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O Portfólio como instrumento avaliativo no. Ensino Fundamental. 2015. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em. Pedagogia) – Universidade Estadual ...
Tipologia: Notas de estudo
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Londrina 2015
Londrina 2015
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina.
Orientadora: Profª Ms. Mônica Ap. Rodrigues Luppi
Dedico este trabalho a todos que acreditaram junto comigo que não há tempo determinado para se realizar um sonho.
A Deus, por seu imenso amor para comigo, por ter me concedido saúde e sabedoria nesta caminhada; Ao meu pai e à minha mãe, os quais com amor e carinho me ensinaram a ler, a escrever e principalmente, a viver; Ao meu esposo por seu companheirismo, por seu amor e dedicação, sem o qual não seria possível a realização deste trabalho; A minhas irmãs que me incentivaram e me apoiaram; As minhas amigas que com palavras me apoiaram e me incentivaram a não desistir; As minhas amigas de classe que muito contribuíram durante a construção deste trabalho, por todo o carinho e amor que já me proporcionaram neste tempo de convivência; À minha orientadora Profª. Ms. Mônica Ap. Rodrigues Luppi pelas lições, compreensão, disponibilidade e extrema dedicação em todos os momentos de construção deste trabalho; Ás professoras que compõem a banca por suas colaborações; Aos funcionários e demais professores do Curso de Graduação da UEL; As pessoas que com muito zelo e carinho corrigiram meu trabalho me auxiliando-me a deixá-lo dentro das normas estabelecidas por esta Universidade que aprendi respeitar no decorrer deste curso. A todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para o presente trabalho, seja pelo apoio e, mesmo, pela confiança indispensável à minha vida.
FREIRE, Micheli Cristiani Ricardo. O Portfólio como instrumento avaliativo no Ensino Fundamental. 2015. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2015.
RESUMO
A avaliação é uma forma sistemática de acompanhar, o aprendiz no tocante ao seu desempenho, avaliar seu progresso, identificar dificuldades e possibilitar a reflexão de retomada de conteúdo no caso onde o resultado não é satisfatório, neste contexto assim há várias formas para a avaliação. O Portfólio é um instrumento de avaliação que permite a autorregulação do aprendizado do aluno, proporcionando que o mesmo possa acompanhar seu próprio progresso escolar. O presente estudo concentrou-se em identificar se a literatura acadêmica contempla o uso de Portfólio como instrumento de avaliação em alunos que se encontram no Ensino Fundamental, por meio de revisão bibliográfica, que foi realizada por meio da Biblioteca Eletrônica Scientific Electronic Library Online conhecida pela abreviatura Scielo, em uma abordagem qualitativa. Foi notável durante a pesquisa que o Portfólio é pouco utilizado no ensino fundamental, um dos motivos, é o fato de ser considerado um instrumento que necessita de muito tempo da parte dos professores, sendo dos pontos que dificultam o uso, uma vez que a maioria dos professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental queixa-se da falta de apoio auxiliar nas salas, pois a parte de alfabetização requer muita atenção com os alunos, dado a falta de independência proveniente dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Infere-se ainda que esse não seja o motivo principal já que a coleta de dados sobre o assunto não apresentou um grande volume e discrepância quanto ao uso do Portfólio enquanto instrumento avaliativo no ensino superior, mas, o que pode ser percebido é que poucos são os professores que utilizam o instrumento como um processo avaliativo dentro dos anos iniciais de ensino. Os resultados apontaram que a avaliação na maioria das vezes está relacionada a algo tenso, temível, angustiante, esse processo se alastra até mesmo no contexto universitário, em muitas ocasiões causa traumas que o indivíduo pode levar por toda a sua vivência. Vindo então a confirmar a hipótese do estudo, tendo em vista o resultado dos dados encontrados. Como meio de aprofundar os porquês da existência de tal problemática, se vê a necessidade de que mais estudos contemplem a análise do uso do Portfólio como instrumento avaliativo a fim de que o mesmo possa ser valorizado e utilizado de forma a atender uma demanda maior de alunos, em especial os de Ensino Fundamental.
