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Objetivos e Funções do Coordenador do Curso de Tecnologia em Sistemas para Internet, Esquemas de Sistemas Operacionais

Os objetivos principais de uma pesquisa relacionada a um novo curso de tecnologia em sistemas para internet do campus santa teresa. Além disso, detalha as estratégias pedagógicas promovidas no curso, as competências esperadas para os alunos e as funções do coordenador do curso. O documento também aborda a importância da acessibilidade em diferentes aspectos.

O que você vai aprender

  • Quais são as funções do coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet do Campus Santa Teresa?
  • Que competências esperam-se dos alunos do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet do Campus Santa Teresa?
  • Em que aspectos o documento aborda a importância da acessibilidade?

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

EmiliaCuca
EmiliaCuca 🇧🇷

4.5

(111)

219 documentos

1 / 133

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Não perca as partes importantes!

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO
TECNOLOGIA EM SISTEMAS PARA INTERNET
SANTA TERESA ES
2021
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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Objetivos e Funções do Coordenador do Curso de Tecnologia em Sistemas para Internet e outras Esquemas em PDF para Sistemas Operacionais, somente na Docsity!

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO TECNOLOGIA EM SISTEMAS PARA INTERNET SANTA TERESA – ES 2021

REITOR

Jadir José Pela PRÓ-REITORA DE ENSINO Adriana Piontkovsky Barcellos PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Luciano de Oliveira Toledo PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO Renato Tannure Rotta de Almeida PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E ORÇAMENTO Lezi José Ferreira PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO André Romero da Silva CAMPUS SANTA TERESA DIRETOR-GERAL Walkyria Barcelos Sperandio DIRETOR DE ENSINO Marcelo Monteiro dos Santos DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO Milson Lopes de Oliveira DIRETOR DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Robson Celestino Meireles

SIGLAS

● AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem ● CEC - Coordenadoria de Extensão Comunitária ● CEFOR - Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância ● CGP - Coordenadoria de Gestão Pedagógica ● CH - Carga horária ● CNCST - Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia ● CNPq - Coordenação Nacional de Pesquisa ● CONAES - Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior ● CPA - Comissão Própria de Avaliação ● CRA - Coordenadoria de Registro Acadêmico ● CSA - Comissões Setoriais de Avaliação ● CSAI - Comissão Setorial de Avaliação Institucional ● CST - Cursos Superiores de Tecnologia ● EAD - Ensino a Distância ● EBTT - Ensino Básico, Técnico e Tecnológico ● ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio ● EPA – Escola Prática de Agricultura ● FAPES - Fundação de Apoio à Pesquisa do Espírito Santo ● IC - Iniciação Científica ● LDB - Lei de Diretrizes e Bases ● MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações ● NAC - Núcleo de Arte e Cultura ● NAPNE - Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas ● NDE - Núcleo Docente Estruturante ● NEABI - Núcleo de Estudos Afro- brasileiros e Indígenas ● PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ● PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica ● PIVIC - Programa institucional de voluntários de Iniciação Científica ● PNE - Plano Nacional de Educação ● PPC - Projeto Pedagógico de Curso ● PPI: Projeto Pedagógico Institucional ● REC - Relações Institucionais e Extensão Comunitária ● ROD - Regulamento da Organização Didática ● SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior ● SIPAC - Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos ● SiSU - Sistema de Seleção Unificada

● TADS - Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas ● TCC - Trabalho de Conclusão de Curso ● TI - Tecnologia da Informação ● TSI - Tecnologia em Sistemas para Internet

