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APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent. Página 1 ... formação de reação, isolamento, anulação, projeção, introjeção, inversão contra o eu e.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Psicanalista / Psicólogo APVP-00104.01-SP / CRP 06/
A Psicanálise subsidia uma imagem da mente (aparelho psíquico), em movimento, dinâmica, principalmente após a implementação por Freud, da segunda tópica, sendo assim nada é estático todos os elementos que compõe o a estrutura psíquica tem vida! Mesmo quando o movimento é direcionado para a morte (pulsão de morte). Tratamos da energia psíquica, que impele o organismo para a atividade até que a gratificação seja alcançada.
“Vários impulsos instintivos estão perpetuamente forçando sua introdução no ego, a partir do id, para ganharem acesso ao aparelho motor, por meio do qual obtêm gratificação. Nos casos favoráveis, o ego não faz objeções aos intrusos, mas coloca suas próprias energias à disposição daqueles, limitando- se por sua parte a perceber; assinala o desencadear do impulso instintivo, o aumento de tensão e os sentimentos de “dor” que a acompanham e, finalmente, o alívio de tensão quando é obtida a gratificação”. (Anna Freud, 1936) Quanto de energia psíquica é despejado impetuosamente pelo id sobre o ego em busca de satisfação? Sabemos que o princípio soberano que governa os processos psíquicos é de obtenção de prazer, no id predominam-se os chamados “processos primários” onde não há síntese de idéias, impera o “princípio do prazer”. No ego, pelo contrário, a associação de idéias está sujeita a condições rigorosas, às quais chamamos de “processos secundários”, assim os impulsos do id não tem gratificação garantida, sendo-lhes exigidos que respeitem os “princípios da realidade”, além de terem de se adequar às leis éticas e morais presentes no superego, o qual procura controlar o comportamento do ego.
Nessa dinâmica do aparelho psíquico, o ego revela-se produtor de recursos para enfrentar idéias ou afetos dolorosos ou insuportáveis, procura se proteger quanto às exigências instintivas, logo se lança na aventura de dar conta de viver empenhando-se na busca de intermediar todos os conflitos existentes, algumas vezes é bem sucedido outras, porém, se demonstra ineficaz, serão suas técnicas que neste módulo iremos estudar, a isso damos o nome de “Mecanismos de Defesa”.
Não sabemos, com absolutismo, em que fase do desenvolvimento psíquico começa a surgir conflitos entre o ego e o id, e a assumir um significado importante para o funcionamento psíquico. Para alguns autores como Klein, descrevem o ego arcaico, um ego que, de forma embrionária, já está em ação desde o começo de vida psíquica, desde o nascimento e, quem sabe, mesmo antes, exercendo funções defensivas e organizadoras da vida mental:
“Eu diria que falta, em grande medida, coesão ao ego arcaico e que uma tendência à integração se alterna com uma tendência à desintegração, a um despedaçamento. Acredito que essas flutuações são características dos primeiros meses de vida”. (Klein, 1930) No entanto outros autores como Spitz, salienta : “no mundo do recém-nascido não existe objeto, nem relação objetal. Denominei este primeiro estágio pré-objetal ou não-objetal...desejo salientar categoricamente que discordo das suposições de alguns autores que afirmam que, já no útero, antes de nascer, o bebê expressa desprazeres. Não temos meios de saber o que o comportamento do feto expressa”. (Spitz, 1979) Quanto às funções do ego, segundo Brenner: “É provável que isso se manifeste depois de ter havido um grau substancial de diferenciação e organização do ego”. (Brenner, 1973) Quais são, nos primeiros meses de vida, as atividades do ego face a seu meio ambiente? Um grupo de funções é a aquisição de controle sobre a musculatura do esqueleto, que seguidamente nos referimos como controle motor. Também importantes são as várias modalidades de percepção sensorial, que fornecem informações essenciais sobre o meio ambiente.
