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Sex, Gender and Society (1972), de Ann Oakley, é considerada uma obra ... pour les mêmes raisons, par la même loi, dans le même but mortel.
Tipologia: Resumos
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Brasília 2018
Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Linguística da Universidade de Brasília como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Linguística. Área de Concentração: Linguagem e Sociedade Linha de Pesquisa: Discursos, Representações Sociais e Textos Orientadora: Dra. Maria Izabel Magalhães
Brasília 2018
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Linguística, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas do Instituto de Letras da Universidade de Brasília, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Doutora em Linguística, área de concentração: Linguagem e Sociedade, defendida em 14 de dezembro de 2018.
Banca Examinadora
Profa. Dra. Maria Izabel Magalhães (Presidente – LIP/UnB)
Profa. Dra. Viviane Cristina Vieira (Membro Efetivo Interno – LIP/UnB)
Profa. Dra. Érica Renata de Souza (Membro Efetivo Externo – UFMG)
Profa. Dra. Maria Carmen Aires Gomes (Membro Efetivo Externo – UFV)
Profa. Dra. Juliana de Freitas Dias (Membro Suplente – LIP/UnB)
A todas as ativistas (trans)feministas que lutam cotidianamente para transformar esse mundo num lugar melhor para todas nós. Minha luta, sua luta, nossa luta!
Marielle Franco, presente! Matheusa Passarelli, presente!
Ao Programa de Pós-Graduação em Linguística e às suas servidoras, especialmente à Raquel Matos, pela incansável disponibilidade para lidar com uma discente hiperativa. Vocês nunca me deixaram na mão e, com certeza, isso tornou o meu doutoramento muito mais produtivo. À Capes, pela bolsa concedida, o que me possibilitou desenvolver a presente pesquisa com tranquilidade. Sem esse auxílio financeiro, esta e muitas outras importantes investigações não seriam passíveis de realização no contexto brasileiro. Aos meus pais, Rosilda Araújo de Oliveira e Neucírio Ricardo de Azevedo, incrédulos, por vezes, em minha capacidade de realizar este sonho, mas sempre lá: um porto seguro nos momentos de necessidade; um colo na hora do choro; e uma risada, regada a bons vinhos, na hora de celebrar a vida. Ao meu irmão, Daniel Araújo Azevedo. A vida é melhor porque eu tenho a oportunidade de ver você crescer e amadurecer. Orgulho-me imensamente por poder fazer parte de sua jornada. Às amigas, quaisquer que sejam as identidades de gênero que elas performatizem, pelas discussões acaloradas que contribuíram para a construção desta investigação, pelo ombro generoso nos momentos de dificuldade e pela compreensão em relação às constantes ausências. Obrigada por entenderem a importância deste trabalho em minha vida. Ao meu eterno companheiro, Marcos Paulo de Melo Ramos. Obrigada pela possibilidade de estressar os limites da nossa realidade e por nunca se esconder atrás de papéis sociais. Obrigada por crescer comigo nessa jornada e por contribuir generosamente com ela. Obrigada por ser e estar sempre aqui comigo, dialogando, construindo novas realidades e novos futuros. Obrigada por não me forçar a ser uma com você, mas por me estimular a ser milhares em mim mesma. Celebro a vida ao seu lado com a certeza de que eu viveria essa mesma vida, infinitas vezes, sem me arrepender de nada. Amo-te cosmicamente!
Isto não é um corpo feminino^1
(^1) Numa releitura da clássica inscrição da pintura A traição das Imagens, de René Magrite (1929), Ceci n‟est pas une pipe (Fonte: Itaipava/Divulgação).
Situated in the intersection between Gender Studies and Critical Discourse Analysis, especially in its Feminist version, this research analyzes how the Brazilian (trans)feminists are (re)configuring the female bodies and how this discursive change is interfering in the process of identity construction of these activists and contributing to the destabilization of recurrent gender practices. As a feminist qualitative research of (n)ethnographic nature, this study focused on the following specific objectives: (i) to investigate how feminine bodies are being represented discursively by feminist (trans)activists; (ii) identify which voices are being mobilized by feminist (trans)activists to legitimize their (inter)social actions and how they appear in discourses; (iii) to analyze how the identities of (trans)feminist activists are being shaped by the language they mobilize to represent their bodies. The corpus analyzed was composed by texts produced by activists and disseminated in spaces that were self-described as (trans)feminists, images published on Facebook pages of (trans)feminists collectives and data generated in focus groups. To perform the linguistic-discursive analysis, I took the following categories: in the representational meaning, I selected interdiscursivity, analyzed with the aid of the study of semantic relations and multimodality; in identifying meaning, I focused on the study of intertextuality and metaphors. The study points out that while seeking to shape new representations for women's bodies, (trans)feminist activists need to constantly negotiate their gender identities in the clash between masculinists discourses and (trans)feminist discourses, supporting political and social identities understood as mosaics.
Keywords: Female bodies; Discourses; Representations; Gender Identities.
