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Relacionar as influências da cultura africana (religiões, dança, culinária, música, etc) com o português brasileiro. Dividir a turma em grupo e propor ...
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
I. Data
II. Dados de Identificação
Escola: Professor (a): Disciplina: Ano: Turma:
III. Tema e bibliografia básica
Influências das línguas africanas no português brasileiro
Texto didático: “Línguas africanas no português brasileiro”
IV. Objetivos
Objetivo geral:
Demonstrar a influência africana no português brasileiro
Objetivos específicos:
Debater respeito e valorização da diversidade de pessoas, culturas, línguas, etc. Debater sobre as contribuições dos povos africanos na constituição da identidade brasileira Conhecer diferentes grupos étnicos escravizados da África para o Brasil Identificar a diversidade linguística do continente africano
V. Duração das atividades
2 aulas de 45 minutos
VI. Desenvolvimento do tema
a. Esse texto pode fomentar aulas sobre gêneros textuais e leitura de diferentes linguagens. Partes com citações diretas e indiretas podem ensinar na prática como as/os estudantes podem fazer o uso adequado de fontes, sem que incorram no problema de plágio, por exemplo. A leitura de um texto híbrido
e das imagens transformadas em saber aciona disciplinas como história, matemática e geografia. b. Algumas palavras de origem africana como “bunda” e “cachaça” podem ser tomadas como exemplos para que temas importantes como o alcoolismo e a sexualidade podem ser debatidos em sala de aula evitando que se tornem tabus, ou palavras proibidas em um ambiente que tem muito a ganhar ao apresentar debates pertinentes que inclusive são temas transversais. A palavra álcool é utilizada recorrentemente nas aulas de química, então falar sobre polissemia também é uma possibilidade no ensino da língua. c. Essa proposição não tem como objetivo ser um manual restrito e normatizador. O Grupo Calundu acredita que a proposta é um bom norte para o trabalho em sala de aula e pode, inclusive, ser seguida sem grandes problemas– uma vez que entendemos que a linha de respeito à diversidade linguística e racial deva ser respeitada e incentivada
a. “A Rota dos Escravos - A Alma da Resistência” (2012), de Georges Collinet e patrocinado pela UNESCO. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q. Duração 35 minutos b. “Brasil - Uma história inconveniente” (2000) de Phil Grabsky. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ExvKr4jiGDk. Duração 47 minutos
VII. Recursos didáticos
Quadro Pinceis e/ou giz Apagador
I. Mapas Mapa político da África: Disponível em: http://neusapereira.zip.net/images/MAPA.JPG Mapa das principais rotas do tráfico: Disponível em: http://profwladimir.blogspot.com/2013/04/mapas-de-trafico-negreiro-no-brasil.html
II. Infográfico “África berço da humanidade e do conhecimento”. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2393/africa-de-todos-nos
III. Sugestão de palavras quanto à origem e significado:
De origem latina: Arena: "harena" = areia. Estádios em que os gladiadores lutavam na Roma antiga e eram cheios de areia. Cadeira: "catedra". Deus: “deus, dei” = divindade, ser supremo. Fabuloso: "fabula" = história. Frio: "frigido". Lunático: "lunaticus" = adjetivo que se refere à pessoa que pertence à lua. Para os romanos, a lua causaria insanidade, loucura. Paixão: "patior" = sofrer ou suportar. Rezar: "recitare". Seminário: "seminarius" = plantação de semente. Senhor: "senior" = mais velho. Sinistro: "sinistra" = esquerda. Para os romanos tudo que se relaciona ao lado esquerdo seria negativo.
De origem árabe Açougue: "as-suq" = mercado, feira, bazar. Alambique: "al-inbiq" = designação árabe da palavra grega ámbyx para vaso com borda levantada, que foi usado pelos árabes em vidro ou cobre no processo de destilação. Alcateia: "al-qati" = rebanho de gado ovelhum, manada de camelos. Qati também se prende à raiz de “salteador, bandido”. Passou a se referir ao coletivo de lobos. Álcool: "al-kuhul" = pó metálico escuro para proteger as pálpebras ( um sucedâneo menos tóxico ainda hoje é utilizado por povos da África do Norte e Oriente Médio com nome de kohl ou kajal), que era obtido por sublimação, processo que passou a designar outras substâncias destiladas, daí o etanol. Arroz: "ar-ruzz" = gramínea originária do SE asiático ou da África Ocidental, tendo chegado à Pérsia e depois incorporada ao mundo árabe. Azeite: "az-zayt" = óleo. Óleo de azeitona, fruto da oliveira, árvore mediterrânea, com vestígios arqueológicos entre cinco a dois mil anos antes da Era Comum. Garrafa: "garrafah" = de giraf, medida para grãos, ou do árabe-persa qaraba, utensílio para água.
Limão: "laymun" = fruto da árvore também de origem asiática incorporada ao árabe via Pérsia. Oxalá: "in shaallh" = do árabe “e queira Deus”, Deus = Allah; mas também do iorubano “Orixalá”, divindade ligada ao mito da gênese do universo. Talco: "talq" = designação de minerais diversos, e destes pulverizados. Tambor: "tanbur" = instrumento de percussão. Xerife: "sarif” = nobre, eminente, que já fez peregrinação a Meca por três vezes. Zero: "sifr" = vazio, cifra. O conceito pode ter origem no Oriente Médio e hindu- arábica.
De origem indígena tupi Abacaxi: “ibácaxí” = fruta rescendente; povo indígena extinto, que habitava as margens do rio Abacaxis (AM). Amendoim: “mandubi”, com influência de amêndoa (do grego amygdále para designar amídala) = fruto subterrâneo encontrado em terras brasileiras. Arara: “arara” = ave de plumagem colorida encontrada em terras brasileiras. Caatinga: “caá tinga” = mato branco (no sentido de ralo ou seco). Caipira: provavelmente“caí-pyra” = tímido, envergonhado. Ou “caá-pyra”, do mato. Caju: “acayu” = nome relacionado à contagem indígena do ano que designa fruta amarela ácida originária. Carioca: “cari-oca” = casa do branco; ou “caryca –oca” = corre-casa, casa da fonte, nome ligado a locais com água. Por ter sido também nome de uma fonte no Rio de Janeiro = natural do Rio de Janeiro. Jabuticaba: “iapoti- caba” = fruta em botão originária. Jacaré: yá-caré = aquele que olha de lado, aquele que é torto. Réptil encontrado em terras brasileiras. Mandioca: “mandi-oca” = raiz da planta mandi’iwa, raiz comestível originária. Tatu: “ta-tu” = couraça grossa. Animal mamífero encouraçado natural das Américas. Urubu: abutre das terras brasileiras; pessoa do povo indígena do tronco lingüístico tupi chamado Urubu (RO).
De origem africana Acarajé: "akarà-je" = bolinho de fogo (akaráolelé) + comer (ajeum), nome iorubano. Iguaria registrada como patrimônio imaterial. Banguela: "banga". Benguela, região em Angola de onde vieram africanos para o Brasil que faziam intervenções na arcada dentária como marca étnica. Bunda: "mbunda" = nádegas (quimbundo). Relativo também ao povo Bundo (mbundu) de Angola, de língua ambundo e quimbundo. Caçula: "kasule" = o mais novo (quimbundo). Cafuné: "kafu’ndu" (quimbundo) = cravar, ou “kifune” (quimbundo) = estalar, torcer (provavelmente ao catar algo na cabeça); afago na cabeça. Farofa: "falofa" = mistura de farinha (quimbundo). Fubá: "mfuba" (quicongo) ou “fuba” (quimbundo) = farinha.