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Importância do Minimalismo na Gestão Financeira Pessoal, Provas de Finanças

Este documento investiga a importância do minimalismo como estilo de vida para melhorar a gestão financeira pessoal. O minimalismo, definido como um estilo de vida intencional que visa ter menos coisas e consumir com mais consciência, tem impactado positivamente na vida financeira de muitas pessoas. De acordo com as entrevistas realizadas, 87,5% das pessoas notaram melhorias na vida financeira após adotarem o minimalismo. Além disso, o minimalismo é percebido como uma filosofia de vida que favorece uma forma de vida mais saudável em todos os aspectos, incluindo financeiro.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Maracana85
Maracana85 🇧🇷

4.2

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MINIMALISMO COMO UM ESTILO DE VIDA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A
GESTÃO DAS FINANÇAS
1
ALMEIDA, Tainara
2
Centro Universitário Academia UniAcademia
CONCEIÇÃO, André
3
Centro Universitário Academia UniAcademia
Linha de Pesquisa: Administração Financeira e Orçamentária
RESUMO
O minimalismo como filosofia de vida vem crescendo e cada vez mais procurado por
pessoas que desejam uma vida com propósito, o que, por sua vez, impacta de forma
direta e positiva nas finanças pessoais, promovendo um maior controle dessa. O
objetivo geral do trabalho é investigar o minimalismo e a importância desse estilo de
vida para uma melhor gestão das finanças pessoais. Para alcançar o proposto pelo
trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória com autores das áreas
minimalista e das finanças pessoais, assim como uma pesquisa descritiva e de campo
de caráter qualitativo. Ao término do trabalho, percebeu-se que o minimalismo é um
estilo de vida procurado como filosofia de vida e que, de certa forma, acaba
impactando na melhoria da gestão das finanças pessoais.
Palavras-chave: Filosofia de vida. Consumo consciente. Vida minimalista. Finanças
Pessoais.
1 INTRODUÇÃO
Saber administrar suas finanças é mais importante do que a quantia de dinheiro
que se tem, e não importa o quanto recebemos, o que determina se seremos
prósperos financeiramente é a maneira como lidamos com nossos gastos, é o que
consumimos e como consumimos, e é isso que irá definir se teremos ou não uma vida
financeira saudável (CERBASI, 2019).
O estilo de vida minimalista, que é pautado na simplicidade e em viver com
menos, vem ganhando espaço na sociedade consumista em que vivemos, tendo, esse
estilo de vida, influenciado positivamente o modo de viver dos seus adeptos em várias
áreas e, dentre elas, a financeira, contribuindo para um crescimento financeiro pessoal
(ALVES, 2018).
1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Academia UniAcademia,
como requisito parcial para a conclusão do Curso de Graduação em Administração.
2
Graduando (a) em Administração pelo Centro Universitário Academia UniAcademia.
3
Professor do curso de Administração do Centro Universitário Academia UniAcademia.
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MINIMALISMO COMO UM ESTILO DE VIDA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A

