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Guias e Dicas
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Exploração Clínica em Medicina Veterinária: Guia Completo de Técnicas e Métodos, Notas de aula de Semiologia

Este documento detalhado fornece um guia abrangente sobre as técnicas de exploração clínica em medicina veterinária. Aborda os métodos de inspeção, palpação, percussão e auscultação, além de outros procedimentos como punção exploradora, biópsia e exames de laboratório. O texto descreve cada técnica com clareza, incluindo os sentidos utilizados, os instrumentos empregados e as informações que podem ser obtidas. É um recurso valioso para estudantes e profissionais da área veterinária.

Tipologia: Notas de aula

2023

À venda por 06/03/2025

eduarda-riboli
eduarda-riboli 🇧🇷

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Exploração clínica é baseada, em grande parte, na utilização dos
sentidos do explorador e tem por finalidade examinar
detalhadamente o animal, a fim de estabelecer um diagnóstico.
Deve-se sempre seguir uma sequência para evitar omissões e
esquecimentos, procurando relacionar achados.
A avaliação do paciente é a partir dos sentidos orgânicos
INSPEÇÃO
Consiste no exame geral que se faz no paciente, pode ser direta ou
indireta.
Direta: é feita sem o uso de aparelhos, o sentido mais utilizado é a
visão, onde observam-se principalmente a pele, pelos, mucosas
visíveis, movimentos respiratórios, secreções, aumentos de volume,
cicatrizes e claudicações.
Indireta: é feita com a utilização de aparelhos
De iluminação: otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio,
endoscópio e espéculo.
Diagnóstico por imagem: Raios X, US, tomografia, ressonância
magnética, medicina nuclear.
Microscópio
Aparelhos de mensuração: termômetro
Registros gráficos: eletrocardiograma
PALPAÇÃO
Consiste na utilização do tato, através das mãos ou da ponta dos
dedos.
Consistência: pode ser dura, mole, pastosa, flutuante, elástica.
Sensibilidade: aumentada(hiperestesia) ou diminuída (hipoestesia)
Mobilidade: no caso de neoplasias e linfonodos, pode ser aderida
ou deslizável
Temperatura: pode ser avaliada com o dorso da mão
Pode-se fazer pressão em pontos doloridos ou avaliar a
consistência e elasticidade da pele.
Direta: é feita sem o uso de aparelhos, o sentido mais utilizado é o
tato.
Indireta: é feita com a utilização de aparelhos
PERCUSSÃO
Fundamenta-se na análise do ruído produzido ao se golpear
alguma, brevemente, uma região do corpo. Avaliação do som
percutido pelo examinador
Direta: digital ou dígito-digital, que é feita diretamente com a ponta
dos dedos na área a ser examinada.
Indireta: é feita com martelo percussor ou martelo e plexímetro.
Superficial ou topográfica: serve para delimitar a superfície dos
órgãos que estão em contato com a parede externa do organismo.
Profunda: avaliam-se variações de som no interior dos órgãos,
devido à lesões orgânicas.
Métodos de exploração clínica
TIPOS DE SOM
Som maciço ou femoral: regiões compactas desprovidas de ar
produzem som de pouca ressonância, curta duração e fraca
intensidade, também é encontrado em regiões onde há água.
Região hepática e da coxa, pulmão hepatizado, edema pulmonar,
efusão pleural e peritoneal.
Som claro: pulmão sadio
é o som percutido em uma estrutura ou órgão onde existe ar que
possa vibrar, é um som de maior intensidade, duração e
ressonância. Por exemplo, o pulmão sadio; gases em estruturas
com paredes distendidas, por exemplo
Quando se faz a percussão das porções anterior e dorsal do tórax
o som passa do claro à som maciço pela quantidade menor de
espaços aéreos contidos nestas regiões.
Som timpânico
Órgãos ocos, com grandes cavidades que contém ar, produzem um
som de maior intensidade, menor duração e maior ressonância, que
varia segundo a pressão do ar contido, se assemelhando a um
tambor.
É o som fisiológico da traquéia e estômago levemente distendido.
Som sub-maciço
é um som entre o som femoral do órgão maciço e o som claro do
órgão alveolar, este ocorre quando a onda percutória atinge uma
zona oca e outra sólida, misturando-se, os ruídos formados em
ambas.
Ocorre em órgão ocos com paredes muito grossas ou pouco
elásticas.
Som hiper-sonoro
Está entre o som claro e som timpânico característico dos órgãos
alveolares, onde os alvéolos estão dilatados e seu conteúdo
submetido a tensão. Casos de enfisema pulmonar, na crises de
asma e pneumotórax.
Som metálico
É produzido junto com o som timpânico, semelhante ao ruído de
uma placa metálica em vibração. É ouvido em casos de cavidades
cheias de ar, como o pneumotórax e estômago quando tem elevada
tensão de gás.
Som de panela rachada
É aquele som ouvido quando há saída de ar de uma cavidade,
através de pequenos orifícios, nos casos de estenose e enfisema
subcutâneo.
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária
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Exploração clínica é baseada, em grande parte, na utilização dos sentidos do explorador e tem por finalidade examinar detalhadamente o animal, a fim de estabelecer um diagnóstico. Deve-se sempre seguir uma sequência para evitar omissões e esquecimentos, procurando relacionar achados. A avaliação do paciente é a partir dos sentidos orgânicos

