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Mobilização Aulas pratica, Notas de estudo de Ortopedia

Aula pratica, com explicação para exercer

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 23/08/2024

pamela-suelen-da-silva-oliveira-6
pamela-suelen-da-silva-oliveira-6 🇧🇷

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Manipulação Vertebral Maitland
- O conceito Maitland é um método Fisioterapêutico criado por Geoff Maitland, australiano.
- Estabeleceu princípios de mobilização e manipulação articulares, usado para aliviar dores e desbloquear com
segurança determinadas estruturas.
- Consiste na aplicação das técnicas passivas articulares: sustentadas ou oscilatórias, que podem ser utilizadas
através de movimentos passivos fisiológicos e acessórios, essa aplicação proporciona ao tecido conjuntivo uma
resposta mecânica.
- Objetivo: restaurar a amplitude de movimento normal, indicado para pacientes com disfunções neuro-
músculoesqueléticas (articulações periféricas e/ou da coluna vertebral);
- Além dos movimentos angulares, as superfícies articulares também podem ser movidas passivamente uns
poucos milímetros em movimentos translatórios, estes movimentos são chamados de movimentos acessórios.
Um exemplo é a tração ou separação das superfícies articulares na articulação metacarpofalangiana. Além da
tração, as superfícies das articulações livremente móveis podem sofrer deslizamento lateral, deslizamento
anteroposterior e rotação. Os movimentos acessórios não podem ser efetuados voluntariamente pelo
paciente, mas em vez disso exigem relaxamento da musculatura e aplicação de movimento passivo por um
examinador.
- A terapia de manipulação é uma técnica de movimento passivo que pode ser classificada como manipulação ou
mobilização.
- MANIPULAÇÃO ARTICULAR é uma técnica de movimento passivo em que o fisioterapeuta
imprime um movimento repentino ou arremetida nos limites normais da amplitude da articulação. Esse
movimento é de curta duração e amplitude, mas é realizada com tal rapidez que o paciente é incapaz de impedi-
lo. Efeitos da manipulação é a ampliação da mobilidade devido ao aumento de amplitude de movimento de um
segmento de articulação intervertebral, com restauração dos movimentos fisiológicos e acessórios e o alívio da
dor (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).
- MOBILIZAÇÃO é uma técnica de movimento passivo, no a qual articulação é movida de modo
rítmico dentro de sua amplitude normal e em velocidade que o paciente possa resistir ou impedir voluntariamente
o movimento.
Conhecida como manipulação, são aplicadas em eixo ântero-posterior ou transversal independente do ângulo da
articulação. Articulações periféricas são tratadas em eixo ântero-posterior, transversal ou longitudinal.
Segundo Maigne (1996) as manipulações agem fortemente sobre certos mecanorreceptores, criando um potente
reflexo de inibição que corta os circuitos parasitas.Trata-se sem dúvida da inibição pré-sináptica dos influxos
aferentes nociceptivos ao nível do corno posterior da medula.
O THRUST é um movimento que é realizado em uma pequena amplitude com uma grande velocidade.
Na descrição de Ricard (1996), as técnicas com thrust não devem ser feitas fora dos limites fisiológicos das
amplitudes dos movimentos. Nas técnicas indiretas é realizada uma velocidade suficiente, para que a separação
das facetas articulares possa ser obtida na metade das amplitudes articulares e sem provocar traumatismos, o
mesmo é aplicado paralelamente ou perpendicularmente ao plano articular, contra a barreira da articulação
lesada. Surpreendendo as defesas fisiológicas articulares, a brusca separação das superfícies surpreende também
o sistema nervoso central e provoca um black out sensorial local. O círculo vicioso irritativo que mantém os
músculos mono articulares é desfeito e o tônus se normaliza. É possível que após ocorrer a separação a 90° das
facetas articulares, o novo contato se realizará com uma melhor congruência das superfícies articulares. Seja qual
for o tipo de thrust, os limites das articulações são sempre respeitados.
- Objetivos das técnicas com thrust são: liberar as aderências; fazer deslizar as facetas articulares e restaurar a
função articular, normalizar o sistema vascular local; provocar um reflexo aferente; estimular os centros
simpáticos ou parassimpático para obter a ruptura do arco reflexo neurovegetativo patológico; dar comodidade ao
paciente.
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Manipulação Vertebral Maitland