Située à l'intersection des études de genre et de l'analyse du discours critique, en particulier dans sa version féministe, cette recherche analyse comment les (trans)féministes brésiliennes (re)configurent les corps féminins et comment ce changement discursif interfère dans le processus de construction identitaire de ces activistes contribuant à la déstabilisation des pratiques de genre hégémoniques. En tant que recherche qualitative ethnographique et féministe, cette étude s'est concentrée sur les objectifs spécifiques suivants: (i) étudier comment les corps de femmes sont représentés de manière discursive par des activistes (trans)féministes; (ii) identifier quelles voix sont mobilisées par ces agents pour légitimer leurs actions (inter)sociales et comment elles apparaissent dans les discours; (iii) analyser comment l'identité des militantes (trans)féministes est façonnée par les langage qu'ils mobilisent pour représenter leur corps. Le corpus analysé était composé de textes produits par des militants et disséminés dans des espaces autoproclamés (trans)féministes, d'images publiées sur des pages Facebook de collectifs (trans)féministes et de données générées par des groupes de discussion focaux. Pour effectuer l'analyse linguistique-discursive, j'ai choisi les catégories suivantes: dans le sens de la représentation, j'ai sélectionné l'interdiscursivité, analysée à l'aide de l'étude des relations sémantiques et de la multimodalité; en le sens de l‘identifiant, je me suis concentré sur l'étude de l'intertextualité et des métaphores. L'étude souligne que, tout en cherchant à façonner de nouvelles représentations du corps des femmes, les activistes (trans) féministes doivent constamment négocier leurs identités de genre dans le choc des discours masculinistes et des discours (trans) féministes, en soutenant des identités politiques et sociaux qui sont configurés comme des mosaïques.
Mots clés: Corps de femmes; Discours; Les représentations; Identités de genre.
Figura 24. Cartaz da campanha Don‟t be that guy, da entidade Sexual Assault Voices of Edmonton, traduzido por ativistas feministas para o português (Fonte: Feminismo sem Demagogia) ................................................................................. 211 Figura 25. Corpo feminino submetido aos discursos sexistas (Fonte: Empodere Duas Mulheres) ...................................................................................................... 214 Figura 26. Posição da Secretária de Mulheres é contra-argumentado pela atriz Leandra Leal (Fonte: Não Me Kahlo) ..................................................................... 215 Figura 27. Posição da atriz Fernanda Torres é contra-argumentada por meio de dados do Dossiê de Violência Contra as Mulheres (Fonte: Feminismo Sem Demagogia) ........................................................................................................... 215 Figura 28. Reportagem da revista Veja São Paulo recontextualizada pelas ativistas feministas (Fonte: Não Me Kahlo) .......................................................................... 216 Figura 29. Post no Facebook da política Denise de Abreu, candidata do Partido da Mulher Brasileira à Prefeitura de São Paulo, em 2016 (Fonte: Não Me Kahlo). ..... 217 Figura 30. Ativista posicionando-se contra a exploração do corpo feminino negro (Fonte: Feminismo sem Demagogia) ..................................................................... 220 Figura 31. Kim Kardashian refletindo sobre empoderamento (Fonte: Empodere Duas Mulheres) ............................................................................................................... 221 Figura 32. Personagens femininas de filmes de super-heróis são usadas para questionar comportamentos sexistas (Fonte: Empodere Duas Mulheres) .............. 222 Figura 33. Personagem feminina negra substitui homem branco como ―Homem‖ de Ferro (Fonte: Não Me Kahlo) ................................................................................. 223 Figura 34. Chimamanda Nigouche em palestra proferida para o evento TDex (Fonte: Feminismo Sem Demagogia) ................................................................................. 224 Figura 35. Frase icônica proferida por Nina Simone (Fonte: Empodere Duas Mulheres) ............................................................................................................... 225 Figura 36. Representação da relação que a mulher deve estabelecer com seu corpo (Fonte: Empodere Duas Mulheres) ........................................................................ 226 Figura 37. Processo acional para representar a relação da mulher com seu próprio corpo (Fonte: Empodere Duas Mulheres) .............................................................. 227 Figura 38. Representação do corpo feminino que deve ser amado por meio da composição imagética (Fonte: Feminismo Sem Demagogia) ................................. 228 Figura 39. Representação da relação que a mulher deve estabelecer com o próprio corpo (Fonte: Empodere Duas Mulheres) .............................................................. 229
Figura 40. Representação do Processo Simbólico Atributivo na percepção da GDV (Fonte: Empodere Duas Mulheres). ....................................................................... 231
Ocorrências Sinal Interrupções no fluxo de fala / Entonação enfática MAIÚSCULA Parte omitida (…) Fala simultânea [ ] Voz de outrem na fala das participantes ― ― Incompreensão das palavras ou segmentos (incompreensível) Fonte: Elaborado pela autora de acordo com orientações de Magalhães (2000)
ADC Análise de Discurso Crítica ADCF Análise de Discurso Crítica Feminista GDV Gramática do Design Visual LSF Linguística Sistêmico-Funcional MTAS Modelo Transformacional da Atividade Social