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Foi publicada em mais de 160 idiomas e é, certamente, o livro dos livros. Para o discípulo de Jesus Cristo, a. Palavra de Deus reveste-se de especial interesse, ...
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Seja bem-vindo a Igreja Batista Memorial de Jundiaí, lugar de família feliz. O nosso desejo é que você possa ser uma benção para a nossa igreja e que possamos ser benção para sua vida. Em Filipenses 2.12b encontramos esta orientação do apóstolo Paulo: "...assim também operai (desenvolvei) a vossa salvação com temor e tremor". Esta Escritura está diretamente ligada ao nosso relacionamento de amor com a pessoa de Jesus, que "...foi obediente até a morte, e morte de Cruz" (v. 8b). O livro Maturidade Cristã auxilia os filhos de Deus, novos ou não na fé, a desenvolverem a sua salvação, no maravilhoso processo do crescimento cristão. Amadurecer no Reino de Deus é uma ordem do Senhor Jesus Cristo: “Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo", 2 Pedro 3.18. O alvo final é que ao serem ministradas, estas lições gerem mudanças e transformações nas vidas de seus professores discipuladores, atingindo a vida de cada discípulo no contexto da classe ou de pequenos grupos interativos. Assim, cada aluno experimentará a verdadeira maturidade cristã em sua própria vida e será levado pelo Espírito Santo a cuidar de outro irmão, do mesmo corpo, que ainda não atingiu a estatura proposta por Jesus em Efésios 4.13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo".
Pr. Elmiro de Oliveira Evangelização, Capacitação e Discipulado
Maturidade cristã é o primeiro Curso que a Igreja Batista Memorial de Jundiaí oferece a todos que estão no início da sua vida cristã. Você que está chegando em nossa Igreja, queremos dar as boas-vindas e desejar que você possa crescer em pleno conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo, para que possa ser benção em nossa Igreja e nossa Igreja ser benção em sua vida. O Senhor Jesus nos ordenou a ir pregar o evangelho, batizar e ensinar todas as coisas que ele nos tem ensinado. Os seus ensinamentos é uma necessidade imperiosa na igreja hoje, tanto para os novos quanto para os mais antigos seguidores de Jesus Cristo. Os cristãos entendem que já aprenderam tudo ao serem batizados e param no seu processo de crescimento espiritual até a maturidade cristã. Desejamos que no decorrer deste aprendizado você possa desejar tornar-se membro de nossa Igreja, gostaríamos que você retirasse sua ficha de membro (se ainda não fez) com os irmãos responsáveis, preenchesse, fizesse uma entrevista e avaliasse o seu nível de conhecimento para que possamos ajudá-lo no seu crescimento espiritual.
COMO UTILIZAR ESTE LIVRO
Maturidade Cristã pode ser utilizado individualmente, com um discípulo auxiliando outro, ou em grupos de estudo. Este livro foi preparado para todos os crentes, especialmente para:
Veja algumas sugestões de como melhor utilizar seu exemplar de Maturidade Cristã:
TEXTO BÍBLICO: Salmo 119:
OBJETIVOS:
Ao final do estudo desta lição, você deverá ser capaz de:
INTRODUÇÃO
Tim LaHaye, em seu livro Como Estudar a Bíblia Sozinho (Ed. Betânia), conta que certa vez um rapaz de 17 anos foi a um culto, atendendo a um convite de um vendedor de sapatos que o levara a Cristo. Esse vendedor falou-lhe da necessidade de conhecer melhor o Salvador que acabara de aceitar. Durante o culto, após o período de louvor, o pregador disse: "Abramos a Bíblia agora em 2 Timóteo 5.12." O jovem convertido abriu na primeira página a Bíblia que seu amigo lhe dera, e começou a folheá-Ia por Gênesis, Êxodo, e outros livros, sem encontrar 2 Timóteo. Um pouco confuso, voltou ao índice e observou que 2 Timóteo encontrava-se na página 325. Quando abriu a Bíblia nesse número encontrou o livro de Josué. Olhou no índice novamente e percebeu que a Bíblia tinha duas grandes divisões, e que Timóteo achava-se na segunda. Quando afinal encontrou o texto, o