  • APRESENTAÇÃO..................................................................................................................................................
  • 1.1. Apresentação Geral
  • 1.2. Apresentação do Curso
    • IDENTIFICAÇÃO DO CURSO...............................................................................................................................
  • 2.1. Denominação
  • 2.2. Eixo Tecnológico
  • 2.3. Grau...............................................................................................................................................................
  • 2.4. Modalidade
  • 2.5. Diplomas e certificados
  • 2.6. Turno de oferta
  • 2.7. Periodicidade.................................................................................................................................................
  • 2.8. Tipo de oferta
  • 2.9. Número de vagas oferecidas
  • 2.10. Periodicidade da oferta
  • 2.11. Carga Horária Total......................................................................................................................................
  • 2.12. Formas de acesso
  • 2.13. Local de oferta
  • 2.14. Coordenador
  • 2.15. Prazo de Integralização curricular em anos
  • 2.16. Histórico de criação e reformulações do PPC
    • JUSTIFICATIVA
  • 3.1. Analisando o contexto atual do mercado de trabalho
  • 3.2. Consolidando a oferta de Cursos de Tecnologia da Área de Informática pelo Campus Santa Teresa
  • 3.2.1. Apresentando os dados da Pesquisa com Dirigentes de Empresas do ramo de TI
  • 3.2.2. Apresentando os dados da Pesquisa com potenciais candidatos ao Curso
  • 3.2.3. Analisando os dados da Pesquisa
    • OBJETIVOS
  • 4.1. Objetivo Geral
  • 4.2. Objetivos específicos
    • PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
    • ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
  • 6.1. Concepção
  • 6.2. Metodologias
  • 6.2.1. Estratégias Pedagógicas para disciplinas EaD parciais ou integrais
  • 6.2.2. Perfil docente para atuar em disciplinas EaD
  • 6.2.3. Tutoria/Mediação e Interação
  • 6.2.4. Material Didático
  • 6.3. Estrutura Curricular
  • 6.3.1. Matriz Curricular
  • 6.3.2. Representação gráfica/fluxograma
  • 6.3.3. Composição curricular
  • 6.3.4. Disciplinas Optativas e Eletivas...................................................................................................................
  • 6.3.5. Ementário das disciplinas
  • 6.3.5.1. Disciplinas no 1º Período
  • 6.3.5.2. Disciplinas no 2º Período
  • 6.3.5.3. Disciplinas no 3º Período
  • 6.3.5.4. Disciplinas no 4º Período
  • 6.3.5.5. Disciplinas no 5º Período
  • 6.3.5.6. Disciplinas no 6º Período
  • 6.3.6. Estágio Supervisionado...............................................................................................................................
  • 6.3.7. Atividades Acadêmico científico culturais
  • 6.3.8. Trabalho de Conclusão de Curso
  • 6.3.9. Iniciação Científica
  • 6.3.10. Extensão
    • AVALIAÇÃO
  • 7.1. Avaliação do Projeto Pedagógico do Curso
  • 7.2. Avaliação do processo Ensino - Aprendizagem..............................................................................................
  • 7.3. Avaliação do Curso
  • 7.4. Plano de avaliação institucional
  • 7.4.1. Avaliação do curso......................................................................................................................................
  • 7.4.2. Diretrizes metodológicas e operacionais
    • ATENDIMENTO AO DISCENTE
  • 8.1. Assistência Estudantil
  • 8.2. Atendimento Extraclasse
  • 8.2.1. Atendimento Individual do Docente
  • 8.2.2. Atendimento da Coordenação do Curso
  • 8.2.3. Atendimento Pedagógico
  • 8.3. Núcleos de Apoio...........................................................................................................................................
  • 8.3.1. Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas - NEABI.............................................................................
  • 8.3.2. Núcleo de Arte e Cultura - NAC
  • 8.3.3. Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE)
  • 8.3.4. Atendimento educacional especializado
  • 8.3.5. Acesso de Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida.....................................................................
    • GESTÃO DO CURSO
  • 9.1. Coordenador do Curso
  • 9.2. Núcleo Docente Estruturante (NDE)
  • 9.3. Colegiado do Curso...................................................................................................................................... - CORPO DOCENTE - INFRAESTRUTURA.........................................................................................................................................
  • 11.1. Áreas de ensino específicas
  • 11.2. Área de Estudo Geral
  • 11.3. Áreas de Esportes e de Vivência
  • 11.4. Áreas de Atendimento Discente
  • 11.5. Áreas de Apoio
  • 11.6. Biblioteca................................................................................................................................................... - PLANEJAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO
  • 12.1. Planejamento do Corpo Docente
  • 12.2. Planejamento de Infraestrutura de laboratórios/salas de aula
  • 12.3. Atualização de Acervo da Biblioteca - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