  • O conceito Maitland é um método Fisioterapêutico criado por Geoff Maitland, australiano.
  • Estabeleceu princípios de mobilização e manipulação articulares, usado para aliviar dores e desbloquear com segurança determinadas estruturas.
  • Consiste na aplicação das técnicas passivas articulares: sustentadas ou oscilatórias, que podem ser utilizadas através de movimentos passivos fisiológicos e acessórios, essa aplicação proporciona ao tecido conjuntivo uma resposta mecânica.
  • Objetivo: restaurar a amplitude de movimento normal, indicado para pacientes com disfunções neuro- músculoesqueléticas (articulações periféricas e/ou da coluna vertebral);
  • Além dos movimentos angulare s, as superfícies articulares também podem ser movidas passivamente uns poucos milímetros em movimentos translatórios, estes movimentos são chamados de movimentos acessórios. Um exemplo é a tração ou separação das superfícies articulares na articulação metacarpofalangiana. Além da tração, as superfícies das articulações livremente móveis podem sofrer deslizamento lateral, deslizamento anteroposterior e rotação. Os movimentos acessórios não podem ser efetuados voluntariamente pelo paciente, mas em vez disso exigem relaxamento da musculatura e aplicação de movimento passivo por um examinado r.
  • A terapia de manipulação é uma técnica de movimento passivo que pode ser classificada como manipulação ou mobilização.
    • MANIPULAÇÃO ARTICULAR é uma técnica de movimento passivo em que o fisioterapeuta imprime um movimento repentino ou arremetida nos limites normais da amplitude da articulação. Esse movimento é de curta duração e amplitude, mas é realizada com tal rapidez que o paciente é incapaz de impedi- lo. Efeitos da manipulação é a ampliação da mobilidade devido ao aumento de amplitude de movimento de um segmento de articulação intervertebral, com restauração dos movimentos fisiológicos e acessórios e o alívio da dor (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).
    • MOBILIZAÇÃO é uma técnica de movimento passivo, no a qual articulação é movida de modo rítmico dentro de sua amplitude normal e em velocidade que o paciente possa resistir ou impedir voluntariamente o movimento.

Conhecida como manipulação, são aplicadas em eixo ântero-posterior ou transversal independente do ângulo da articulação. Articulações periféricas são tratadas em eixo ântero-posterior, transversal ou longitudinal.

Segundo Maigne (1996) as manipulações agem fortemente sobre certos mecanorreceptores, criando um potente reflexo de inibição que corta os circuitos parasitas.Trata-se sem dúvida da inibição pré-sináptica dos influxos aferentes nociceptivos ao nível do corno posterior da medula.

O THRUST é um movimento que é realizado em uma pequena amplitude com uma grande velocidade. Na descrição de Ricard (1996), as técnicas com thrust não devem ser feitas fora dos limites fisiológicos das amplitudes dos movimentos. Nas técnicas indiretas é realizada uma velocidade suficiente, para que a separação das facetas articulares possa ser obtida na metade das amplitudes articulares e sem provocar traumatismos, o mesmo é aplicado paralelamente ou perpendicularmente ao plano articular, contra a barreira da articulação lesada. Surpreendendo as defesas fisiológicas articulares, a brusca separação das superfícies surpreende também o sistema nervoso central e provoca um black out sensorial local. O círculo vicioso irritativo que mantém os músculos mono articulares é desfeito e o tônus se normaliza. É possível que após ocorrer a separação a 90° das facetas articulares, o novo contato se realizará com uma melhor congruência das superfícies articulares. Seja qual for o tipo de thrust, os limites das articulações são sempre respeitados.

  • Objetivos das técnicas com thrust são: liberar as aderências; fazer deslizar as facetas articulares e restaurar a função articular, normalizar o sistema vascular local; provocar um reflexo aferente; estimular os centros simpáticos ou parassimpático para obter a ruptura do arco reflexo neurovegetativo patológico; dar comodidade ao paciente.