Palavras-chave: Avaliação escolar. Portfólio. Ensino Fundamental.
FREIRE, Micheli Cristiani Ricardo. The portfolio as assessment tool in elementary school. 2015, 5 3 f. Work Completion of course (Diploma in Education ). Universidade Estadual de Londrina, 2015.
Evaluation is a way to monitor systematically, the learner with respect to its performance, evaluate your progress, identify difficulties and allow the matter resumption of reflection in the case where the result is not satisfactory, there are so many ways for evaluation. The portfolio is an assessment tool that allows for self- regulation of student learning, providing that it can follow its own academic progress. This study focused on identifying the academic literature contemplates the use of portfolio as an evaluation tool for students who are in elementary school, through literature review, which was carried out by Electronic Library Scientific Electronic Library Online known by the abbreviation Scielo. The results showed that the evaluation in most cases is related to something tense, fearful, anxious, this process spreads even in the university context, on many occasions cause trauma that the individual can take all your experience. Thus, it was remarkable that the Portfolio is little used in elementary school, one of the reasons is the fact of being considered an instrument that needs a lot of time on the part of teachers, and the hindering points of its use, since most teachers in the early years of elementary school complains about the lack of support assist in the rooms, as the literacy part requires a lot of attention to students, given the lack of independence from the early years of elementary school. It is inferred that this still is not the main reason as the collection of data on the subject did not provide a large volume and discrepancy in the use of the portfolio as evaluative tool in higher education, but what can be perceived is that few are teachers who use the instrument as an evaluation process within the early years of education. Then come to confirm the hypothesis of the study, in view of the result of the data found. As a means to deepen the reasons for the existence of such problems, one sees the need for more studies contemplate the analysis of portfolio use as assessment tool so that it can be valued and used in order to meet an increased demand for students, especially the early years of elementary school.
Key-words: School Evaluation. Portfolio. Elementary School.
A avaliação é uma forma de acompanhar de forma sistemática, o aprendiz no tocante ao seu desempenho, também tem por objetivo avaliar seu progresso, identificar dificuldades e possibilitar a reflexão de retomada de conteúdo onde o resultado esperado não é alcançado. Dentre seus objetivos, encontra-se o de avaliar a bagagem de aprendizagem adquirida pelo aluno ao final de cada etapa, por ser assim, há várias formas para a avaliação, cabe ao professor equilibrar e realizar a avaliação por meio de atividades individuais e também em grupo, mas deve o professor anteriormente pensar como deve avaliar o seu aluno, uma vez que o papel crucial da avaliação é o de auxiliar na construção da aprendizagem (ROSSIT; STORANI, 2010). Há vários instrumentos desenvolvidos como meio de avaliar o processo de aprendizagem, entretanto o presente trabalho teve por escolha o Portfólio e a importância de sua realização no ensino fundamental. Assim, o Portfólio é um instrumento de avaliação que permite a autorregulação do aprendizado do aluno, proporcionando que o mesmo possa acompanhar seu próprio progresso escolar (DEPRESBITERIS; TAVARES, 2009; VILLAS BOAS, 2012). Os porquês do interesse ocorreram por meio da vivência obtida por ocasião do estágio obrigatório e também dos diálogos realizados durante todo o curso em especial com professores regentes. O estágio possibilitou a percepção de que as avaliações de um modo geral ocorrem praticamente da mesma forma e por ser assim, causam em alguns momentos desmotivação, desinteresse gerando um desempenho aquém do que se pretende. Tal ideia foi possível amadurecer devido às leituras proporcionadas durante as disciplinas de Didática e Avaliação que em muitas ocasiões, inseria a necessidade de se propor formas avaliativas em que o aluno pudesse realizar uma autoavaliação de seu próprio desempenho, como meio de compreender “o que” "porque" e “para que” servirá o conteúdo dado pelo professor. Assim, o problema do presente estudo concentra-se em identificar se a literatura acadêmica contempla o uso de Portfólio como instrumento de avaliação em alunos que se encontram no ensino fundamental. Teve-se como objetivo geral, identificar se a literatura acadêmica contempla