GESTÃO DAS FINANÇAS^1

ALMEIDA, Tainara 2 Centro Universitário Academia – UniAcademia CONCEIÇÃO, André 3 Centro Universitário Academia – UniAcademia Linha de Pesquisa: Administração Financeira e Orçamentária RESUMO O minimalismo como filosofia de vida vem crescendo e cada vez mais procurado por pessoas que desejam uma vida com propósito, o que, por sua vez, impacta de forma direta e positiva nas finanças pessoais, promovendo um maior controle dessa. O objetivo geral do trabalho é investigar o minimalismo e a importância desse estilo de vida para uma melhor gestão das finanças pessoais. Para alcançar o proposto pelo trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória com autores das áreas minimalista e das finanças pessoais, assim como uma pesquisa descritiva e de campo de caráter qualitativo. Ao término do trabalho, percebeu-se que o minimalismo é um estilo de vida procurado como filosofia de vida e que, de certa forma, acaba impactando na melhoria da gestão das finanças pessoais. Palavras-chave : Filosofia de vida. Consumo consciente. Vida minimalista. Finanças Pessoais. 1 INTRODUÇÃO Saber administrar suas finanças é mais importante do que a quantia de dinheiro que se tem, e não importa o quanto recebemos, o que determina se seremos prósperos financeiramente é a maneira como lidamos com nossos gastos, é o que consumimos e como consumimos, e é isso que irá definir se teremos ou não uma vida financeira saudável (CERBASI, 2019). O estilo de vida minimalista, que é pautado na simplicidade e em viver com menos, vem ganhando espaço na sociedade consumista em que vivemos, tendo, esse estilo de vida, influenciado positivamente o modo de viver dos seus adeptos em várias áreas e, dentre elas, a financeira, contribuindo para um crescimento financeiro pessoal (ALVES, 2018). (^1) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Academia – UniAcademia, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Graduação em Administração. (^2) Graduando (a) em Administração pelo Centro Universitário Academia – UniAcademia. (^3) Professor do curso de Administração do Centro Universitário Academia – UniAcademia.

Nesse contexto, a temática do minimalismo, ou essencialismo, se apresenta como uma possibilidade de prosperidade financeira, tendo em vista sua filosofia da busca disciplinada por menos (MCKEOWN, 2015). Nessa perspectiva, o presente trabalho possui como objetivo central investigar a importância do minimalismo como um estilo de vida importante para uma melhor gestão das finanças pessoais, respondendo à pergunta: Qual a importância do minimalismo para a gestão das finanças pessoais? Para atingir tal propósito, utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, de cunho exploratório, com os principais autores que discutem a temática de finanças pessoais e o minimalismo, como Gustavo Cerbasi (2019), Greg McKeown (2015), dentre outros. A posteriori, realizou-se uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo, com a aplicação de uma entrevista. Segundo a pesquisa feita, 100% dos minimalistas entrevistados afirmaram que o minimalismo é importante para as finanças pessoais, apesar de não ser o foco principal e não ter a necessidade de ser minimalista para um melhor controle das finanças, entretanto, ao optar por esse estilo de vida tem-se uma melhora na gestão das finanças pessoais como uma consequência, sendo os minimalistas pessoas mais controladas e prósperas monetariamente. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 MINIMALISMO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A GESTÃO DAS FINANÇAS PESSOAIS O minimalismo pode favorecer de forma positiva na vida financeira, sendo praticado por pessoas de qualquer classe, dando valor ao que realmente importa e oferecendo grande importância à qualidade de vida. É totalmente possível organizar os gastos e viver uma vida sem dívidas, obtendo, assim, experiências e vantagens para o alcance dos objetivos (DALFOVO et al ., 2020). Segundo Pedro Mota e Renata Veloso, os minimalistas tendem a poupar mais (MOTA; VELOSO, 2017), e Gustavo Cerbasi (2019) destaca que as pessoas estão adquirindo uma cultura cada vez mais minimalista e uma maior inteligência financeira, passando a entender que uma vida de posses não é o sinônimo de uma vida rica (CERBASI, 2019).

