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Plano de Aula: Influências das Línguas Africanas no Português Brasileiro, Provas de Cultura

Relacionar as influências da cultura africana (religiões, dança, culinária, música, etc) com o português brasileiro. Dividir a turma em grupo e propor ...

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Lula_85 🇧🇷

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PLANO DE AULA
I. Data
II. Dados de Identificação
Escola:
Professor (a):
Disciplina:
Ano:
Turma:
III. Tema e bibliografia básica
Influências das línguas africanas no português brasileiro
Texto didático: “Línguas africanas no português brasileiro”
IV. Objetivos
Objetivo geral:
Demonstrar a influência africana no português brasileiro
Objetivos específicos:
Debater respeito e valorização da diversidade de pessoas, culturas, línguas, etc.
Debater sobre as contribuições dos povos africanos na constituição da identidade
brasileira
Conhecer diferentes grupos étnicos escravizados da África para o Brasil
Identificar a diversidade linguística do continente africano
V. Duração das atividades
2 aulas de 45 minutos
VI. Desenvolvimento do tema
1. Verificar os conhecimentos prévios dos alunos quanto ao tema - África.
2. Propor leitura e debate do texto “Línguas Africanas no Português Brasileiro”.
Observações:
a. Esse texto pode fomentar aulas sobre gêneros textuais e leitura de diferentes
linguagens. Partes com citações diretas e indiretas podem ensinar na prática
como as/os estudantes podem fazer o uso adequado de fontes, sem que
incorram no problema de plágio, por exemplo. A leitura de um texto híbrido
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PLANO DE AULA

I. Data

II. Dados de Identificação

Escola: Professor (a): Disciplina: Ano: Turma:

III. Tema e bibliografia básica

Influências das línguas africanas no português brasileiro

Texto didático: “Línguas africanas no português brasileiro”

IV. Objetivos

Objetivo geral:

Demonstrar a influência africana no português brasileiro

Objetivos específicos:

 Debater respeito e valorização da diversidade de pessoas, culturas, línguas, etc.  Debater sobre as contribuições dos povos africanos na constituição da identidade brasileira  Conhecer diferentes grupos étnicos escravizados da África para o Brasil  Identificar a diversidade linguística do continente africano

V. Duração das atividades

2 aulas de 45 minutos

VI. Desenvolvimento do tema

  1. Verificar os conhecimentos prévios dos alunos quanto ao tema - África.
  2. Propor leitura e debate do texto “Línguas Africanas no Português Brasileiro”. Observações:

a. Esse texto pode fomentar aulas sobre gêneros textuais e leitura de diferentes linguagens. Partes com citações diretas e indiretas podem ensinar na prática como as/os estudantes podem fazer o uso adequado de fontes, sem que incorram no problema de plágio, por exemplo. A leitura de um texto híbrido

e das imagens transformadas em saber aciona disciplinas como história, matemática e geografia. b. Algumas palavras de origem africana como “bunda” e “cachaça” podem ser tomadas como exemplos para que temas importantes como o alcoolismo e a sexualidade podem ser debatidos em sala de aula evitando que se tornem tabus, ou palavras proibidas em um ambiente que tem muito a ganhar ao apresentar debates pertinentes que inclusive são temas transversais. A palavra álcool é utilizada recorrentemente nas aulas de química, então falar sobre polissemia também é uma possibilidade no ensino da língua. c. Essa proposição não tem como objetivo ser um manual restrito e normatizador. O Grupo Calundu acredita que a proposta é um bom norte para o trabalho em sala de aula e pode, inclusive, ser seguida sem grandes problemas– uma vez que entendemos que a linha de respeito à diversidade linguística e racial deva ser respeitada e incentivada

  1. Através de mapa demonstrar os países africanos e as principais rotas realizadas pelos navios negreiros rumo ao Brasil. Sugestões de mapas (Anexo I)
  2. Explorar o infográfico “África berço da humanidade e do conhecimento” (Anexo II), que resume os principais reinos africanos e algumas contribuições para as ciências
  3. Relacionar as influências da cultura africana (religiões, dança, culinária, música, etc) com o português brasileiro. Dividir a turma em grupo e propor tempestade de ideias. Os resultados devem ser socializados entre todos os alunos.
  4. Propor o jogo "Etimologia". A dinâmica pode realizar-se dividindo a turma em pequenos grupos ou não. Distribuir fichas com palavras de diversas origens. Os alunos deverão decidir qual a origem das palavras, e ao encontrá-la rastrear geograficamente essa origem por continente, impérios históricos, nacionalidades atuais, povos e etnias formadoras dessas nacionalidades. Sugestão de palavras (Anexo III)
  5. Propor exibição de documentários ou trechos de documentários que versem sobre a escravização de africanos para o Brasil. Sugestões:

a. “A Rota dos Escravos - A Alma da Resistência” (2012), de Georges Collinet e patrocinado pela UNESCO. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q. Duração 35 minutos b. “Brasil - Uma história inconveniente” (2000) de Phil Grabsky. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ExvKr4jiGDk. Duração 47 minutos

  1. Comentar possíveis interfaces com os textos didáticos “Conhecimentos que dialogam” e “A alimentação e a cura” e suas aulas, desta mesma série proposta pelo Calundu – Grupo de Estudos sobre Religiões Afro-Brasileiras