pastor já havia terminado o sermão. Embora tenha fracassado nessa primeira tentativa, aquele jovem sentiu um grande desejo de conhecer melhor a Bíblia. Anos depois, ele tornou-se um famoso pregador, que levou a Cristo um milhão de pessoas. O nome dele era Dwight L. Moody. Como discípulos, temos o desejo de conhecer o Senhor Jesus e a sua vontade para as nossas vidas. Para tanto, é fundamental a leitura, estudo, meditação e aplicação da Palavra de Deus. A Bíblia é uma verdadeira biblioteca. Com 66 livros, 39 no Antigo Testamento, 27 no Novo e escrita por cerca de 40 homens inspirados pelo Espírito Santo, durante um período aproximado de 1600 anos, é o livro mais lido no mundo. Foi publicada em mais de 160 idiomas e é, certamente, o livro dos livros. Para o discípulo de Jesus Cristo, a Palavra de Deus reveste-se de especial interesse, pois é a sua relação com ela que determinará o sucesso ou o fracasso na vida cristã. Na Bíblia, o discípulo é confrontado
e o Novo Testamentos. No processo de tradução, nem sempre se encontra uma palavra que expresse todo o significado da palavra no original. Portanto, é importante observar o sentido original da palavra, pois isso pode esclarecer muita coisa. O aspecto literário também precisa ser considerado. Não podemos interpretar da mesma forma uma poesia, uma parábola ou uma alegoria. Há vários gêneros de literatura na Bíblia. Cada autor inspirado por Deus tinha o seu próprio modo de comunicar. Ao buscar o significado do texto bíblico devemos ter sempre em mente o fato de que a Bíblia não é um livro como outro qualquer. É inspirado pelo Espírito Santo de Deus (2 Pedro 1.20,21) e é ele mesmo quem nos capacita a entendê-la (João 16.13). Da mesma forma, qualquer texto bíblico deve ser compreendido à luz do seu contexto e a própria Bíblia oferece subsídios para isso. O Novo Testamento é a chave para a interpretação do Antigo Testamento e vice-versa. É importante que você tenha em mãos, na medida do possível, um bom comentário, um bom dicionário bíblico e uma boa chave bíblica. São ferramentas extras que podem fornecer preciosas informações para a compreensão do texto sagrado. Depois de uma leitura atenciosa e de uma interpretação correta, o discípulo deverá aplicar a Palavra de Deus à sua própria vida.
III - A APLICAÇÃO
Ao aplicar o que entender ser a mensagem de Deus para a sua vida, você deve considerar as seguintes questões:
1. Qual é a mensagem de Deus para a minha vida hoje? Para cada situação de sua vida, Deus tem uma mensagem específica. Procure descobri-la de coração aberto através do seu estudo da Palavra de Deus. 2. Há algum mandamento a que preciso obedecer? As ordens ou mandamentos que encontramos na Palavra de Deus foram dados para o nosso bem-estar espiritual. Sua observância enriquece e prolonga os nossos dias nesta vida. Um mandamento é uma ordem simples, clara, objetiva e definida, dirigida a quem queira cumpri-la sem fazer qualquer tipo de exigência. Nisso está a dureza dos primeiros passos a serem dados pelo discípulo, quando descobre a vontade do seu Mestre. Não se deve tornar as coisas mais difíceis do que elas são. Por outro lado, também não se pode facilitar os objetivos reais de Cristo quando chama homens e mulheres para segui-lo. ''A porta é estreita” (Mateus 7.14). É melhor você estar consciente de que Cristo exige do discípulo uma renúncia completa e incondicional (Mateus 16.24,25), do que participar do contingente de cristãos sem "as marcas de Jesus" (Gálatas 6.17). O discipulado "barato" não vai realizar o discípulo e, tampouco, satisfará a expectativa do Mestre, conforme podemos perceber nos Evangelhos. 3. Há alguma promessa de que eu deva tomar posse? Ao analisar as promessas na Palavra de Deus, o discípulo precisa fazer duas coisas: a. Verificar se as promessas são universais e se aplicam aos nossos dias atuais. Há promessas na Bíblia que foram feitas para o povo de Israel e que se aplicavam só àquele contexto. Exemplo: A vinda do Messias.
