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Um estudo que avalia o impacto psicológico do cancro em pacientes seguidos no hospital central de nampula no primeiro semestre de 2022. O estudo utiliza a escala de ansiedade e depressão de beck para identificar sintomas psicológicos em pacientes com cancro. Além disso, descreve sintomas psicológicos comuns em pacientes com cancro e avalia a percepção dessas pessoas sobre seus sentimentos e estratégias de lidar com a doença.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
1 / 24
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Projecto de pesquisa para Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado na FCS como requisito parcial
para obtenção do grau de Licenciada em Psicologia
Clínica.
Orientador: Lic. Ibraimo Manuel Culabo
ii
3.5.3.Escala de Ansiedade Beck................................................................................................................. 12
3.6.Procedimentos de recolha de dados................................................................................................... 13
3.7.Análise de Dados................................................................................................................................. 13
3.8.Considerações Éticas........................................................................................................................... 13
4.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES............................................................................................................ 14
Recursos.................................................................................................................................................... 14
5.ORÇAMENTO.......................................................................................................................................... 15
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 16
Lista de Abreviaturas e Siglas
ACS American Câncer Society
HCN Hospital Central de Nampula
LMIC Países de baixa e média renda (low and middle income countries)
MISAU Ministerio da Saude
OMS Organizacao Mundial de Saude
iii
WHO World Health Organization
1.1.Tema
Impacto Psicologico do Cancro em pacientes Oncologicos. Caso Hospital Central de Nampula
(Primeiro Semestre de 2022)
1.2.Delimitação do Tema
A presente trabalho de pesquisa limitar-se-á em avaliar o impacto psicologico do cancro em
pacientes com doenças oncológicas em seguimento no Hospital Central de Nampula no primeiro
semestre de 2022.
1.3.Problema de Investigação
No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com o diagnóstico de cancro, sendo este
responsável por uma em cada oito mortes, fazendo desta doença a principal causa de morte nos
países desenvolvidos e a segunda nos países em desenvolvimento, a seguir às doenças
cardiovasculares.
O número de pessoas com diagnóstico de cancro chegou a 19,3 milhões em 2020. Cerca de 10
milhões de pessoas morreram com a doença no mesmo ano (WHO, 2013).
Segundo a WHO (2013), o cancro é a segunda principal causa de morte no mundo, com 70% das
vítimas fatais em países de baixa e média rendas. Actualmente, uma em cada cinco pessoas em
todo o mundo desenvolve cancro durante a vida. Além disso, um em cada oito homens e uma em
cada 11 mulheres morrem. O cancro de mama é hoje a forma mais comum, cerca de 11,7% dos
novos casos, seguido pelo câncer de pulmão, 11,4%, colorretal, 10%, e próstata, 7,3%.
Nos últimos 20 anos, o número de novos casos de cancro mais do que duplicou na Região
Africana, passando de 338 000 casos notificados em 2002 para quase 846 000 casos em 2020. As
formas mais comuns são o cancro da mama, o cancro do colo do útero, o cancro da próstata, o
cancro do intestino, o cancro do cólon, o cancro do recto e o cancro do fígado. Os factores de
risco associados ao cancro incluem a idade avançada e história familiar; o consumo de tabaco e
álcool; uma alimentação rica em açúcar, sal e gordura; a falta de actividade física; o excesso de
peso; e a exposição a certos produtos químicos, entre outros (WHO, 2013).
Para Moçambique estima-se que em 2040 haja 51.8 mil novos casos. Embora a incidência de
cancro nos países desenvolvidos seja maior do que nos países de baixa e média renda (LMIC, do
inglês, low and middle income countries), a OMS estimou que, em 2008, 70% das mortes por
cancro ocorreram em LMIC. Além disso, a incidência de cancro na maioria desses países está
aumentando (MISAU, 2019).
Os cancros mais frequentes entre as mulheres em Moçambique são o cancro do colo do útero
(31%), seguido do cancro da mama (10%) e do sarcoma de Kaposi (7%). Nos homens, são o
sarcoma de Kaposi (16%), o cancro da próstata (16%) e do fígado (11%) (MISAU, 2019).