o uso de Portfólio como instrumento de avaliação em alunos que se encontram no Ensino Fundamental? E como objetivos específicos, teve-se o propósito de compreender as razões nas quais se utiliza o Portfólio e estabelecer a relação do Portfólio ao ensino aprendizagem, entender o conceito de avaliação e ainda, compreender como o Portfólio pode se encaixar como um instrumento avaliativo. Desta forma, o trabalho divide-se em quatro Seções, iniciando pela Introdução onde se trabalha as informações gerais sobre o conteúdo da Pesquisa. A segunda seção trata do processo de construção da avaliação, estando ele fundamentado em vários autores, dentre os quais se destaca Depresbiteris e Tavares (2009), Libâneo (1994), Luckesi (2005), Sant‟Anna (2011), Villas Boas (2012), entre outros. Esta seção se subdivide na apresentação das Diretrizes Curriculares dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental também são apresentadas as pesquisas referentes ao Portfólio, tratam-se trabalhos publicados como monografias, estudos de campo, pesquisas publicadas em forma de artigos, entre outros. A terceira seção trata dos Procedimentos Metodológicos desenvolvidos para realizar a pesquisa, descrevendo que tem abordagem qualitativa, sendo uma pesquisa bibliográfica. A quarta seção refere-se à Análise dos Dados, destacando em um quadro os artigos encontrados, seus respectivos autores, ano, objeto de estudo e população pesquisada. Por fim, as Considerações Finais do estudo encerram o trabalho, considerando a necessidade dos próprios professores refletirem sobre novas formas de avaliar seus alunos e da necessidade de serem mediadores do conhecimento, para não tornarem a avaliação um meio de inibir o aluno em seu processo de aprendizagem. Sendo assim, o a construção do Portfólio passa a ser uma alternativa interessante uma vez que é um instrumento didático que permite melhorar a aprendizagem e ainda visualizar tanto o desenvolvimento pessoal, quanto o profissional dos professores.
Hamilton defendia a concepção de avaliação iluminativa ou Naturalista, que procura investigar e interpretar as práticas educacionais, as experiências dos participantes do processo educacional, os procedimentos institucionais e os problemas gerenciais, com vista a uma visão de ambas as partes do que está sendo avaliado de modo que a avaliação tivesse caráter interpretativo onde o avaliador criava um relatório final com objetivo de estimular a discussão sobre os resultados e levar os avaliados a refletirem o que lhes foi significativo neste processo. (DESPRESBITERIS, 2009). Segundo Perrenoud (1999) tradicionalmente na escola, a avaliação está atrelada à criação de hierarquias de excelência. Comparam-se os alunos e após os classificam em virtude de uma norma. Dessa forma avaliação pode auxiliar professores e alunos, porém são raras as vezes que essa lógica fica clara para os alunos e até mesmo para alguns professores. Scriven (1967) traz a ideia de valor do que está sendo o objetivo da avaliação e apresenta o termo avaliação formativa e somativa onde a avaliação formativa deveria ocorrer no decorrer do programa, projetos e produtos educacionais, a exemplo o Portfólio, por ser um instrumento onde se potencializa a criatividade e somatiza as formas de expressão do aluno. A avaliação somativa, segundo o autor Scriven (1967), deveria determinar o mérito, o valor final de um programa, com o objetivo de propiciar a tomada de decisões sobre sua continuidade ou não, entre outras características presentes na avaliação. Ao já ter sido inserido o termo avaliação os instrumentos avaliativos eram padronizados a qual era fixada na curva de Gauss, na qual existiam pessoas situadas em uma média abaixo ou acima da mesma. Foi então que,
Glasser criou os instrumentos referenciados em critérios. Sua Proposta era de que deveriam existir instrumentos que servissem a uma avaliação formativa, tendo como referencial o desempenho da própria pessoa em face de objetivos previamente definidos. [...] (DEPRESBITERIS; TAVARES, 2009, p. 34-35).