b. Verificar se as promessas estão associadas a algumas condições. A Bíblia registra uma promessa do Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos: "Vós sereis meus amigos". Mas essa promessa tem uma condição: "Se fizerdes o que eu vos mando" (João 15.14). As promessas são importantes em função da natureza frágil e debilitada do discípulo, que não teria forças suficientes em si mesmo, se não fosse vivamente estimulado pelas fiéis promessas do Senhor da glória. A personalidade do discípulo precisa estar totalmente envolvida com a ideia de plena realização. É isso que as promessas feitas por Jesus Cristo se propõem. Elas são, por assim dizer, um direito adquirido do discípulo. É necessário distinguir as promessas que dizem respeito à esperança futura, como a volta de Cristo, por exemplo, das promessas que dizem respeito à nossa esperança presente, como, por exemplo, a oração que Jesus promete atender mediante a fé dos seus discípulos.
4. Existe alguma advertência a observar? As advertências não são mandamentos. Enquanto no mandamento o discípulo não tem escolha, só obedece, na advertência ele passa a exercitar seu discernimento espiritual, para saber como lidar com valores e situações semelhantes aos narrados na Palavra de Deus. Quando se estuda as bem- aventuranças, por exemplo, encontra-se uma série de valores espirituais, emocionais e práticos, com clara demonstração de que eles ajudariam os discípulos a serem pessoas realizadas. 5. Há algum princípio eterno? Os princípios eternos são postulados que ajudam o discípulo diante da necessidade de tomadas de decisão. São leis que governam seu relacionamento com as coisas e pessoas e que contribuem para o seu bem-estar espiritual, físico e emocional. Por exemplo: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6.7). Além dessas questões, o discípulo deve estar atento às revelações que Deus faz sobre si mesmo em sua Palavra, os pecados que devem ser abandonados, aquilo que não foi compreendido e necessite de explicações, os motivos pelos quais se deve agradecer a Deus, o versículo que mais fala ao coração e a forma prática como irá vivenciar tudo o que Deus lhe falou através do estudo. O mais importante é a sua disposição como discípulo em aplicar o que foi estudado à sua própria vida. Assim sendo, depois de realizar seu estudo pessoal da Palavra de Deus, deve dizer para si mesmo: "Como resultado do que Deus me falou hoje através de sua Palavra, vou fazer isto..." (diga-o claramente; de preferência escrevendo-o numa folha de papel).