“O ego é, primeiro e antes de tudo, um ego corporal; não é simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a projeção de uma superfície”. (Freud, 1923)
Vale ressaltar a importância do ego em sua análise da realidade, em sua função “normal de executante do id”, assim um sentido da realidade intacto permite ao ego atuar eficientemente sobre o ambiente em favor do id. Constitui, assim, um recurso valioso para o ego quando este se alia ao id, com o propósito de explorar o ambiente em busca de oportunidades de gratificação. Outro aspecto é destacável, este mesmo ego pode retardar e combater a descarga das energias do id em vez de promover ou facilitar. Isto é muitas vezes necessário ou valioso para exploração eficaz do ambiente, sabemos que uma demora na descarga de energia do impulso constitui uma parte essencial do desenvolvimento do processo secundário. Por outro lado poderíamos esperar que existe entre o ego e o ambiente nunca seria bastante poderosa para forçar o ego a uma oposição séria ou prolongada às exigências instintivas do id.
Que defesas pode o ego oferecer contra o id? De forma simples e generalizando, o ego pode utilizar qualquer coisa ao seu alcance que lhe sirva a seus propósitos. Qualquer percepção, uma modificação na atenção, estímulo a outro impulso do id que a seu julgo seja mais seguro, um esforço vigoroso para neutralizar a energia do impulso perigoso, a formação de identificações ou o exercício da fantasia, separados ou combinados, enfim, todos os processos defensivos em qualquer momento.
“Os impulsos instintivos continuam esforçando-se por conseguir seus fins, com a tenacidade e energia que lhes é peculiar e efetuam incursões hostis no ego, na esperança de o derrubarem por um ataque de surpresa”. (Anna Freud, 1936) Dentro de suas possibilidades o ego levanta suas defesas, que acredita ser as mais “apropriadas” designadas para garantir sua fronteira.
Todos nós temos os mecanismos de defesa, e as defesas que utilizamos revelam muito a nosso respeito.
Anna Freud 1936, revela nove métodos (regressão, repressão ou recalque, formação de reação, isolamento, anulação, projeção, introjeção, inversão contra o eu e reversão) e apresenta a sublimação como o décimo, pertencendo ao estudo da mente “normal”. Com algumas atualizações, ampliações e agregando novas contribuições de outros autores que acredito serem importantes, seguimos agora para a descrição dos Mecanismos de Defesa.
Uma hierarquia dos mecanismos de defesa foi construída por Glen O. Gabbard, e ao que parece, vem sendo bem aceita no meio psicanalítico, utilizarei desta formulação e acrescentarei alguns conteúdos de outros autores.
Um processo inconsciente que ativamente separa sentimentos contraditórios, amor e ódio, representações do self ou representações do objeto uns dos outros. Embora Freud tenha feito referências esparsas à cisão, foi Klein 1946/1975, quem levou à posição de pedra fundamental da sobrevivência emocional durante os primeiros meses de vida. A cisão dos objetos é a responsável pela criação de objetos bons e maus, a cisão dos impulsos é a que separa o amor e ódio. A idealização, na posição esquizo-paranóide, é muito intensa, não apenas porque o amor e ódio permanecem amplamente cindidos, mas porque a construção de um objeto muito bom (idealizado) é necessária para combater a periculosidade extrema dos objetos persecutórios. Segundo Klein, a defesa mais primitiva contra a angústia. O objeto visado pelas pulsões eróticas e destrutivas, cinde- se em “bom”e “mau” objeto, que terão, então destinos relativamente independentes no jogo das introjeções e das projeções. A clivagem dos objetos á acompanhada de uma clivagem correlativa do ego em “bom” ou “mau” ego, pois o ego é, para escola Kleiniana, constituído essencialmente pela introjeção dos objetos.