Para Luckesi (2005) a avaliação não fica muito distante dos testes e exames, pois algumas servem quase que somente para testar os conhecimentos dos alunos, não sendo difícil encontrar alguns professores que esquecem que a avaliação é uma ferramenta de aprendizagem e a usam tão somente com finalidade de classificar seus alunos, para Luckesi (2005, p.15) “os exames são seletivos,
pontuais, classificatórios, antidemocráticos e com uma prática pedagógica autoritária.” Depresbiteris e Tavares (2009) confirma o pensamento de Luckesi (2005) quando afirma que o interesse pela avaliação foi se ampliando desde uma perspectiva de microavaliação para uma de macroavaliação”, indo além da sala de aula, deixando de focar apenas no desempenho do aluno, passando então a analisar aspectos como currículo, atividades realizadas pela escola, políticas e filosofias adotadas pelo sistema de ensino. A avaliação no processo ensino e aprendizagem auxilia na coleta de informações sobre os educandos, em prol da melhoria de desempenho e demais componentes importantes do currículo. Está além de classificar o aluno, e em várias circunstâncias de nossa vida, precisamos analisar e avaliar sobre determinado aspecto, seja na escola, em casa, no trabalho, revemos nossas ações e as avaliamos às vezes de maneira inconsciente. Villas Boas (2012) considera que a avaliação ocorre a todo instante, pois fazemos apreciação sobre o que vemos que ouvimos que nos interesses ou nos desagrada, por isso a avaliação faz parte do nosso cotidiano. Para Villas Boas (2012) no ambiente escolar a avaliação pode ocorrer de várias formas além das provas, a exemplo produções de textos, relatórios, resolução de questões matemáticas, questionários, entre outros, podendo ser aplicada de maneira formal ou informal desde que utilizadas de forma adequada onde os critérios sejam bem definidos. Assim, a avaliação deve ser usada para encorajar e não desestimular o aluno, uma vez que ela pode informar quanto ao aprendizado do aluno, suas dificuldades, conteúdos não assimilados, entre outros, possibilitando ao professor buscar formas de promover a aprendizagem do seu aluno. Para Sant‟Anna (2011) a avaliação está muito voltada para o desempenho, devendo então retirar o foco do aluno e incluir a escola. Assim, a qualidade da aprendizagem será potencializada. O processo de avaliar permite várias ações segundo Sant'Anna (2011) dentre elas, identificar, aferir, investigar, analisar, conhecer, perceber as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do professor, da escola, como meio de saber se o conhecimento está sendo construído e processado. Ao professor é uma forma de verificar seu próprio desempenho, se há necessidade de mudança de métodos quando verifica que seus alunos não estão desempenhando e aprendendo conforme o desejado.
Tendo em vista as diversas abordagens tratadas pelos autores já citados a respeito da avaliação é interessante destacar que ela possui variadas funções dentre as quais se destacam: melhorar o processo ensino aprendizagem; facilitar os diagnósticos, interpretar os resultados, obter informações sobre a aprendizagem do aluno, verificação dos resultados, aproximação professor aluno e propiciar o feedback, dentre outras, por esta razão é que as formas de avaliação se diferem, conforme item a seguir.
