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Resenha do livro de Izquierdo (2014).
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Disciplina: Cognição Humana Nome: Yasmin Penna Memória: o que é e quais seus tipos? Somos o que somos graças a memória. Ou melhor, as memórias. Só podemos fazer o que aprendemos, o que sabemos e o que lembramos. Cada memória é diferente, assim como cada indivíduo: são únicas. E é por conta delas que cada pessoa interpreta a vida do seu jeito, fala da sua forma, faz o que sabe. Segundo Izquierdo (2014, pág. 13) “'Memória' significa aquisição, formação, conservação e evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizado ou aprendizagem: só se ‘grava’ aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido. ”. Realmente, cada ser vivo é diferente um do outro pela existência da memória. Sua caixa de lembranças será sempre distinta das demais. A caixa é formada pelo passado, pelos esquecimentos.... Por termos esse acesso (ou não) ao conteúdo dessa caixa, podemos pensar no futuro, poderemos imaginar o que possamos ser. A memória, o passado, é uma grande fita que entrelaça o nosso presente com o futuro. Por conta disso, a cultura e as afinidades serão atribuídas conforme a base das memórias em comum (IZQUIERDO, 2014), uma vez que elas são provindas das experiências. Mas não só lembramos, como também esquecemos. As memórias que não são mais importantes vão sendo esquecidas, se perdendo.... Esse processo é importante para qualquer espécie animal, pois seria algo impossível, conforme Izquierdo (2014), imaginar uma vida lembrando de tudo o que aprendemos e das inúmeras memórias que adquirimos. O convívio entre os membros seria uma complexidade infinita. Portanto, ao longo do tempo, vamos lembrando e esquecendo. Mas não só esquecer o que de fato aconteceu, mas também vamos criando uma mentira em cima de um fato, enriquecendo-o. Como, por exemplo, lembrar de samba e futebol quando falamos de Brasil, ao invés de lembrar do sofrimento exercido pelos europeus sob os indígenas, ou que foi o último país na América a abolir a escravidão. As memórias são criadas em diferentes espaços de tempo. Em segundos (a memória de uma bola), em semanas (aprender a andar de skate ) ou até em anos (graduação). Podem ser também baseadas não só no visual, mas em outros sentidos e sensações, tanto prazerosas quanto temíveis. Mas do que elas são feitas? Elas são feitas pelos neurônios, que armazenam e modulam, sustentadas pelas emoções e estados “de espírito”. Por exemplo, é muito mais fácil aprender de algo quando estamos
focados e com bem-estar, como é muito mais difícil lembrar e aprender algo quando se está cansado, triste ou estressado (IZQUIERDO, 2014). Os neurônios recebem informações de outros, e assim se distribuem em uma grande rede neural, de uns para outros. Os principais neurotransmissores relacionados à memória, inclusive, são o glutamato, a dopamina, o GABA, a noradrenalina, a serotonina e a acetilcolina. Por um outro lado, a percepção é muito importante. O cérebro costuma a traduzir tudo o que entende, como pessoas ou imagens, em palavras. E assim guardamos, muitas vezes, a memória. De acordo com Izquierdo (2014), “existe um processo de tradução entre a realidade das experiências e a formação da memória respectiva; e outro entre esta e a correspondente evocação. ”. Mas as memórias não são apenas... memórias. Elas têm sua classificação – e muitas. Elas são:
- MEMÓRIA DE TRABALHO : ela é uma memória breve, que nos ajuda a entender onde estamos, o que fazemos, o que fizemos e o que estava acontecendo há minutos atrás. Ela ajuda a continuar nossos atos (IZQUIERDO, 2014). Ela não produz arquivos e por isso se destaca, pois ela existe no momento em que uma informação está sendo processada, guardando- a por alguns segundos e, dependendo da sua importância, guarda por um tempo mais longo ou a descarta. Uma memória de trabalho prejudicada resultaria em um problema na percepção da realidade e em realizar tarefas constantemente. Um exemplo de memória de trabalho seria lembrar de um número de telefone para discar e, um tempo depois, já esquecê-lo; ou lembrar da última palavra da frase anterior para a frase fazer sentido. - MEMÓRIAS DECLARATIVAS E PROCEDURAIS : as memórias que são guardadas sem nossa percepção são implícitas, enquanto que as com consciência, são explícitas. As memorias declarativas marcam eventos ou fatos e se chamam assim porque são possíveis de percebemos que elas existem. Elas podem ser divididas em episódicas (eventos que assistimos ou participamos, como uma formatura por exemplo, um filme, um livro) ou semânticas (conhecimentos gerais, como a cor de uma flor específica ou seu cheiro, conhecimentos de matemática, etc.). Já as procedurais são memórias motoras e sensoriais, conhecidas como hábitos (andar de bicicleta, saltar e soletrar são ótimos exemplos citados por Izquierdo). Diferente da declarativa, não conseguimos perceber e comprovar que elas existem. Para isso, devemos realizar o que lembramos (nadando, soletrando, etc.) (IZQUIERDO, 2014). - PRIMING : é a memória processada e registrada através de “dicas”, como fragmentos de imagem, gestos, sons. Seria um tipo de memória que é ativada por meio da percepção, uma vez que é estimulada através dos estímulos. Pode nem ser percebida ou lembrada, mesmo que
esquecidas; pelo contrário, é possível lembrar delas através de outras memórias ou até mesmo pela terapia. É, classificada por Izquierdo (2014) como a memória do “não quero lembrar disso” e assim não é lembrada. Portanto, a memória é um processo cognitivo muito importante. Além de formamos quem somos, o que fazemos e o que fizemos, forma a base da aprendizagem. Se não existisse memória e as representações passadas, não seria possível contatar a experiência. Sendo assim, mudamos nosso comportamento devido às experiências armazenadas, adquirindo novos conhecimentos. Com ela, podemos nos orientar no tempo, desenvolver habilidades, planejar o futuro com base no passado. Formamos nossa cultura e nossos “grupos” com base no que temos em comum. Graças a ela, somos o que somos, sabendo lidar com o presente com base no passado, preservando o futuro.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
IZQUIERDO, Iván. Memória [recurso eletrônico] , 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Artmed,