A tendência a negar sensações dolorosas é tão antiga quanto o próprio sentimento de dor. Anna Freud chamou esse tipo e recusa do reconhecimento do desprazer em geral “pré-estádios da defesa”. Laplanche descreve um processo pelo qual o sujeito, embora formulando um dos seus desejos, pensamentos ou sentimentos até então recalcado, continua a defender-se dele negando que lhe pertença. Outra modalidade da negação descrita por Zimerman é a Renegação ou Recusa refere-se ao fenômeno pelo qual o sujeito sabe que os desejos, pensamentos e sentimentos negados são mesmo dele, porém continua a defender-se categoricamente, negando que lhe pertençam (essa modalidade é típica dos pacientes com perversão).
No trabalho de A negação (1925), Freud faz a importante observação de que, na prática analítica, a negação pode representar uma confirmação, de modo que ele afirma: “Não há prova mais forte de que conseguimos descobrir o inconsciente do que vermos o analisando reagir com estas palavras: não pensei nisso, ou não (nunca) pensei nisso”.
A partir do trabalho “Fetichismo”(1927) e, de forma mais consistente, em “Clivagem do ego no processo de defesa”(1940), Freud estudou a Cisão ativa, que ocorre no seio do próprio ego e não unicamente entre as instâncias psíquicas. Seria o rompimento do sentido da continuidade da pessoa nas áreas de identidade, da memória, da consciência ou da percepção, como forma de reter uma ilusão de controle face ao desamparo e à perda de controle, Outro registro alude à dissociação útil do ego, que diz respeito tanto ao analisando quanto ao analista. No analisando, por exemplo, quando, deixa aparecer a parte psicótica de sua personalidade. O analista, de sua parte, deve ter condições de dissociar sua mente na sua função e papel do psicanalista da do seu papel social familiar que, ocasionalmente, possa estar sendo fustigada com problemas particulares
Atribuição de qualidades perfeitas ou quase perfeitas a outro, como forma de evitar a ansiedade ou sentimentos negativos, como desprezo, inveja ou raiva. A identificação com o objeto idealizado contribui para a formação e para o enriquecimento das chamadas instâncias ideais da pessoa (ego ideal, ideal de ego).
Segundo Freud, é o ato por meio do qual o sujeito, sob domínio dos seus desejos e fantasias inconscientes, vive esses desejos e fantasias no presente com um sentimento de atualidade que é muito vivo na medida em que desconhece a sua origem e o seu caráter repetitivo. No lugar de lembrar e verbalizar determinados sentimentos reprimidos, o paciente os substitui por atos e ações motoras, que funcionam como sintomas. Assim, em “Recordar, Repetir e Elaborar” (1914), Freud afirma que “o automatismo da repetição substitui a compulsão à recordação”.
Conversão da dor emocional ou outros estados afetivos em sintomas físicos, tendo como foco de atenção preocupações somáticas em vez de intra-psíquicas. Complacência somática é a expressão empregada por Freud no famoso Caso Dora (1905), para se referir à escolha do órgão ou do sistema orgânico sobre o qual se dá a conversão histérica. Freud considerava que o investimento libidinal de uma zona erógena pode deslocar-se para outras regiões corporais, o que exige certa complacência (uma espécie de conluio) que possibilita aos órgãos que simbolizam o conflito reprimido tentar satisfazer o desejo proibido de forma disfarçada.
Recolhimento para o mundo interno privado da pessoa para evitar a ansiedade em relação à situações interpessoais.
O sujeito faz passar de um modo fantasístico, de “fora” para “dentro”, objetos e qualidades inerentes a estes objetos. A Introjeção aproxima-se da incorporação e está estreitamente relacionada com a identificação. Também é mencionada como a internalização de aspectos de uma pessoa significativa como forma de lidar com a perda dessa mesma pessoa. Pode, também, ser introjetado um objeto ruim ou hostil como forma de ilusão de controle sobre o objeto. Também, ocorre de forma não defensiva, apenas, como parte normal do desenvolvimento.