importante, tendo sido explorado, inicialmente, pelas artes no século XX (CRUZ, 2019), influenciando diversos setores, como a literatura, arquitetura, design, artes visuais e tecnologia, se expandindo e indo além, conquistando um sentido amplo e filosófico, o Minimalism Life , ou vida minimalista (ALVES, 2018). Nesse sentido, é importante pontuar a existência e as diferenças entre dois tipos de minimalismo, que são a estética minimalista e a filosofia minimalista, em que o primeiro, se trata da cultura visual, influenciada pelo movimento das artes, o Minimal Art , em que se teve início o minimalismo, lançando mão de poucos elementos e objetos simplificados, baseando-se na premissa de que menos é mais, focando em um visual claro, simples e limpo, e o segundo refere-se a cultura material, ainda em construção e ascensão nos dias de hoje, enfatizando a mudança de hábitos e o consumo de forma consciente (ALVES, 2018). Paulo Alves, no documentário Mente Minimalista, destaca que o minimalismo, diferente do que muitos pensam, é um estilo de vida voluntário, fruto de reflexões de seus adeptos, e é escolhido por tomada de consciência, sendo que, pessoas com uma vida difícil financeiramente, não são consideradas, necessariamente, minimalistas, pois em qualquer oportunidade de ascensão financeira, irão consumir de forma desenfreada, diferente do minimalista, que pode ficar milionário que não vai querer consumismo e luxos (MENTE MINIMALISTA: UM DOCUMENTÁRIO SOBRE MINIMALISMO, 2020). 2.1.2 Minimalismo: consumo e capitalismo Em concordância com Graham Hill (2016), hoje em dia o acesso tem se tornado muito fácil, as coisas estão cada vez mais baratas e mais disponíveis, em que as pessoas passam horas na internet e compram 24 horas por dia online , havendo grandes lojas que vendem de tudo com preços que instigam, e que acabam induzindo o acúmulo de coisas de forma desnecessária (MINIMALISM: A DOCUMENTARY ABOUT THE IMPORTANT THINGS, 2016). A filosofia minimalista valoriza o não material, diferente do capitalismo conceituado pelo American way of life , ou estilo de vida americano, que acredita que a base da felicidade está no consumo (ALVES, 2018). Vale ressaltar que o minimalismo se opõe ao consumismo e que possui uma diferença do conceito de consumo, visto que o consumo é comprar as coisas que são

essenciais, já o consumismo é a prática que ultrapassa o que é realmente necessário, em que as pessoas passam a viver com excessos, o que retrata bem o mundo, em que o ritmo entre consumir e descartar as coisas estão cada vez mais acelerados (MENTE MINIMALISTA: UM DOCUMENTÁRIO SOBRE MINIMALISMO, 2020). Porém, apesar de ir contra às práticas consumistas, o minimalismo não visa construir uma sociedade contra o capitalismo e alternativa, como os hippies e punks, objetivando apenas reduzir os consumos e excessos que são, indubitavelmente, muito presentes em nossa sociedade, sem deixar de fazer parte dela, logo, não se trata de uma subcultura, mas um estilo de vida (ROJAS E MOCARZEL, 2015 apud ALVES, 2018). “O minimalismo não nega o consumo ou o capitalismo. Não se opõe ao ato da compra em si, mas sim ao ato de compra sem reflexão acerca das necessidades do indivíduo” (NEGRETTO, 2013, p.86), porém, é nítida a mudança da relação das pessoas que adotam esse estilo de vida com o sistema capitalista (CRUZ, 2019). David Friedlander (2016) demonstra um estudo feito e destaca que, ao longo de um dia normal, uma família composta por 4 pessoas em uma casa mediana, talvez utilize apenas 40% do espaço, enfatizando que as pessoas possuem casas enormes, que nem sequer as utiliza em sua totalidade, adquirindo bens que nem sequer consomem. Nesse sentido, Sam Harris (2016) enfatiza que as pessoas colocam os bens materiais como foco em suas vidas, esperando que, se entregando e satisfazendo cada desejo, irá trazer uma vida melhor para elas (MINIMALISM: A DOCUMENTARY ABOUT THE IMPORTANT THINGS, 2016). Assim, o minimalismo vem se destacando cada vez mais e se opondo ao consumo excessivo e qualquer outro tipo de excesso, se posicionando como uma cultura imaterial, enfatizando o desapego dos bens materiais, se colocando em prol das coisas que o dinheiro não pode comprar e que não demandam nenhum consumo ou demasia do mundo globalizado (ALVES, 2018). 2.2 GESTÃO DAS FINANÇAS PESSOAIS As finanças pessoais são o manuseio do próprio dinheiro e do de terceiros, buscando saber como ter um bom retorno financeiro, assim como o que fazer com o retorno que se tem, visualizando aquisições e alocações de recursos, almejando, principalmente, a satisfação de necessidades e desejos, demonstrando, não apenas como ganhar bem, mas, também, como gastar o dinheiro de forma adequada (PIRES,