2.1 TIPOS DE AVALIAÇÃO
O sistema de ensino interessa-se em percentuais de aprovação / reprovação no total dos alunos, os pais desejam que seus filhos avancem nas séries escolares e os professores usam a avaliação como elemento motivador dos estudantes, mas por meio da ameaça e eles, os estudantes vivem na expectativa de serem aprovados ou reprovados, ou seja, o exercício pedagógico escolar está mais para pedagogia do exame do que para a pedagogia do ensino aprendizagem (LUCKESI, 2013). Aprender a avaliar significa aprender a teoria sobre avaliação, aprender a praticá-la e a traduzi-la em nossos atos diários reflexionando sempre que o conceito é um aprendizado muito fácil, já a prática é o que é difícil (LUCKESI, 2013). Assim, a avaliação dentro do contexto escolar é de extrema importância e caracteriza-se em por três modalidades, sendo elas: Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa e Avaliação Somativa. Para Sant‟Anna (2011) a avaliação diagnóstica é uma forma de sondagem, de projeção e retrospecção no tocante ao nível de desenvolvimento do aluno, esse tipo de avaliação é geralmente aplicada no início do ano letivo como meio de que o professor verifique o conhecimento de seu aluno e por meio desse diagnóstico programe a sua metodologia, os recursos a serem utilizados e as formas de avaliações que poderão ser aplicadas no decorrer do ano. Haydt (1997) considera que a avaliação diagnóstica se propõe a caracterizar a existência de problemas de aprendizagem, auxilia também para identificar as possíveis causas e possibilita assim ao professor buscar meios para sanar as dificuldades. Nesse sentido, a autora considera que a avaliação diagnóstica pode identificar dificuldades na aprendizagem do aluno.
Bloom, Hastings, Madaus (1983) apontam que a avaliação diagnóstica tem dois propósitos:
No entanto os dois propósitos do diagnóstico o distinguem das demais formas de avaliação: seja o de uma localização adequada do aluno no início da instrução, seja o de descobrir as causas subjacentes às deficiências de aprendizagem, à medida que o ensino evolui. (BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1983, p. 97). Nesse sentido, ela se torna um instrumento que informa sobre os pontos fracos e fortes, que devem ter maior atenção e reforço por parte dos professores em relação ao conteúdo, visando à melhoria do desempenho, ela qualifica, identifica, encontra e corrige os problemas no tocante à aprendizagem, auxiliando nesse sentido para haja um polimento acerca dos passos para o processo de aprendizagem (COSTA; BARRETO, 2014). A avaliação somativa tem objetivo de avaliar os alunos ao final da unidade semestre ou ano letivo, seguindo os níveis de aproveitamento dos conteúdos apresentados pelo próprio aluno. Nela, as notas são os pontos chave por isso geralmente é empregada nos finais de bimestre, semestre ou final de ano, ela tem o poder de aprovação ou reprovação. (SANT‟ANNA, 2011). Assim, segundo Haydt (1997, p. 18) a avaliação somativa, tem a “função classificatória, realiza-se ao final de um curso, período letivo ou unidade de ensino, e consiste em classificar os alunos de acordo com níveis de aproveitamento previamente estabelecidos". É um modelo que mais se encontram nas instituições de ensino, por ela pode-se correr o risco de se classificar o aluno levando em consideração apenas seu desempenho em uma determinada disciplina, onde apenas a nota conseguida serve de base para todo contexto. Assim, ela atribui ao aluno apenas um escore, seja por nota ou por classificação, eis os porquês de ser também conhecida como classificatória. (BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1983). A avaliação somativa, na visão de Braccialli et al. (2008), não compara os alunos das mesmas séries ou de outras, mas sim avalia de forma sistêmica o processo de cada qual, sendo o professor um mediador que pode inclusive reduzir os efeitos negativos da avaliação. Ela tem como base fornecer a situação do estudante em relação às aquisições do conhecimento. Quanto à Avaliação Formativa, Sant‟Anna (2011) informa que ela tem o