10 do Decreto Federal nº 22.470, de 20 de janeiro de 1947, indicava que as escolas agrícolas deveriam funcionar em regime de internato. Nelas seriam ofertadas as quatro séries do 1º ciclo (Ginásio Agrícola) e as três séries do 2º ciclo, garantindo a certificação aos concluintes como Técnicos em Agricultura. A Lei Orgânica do Ensino Agrícola consolidou uma série de reformas gestadas e implementadas parcialmente ainda durante o Estado Novo. Em 1948, após um acordo entre Estado e União, a gestão da EPA passou para a Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura. Houve a primeira mudança no nome, passando a se chamar Escola Agrotécnica do Espírito Santo, seguindo orientação da nova legislação para o ensino agrícola no país. Intensificaram-se as atividades de extensão com diversos eventos voltados para a comunidade rural capixaba – Semana do Lavrador, do Cafeicultor Capixaba, Feminina Ruralista, dentre muitos outros eventos. Nessa fase, também foi criado o periódico O Cultivador. Em 1952, iniciou-se o curso de Técnico em Agricultura, que, passando por nomenclaturas diversas, permanece sendo ofertado até os dias atuais como curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. A partir de 1956, renovado o convênio, a escola passou a se chamar Escola Agrotécnica de Santa Teresa. Logo após, entrou no ar a rádio A Voz da Lavoura. A escola diversificava suas atividades de ensino – como a oferta de curso para formação de tratoristas – , tornando-se importante referência para a região. Nova modificação na legislação levou a criação do Colégio Agrícola de Santa Teresa, em 1964. O colégio passou a certificar Técnicos Agrícolas após formação de três séries do Segundo Ciclo Ginasial. Em 1967, a coordenação do ensino agrícola do país foi transferida para o Ministério da Educação. Em 1973 foi criada a Coordenadoria Nacional do Ensino Agrícola – COAGRI – , órgão com autonomia administrativa e financeira, responsável pela condução das diretrizes do ensino agrícola no país. No modelo de escolas- fazenda, os estudantes passaram a produzir nas Unidades Educativas de Produção – UEPs, sendo destinadas as cooperativas-escolas à comercialização da produção. Em 1979, o Colégio Agrícola passou a se chamar Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa, permanecendo subordinada à COAGRI até a sua extinção, em 1985, quando passou à Secretaria de Ensino de 2º Grau. Nessa fase, diversificaram-se os cursos oferecidos na instituição e se consolidou a sigla EAFST, com a qual muitos moradores da região e ex-alunos ainda se referem à escola. Em 1993, a Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa tornou-se uma autarquia, com garantias de autonomias didática e disciplinar, e orçamento próprio. A partir da Lei 11.892, que criou os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia no Brasil, em 2008, veio a última mudança. No Espírito Santo, as escolas federais profissionais existentes se uniram para a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. A extinta EAFST tornou-se o campus Santa Teresa. Desde então, essa instituição octogenária oferece cursos de níveis técnicos integrados ao ensino médio, cursos superiores e cursos de pós-graduação Lato Sensu. Além do ensino, atua também na pesquisa

11 aplicada, especialmente na área das ciências agrárias, e busca a manutenção e o fortalecimento de sua missão extensionista iniciada na década de 1940. O presente Projeto Pedagógico do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet (TSI) Instituto Federal do Espirito Santo (Ifes), Campus Santa Teresa, é o resultado institucional para atender à demanda da formação científica e tecnológica, para a área da tecnologia da informação, em atenção também às necessidades específicas do mercado regional. Foi possível constatar um crescimento da demanda regional por profissionais da área da informação. Além da oportunidade de atuar em empresas de desenvolvimento de softwares instaladas em outras localidades, inclusive empresas que contratam na modalidade home-office, foram instaladas duas novas empresas de desenvolvimento web na região (Conexos e Basis), as quais demandam profissionais com esta formação. O desenvolvimento de tecnologia da informação é impulsionado por crescentes demandas provenientes dos setores nos quais está inserida ou é demandada. Atender a essa demanda impacta a sociedade local/regional, promovendo mudanças e transformações sociais e apresentando novos campos de atuação profissional. O Campus Santa Teresa reconhece a sua responsabilidade social e apresenta o Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet para contribuir com o atendimento a essa demanda. 1.2. Apresentação do Curso Dentro do contexto dos cursos agrícolas, vislumbrou-se a necessidade de se investir em cursos da área tecnológica como um meio de complementação e inovação do que se havia conquistado pelo Campus ao longo de sua história, de acordo com as novas necessidades de informação, bem como se alinhar com as mudanças no paradigma de atuação profissional. Ademais, para atender as demandas da sociedade e visando o desenvolvimento de sistemas de informação contextualizados ao cenário tecnológico atual e futuro, foi proposta a criação do curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (TADS) no ano de 2010. Também, no sentido de proporcionar subsídio à região de um ensino de base de qualidade que pudesse se verticalizar com a formação para um Curso Superior na área da Informática, atendendo às novas demandas tecnológicas, processuais e sociais, em 2019 foi criado o curso Técnico em Informática para Internet integrado ao Ensino Médio. Dessa forma, o Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet (TSI) do Campus Santa Teresa especificado neste PPC surge a partir da necessidade de modernização do conteúdo ministrado no Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (TADS), implantado no Campus Santa Teresa em 2010 e reformulado em 2014, uma vez que a comissão, instituída pela Portaria N° 92, de 5 de março de 2020, apurou, juntamente com o Colegiado e o Núcleo Docente Estruturante (NDE), um conjunto de fatores que impactam no alto índice de evasão dos discentes.