O estiramento da cápsula articular ao separar as facetas, estimula os receptores de Pacini. A informação sensitiva caminha pelas fibras aferentes até o corno posterior da medula espinhal. Nesse nível existe uma inibição dos motoneurônios alfa e gama, portanto, uma inibição do espasmo muscular que mantém a disfunção articular (RICARD;SALLÉ, 1996).

Avaliações das Técnicas:

  • O exame físico baseia-se exclusivamente na avaliação dos movimentos ativos, seguido dos movimentos passivos e acessórios nas articulações relacionadas à desordem do paciente ou articulações, as quais podem levar a dores referidas nestes locais; as lesões ou patologias podem levar a uma perda desses movimentos fisiológicos e acessórios e os mesmos podem ser restabelecidos através de técnicas osteocinemáticas (fisiológicas) e artrocinemáticas (acessórias), restaurando a função normal de cada articulação, devemos ter em mente que nem sempre a articulação dolorida é responsável diretamente pelo problema, muitas vezes uma articulação não dolorosa, mas apenas hipomóvel pode ser responsável por tal fato; a avaliação, reavaliação e a comunicação são os meios fundamentais do tratamento, à medida que isso contribui para a consciência dos pacientes sobre as alterações de seus sintomas; O tratamento por movimentos passivos será necessário que examine os movimentos isolados do paciente em detalhes, fazendo com que os dados se encaixem.
    • A técnica de avaliação escolhida deve ser usada suavemente, sem provocar dor; os sintomas e sinais do paciente são reavaliados, a amplitude de movimentos que são comparadas com as que existiam antes; se os achados clínicos estiverem inalterados, a mesma técnica pode ser repetida com maior firmeza.
  1. Posicionar a articulação na posição de repouso inicialmente para obter menos resistência dos tecidos conjuntivos;
  2. Posicionar-se corretamente, para que sua aplicação seja feita com menor esforço e maior eficiência;
  3. Mobilizar respeitando a orientação das superfícies articulares. Nesse caso o conhecimento anatômico é extremamente necessário, porém não soberano. A individualidade anatômica de cada um precisa ser respeitada;
  4. Utilizar o grau de mobilização apropriado ao estágio da disfunção;
  5. Evoluir as mobilizações passivas acessórias (artrocinemática) e fisiológicas, para movimentos ativos, com qualidade.
  6. Utilizar o raciocínio clínico para identificar qual (ais) tecidos estao comprometidos, e a partir dessa decisão, a aplicação da carga: local, duração e amplitude são escolhidas.

Segundo Corrigan e Maitland (2000), o Tratamento será baseado - Graus de Tratamento:

Os graus I e II são utilizados em quadros álgicos, enquanto os graus III e IV são utilizados quando a restrição de movimento é o principal fator relacionado ao sintoma.

  • Grau I: mobilização de pequena amplitude que não chega à barreira restritiva; -Grau II: mobilização de grande amplitude que não chega à barreira restritiva;
  • Grau III: mobilização de grande amplitude que chega a barreira restritiva; -Grau IV: mobilização de pequena amplitude que chega a barreira restritiva;
  • Grau V: mobilização de pequena amplitude feita em alta velocidade após a barreira restritiva, conhecida como manipulação.

Profundidade da Mobilização:

  • Devem ser utilizadas técnicas suaves, de modo a não produzir exacerbação dos sintomas e sinais. Qualquer alteração no grau de dor, espasmo e rigidez, ou qualquer mudança em sua posição dentro da amplitude de movimento, devem ser constantemente avaliadas durante a sessão de tratamento e antes da sessão seguinte. A profundidade de mobilização é guiada pela dor e pelo espasmo.

Duração e Frequência de Tratamento:

  • O número de mobilização realizadas em uma sessão depende da análise da intensidade dos sintomas do paciente. Com graus moderados, administram-se três ou quatro mobilizações articulares, com duração de aproximadamente 30-60 segundos cada. Nos pacientes cujos sintomas são mínimos, pode-se aumentar para seis