O cancro constitui um dos problemas de saúde pública devido ao impacto negativo que esta
doença tem trazido na sua fase de enfrentamento pois representa uma interrogação na consciência
dos pacientes em como este possa ser resiliente no enfrentamento do mesmo, que de alguma
forma constitui um desafio para aqueles que diariamente com elas convivem.
Os doentes oncológicos vivenciam diferentes sintomas resultantes da própria doença e dos
tratamentos. Os sintomas ocorrem de acordo com o tipo e estadiamento da doença oncológica,
sendo a dor, a fadiga, o distúrbio do sono e as alterações cognitivas.
De acordo com Melchior (2000), a identificação do sintoma é uma das importantes etapas do
tratamento da pessoa que vive com cancro. Portanto, cerca de 50 a 60% dos casos dos sintomas
psicológicos não são diagnosticados.
Aliado a esses numerosos factores, assim, surge a seguinte questão de partida:
Qual é o impacto psicologico que os pacientes com cancro em seguimento no HCN apresentam
de acordo com a escala de ansiedade e depressão de Aaron Beck?
1.5.Hipóteses
De acordo com Lakatos e Marconi (2009) “a hipótese é uma suposta, provável e provisória
resposta para o problema da pesquisa”. Portanto é a suposta resposta ao problema a ser
investigado. E para responder a questão da pesquisa vai se partir das hipóteses:
adesão aos cuidados de tratamento a quimioterapia;
identificar o nível de sintomatologia psicológica presentes em pacientes ocologicos.
1.6.Objectivos do trabalho
1.6.1.Objectivo Geral
Avaliar o impacto psicologico em pacientes com cancro em seguimento no Hospital Central de
Nampula no primeiro semestre de 2022.
1.6.2.Objectivos específicos:
em pacientes com cancro em seguimento no Hospital Central de Nampula;
Central de Nampula;
Nampula, sobre os seus sentimentos e estratégias de como lidar com o problema.
2.1.Marco conceptual
Paciente é uma pessoa que esta sendo cuidada por um médico, enfermeiro, psicólogo,
fisioterapeuta, cirurgião-dentista ou outro profissional da área da saúde (Fereira, 1986).
Cancro é a denominação dada a um conjunto de mais de 100 doenças que,caracteristicamente,
são representadas por crescimento celular desordenado e, por isto,chamado de maligno,
invadindo os tecidos e órgãos, podendo colonizar outros tecidos, ou seja, formar metástases
(Lima, et al, 2015)
2.2.Cancro
O cancro é uma doença silenciosa, complexa e multifatorial que pode afectar qualquer pessoa em
qualquer idade. O desenvolvimento desta patologia depende então de um conjunto de factores
inerentes às características particulares do indivíduo (género, idade, etnia, herança genética, estilo
de vida, hábitos alimentares, crenças, religiões, etc.) e ao meio em que se insere (país, região,
profissão, etc.), contudo, pode acontecer a muitas pessoas terem um ou vários factores de risco e
não virem a desenvolver esta doença, sendo que, o contrário também pode acontecer, isto é, não
terem nenhum factor de risco e desenvolverem cancro (ACS, 2011).
2.3.Causas do cancro
As causas do cancro incluem fatores ambientais (como o consumo de tabaco, a radiação,
químicos), fatores imuno-endócrinos (ex.: organismos infeciosos, vírus, hormonas) e fatores
genéticos (ex.: mutações herdadas, mutações relacionadas com o metabolismo), (ACS, 2011).
Dentro dos tumores malignos existem os carcinomas (os mais comuns – constituem 90% de
todas as células cancerígenas) que atacam as células e tecidos epiteliais que revestem as
superfícies externas e internas do corpo; adenocarcinoma, é um carcinoma com origem no tecido
glandular; os sarcomas que são constituídos por células cancerígenas nos músculos, ossos e
cartilagens; os linfomas que se formam no sistema linfático e as leucemias que atacam o sistema
sanguíneo e medula óssea através da multiplicação de células brancas (leucócitos), alterando
assim o sistema imunitário (WHO, 2013).
