imediata proximidade entre os números, e os prontuários estão arquivados individual- mente). É importante registrar os "apelidos" pelos quais a vizi- nhança possa identificar o cliente.
  2. NÚMERO DE REGISTRO. Número de matrícula, na unidade sani- tária, de cada membro da família ou número de matrícula da família, isto é, número do prontuário individual ou familiar.
  3. MOTIVO BÁSICO DA V.D. É o principal motivo pelo qual deverá ser realizada a visita domiciliaria para o cliente/família em ques- tão. Apesar de na grande maioria das vezes a abordagem da visita ser feita para a família, sempre existe um membro que re- quer atenção mais urgente. Esse item também satisfará a expli- cação à família do objetivo geral da visita proposta. Ainda nesse item, o motivo básico deve ser acompanhado da referência do membro da família ao qual ele se refere.

Ex.: Verificar os motivos pelos quais o Sr. Humberto abandonou o tratamento contra a tuberculose que vinha sendo feito nesta uni- dade sanitária.

Ex.: Verificar as condições de saúde de João que apresenta des- nutrição grau III.

  1. ENDEREÇO (com referência). O endereço da residência ou de onde será realizada a visita deverá ser o mais claro, preciso e correto possível, para que possa ser facilmente localizado. Deverá também ser minucioso no sentido de incluir, além do nome da rua, o número, bairro e outros pontos de referência como lojas próxi-

Para cada objetivo e/ou atividade proposta, deverão correspon- der os dados de registro, além de outros que forem levantados du- rante a execução da visita.

  1. CONDIÇÕES SANITÁRIAS DA HABITAÇÃO. Levantar nesse item dados sobre lixo, água, destino de dejetos, presença de inse- tos, roedores e outros animais que possam influenciar a saúde da família. O sub-item "condições anteriores" deverá ser preenchido durante o planejamento da visita e o sub-item "condições atuais", no próprio domicílio.
  2. RENDA FAMILIAR. Este item deverá ser levantado junto ao cliente somente se for relevante e utilizável para a assistência de enfermagem à família. O preenchimento deverá ser em relação ao salário mínimo vigente no momento.
  3. PREVIDÊNCIA SOCIAL E OUTROS CONVÊNIOS DE ASSIS- TÊNCIA À SAÚDE. São dados relativos à inscrição no INAMPS e em outras instituições de saúde. No sub-item "membros filiados" deverá ser colocado o número de ordem dos indivíduos que são cobertos pela assistência.
  4. CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS E ASSOCIA- ÇÕES DA COMUNIDADE. Serão registrados neste item o conhe- cimento (se o cliente sabe que existem) e a utilização (se o cliente os está utilizando ou se é associado) de alguns recursos e associa- ções da comunidade tais como: associações de bairro, movimentos religiosos, clubes de mães, de jovens, associações filantrópicas, de classe ou políticas, recursos sociais e de saúde (hospitais, centros de saúde, laboratórios, creches, escolas, e t c ).

Este item visa verificar o grau de consciência e participação da família em relação aos movimentos populares e aos recursos sócio-sanitários a que tem direito.

  1. AVALIAÇÃO DA VISITA DOMICILIARIA. Após o término da visita, deverá ser feita uma avaliação em relação ao alcance dos objetivos e/ou atividades propostas, a assistência prestada, a orien- tações e encaminhamentos feitos, bem como ao relacionamento esta- belecido com a família. Deverão constar, também, as modificações dos objetivos e/ou atividades que foram necessários em vista das circunstâncias encontradas no domicílio.
  2. DATA PROVÁVEL DO PRÓXIMO RETORNO. Será a data em que a família necessita receber nova visita.
  3. V.D. REALIZADA POR. Nome do aluno/visitador que realizou a visita.
  4. DATA. Dia, mês e ano da realização da visita.

QUEIROZ, V. M. de & EGRY, E. Y. Home visit plan: a model. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, /7(3):205-211, 1983.

The authors propose a model of an operational and dynamic plan for home visit taking into account the wide-ranging way in which the subject should be taught. This paper also provides a detailed guide with the necessary information for the adequate use of such plan. The use of the plan does not exclude the relevance of previous knowledge about the home visit methodology and particularly of the way of relation- ship between nurse and family.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NOGUEIRA, M. J. de C.; NETTO, M. O. R.; SERPA DA FONSECA, R. M. G.; EGRY, E. Y.; GUEDES, E. A.; ANDRADE, D. S. F. de; QUEIROZ, V. M. de Manual para o ensino de enfermagem de saúde pública. São Paulo, União Social Camiliana, 1978. p. 28-43.