Em um de seus primeiros e mais elucidativos textos - "Transferência e Introjeção", de 1909 - Ferenczi apresenta a tese de que o processo de introjeção em sua universalidade inclui a transferência, também ela universal, mas mais ativa e imperiosa nos neuróticos. A introjeção é o processo pelo qual os objetos do mundo são incluídos nas esferas de interesses do eu como alvos substitutos de impulsos e afetos. Quando o recalcamento incide sobre as experiências mais primitivas e intensas de prazer, seus objetos são remetidos ao inconsciente e cria-se uma quantidade de energia livre que precisa buscar novos alvos, procurando novos objetos que possam ocupar os lugares dos que foram vítimas do recalque. Aí se originam, entre outros, os processos de criação de novos objetos e de sublimação
Quanto mais intenso, radical e "neurotizante" o processo de recalcamento, maior a propensão a transferir, vale dizer, mais o processo normal de introjeção será acionado como forma de dirigir e procurar satisfazer pela via das reedições dos objetos arcaicos a energia libidinal (ou agressiva) sobrante e livre. Nestes casos, não só o indivíduo está efetivamente privado de inúmeras possibilidades de satisfação legítima para a expressão de seus impulsos e desejos, barrados pelo excesso de repressão, como boa parte do
mundo será constituída como objeto de transferência, o que acarreta uma sobrecarga de afetos e fantasias em objetos que seriam mais bem considerados em suas propriedades meramente pragmáticas. Há, portanto, um duplo prejuízo, em termos de vida afetiva e sexual e em termos de adaptabilidade.
Internalização de qualidades de outra pessoa tornando-se igual a mesma. Enquanto a introjeção leva a uma representação internalizada, vivenciada como um outro, a identificação é vivenciada como parte do ego, e também, pode servir no desenvolvimento normal. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série de identificações.
Sentimentos associados a uma idéia ou a um objeto deslocados para outro que se assemelha, de alguma forma, ao original. Como mecanismo defensivo do ego, nas conversões histéricas, o desejo ou o prazer genital se desloca para outra zona corporal.
Termo empregado por Anna Freud como significado de resistência ao tratamento analítico que consiste no fato de o paciente priorizar o uso do pensamento e de elucubrações abstratas, teóricas e filosóficas no lugar de fazer um contato com os afetos e com suas fantasias inconscientes. A intelectualização é utilizada, mais substancialmente, por pacientes obsessivos que assim controlam, isolam e anulam os sentimentos e por pacientes narcisistas que mais se preocupam com o “dizer bonito” do que pelo “dizer as verdades”.
Expulsão de impulsos ou idéias inaceitáveis ou o impedimento de que entrem na consciência. Esta defesa difere da negação, pois, essa última esta associada a dados sensoriais externos, enquanto, a repressão/recalque esta associada a estados internos.
Freud (1915) em seu artigo metapsicológico sobre o recalcamento se questiona sobre por que deve um impulso pulsional sofrer tal vicissitude (ser recalcada, tendo seu acesso negado), já que a satisfação de um impulso sempre provoca prazer. Seria necessário supor a existência de certas circunstâncias peculiares, algum processo através do qual o prazer da satisfação se transforma em desprazer.
Freud diz que o recalque não é um mecanismo defensivo presente desde o início; só pode surgir quando tiver ocorrido uma cisão marcante entre a atividade mental consciente e a inconsciente (o recalcamento só está presente a partir da divisão entre sistema consciente/pré-consciente e sistema inconsciente). E que antes da organização mental alcançar essa fase a tarefa de rechaçar os impulsos pulsionais cabia à outras vicissitudes, as quais as pulsões podem estar sujeitas.
O recalcamento como um processo ativo, destinado a conservar fora da consciência as representações inaceitáveis. Distinguem-se três níveis nos quais esse mecanismo ocorre: o recalcamento primário; recalcamento secundário ou recalcamento propriamente dito; e retorno do recalcado.
