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Melanoma: Classificação, Diagnóstico e Tratamento, Esquemas de Cirurgia Geral

Uma visão abrangente sobre o melanoma, um tipo de câncer de pele grave. Ele aborda a fisiopatologia, os principais fatores de risco, a classificação dos diferentes tipos de melanoma, os procedimentos de diagnóstico, incluindo a aplicação do método abcde e a análise anatomopatológica, bem como as considerações sobre o tratamento. O texto fornece informações detalhadas e relevantes para profissionais da saúde e estudantes interessados em compreender melhor essa condição oncológica, suas características e abordagens clínicas.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 21/09/2023

larissa-marques-lacerda
larissa-marques-lacerda 🇧🇷

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Rayssa Ramalho
O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células
produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais
frequente em adultos brancos.
O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou
mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele
negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas
dos pés.
Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a
cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o
melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o
tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase.
FISIOPATOLOGIA
Nos melanócitos são produzidos a melanina, que tem a função de proteger
a pele das agressões dos raios UV. No entanto, o estímulo à proteção de
melanina pode ser acompanhada de síntese de espécies reativas de
oxigênio, que também apresentam potencial mutagênico. Logo, a
exposição crônica ao sol pode gerar células mutadas com capacidade de
autorrenovação, resultando em tumores, incluindo os melanomas.
A carcinogênese das lesões névicas tem 5 fases histológicas, desde
hiperplasia de melanomas até o melanoma: nevos comuns, nevos atípicos,
melanoma de crescimento radial, melanoma de crescimento vertical e
melanoma metastático.
FATORES DE RISCO
Os principais são:
Melanoma prévio (risco 900x maior que na população geral)
Radiação UV, é o principal agente associado, principalmente a
exposição intermitente. Nos carcinomas a relação da exposição
dos raios UV é crônica.
Nevos benignos
HF positiva
Fatores genéticos (fenótipos de
risco e fatores de risco genético
propriamente dito)
Síndrome do nevo displásico:
caracterizada por grande número
de nevos displásicos
CLASSIFICAÇÃO DOS MELANOMAS
É classificado como:
Nevo atípico/displásico: tem maior prevalência na população
jovem, menor de 40 anos e, geralmente, se inicia na puberdade.
Podem evoluir com maior ou menor atipia, mas a maioria se
mantém estável, podendo regredir, inclusive.
Melanoma
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O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase. FISIOPATOLOGIA Nos melanócitos são produzidos a melanina, que tem a função de proteger a pele das agressões dos raios UV. No entanto, o estímulo à proteção de melanina pode ser acompanhada de síntese de espécies reativas de oxigênio, que também apresentam potencial mutagênico. Logo, a exposição crônica ao sol pode gerar células mutadas com capacidade de autorrenovação, resultando em tumores, incluindo os melanomas. A carcinogênese das lesões névicas tem 5 fases histológicas, desde hiperplasia de melanomas até o melanoma: nevos comuns, nevos atípicos, melanoma de crescimento radial, melanoma de crescimento vertical e melanoma metastático.

FATORES DE RISCO

Os principais são:

  • Melanoma prévio (risco 900x maior que na população geral)
  • Radiação UV, é o principal agente associado, principalmente a exposição intermitente. Nos carcinomas a relação da exposição dos raios UV é crônica.
  • Nevos benignos
  • HF positiva
  • Fatores genéticos (fenótipos de risco e fatores de risco genético propriamente dito)
  • Síndrome do nevo displásico: caracterizada por grande número de nevos displásicos CLASSIFICAÇÃO DOS MELANOMAS É classificado como:
  • Nevo atípico/displásico: tem maior prevalência na população jovem, menor de 40 anos e, geralmente, se inicia na puberdade. Podem evoluir com maior ou menor atipia, mas a maioria se mantém estável, podendo regredir, inclusive.