O cancro torna-se assim uma das doenças mais ameaçadoras devido a uma série de factores, tais
como, o dilema vida/morte, a incerteza face à sobrevivência e evolução da doença podendo
Relativamente à família, o impacto emocional e as reacções emocionais ao diagnóstico de cancro
são idênticas às do familiar doente (experiência de medo, fragilidade, ansiedade, desespero e
instabilidade emocional devido às incertezas do processo de doença), embora possam ser vividas
em momentos diferentes. O diagnóstico pode então alterar uma série de aspectos na vida familiar,
como por exemplo, na distribuição de papéis que muitas vezes têm de ser reformulados, trazendo
novas responsabilidades e competências acrescidas, alterando assim as rotinas, regras e rituais
que existiam e toda uma dinâmica familiar, podendo ser algo desorganizador, tendo de enfrentar
um processo de adaptação a vários níveis. Para além disso, devido à alteração dos serviços de
saúde, são cada vez menos os doentes oncológicos hospitalizados cabendo também à família
prestar os cuidados necessários, apesar de não terem qualquer formação específica que lhes
permita assegurar a qualidade dos mesmos, não estando emocionalmente preparados para
desempenhar esta função eficazmente, podendo mesmo pôr em risco a própria saúde física e
mental do cuidador (ex. distress e burnout), acabando por influenciar também o bem-estar do
doente oncológico (Landeiro, 2011).
É então possível perceber o estigma negativo que o cancro acarreta na sua caraterização,
centrada numa forte ameaça à vida do doente, devido à impossibilidade de cura, estando
subjacente um sofrimento físico e psicológico prolongado, onde existem diversos medos e
emoções negativas para além de uma ideia de sentença de morte, inerente a todo o processo
terapêutico e às características da doença, onde o doente é confrontado a uma experiência mais
radical de perda imaginária ou real de si (Holland & Weiss, 2010).
2.5. A depressão e a ansiedade na pessoa com doença oncológica
A depressão e a ansiedade ocorrem com muita frequência nas pessoas com doença oncológica e
têm um grande impacto na qualidade de vida.
Num estudo de Pitman et al. (2018), cerca de 20% dos doentes são afectados pela depressão e
10% pela ansiedade, independentemente da fase do processo de doença ou se está em tratamento
com intenção curativa ou paliativa.
A depressão é um distúrbio comum que afeta mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo.
A prevalência da depressão ao longo da vida de uma pessoa encontra-se nos 10 a 15% (Lépine &
Briley, 2011).
A depressão define-se pela presença de um humor deprimido ou um nível diminuído de interesse
ou prazer nas actividades pelo menos durante duas semanas.
A ansiedade e a depressão podem manifestar-se na pessoa com doença oncológica isoladamente
ou em conjunto. A sintomatologia mista é muito comum, cerca de dois terços das pessoas com
depressão também expressam valores clinicamente significativos de ansiedade (Smith, 2015).
A ansiedade é uma resposta antecipada à ameaça percebida (doença oncológica), que envolve
sentimentos de perigo. A ansiedade está mais frequentemente associada a tensão muscular e a
uma vigilância em modo de preparação para o perigo eminente e comportamentos de cautela ou
esquiva (American Psychiatric Association, 2013).
3.3.1.Amostra
Segundo Fortinetal, (2006), a investigação qualitativa recorre a uma amostra não probabilísticae
o número de participantes é geralmente pequeno de 6 a 10.
O tamanho da amostra para este estudo foi determinado ao longo do estudo, após se atingir a
saturação dos conteúdos estudados, ondem foramseleccionados através de amostragem não
probabilística acidental (09) que segundo Fortin (2003), é um método de extracção de amostra
onde se escolheram participantes de estudos que estavam disponíveis na altura em que os dados
foram colhidos, até a amostra atingir o tamanho desejado, sendo que pequenas amostras são
geralmente suficientes.
3.3.2.Critérios de inclusão
Pacientes com diagnóstico de cancro ou tumor com idade superior a 18 anos;
Pacientes com diagnóstico de cancro ou tumorcom interesse em participar no estudo;
Pacientes com diagnóstico de cancro ou tumorque saibam ler e escrever.
Pacientes em seguimento no Hospital Central de Nampula, nos serviços de oncologia.
3.3.3.Critérios de exclusão
Pacientes com diagnóstico de cancro ou tumor com idade inferior a 18 anos;
Pacientes com diagnóstico de cancro ou tumor que não saibam ler e escrever;
Pacientes com diagnóstico de cancro ou tumor que não estejam em seguimento no
Hospital Central de Nampula, nos serviços de oncologia
Pacientes com diagnósticode cancro que não tenha alguma doença mental comum.