VII. Recursos didáticos

 Quadro  Pinceis e/ou giz  Apagador

ANEXOS

I. Mapas Mapa político da África: Disponível em: http://neusapereira.zip.net/images/MAPA.JPG Mapa das principais rotas do tráfico: Disponível em: http://profwladimir.blogspot.com/2013/04/mapas-de-trafico-negreiro-no-brasil.html

II. Infográfico “África berço da humanidade e do conhecimento”. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2393/africa-de-todos-nos

III. Sugestão de palavras quanto à origem e significado:

  1. De origem latina:  Arena: "harena" = areia. Estádios em que os gladiadores lutavam na Roma antiga e eram cheios de areia.  Cadeira: "catedra".  Deus: “deus, dei” = divindade, ser supremo.  Fabuloso: "fabula" = história.  Frio: "frigido".  Lunático: "lunaticus" = adjetivo que se refere à pessoa que pertence à lua. Para os romanos, a lua causaria insanidade, loucura.  Paixão: "patior" = sofrer ou suportar.  Rezar: "recitare".  Seminário: "seminarius" = plantação de semente.  Senhor: "senior" = mais velho.  Sinistro: "sinistra" = esquerda. Para os romanos tudo que se relaciona ao lado esquerdo seria negativo.

  2. De origem árabe  Açougue: "as-suq" = mercado, feira, bazar.  Alambique: "al-inbiq" = designação árabe da palavra grega ámbyx para vaso com borda levantada, que foi usado pelos árabes em vidro ou cobre no processo de destilação.  Alcateia: "al-qati" = rebanho de gado ovelhum, manada de camelos. Qati também se prende à raiz de “salteador, bandido”. Passou a se referir ao coletivo de lobos.  Álcool: "al-kuhul" = pó metálico escuro para proteger as pálpebras ( um sucedâneo menos tóxico ainda hoje é utilizado por povos da África do Norte e Oriente Médio com nome de kohl ou kajal), que era obtido por sublimação, processo que passou a designar outras substâncias destiladas, daí o etanol.  Arroz: "ar-ruzz" = gramínea originária do SE asiático ou da África Ocidental, tendo chegado à Pérsia e depois incorporada ao mundo árabe.  Azeite: "az-zayt" = óleo. Óleo de azeitona, fruto da oliveira, árvore mediterrânea, com vestígios arqueológicos entre cinco a dois mil anos antes da Era Comum.  Garrafa: "garrafah" = de giraf, medida para grãos, ou do árabe-persa qaraba, utensílio para água.

 Limão: "laymun" = fruto da árvore também de origem asiática incorporada ao árabe via Pérsia.  Oxalá: "in shaallh" = do árabe “e queira Deus”, Deus = Allah; mas também do iorubano “Orixalá”, divindade ligada ao mito da gênese do universo.  Talco: "talq" = designação de minerais diversos, e destes pulverizados.  Tambor: "tanbur" = instrumento de percussão.  Xerife: "sarif” = nobre, eminente, que já fez peregrinação a Meca por três vezes.  Zero: "sifr" = vazio, cifra. O conceito pode ter origem no Oriente Médio e hindu- arábica.

  1. De origem indígena tupi  Abacaxi: “ibácaxí” = fruta rescendente; povo indígena extinto, que habitava as margens do rio Abacaxis (AM).  Amendoim: “mandubi”, com influência de amêndoa (do grego amygdále para designar amídala) = fruto subterrâneo encontrado em terras brasileiras.  Arara: “arara” = ave de plumagem colorida encontrada em terras brasileiras.  Caatinga: “caá tinga” = mato branco (no sentido de ralo ou seco).  Caipira: provavelmente“caí-pyra” = tímido, envergonhado. Ou “caá-pyra”, do mato.  Caju: “acayu” = nome relacionado à contagem indígena do ano que designa fruta amarela ácida originária.  Carioca: “cari-oca” = casa do branco; ou “caryca –oca” = corre-casa, casa da fonte, nome ligado a locais com água. Por ter sido também nome de uma fonte no Rio de Janeiro = natural do Rio de Janeiro.  Jabuticaba: “iapoti- caba” = fruta em botão originária.  Jacaré: yá-caré = aquele que olha de lado, aquele que é torto. Réptil encontrado em terras brasileiras.  Mandioca: “mandi-oca” = raiz da planta mandi’iwa, raiz comestível originária.  Tatu: “ta-tu” = couraça grossa. Animal mamífero encouraçado natural das Américas.  Urubu: abutre das terras brasileiras; pessoa do povo indígena do tronco lingüístico tupi chamado Urubu (RO).

  2. De origem africana  Acarajé: "akarà-je" = bolinho de fogo (akaráolelé) + comer (ajeum), nome iorubano. Iguaria registrada como patrimônio imaterial.  Banguela: "banga". Benguela, região em Angola de onde vieram africanos para o Brasil que faziam intervenções na arcada dentária como marca étnica.  Bunda: "mbunda" = nádegas (quimbundo). Relativo também ao povo Bundo (mbundu) de Angola, de língua ambundo e quimbundo.  Caçula: "kasule" = o mais novo (quimbundo).  Cafuné: "kafu’ndu" (quimbundo) = cravar, ou “kifune” (quimbundo) = estalar, torcer (provavelmente ao catar algo na cabeça); afago na cabeça.  Farofa: "falofa" = mistura de farinha (quimbundo).  Fubá: "mfuba" (quicongo) ou “fuba” (quimbundo) = farinha.