e investir, cortando gastos e multiplicando as reservas, investindo a quantia excedente todo mês (CERBASI, 2019). 2.3 MINIMALISMO E AS FINANÇAS PESSOAIS O minimalismo não se trata de ganhos financeiros, e sim de liberdade financeira, em que se pode acordar e simplesmente aproveitar o dia da maneira adequada, de uma forma que vá agregar e que definitivamente valha a pena, podendo ter o poder de escolher aquilo que realmente quer e o que realmente é necessário. (MINIMALISM: A DOCUMENTARY ABOUT THE IMPORTANT THINGS, 2016). No que se refere ao minimalismo relacionado às finanças pessoais, é notório que a educação financeira é uma grande consequência da escolha de se conscientizar no que se refere ao consumo em excesso, promovendo à vida financeira uma maior responsabilidade social, de forma mais sustentável, tendo em vista que a prática do minimalismo, além de tudo, defende o consumo de forma consciente, utilizando formas, como reformar e consertar, ao invés de simplesmente descartar, fazer trocas e permutas do que não é utilizado, focando em práticas que agridam, da menor forma possível, o meio ambiente, reduzindo de forma significativa a produção de lixo (CERBASI, 2019). Deborah Alves pontua sobre o minimalismo: “Manter esse estilo de vida é uma opção intencional que influencia o corpo e a mente, a organização financeira e por último, o convívio social” (ALVES, 2018, p.31), logo, os adeptos ao minimalismo são pessoas que se interessam por tudo que é relacionado à educação financeira, tendo em vista que eles não são adeptos aos hábitos consumistas, podendo, o estilo de vida minimalista, ser um grande influenciador das finanças pessoais. E como destaca Joshua Millburn e Ryan Nicodemus, viver com menos proporciona uma maior qualidade de vida, influenciando positivamente na saúde mental e também financeira (MINIMALISM: A DOCUMENTARY ABOUT THE IMPORTANT THINGS, 2016). Com isso, o minimalismo é um assunto comum e pessoas que adotam esse estilo de vida são pessoas bem instruídas e capazes de obter uma renda alta (CRAIG-LESS E HILL, 2002 apud CRUZ, 2019). As pessoas adeptas ao estilo de vida minimalista se interessam sobre assuntos como economia, relações de trabalho e lazer, tendo em vista que são assuntos que estão ligados ao minimalismo e à qualidade de vida, influenciando de forma

significativa na economia pessoal (ALVES, 2018). O minimalismo alcança todas as classes sociais e promove uma vida financeira positiva das pessoas que optam por esse estilo de vida (DALFOVO et al., 2020). 2.4 O MINIMALISMO E A PÓS-PANDEMIA De acordo com Raquel Carneiro, em reportagem à revista semanal VEJA (2021), as buscas sobre o minimalismo no Google bateram o recorde em 2019, e desde março de 2020, momento em que começou a pandemia e o isolamento social em escala global, as pessoas começaram a observar mais sobre as coisas que possuíam e suas quantidades, e as visualizações de vídeos sobre o assunto no Youtube cresceram em 70% (CARNEIRO, 2021). Destacado pela WGSN – World Global Style Network (2020), empresa de previsão de tendências, com a pandemia do Coronavírus, as pessoas passaram a dar atenção ao que realmente é importante para elas e poderão passar a analisar o minimalismo como uma possibilidade, adquirindo novos estilos de vida e prioridades, tais como bem-estar, proteção e conforto, efetuando gastos com mais propósito e consciência. O minimalismo, devido a pandemia, será uma grande tendência em 2021, reforçando o consumo necessário e cada vez mais consciente (SEBRAE, 2020). O minimalista Joshua Millburn, em entrevista à revista VEJA (2021), afirma que a pandemia fez com que as pessoas questionassem o que é essencial, revendo a quantidade de itens que possuem e entendendo que o que realmente importa vai além das posses de bens materiais, sendo as posses nada mais que uma forma de externalizar o que está muito presente dentro de cada um. Tudo isso pode vir a ser um propulsor para uma possível onda de desapegos. Diante da pesquisa bibliográfica feita, nota-se o minimalismo como um estilo de vida intencional, escolhido pelas pessoas a fim de obterem um propósito de vida, dando mais sentido à ela, diminuindo o consumo excessivo, assim como qualquer outro tipo de demasia, podendo ser muito importante para o controle das finanças pessoais, tendo em vista o foco em consumir e adquirir apenas o essencial, tendo apenas aquilo que é realmente útil.

