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O documento possui abordagens sobre os mecanismos de defesa das plantas.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Mecanismo de defesa das plantas: como a planta se defende de ataques bióticos e abióticos, compostos envolvidos e outras informações.
Os ataques às plantas ocorrem a todo tempo e são um dos maiores limitantes da produção agrícola no Brasil e no mundo.
Você ainda acha que as plantas são seres indefesos? Então saiba que elas possuem muitos mecanismos de resistência aos ataques que sofrem.
A ativação desses mecanismos de defesa ocorre após recorrentes sinais da planta. Isso dá início ao reconhecimento do agente agressor e permite a ativação das barreiras físicas e químicas envolvidas no processo.
Quer saber mais como esse mecanismo ocorre e como seu conhecimento ajuda no manejo de lavouras comerciais? Confira a seguir!
SAR é o nome dado a uma resposta geral de resistência pelas plantas. Para que ela ocorra, a infecção inicial precisa formar lesões necróticas, provenientes do acúmulo de peróxido de hidrogênio (HR) ou como sintoma do ataque. Esse ataque pode ser por fatores bióticos (pragas, doenças, etc.) ou abióticos (vento, granizo, etc.).
A indução de resistência começa no local de ataque, provocando uma cascata de reações bioquímicas, como os compostos sinalizadores que, como próprio nome diz, sinaliza para toda a planta que está ocorrendo o ataque.
O óxido nítrico, etileno, ácido jasmônico (JA) e ácido salicílico (SA) são apontados em diversos estudos como esses sinalizadores.
Depois da sinalização, começam a ser produzidos outras substâncias que ajudarão na defesa da planta, os chamados “agentes de defesa”, como as PR-proteínas e barreiras físicas, como a lignina.
Vejamos mais sobre esses compostos a seguir.
São compostos antimicrobianos, de baixo peso molecular, que se acumulam nas células em respostas às infecções. Estes compostos são produzidos em função de estímulos resultantes de fatores bióticos ou abióticos, como já falamos no SAR.
Esses compostos atuam no mecanismos de defesa das plantas como pós-formados, ou seja tem ação após o reconhecimento do patógeno. Ou seja, são cruciais na defesa das plantas.
A primeira fitoalexina caracterizada quimicamente foi a pisatina, isolada de plantas de ervilha (Pisum sativum).
Desde sua descoberta, inúmeras outras fitoalexinas foram obtidas de plantas cultivadas como feijão, soja, ervilha, batata, tomate, alface, algodão, arroz, cevada e banana, entre outras.
Acredita-se que a maioria das plantas sejam capazes de sintetizar fitoalexinas, mas a velocidade com que esses compostos são formados chega a ser muito lenta.
Isso permite, em muitas vezes, que o microorganismo complete a infecção antes que haja uma resposta dessas substâncias em quantidades suficientes para inibi-lo.
Para diversas interações planta-patógeno foi demonstrado que a velocidade de acúmulo das fitoalexinas é um dos fatores decisivos para o estabelecimento ou não da infecção.
Sim! É possível fazer aplicações de alguns compostos na planta para promover a formação de fitoalexinas no controle de patógenos de plantas, bem como o SAR em geral.
Também podemos ter a modificação dos vegetais por engenharia genética, transferindo os genes responsáveis pela síntese destes metabólitos, através de técnicas de biologia molecular.
O éster S-metil do ácido benzo-(1,2,3)-tiadiazole-7-carbotioico, ou ASM, análogo do ácido salicílico, pode induzir a SAR contra bactérias, fungos e vírus (RESENDE et al., 2002; COLE, 1999).
Dentre os indutores químicos, o ASM apresenta efeito indutor de resistência em condições de campo em várias culturas, contra amplo espectro de patógenos. É o mais estudado dentre os indutores químicos, pois é o que mais se assemelha ao ácido salicílico (AS).
Nas suas respostas fisiológicas podemos considerar a mesma resposta tanto para o ASM quanto para o AS.
Essa resposta pode ser observada em pesquisas que evidenciaram a indução de resistência sistêmica em diversos patossistemas.
Famílias de proteínas relacionadas à patogênese Fonte: Van Loon et al. em Embrapa
Além disso, veja como ocorre a produção dessas protéinas nas plantas como mecanismo de defesa:
Fonte:Romeiro em Embrapa
O uso de estratégias alternativas de controle de doenças têm despertado bastante interesse, principalmente pelo potencial de uso comercial e pequeno impacto ao meio ambiente.
Nesse sentido, o conhecimento e pesquisas envolvendo o mecanismo de defesa de plantas ganha importância.
Aqui você viu como ela ocorre e os principais compostos que envolvem esse processo, além de ver suas implicações no manejo da lavoura.
Ficou alguma dúvida sobre mecanismo de defesa das plantas? Quer mais informações sobre algum tema específico? Conte para nós!
Agrotécnico, por redator Emergir, engenheiro Agrônomo pela Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e especialista em produção de conteúdo técnico para agro.