suporte em sala e não uma barreira (CAMARGO; MENDES, 2013). Tendo em vista as considerações dos autores citados, é possível afirmar que há várias formas e meios para que o professor realize a avaliação, Silva, Hoffman e Esteban (2012) consideram que os instrumentos avaliativos têm como propósito colher estrategicamente informações sobre o trabalho do professor, da aprendizagem do aluno e dos percursos da relação ensino aprendizagem, assim são vários os instrumentos, tais como provas, questionários, trabalhos em grupo, Portfólio entre outros. A prova é prevalente em relação à avaliação, entretanto, o Portfólio é um instrumento que pode auxiliar o contexto avaliativo. No pensamento de Freire (1998) é importante que area educacional crie uma forma de avaliação onde os alunos tenham participação direta, desse modo Sordi e Silva (2010) reforçam o uso do portfolio como um instrumento potencializador da criação de autonomia dos alunos e do pensamento crítico, uma vez que envolve a necessidade de que o aluno se volte ao pensamento crítico, criativo (autotranscendência) e metacognitivo, ou seja, o pensamento complexo. Nesse sentido, a utilização deste instrumento, ou seja o portfolio, atende um conceito de avaliação que pretende valorizar o historico do aluno, servindo também como uma oportunidade de comunicação, de autonomia e ainda que auxilie na sua autorregulação, potencializando desse modo a autonomia do aprendizado (DE BONA; BASSO, 2013). Para Costa e Cotta (2014) o Portfólio como instrumento de avaliação de aprendizagem oportuniza a requalificação das formas de ensinar, aprender e avaliar, e ainda auxilia o aluno criar estratégias de aprendizagens, valoriza o histórico do estudante e possibilita que o aluno além de se comunicar também se torne mais autônomo e responsável pelo próprio aprendizado.
2.2 DOCUMENTOS REGULADORES E AS ORIENTAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Segundo Libâneo (1994, p. 196) “a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”. Partindo dessa ideia o trabalho aqui apresentado teve por foco o uso do Portfólio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental como uma forma de instrumento de avaliacão levando em conta o pensamento de SEED Paraná (2010, p. 150) quando afirma que:
[...] para avaliar com maior fidedignidade há que se registrar dados sobre a trajetória que o aluno percorreu durante todo o processo, condição que pressupõe uma avaliação contínua e cumulativa. Essa forma de avaliar proporciona ao aluno a consciência de seu desenvolvimento e, por outro lado, subsidia o próprio professor no sentido de acompanhar a eficácia do seu encaminhamento pedagógico e diagnosticar a necessidade ou não de redirecioná-lo.
Em seu parágrafo 5, no Artigo 24, a Lei de Diretrizes e Bases, estabelece que a verificação do rendimento escolar seja por critérios que possam avaliar de forma contínua e cumulativa o desempenho do aluno “com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais” (BRASIL, 2010, p. 21). Quanto aos critérios de avaliação segundo o documento acima citado devem apontar
[...] as experiências educativas a que os alunos devem ter acesso e que são consideradas essenciais para o seu desenvolvimento e socialização. Nesse sentido, eles devem refletir de forma equilibrada os diferentes tipos de capacidades e as três dimensões de conteúdo (conceitos, procedimentos e atitudes), e servir para encaminhar a programação e as atividades de ensino e aprendizagem (BRASIL, 1998, p. 80). De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a orientação é que a avaliação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental deve ultrapassar o contexto da avaliação tradicional e tornar-se uma parte intrínseca dentro do processo educacional para que possa subsidiar o professor quanto à reflexão contínua de sua prática, auxiliando na criação de instrumentos de trabalho adequados ao processo de aprendizagem, o referido instrumento aponta que ela deve ser instrumento que auxilie o aluno na tomada da consciência quanto às suas conquistas na tarefa do aprender e tendo como aliada a escola (BRASIL, 1997). Dentre as reformas dos sistemas de ensino brasileiro instalou-se o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) em meados da década de 1980 respaldado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, colocando a União como a responsável pela avaliação do rendimento escolar em nível nacional. Em relação ao Ensino Fundamental, o SAEB vem mostrando por meio de um processo de amostragem o desempenho escolar por meio de testes com estudantes de escolas públicas que se encontram matriculados na “4ª e na 8ª, séries” (4º. Ano e 8º. Ano), e ainda, acompanha o processo por meio de questionários dirigidos às escolas, diretores e professores. (GORNI, 2004). No ambiente escolar costuma-se usar a avaliação, principalmente com a