4 ANÁLISE E RESULTADOS

Foi feita uma pesquisa com aplicação de uma entrevista de forma a ajudar a responder o questionamento sobre o minimalismo e sua importância para a gestão das finanças pessoais. Dessa forma, as entrevistas foram iniciadas com uma questão acerca da visão dos entrevistados sobre o que é o minimalismo para eles, partindo para questões da relação dos entrevistados com esse estilo de vida, bem como da ligação do minimalismo com as finanças pessoais. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Para a pesquisa, contou-se com a colaboração de 16 entrevistados, sendo todos eles minimalistas. QUADRO 1. Dados dos entrevistados – E1 a E Entrevistado Sexo Graduação Estado Tempo de prática minimalista Motivação dos minimalistas E1 F Superior completo^ Minas Gerais^ 3 anos^ Tomada de consciência E2 F Superior incompleto Minas Gerais 5 anos Situação financeira E3 M Superior completo^ São Paulo^ 5 anos^ Tomada de consciência E4 M Pós-graduação Minas Gerais 2 anos Tomada de consciência E5 F Especialista/Graduado^ Minas Gerais^ Sempre foi^ Tomada de consciência E6 M Ensino médio completo Ceará 3 anos Tomada de consciência E7 F Superior completo^ São Paulo^ 4 anos^ Situação financeira E8 F Superior completo Rio Grande do Sul Está no processo Tomada de consciência E9 M Superior completo^ Paraná^ 1 ano^ Tomada de consciência E10 F Pós-graduação Rio de Janeiro 2 a 3 anos Tomada de consciência E11 M Superior incompleto^ Paraíba^ 1 ano e 6 meses Tomada de consciência E12 M Superior completo Minas Gerais 12 anos Tomada de consciência E13 F Superior completo^ São Paulo^ 2 anos^ Forçadamente E14 F Superior completo Distrito Federal 5 anos Tomada de consciência E15 F Superior completo Rio de Janeiro 6 anos Tomada de consciência E16 F Pós-graduação São Paulo 2 anos Tomada de consciência Fonte: Elaborada pelo autor, 2021