13 profissionais da área de tecnologia da informação (TI), oportunizando os desenvolvimentos tecnológico e socioeconômico do Espírito Santo, e que contemplasse o uso de diversos laboratórios, como desenvolvimento, computação aplicada, robótica, dentre outros. Fomentar o ambiente de ensino de tecnologias para internet contribui para a integração ensino, pesquisa e extensão, além de possibilitar à sociedade a formação de pessoas capacitadas para atuarem na área de TI, a qual sofre escassez de mão de obra qualificada, conforme referenciado por vários veículos de comunicação, como em UOL e G1, 2021. A comissão constituída pela Portaria nº 88, de 4 de março de 2020, avaliou a capacidade técnica dos docentes da área de TI (Tecnologia da Informação) e propôs a capacitação contínua (Processos SIPAC 23156.001702/2019- 51 e 23156.000619/2021-12) para adequação dos profissionais às novas tecnologias exigidas no mercado. Ressalta-se que os docentes envolvidos buscaram auxílio com empresas privadas do entorno, com vistas à imersão dos docentes e dos discentes nesse processo de ensino. Essa ação tem gerado excelentes frutos, conforme pode ser visualizado no site do Campus Santa Teresa (Ifes Santa Teresa, 2021). O Campus Santa Teresa investiu na capacitação dos professores de computação, através dos processos citados anteriormente, o que possibilitou a criação de um Curso Técnico de Informática para Internet no Campus Santa Teresa, aprovado em 2019, com propostas de ementas de disciplinas mais contemporâneas, tornando a proposta do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet um pilar no processo de verticalização do ensino, oportunizando aos jovens da região se certificar com diploma de Tecnólogo em Sistemas para Internet, promovendo educação profissional pública de excelência, integrando os eixos de ensino. Para a abertura do curso, além das comissões, diretrizes e normas orientadoras de sua execução já citadas, as bases para organização deste Projeto Pedagógico de Curso (PPC) se fundamentam nas legislações pertinentes à educação no país. O Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet vem ao encontro da Lei Federal de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, que regulamenta o termo Educação Profissional a partir das transformações das Escolas Técnicas Federais em Centro de Educação Tecnológica, e amplia a oferta dos cursos superiores de tecnologia, definindo que o objetivo principal da implantação de um curso tecnológico é formar profissionais aptos a atuarem no mercado de trabalho, preparados para o desenvolvimento e para a inovação tecnológica. Tais preceitos corroboram com as necessidades apontadas nas reuniões com os empresários locais, como também com o Plano Nacional de Educação, em sua meta número 12: “Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.”. O currículo do curso se estrutura de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CST), com a Resolução CNE/CP3, de 18 de dezembro de 2002, e com os artigos 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências:

14 “Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.