3.4.Variáveis:
Variáveis são qualidades, propriedades ou características de pessoas, objectos de situações
susceptíveis de mudar ou variar no tempo. As variáveis tomam diferentes valores que podem ser
medidos, manipulados ou controlados (Fortin, etal., 2006, p. 171).
Para o presente estudo recorreu-se a aplicação de um questionário sociodemográfico composto
por variáveis independentes como a idade, género, nível de escolaridade, estado civil, religião, e
como variável dependente, sintomas psicológicos apresentados pelos pacientes.
3.5.Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados
Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 57), técnica é um conjunto de preceitos ou processos de
que se serve uma ciência ou arte. É a habilidade de usar preceitos ou normas éa parte prática.
3.5.1.A observação
Neste estudo usar-se-a a técnica de observação que segundo Marconi e Lakatos (2010, pp 173-
obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consistiu apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar factos ou fenómenos que se desejavam estudar.
3.5.2.Entrevista semiestruturada
Será usada a entrevista semiestruturada que de acordo com Boni e Quaresma (2002) é uma
técnica que combina perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de
discorrer sobre o tema proposto. Esta consistiu na recolha de informação relevante para o
presente trabalho.
3.5.3.Escala de Ansiedade Beck
A escala de Ansiedade ou Inventário de Beck (BAI), foi criada por Aaron Beck (1993) é um
questionário de 21 questões de múltipla escolha, foi utilizada para medir a severidade da
ansiedade de um indivíduo. Cada questão apresentou quatro possíveis respostas, e o que se
assemelhou mais com o estado mental do indivíduo foi sinalizado. As possíveis respostas serão:
(0) - Não
(1) - Levemente: não me incomodou muito
(2) - Moderadamente: foi desagradável, mas pude suportar
(3) - Severamente: Quase não suportei
A BAI pode ter um resultado máximo de 63 e as categorias são:
0-10: grau mínimo de ansiedade
11-19: ansiedade leve
20-30: ansiedade moderada
31-63: ansiedade grave
Durante a recolha dos dados, serão respeitadas rigorosamente todas as regras e normas traçadas
pelo hospital sem prejuízo, tanto para os profissionais da área, como qualquer interveniente no
estudo. Os dados recolhidos não foram usados para outro fim que não sejam para o estudo
proposto.
Em termos de previsão de tempo que será utilizado na realização das actividadesrelacionadas
com este estudo, prevê-se que a concretização deste protocolo será levada ao longo de alguns
meses, cujas actividades serão sistematicamente distribuídas em base dos critérios de tempo que
serão posteriormente adoptados pelo autor num plano concreto de trabalho semanal.
Assim, as premissas avançadas anteriormente permitiram idealizar o cronograma que apresentado
a seguir, no qual são indicadas as actividades e o tempo previsto para a realização das mesmas.
Nº Actividades (^) Jan. Fev. Mar. Abr. Ma. Jun.
Elaboração do projecto
de pesquisa
02 Defesa do projecto
03 Colecta de Dados
04 Tratamento dos dados
06 Revisão da Monografia
07 Entrega da Monografia
08 Defesa da Monografia
Recursos
Para a concretização de um projecto os recursos se configuram como uma componente
indispensável para o alcance dos objectivos previamente formulados, no entanto, Moretti (2008),
afirma que no geral, projectos ligados a monografias, dissertações, teses académicas, exigem que
se apresente a descrição de recursos financeiros caso sejam apresentados a alguma instituição que
ofereça possibilidade de financiamento, o que não o caso deste estudo, o qual conta
exclusivamente com recursos pessoais.
Para a concretização desta pesquisa a autora vai se basear nos custos distribuídos da seguinte
maneira:
Descrição Quantidade Valor unitário (Mt) Valor total (Mt)
Resma 02 250,00 500,
Esferográfica 02 15,00 30,
Lápis 02 10,00 20,
Transporte - 100,00 3.000,
Impressão 05 200,00 2.000,
Encadernação 05 100,00 500,
Digitação - - -
Flash/dispositivo USB 02 800,00 1600,
Transporte 01 500.00 2500,
Total 19 1.975,00 10,150,
Fonte: autor