Como mostra no Quadro 1, dentre os 16 pesquisados, 62,5% são mulheres e 37,5% são homens, mostrando o público feminino de forma mais expressiva, tendo os entrevistados ficado mais centralizados no estados de Minas Gerais e São Paulo, 56,25% deles. Dos entrevistados apenas 1 possui ensino médio completo, os demais possuem ensino superior, seja incompleto, completo ou pós-graduação. Nota-se uma descentralização maior no que se refere ao tempo de prática minimalista, tendo em vista que varia bastante, havendo quem está iniciando o processo até quem já possui 12 anos desse estilo de vida. No Quadro 2, estão destacadas as perguntas elaboradas para a entrevista, buscando entender a visão de cada um sobre o minimalismo, como foram os processos até chegarem a esse estilo de vida e a relação do minimalismo com as finanças pessoais. QUADRO 2. Perguntas da pesquisa P1 De que lugar do Brasil você é? P2 Qual sua formação? P3 O que é o minimalismo para você? P4 Há quanto tempo é minimalista? P Você conseguiu adotar o minimalismo de uma vez só ou foi entre idas e vindas? Por quê? P O que você fez com as coisas desnecessárias no processo de se tornar um minimalista? P Notou diferenças em sua vida entre antes e depois de se tornar minimalista? Quais as principais diferenças? P Notou melhoras em sua vida financeira ao adotar o minimalismo? Quais? P Considera o minimalismo importante para o controle das finanças? Por quê? P Você se tornou minimalista por tomada de consciência ou pela situação financeira? Por quê? P11 Utilizou algum método para se tornar minimalista? Qual? P Você faz aplicações e reservas de emergência com o dinheiro que sobra todo mês? Exemplifique? Fonte: Elaborada pelo autor, 2021

tornou minimalista forçadamente, como o próprio entrevistado destaca, após um golpe de um sócio na empresa em que trabalhava. GRÁFICO 1. Motivação dos minimalistas Fonte: Elaborada pelo autor, 2021 4.2.3 Adoção do minimalismo Na adoção do minimalismo (P5), a maioria dos entrevistados, 62,5%, defendem o minimalismo como um processo gradual. Respostas como: “Acredito que é um processo gradual que nunca estará concluído” (E8) e "(...) o minimalismo é um processo. As pessoas não precisam ser 100% minimalistas de uma vez.” (E11), entendem o minimalismo não como um processo a ser concretizado de um dia para o outro, de forma radical, mas que requer tempo. Os demais entrevistados, 37,5%, conseguiram adotar o minimalismo de uma vez só, não defendendo nenhum tipo de processo gradual, como pode ser visto no Gráfico 2. 81,25% 12,5% (^) 6,25% Tomada de consciência Situação financeira Outro

GRÁFICO 2. Adoção do minimalismo Fonte: Elaborada pelo autor, 2021 No processo de se tornar minimalista ocorre uma fase de desapego dos bens materiais inúteis no dia-a-dia, e essa foi uma das perguntas feitas aos entrevistados, buscando saber o que fizeram com as coisas desnecessárias no processo de se tornarem minimalistas (P6), obtendo como respostas doação das coisas que julgavam desnecessárias, a venda ou jogaram fora o que não era possível doar nem vender, como pode ser visto no Gráfico 3. GRÁFICO 3. Desapego dos bens materiais desnecessários Fonte: Elaborada pelo autor, 2021 Ao perguntar se os entrevistados utilizaram algum método para aderir ao minimalismo (Gráfico 4), 43,75% não adotaram nenhum método e 56,25% adotaram 62,5% 37,5% Adotou o minimalismo de uma vez só Adotou o minimalismo entre idas e vindas 25% 37% 25% 13% Doou Vendeu/Doou Doou/Jogou fora Vendeu/Doou/Jogou fora