  • § 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino.
  • § 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: I. de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; II. de educação profissional técnica de nível médio; III. de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. Observa-se, também, para a estruturação do currículo, o Decreto Nº 57.753, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, e as legislações que orientam a implantação de cursos de tecnologia que vão de acordo com o novo referencial, no que diz respeito à globalização dos mercados e à disseminação da tecnologia da informação, condicionando uma produção mais flexível, com funções mais enriquecidas, mais autonomia e qualificação para um número significativo de profissionais, uma vez que o tempo entre o término do curso e a adaptação ao mercado de trabalho é menor nos cursos de tecnologia. Esse fato atrai estudantes com perfis diversos, pois mantém um foco preciso e orienta para o mercado de trabalho. Ressalta-se a observação do Decreto nº 5.626 sobre a inclusão de Libras no currículo como disciplina optativa. Destaca-se, também, o atendimento das Resoluções CP/CNE nº 1 de 17 de junho de 2004, Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, CP/CNE nº 1, de 30 de maio de 2012, Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos e CP/CNE nº 2, de 15 de junho de 2012, Diretrizes Nacionais para a Educação Ambiental que tratam de temas relevantes que serão abordados de forma transversal em alguns componentes curriculares do curso e nos projetos de extensão. Além disso, observa o Decreto Nº 3.298/1999 que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência e a Lei Nº 13.146/ que trata da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), fornecendo apoio para o aluno que estar integrado no sistema regular de ensino e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras. Neste projeto observa e segue a Lei Nº 13.005/2014, que trata do Plano Nacional de Educação para a melhoria da qualidade da educação. Em relação ao Ifes, o presente projeto está orientado por alguns instrumentos legais, a saber: o Plano de Desenvolvimento Institucional do Ifes (PDI); a Resolução do Conselho Superior Nº 170/2016, que normatiza o núcleo comum dos cursos de Graduação do Instituto Federal do Espírito Santo; a Portaria Nº 1896/2016, que aprova o código de ética e disciplina do corpo discente do Ifes; a Portaria Nº 1149/2017, que homologa o Regulamento da Organização Didática (ROD) dos Cursos de Graduação do Ifes nas modalidades presencial e a distância; a Resolução do Conselho Superior Nº 19/2011, que

16 2.4. Modalidade Presencial 2.5. Diplomas e certificados Diploma de Tecnólogo em Sistemas para Internet 2.6. Turno de oferta Integral 2.7. Periodicidade Semestral 2.8. Tipo de oferta Regime de créditos 2.9. Número de vagas oferecidas 25 vagas 2.10. Periodicidade da oferta Anual

17 2.11. Carga Horária Total 2000 horas, conforme a seguinte discriminação: 2.12. Formas de acesso O ingresso no curso é feito por processo seletivo. Em atendimento à Resolução CS nº 43/2012, de 10/07/2012, 100% das vagas para ingresso nos cursos de graduação presenciais do Ifes serão ofertadas para seleção em fase única, com base na nota do resultado do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), por meio do Sistema de Seleção Unificada – SiSU. As vagas são distribuídas de acordo com a Lei n° 12.711, de 29 de agosto de 2012, Decreto n° 7.824, de outubro de 2012, e Portaria Normativa N°18, de 11 de outubro de 2012, assim distribuídas: 50% das vagas destinadas para ações afirmativas e 50% para ampla concorrência. Eventuais vagas remanescentes de períodos subsequentes ao primeiro serão preenchidas por edital de transferência e novo concurso. Outras formas de Ingresso: ● transferência Facultativa e novo Curso, quando houver disponibilidade de vagas, por meio de Edital próprio; ● realização de procedimentos de mudança de curso ou de campus, previstos na Regulamentação de Ordem Didática do Ensino Superior do Ifes (ROD), quando houver disponibilidade de vagas. 2.13. Local de oferta Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Santa Teresa Rodovia ES-080, Km 93 s/n - Santa Teresa - ES CEP: 29660- 000 São João de Petrópolis - Santa Teresa - Espírito Santo Atividades não Presenciais 800 horas Atividades Presenciais 1200 horas Total 2000 horas

19 ● 3.1 Análise do contexto atual do mercado de trabalho; ● 3.2 Oferta de Cursos de Tecnologia da Área de Informática pelo Campus Santa Teresa; ○ 3.2.1 Apresentação dos dados da Pesquisa com Dirigentes de Empresas do ramo de TI; ○ 3.2.2 Apresentação dos dados da Pesquisa com potenciais candidatos ao Curso; ○ 3.2.3 Análise dos dados da Pesquisa; 3.1. Analisando o contexto atual do mercado de trabalho O Observatório Softex^1 divulgou, em maio de 2019, o estudo “Overview do setor brasileiro de Tecnologia da Informação nos últimos dez anos”^2 , em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que traça a evolução da atividade de TI em relação aos indicadores da economia, principalmente o PIB, e ao mercado de trabalho. O estudo revela que, entre 2007 e 2016, mesmo em anos em que houve queda do PIB brasileiro, a receita operacional líquida do setor de TI evoluiu em cerca de 70% em termos reais, chegando a aproximadamente R$ 200 bilhões/ano. Em relação ao mercado de trabalho, o mesmo estudo mostra que, no período analisado, a taxa média de crescimento de empregos formais em TI (5,7%) foi mais do que o dobro do crescimento médio dos empregos formais na economia de maneira geral. Esse cenário evidencia que, apesar da retração econômica, a empregabilidade e o dinamismo do segmento de TI se mantiveram. Em linha com o estudo da Softex, a revista Exame divulgou em seu site que “segundo um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o déficit de profissionais pode chegar a 260 mil até 2024 ”. A mesma reportagem aponta que a maior parte desse déficit ocorre para profissionais da área de desenvolvimento de sistemas para internet. De acordo com a SINDINFO (atual Associação Capixaba de Tecnologia - Action), o principal desafio no setor é a baixa capacidade de formação e de qualificação de profissionais para atuar na área. Diante dessa constatação, percebe-se como muito relevante a atuação institucional do Campus Santa Teresa na formação de profissionais aptos para trabalhar na área de informática, mais especificamente com desenvolvimento de sistemas para internet, área apontada como a de maior déficit. (^1) A Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) é uma OSCIP que atua no desenvolvimento de ações para melhoria da competitividade da indústria brasileira de software e serviços de TI. (^2) Link: https://softex.br/download/overview-do-setor-de-tecnologia-da-informacao-brasileiro-nos-ultimos-dez-anos/