Recalcamento primário
“É o resto de uma época arcaica, individual ou coletiva, em que toda representação incômoda (imagens da cena primitiva, de ameaças à vida ou seduções pelo adulto) se encontrava automática e imediatamente recalcada, se mantém no ics, sem nunca ter-se acesso ao consciente; é o pólo atrativo a seguir, os pontos de fixação dos recalcados ulteriores relacionando-se aos mesmos gêneros de representações.”
Antes de serem formados os sistemas inconsciente e pré-consciente/consciente, certas experiências cuja significação inexiste para o sujeito são inscritas no inconsciente e têm seu acesso à consciência vedado a partir de então.
Essas inscrições vão funcionar como o recalcado original ( Urverdragngung ) que servirá de pólo de atração para o recalcamento propriamente dito ( Nachdangen ). Para Freud esse “recalque primevo” consiste em negar entrada no consciente ao representante psíquico (ideacional) da pulsão. Com isso, estabelece-se uma fixação.
Recalcamento secundário (ou recalcamento propriamente dito)
Consiste em um duplo movimento de atração pelas fixações do recalcamento primário e de repulsão pelas instâncias proibidoras superiores: superego ics (e ego, à medida que ele se torna aliado do superego) e pressão da moral cs.
Segundo Freud (1915) o recalque propriamente dito afeta os derivados mentais do representante recalcado, ou sucessões de pensamento que, originando-se em outra parte, tenham entrado em ligação associativa com ele. Por causa dessa associação, essas idéias sofrem o mesmo destino daquilo que foi primevamente recalcado.
Retorno do recalcado
O recalcamento não pode impedir que as representações recalcadas se organizem no inconsciente, se enlacem de forma sutil e dêem mesmo nascimento a novos derivados, que irão tentar se manifestar no nível do consciente.
O retorno do recalcado pode consistir ou em uma simples “escapada” do processo de recalcamento, válvula de escape funcional e útil (sonho, fantasias), ou em forma (lapsos, atos falhos), ou, ainda, em manifestações francamente patológicas de fracasso real do recalcamento (sintomas).
As formações substitutivas, as formações de compromisso e os sintomas são fenômenos que assinalam o retorno do recalcado. O recalcamento não organiza essas formações.
As Formações de Compromisso, são a forma que o recalcado assume para ser admitido no Cs. Uma espécie de compromisso – egossintônico – que as instâncias psíquicas assumem entre si, de sorte a autorizar o surgimento no Cs. do que está reprimido no Ics. desde de que venha suficientemente disfarçado para não ser reconhecido, tal como acontece nos sonhos e na formação de sintomas, assim deformadas pelas defesas ao ponto de serem irreconhecíveis.
O recalque não é um fato que acontece uma vez, produzindo resultados permanentes; ele exige um dispêndio persistente de força, e se esta viesse a cessar, o êxito do recalque correria perigo, tornando necessário um novo ato de recalque. O recalcado exerce uma pressão contínua em direção ao consciente, exigindo uma contrapressão incessante.
Encontrar elementos cômicos e/ou irônicos em situações difíceis com o objetivo de reduzir afetos desagradáveis e desconforto pessoal. Este mecanismo também permite algum distanciamento e objetividade em relação aos eventos, de forma que o indivíduo possa refletir sobre o que está ocorrendo.
Tentativa de eliminar aspectos prazerosos da experiência em função de conflitos internos produzidos por tal prazer. Este mecanismo pode estar a serviço de objetivos transcendentes ou espirituais, como no celibato.
Comprometer-se com as necessidades dos outros mais do que com suas próprias necessidades. O comportamento autruísta pode ser utilizado a serviço de problemas narcisistas, mas, também, pode ser a fonte de grandes realizações e contribuições construtivas para a sociedade.
Retardamento de gratificação imediata ao planejar e pensar sobre realizações futuras.
Anna Freud destaca que a sublimação, isto é, o deslocamento da finalidade instintiva, em conformidade com valores sociais mais elevados, pressupõe a existência do superego. Transformar objetivos socialmente ou internamente inaceitáveis em outros socialmente aceitáveis.