QUADRO 3. A vida antes e depois do minimalismo Diferenças depois da adoção do minimalismo (P7) E “(...) você não consegue ser minimalista se você não praticar o autoconhecimento (...) e uma outra [diferença] também é o meu trabalho, a gestão da minha casa reduziu, assim, drasticamente (...) eu consigo arrumar a minha casa com uma hora e depois viver o que eu quero viver (...)” E (...) antes do minimalismo eu era muito consumista (...) Depois do minimalismo eu tenho consumo consciente, educação financeira e sei a importância de economizar e cuidar do dinheiro.” E “(...) principalmente na qualidade de vida, hoje eu consigo trabalhar 6 horas por dia, não preciso me matar de trabalhar (...) o minimalismo me ajudou a ter mais tempo (...)” E “(...) o essencial passou a ser notado como riqueza. Passamos a ter noção que não é preciso ter tudo (...) Uma das principais diferenças foi o peso que se tira das obrigações.” QUADRO 3. A vida antes e depois do minimalismo E “Ser minimalista me permitiu ser mais leve... viver sem acumular coisas me permite viver mais experiências.” E6 “Equilíbrio, paz, satisfação, menos pressão social.” E “Me sobra espaço, sinto menos culpa na fatia do consumismo/capitalismo e com menos objetos/informações, a mente fica menos cansada...” E8 "(...) a maior diferença que estou notando é que tenho mais tempo livre.” E “(...) me sinto menos pressionado dentro de casa, há mais espaço nos ambientes (...)” E “Muito menos futilidade, menos preocupação com a opinião alheia, menos consumismo, mais economia consequentemente, mais aceitação pessoal.” E11 “A maior diferença está no "impulso de ter".” E12 “Tenho mais tempo livre para me dedicar ao "ser" pois me abstive do "ter".” E13 (...) Paz. Parece q a cabeça descansa.” E “Me sinto mais feliz. O minimalismo nas minhas decisões ficou muito mais prático, não perco tempo para decidir, sempre decido pela praticidade (...)” E “Passei a ter mais contentamento em relação a minha vida e minhas posses. Diminuiu meu nível de ansiedade.” E “(...) praticidade para limpar a casa, otimização do tempo na realização das tarefas do trabalho, economia, consumo consciente e alimentação saudável.” Fonte: Elaborada pelo autor, 2021

4.2.5 Minimalismo e sua relação com as finanças Duas perguntas foram feitas sobre o minimalismo e sua relação com as finanças pessoais (P8 e P9). No que se refere às melhoras na vida financeira após o minimalismo, 87,5% das pessoas disseram notar melhoras na vida financeira, já 12,5% não confirmaram essa pergunta, tendo uma alegado que não concorda, pois ao adotar o minimalismo, deixa-se de comprar muito, mas acaba por comprar coisas mais caras e de maior qualidade, e outra pessoa disse que precisa se aperfeiçoar nas finanças em relação ao minimalismo, não afirmando, mas, também, não negando a pergunta feita. Podemos destacar as respostas no Quadro 4. QUADRO 4. Melhoras na vida financeira com o minimalismo Notou melhoras em sua vida financeira ao adotar o minimalismo? Quais? (P8) E "(...) sim, está diretamente ligado porque quando a gente sabe quem a gente é, começa a praticar o minimalismo, a gente diz não para muita oferta, muita coisa desnecessária que o mundo quer colocar dentro da nossa casa, dentro da nossa vida, quer que a gente use (...)" E "Sim. O minimalismo nos instiga a cuidar das finanças, então adotamos o hábito de anotar todas as receitas e despesas e comprar aquilo que realmente é necessário." E " (...) eu notei uma grande diferença, hoje em dia me sobra dinheiro sem eu querer guardar, porque assim eu também compro somente o necessário (...)" E "Inevitavelmente o caminho por uma vida minimalista ira te conduzir para uma melhora de uma vida financeira. Sem desperdício e na busca do equilíbrio nos tornamos mais sóbrios." E "Finanças e minimalismo andam de mãos dadas. Menos coisas, menos gastos = mais dinheiro." E "Sim. Consegui economizar quando não comprei aqui que aprendi que era desnecessário." E7 "Sim...comprar somente o essencial faz sobrar dinheiro para outros projetos." E "Não muito, pois ao escolher comprar menos coisas, optei por comprar coisas melhores." E "Sim, evito de comprar livros (pois ainda tenho muitos não lidos) e roupas em promoção, que só compraria por estarem mais baratas." E10 "Economizo mais sim." E "Hoje eu penso muito mais no que eu quero comprar. "Eu preciso mesmo disso?" "Isso vai me servir?" E "Sim. Tenho uma reserva financeira para emergências e nunca mais faltou dinheiro, mesmo mantendo o mesmo padrão salarial."