20 3.2. Consolidando a oferta de Cursos de Tecnologia da Área de Informática pelo Campus Santa Teresa O Ifes Campus Santa Teresa completou 80 anos em 06 de setembro de 2020, oferecendo ensino público de qualidade em sintonia com os preceitos de formação cidadã e o atendimento às demandas do mercado de trabalho, sendo a única instituição pública a oferecer ensino superior no município de Santa Teresa e em seu entorno. Dessa forma, a instituição desempenha um papel de grande relevância para o desenvolvimento humano, tecnológico e socioeconômico da região, por meio das atividades acadêmicas ofertadas em cursos de nível técnico integrado ao ensino médio, superior e de pós- graduação, visando a ampliar as possibilidades de formação escolar para a população da região onde está inserido. O mapeamento inicial da demanda regional por formação de nível superior na área de tecnologias digitais ocorreu por ocasião da implantação do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Campus Santa Teresa, em 2009. Naquela oportunidade, foi realizada uma pesquisa com 800 alunos de 3° ano do ensino médio de 12 municípios circunvizinhos, a fim de conhecer a preferência dos alunos por cursos superiores de tecnologia, sendo o Curso de TADS o que apresentou maior grau de interesse por parte dos alunos pesquisados, alcançando 37% da preferência, à frente dos cursos de tecnologia em Cafeicultura, Agronegócio, Gestão Ambiental e Agroindústria. Essa demanda foi comprovada já no primeiro processo seletivo para o curso, PS 01/2010 - Cursos Técnicos e Superiores Multicampi do Ifes (IFES, 2020), quando esse foi o curso superior de tecnologia com o maior número de inscritos entre os campi do Ifes, com 114 candidatos (3,56 candidatos/vaga), seguido do Curso de Tecnologia em Redes de Computadores do Campus Serra, com 70 candidatos (2, candidatos/vaga). Desde então, o Campus vem ofertando 40 vagas anuais nesse curso de tecnologia. Durante esses onze anos de oferta do TADS, foi possível constatar um grande crescimento da demanda regional por profissionais nele formados. Nesse período, além da oportunidade de atuar em empresas de desenvolvimento de softwares instaladas em outras localidades, inclusive empresas que contratam na modalidade home-office, foram instaladas duas novas empresas de desenvolvimento web na região (Conexos e Basis), as quais vêm constantemente procurando a coordenação de curso e os docentes que nele atuam, a fim de contratar estudantes para atuarem como estagiários na área de desenvolvimento de sistemas informatizados, o que vem ocorrendo de forma cada vez mais prematura, uma vez que os estudantes vêm sendo contratados estando ainda nos períodos iniciais do curso. Tais fatores são demonstrativos claros da existência de demanda e da relevância do curso superior de tecnologia na área de informática para a região. Por outro lado, contrastando com o potencial de empregabilidade dos egressos e dos estudantes do curso, o curso vem sofrendo com indicadores de desempenho acadêmicos bastante incômodos, principalmente os relacionados à retenção e à evasão dos alunos. Diante dessa problemática, o NDE do curso tem buscado alternativas para mitigar tais situações, sem renunciar à qualidade da formação dos alunos. Nessa busca, o NDE vem constantemente dialogando e consultando o setor produtivo e os