INSPEÇÃO

Consiste no exame geral que se faz no paciente, pode ser direta ou indireta. Direta: é feita sem o uso de aparelhos, o sentido mais utilizado é a visão, onde observam-se principalmente a pele, pelos, mucosas visíveis, movimentos respiratórios, secreções, aumentos de volume, cicatrizes e claudicações. Indireta: é feita com a utilização de aparelhos De iluminação: otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio, endoscópio e espéculo. Diagnóstico por imagem: Raios X, US, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear. Microscópio Aparelhos de mensuração: termômetro Registros gráficos: eletrocardiograma

PALPAÇÃO

Consiste na utilização do tato, através das mãos ou da ponta dos dedos. Consistência: pode ser dura, mole, pastosa, flutuante, elástica. Sensibilidade: aumentada(hiperestesia) ou diminuída (hipoestesia) Mobilidade: no caso de neoplasias e linfonodos, pode ser aderida ou deslizável Temperatura: pode ser avaliada com o dorso da mão Pode-se fazer pressão em pontos doloridos ou avaliar a consistência e elasticidade da pele. Direta: é feita sem o uso de aparelhos, o sentido mais utilizado é o tato. Indireta: é feita com a utilização de aparelhos

PERCUSSÃO

Fundamenta-se na análise do ruído produzido ao se golpear alguma, brevemente, uma região do corpo. Avaliação do som percutido pelo examinador Direta: digital ou dígito-digital, que é feita diretamente com a ponta dos dedos na área a ser examinada. Indireta: é feita com martelo percussor ou martelo e plexímetro. Superficial ou topográfica: serve para delimitar a superfície dos órgãos que estão em contato com a parede externa do organismo. Profunda: avaliam-se variações de som no interior dos órgãos, devido à lesões orgânicas.

Métodos de exploração clínica

TIPOS DE SOM

Som maciço ou femoral: regiões compactas desprovidas de ar produzem som de pouca ressonância, curta duração e fraca intensidade, também é encontrado em regiões onde há água. Região hepática e da coxa, pulmão hepatizado, edema pulmonar, efusão pleural e peritoneal. Som claro: pulmão sadio é o som percutido em uma estrutura ou órgão onde existe ar que possa vibrar, é um som de maior intensidade, duração e ressonância. Por exemplo, o pulmão sadio; gases em estruturas com paredes distendidas, por exemplo Quando se faz a percussão das porções anterior e dorsal do tórax o som passa do claro à som maciço pela quantidade menor de espaços aéreos contidos nestas regiões. Som timpânico Órgãos ocos, com grandes cavidades que contém ar, produzem um som de maior intensidade, menor duração e maior ressonância, que varia segundo a pressão do ar contido, se assemelhando a um tambor. É o som fisiológico da traquéia e estômago levemente distendido. Som sub-maciço é um som entre o som femoral do órgão maciço e o som claro do órgão alveolar, este ocorre quando a onda percutória atinge uma zona oca e outra sólida, misturando-se, os ruídos formados em ambas. Ocorre em órgão ocos com paredes muito grossas ou pouco elásticas. Som hiper-sonoro Está entre o som claro e som timpânico característico dos órgãos alveolares, onde os alvéolos estão dilatados e seu conteúdo submetido a tensão. Casos de enfisema pulmonar, na crises de asma e pneumotórax. Som metálico É produzido junto com o som timpânico, semelhante ao ruído de uma placa metálica em vibração. É ouvido em casos de cavidades cheias de ar, como o pneumotórax e estômago quando tem elevada tensão de gás. Som de panela rachada É aquele som ouvido quando há saída de ar de uma cavidade, através de pequenos orifícios, nos casos de estenose e enfisema subcutâneo.

Eduarda Riboli - Medicina Veterinária

Eduarda Riboli - Medicina Veterinária


AUSCULTAÇÃO Consiste na aplicação do sentido da audição para perceber os ruídos fisiológicos ou patológicos que são produzidos no interior dos órgãos durante seu funcionamento. Coração, pulmões, estômago e intestinos. Direta: colocando-se diretamente o ouvido no animal; Indireta: que é feita com a utilização do estetoscópio. OLFAÇÃO É a exploração baseada através do olfato do clínico, é utilizada principalmente no exame da transpiração cutânea, ar expirado e secreções do organismo. Coma diabético tem odor de cetona, hálito urêmico na insuficiência renal. PUNÇÃO EXPLORADORA Consiste na exploração através de punção com tracáter ou agulha de grosso calibre, em órgãos (bexiga) ou cavidades (espaço pleural e peritoneal) aumentadas. Diminuir pressão interna de órgãos dilatados por gases Retirar amostra de conteúdo para análise em aspectos físicos (densidade, cor, consistência), químicos, citológicos, bacteriológicos, etc... BIÓPSIA Consiste na coleta de fragmentos ou pequena quantidade de células (biópsia por agulha fina e “imprint”), de tecido vivo do animal a fim de se fazer exame histopatológico. Massas tumorais e lesões de pele EXAMES DE LABORATÓRIO Exames de sangue, exame comum de urina, parasitológicos, secreções, conteúdos gástricos. Material coletado da punção vai ser feita a avaliação físico química INOCULAÇÕES DIAGNÓSTICAS Utilizados para demonstrar moléstias contagiosas e infecciosas, requerem técnicas especiais e são realizadas em laboratório com cobaias. Leptospirose, raiva, peste suína, tuberculose.