E10 "Ajuda, mas não é preciso ser minimalista para ter controle das finanças." E "Sim. O minimalismo te ajuda a se livrar das coisas que não precisa. Sabendo o que você não precisa, você entende também o que não precisa comprar (que é a grande maioria das coisas que a mídia vende). Sabendo o que não comprar e efetivamente não comprando, o dinheiro segue no seu bolso e pode ser usado no que importa para você." E "Pra mim foi importante. Mas não é uma filosofia de vida que todos querem ou conseguem seguir. E também não acho que a questão financeira é o essencial para o minimalismo." E13 "Com certeza. Você adquire consciência sobre seus gastos." E14 "Sim. Você vê com mais clareza e toma decisões assertivas." E "Sim. Porque de uma forma geral te ajuda a focar no que é necessário e essencial. Por fim, os apelos de marketing já não te atingem mais." E "Sim! Com a prática do consumo consciente e buscando viver somente com essencial já é possível controlar melhor as finanças." Fonte: Elaborada pelo autor, 2021 4.2.6 Aplicações e reservas de emergências Na pergunta (P12): “Você faz aplicações e reservas de emergência com o dinheiro que sobra todo mês? Exemplifique?” (Gráfico 5), a maior parte dos entrevistados, 81,25%, disseram sim, e apenas 18,75% negaram a pergunta, alegando que nunca fizeram aplicações e reservas de emergências, enfatizando que ainda não chegaram na fase do dinheiro sobrando, mas que já estão no caminho para isso. GRÁFICO 5. Aplicações e reservas de emergências Fonte: Elaborada pelo autor, 2021 81,25% 18, Faz aplicações e reservas de emergência Não faz aplicações e reservas de emergência

Com a análise feita, é nítido que, diante dos resultados, o minimalismo é importante e ajuda na gestão das finanças pessoais. Dos entrevistados, 87,5% notaram melhoras na vida financeira após o minimalismo e 100% alegaram que o minimalismo é importante para uma boa gestão das finanças pessoais, porém, o minimalismo não foi buscado pelos entrevistados, especificamente, para uma melhora na vida financeira, tendo em vista que 81,25% se tornaram minimalistas por tomada de consciência, mas sim, por busca de uma filosofia de vida, tendo como consequência uma vida financeira melhor e controlada. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O minimalismo, por diversos autores, é percebido como um estilo de vida que favorece para uma forma de vida mais saudável em todos os aspectos, inclusive o financeiro, sendo uma filosofia de vida, que busca viver apenas com o essencial e, ao adotar esse estilo de vida, acaba por favorecer positivamente o controle das finanças pessoais. Algumas características fundamentais foram levantadas com o presente trabalho, tais como a visão do minimalismo, não apenas como uma forma de consumir, mas um estilo de vida que busca viver de uma forma mais leve e saudável como um todo, diminuindo os excessos e se concentrando em consumir moderadamente apenas o que estiver perto das necessidades, buscando maior liberdade, equilíbrio e poder de escolha. A partir do desenvolvimento deste trabalho e dos dados obtidos com a pesquisa bibliográfica e aplicação das entrevistas, foi possível compreender que as pessoas que procuram o estilo de vida minimalista estão atrás de um propósito, de uma filosofia de vida, e como consequência conseguem fazer uma boa gestão de suas finanças pessoais, tendo em vista que vivem apenas com o essencial, sem excessos ou consumos exacerbados. Com isso, podemos afirmar que essa prática minimalista possui total influência nas finanças pessoais de seus adeptos, fazendo com que eles sejam mais equilibrados e satisfeitos pessoal e financeiramente. Desta forma, a partir da conclusão da pesquisa, seu resultado é útil para entender mais sobre o tema, porém as limitações na quantidade de pessoas entrevistadas, assim como poucas referências sobre o assunto, não permitem