Melanoma

  • Melanoma in situ : as células neoplásicas ainda estão restritas à epiderme e ao epitélio anexial da pele , não ultrapassando a camada basal. Caracteriza-se por mácula ou lesão pouco elevada, assimétrica, geralmente multicolorida, com predomínio de preto e marrom e bordas irregulares (quanto mais irregular e assimétrica a lesão, maior a chance de se tratar de melanoma). Importante é se fazer o diagnóstico e tratamento ainda na fase de crescimento radial, fase em que o risco de invasão/metástases e mínimo, sendo o tratamento cirúrgico de altíssima chance de cura.
  • Melanoma disseminativo superficial: é a forma mais comum de melanoma em pacientes de cor branca (cerca de 70% dos casos), acometendo mais indivíduos entre os 30-50 anos. Em homens é mais comum no tronco. Nas mulheres predomina nos membros inferiores. Crescimento lento ao longo de anos, porém, pode ter crescimento rápido em alguns casos. Um dos principais sinais é a variação de cor. Evoluem com invasão da derme e capacidade de disseminação mais tardia. Importante identificar os sinais de suspeição: assimetria, bordas irregulares, variação de cor e diâmetro maior que 6mm.
  • Melanoma nodular: é caracterizado pelo surgimento de nódulo em pele clinicamente normal, não precedendo uma fase radial de crescimento. Menos frequentemente, pode ocorrer história de nevo melanocítico pré-existente. Na população de pele clara, é o segundo tipo mais frequente (cerca de 15-30% dos casos). Ocorre em faixa etária mais idosa (50- 60 anos). Mais comum no tronco dos homens do que em mulheres. Crescimento mais rápido, pior prognóstico por ser diagnosticado geralmente em fase mais avançada de crescimento. Clinicamente é uma lesão nodular, elevada, bem delimitada, formando um pólipo de cores variadas. Pode ser amelanótico em 5% dos casos.

cirúrgica, assim, quanto maior for o Breslow, menor a chance de cura do melanoma

  • Índice mitótico : em cada mm mostra quantas mitoses o tumor apresenta. Logo quanto maior, pior o prognóstico
  • Infiltrado linfocitário
  • Regressão histológica : informa que o tumor tem características menos agressivas em algumas áreas e em outras com grande malignidade, ou seja, provavelmente o tumor está evoluindo
  • Ulceração
  • Neurotropismo : pequenas fibras nervosas que são permeadas pelo melanoma, ou seja, o melanoma está disseminando pela bainha do nervo O estadiamento clínico verifica o tamanho da lesão, ou seja, o patologista verifica a partir de um exame de imagem se tem metástase linfonodal e/ou metástase a distância.
  • T: relação com tumor primário
  • N: relação com metástase linfonodal
  • M: relação com metástase a distância Já o estadiamento patológico (mais preciso) é feito a partir do momento que ocorre a exérese. Mostra o tamanho exato da lesão e sua infiltração.
  • T: relação com tumor primário
  • N: consegue dizer se ocorreu uma linfadenectomia, visualizando quantos linfonodos foram dissecados e quantos estão comprometidos e suas características
  • M: relação com metástase a distância O estadiamento clínico é importante para saber qual a conduta (cirúrgica ou não) e o patológico é utilizado se após a exérese é necessário um tratamento complementar (radio ou quimioterapia).

TRATAMENTO

Em ambiente ambulatorial não tem como realizar um tratamento definitivo, pois não tem um acompanhamento. Por isso, nesse local é necessário a biópsia excisional (mais adequada, pois estuda toda a lesão). Além disso, existe certa limitação devido os recursos oferecidos e a falta da relação precisa médico-paciente. Caso seja realizada a cirurgia em ambiente ambulatorial, o profissional deve se encarregar de direcionar o paciente de forma correta para melhor avaliação da biopsia e acompanhamento deste. Após a realização da cirurgia, deve-se realizar pesquisa de linfonodo sentinela e realização de estudo anatomopatológico completo. A cintilografia de linfonodos (linfocintilografia) é fundamental, uma vez que ela consegue captar a radiação de região após injeção de radiotraçador que o tumor capta. Realizada quando não se sabe se é mesmo uma lesão de melanoma.