A seguir, oferecemos um exemplo do que foi apresentado:
TEXTO : Filipenses 2.1-11 Data:
TEXTO: ___________________________ DATA: ____/____/____
Entre estes exemplos dados, o que você pode observar sobre a oração? Marque F para falso, e V para verdadeiro, nas sentenças abaixo: ( ) A oração é um processo dinâmico entre o homem e Deus. ( ) A oração envolve petição. intercessão e louvor. ( ) Deus não se interessa por ouvir fraquezas humanas. Naturalmente você deve ter marcado (V) para os dois primeiros exemplos e (F) para o terceiro. Vejamos o porquê de a questão 3 ser falsa:
Abrão (Abraão) Pediu a Deus um herdeiro Gn 15:2, Ana Pediu a Deus um filho 1 Sm 1:9- 13 Ezequias Intercedeu por Jerusalém 2 Rs 19:14- 19
Moisés Pediu para ver a glória de Deus
Ex 33:
Salomão Pediu sabedoria 1 Rs 3:5- 9
Paulo
Pediu que Deus removesse sua limitação 2 Co 12:7-^10 João Pediu a volta de Cristo Ap 22:
Maria e Marta
Pediram a cura do irmão doente Jo 11:
Davi Louvou a Deus por sua bondade
Sl 100
Maria
Louvou a Deus por ter sido escolhida para dar à luz ao Messias
Lc 1:46- 55
Paulo e Silas Louvaram a Deus por serem pela sua causa
At 16:
Simão e Ana Louvaram a Deus por verem Jesus Lc 2:25- 38
Moisés
Argumentou por ter que levar o povo a Canaã Nm 11:11-^15
Jó Reclamou do sofrimento
Jó 3:3-12 | Jó 10:18- 22
Davi Queixou-se da perseguição de Saul Sl 102:1- 11 Quadro 1: Exemplos de Oração na Bíblia
Deus criou o homem para que este o glorificasse e tivesse comunhão com ele. O pecado separou o homem de Deus. Como parte do plano restaurador para esse
relacionamento, Deus enviou seu Filho Jesus Cristo ao mundo. A Bíblia diz que Jesus morreu na cruz para salvar o homem do seu pecado, da sua alienação de Deus.^3 Quando o homem aceita a Jesus como seu Salvador pessoal, ele experimenta novamente o contato direto com Deus.^4 Essa comunhão mútua se concretiza através da oração, e é um ato de fé. Martinho Lutero dizia que a fé não pode ser colocada no bolso. Ela é dádiva de Deus e deve ser entregue a Deus. Deus dá fé ao homem para que este volte-se para ele e mantenha-se espiritualmente sadio. Isso significa que o homem deve buscar a Deus, em todos os detalhes de sua vida.
Adoração / Louvor
Exemplo: Louvo a Deus porque Ele é Santo
A Santidade de Deus me constrange a dedicar-lhe o meu mais puro louvor
Adoração / Louvor
Gratidão
Petição / Intercessão
Exposição da minha Fraqueza
Quadro 2: Exemplos de minhas orações
Até aqui temos considerado que a oração tem como propósito a comunhão com Deus. Considere-se você mesmo e a sua vida de oração. Ainda olhando para o Quadro 1, preencha o Quadro 2, de acordo com as suas próprias experiências: Qual o nível de sua abertura para Deus? Você é capaz de dizer a ele tudo que se passa em sua vida? Deus almeja ter intimidade com você. Ele quer ser seu melhor amigo. Ele quer preencher todo o seu ser. A comunhão que Deus quer ter com o homem é o segundo propósito da oração.
Reflita no seguinte testemunho:
"O privilégio da oração, para mim, é das possessões a mais apreciada, porque tanto a experiência como a fé me convencem de que Deus mesmo a ouve e responde, conforme a sua sabedoria. A mim só compete pedir, e a ele conceder ou recusar, de acordo com a
Quadro 3: Oração Modelo – Mateus 6:9-
Você provavelmente poderia acrescentar outros elementos necessários à oração. Por exemplo: O apóstolo Paulo nos admoesta à responsabilidade de estarmos sempre gratos.^6 Também através do seu próprio exemplo, Paulo mostra que devemos interceder pelo nosso próximo.^7 Assim, a gratidão e a intercessão devem ser elementos constantes em nossas orações.
III - ORAÇÃO E A LEITURA DA BÍBLIA
E. F. Hallock disse certa vez que a oração e a leitura da Bíblia representam as duas asas do avião. O Pastor Hallock acreditava tanto na leitura da Bíblia que por mais de 50 anos a leu pelo menos duas vezes ao ano. O crente encontra muitas respostas para suas indagações ao ler a Palavra de Deus. É preciso que haja um sentimento de busca. Jesus insiste em que o façamos.^8
IV - COMO E QUANDO ORAR
Assinale com um X as respostas certas: ( ) 1. O crente em Cristo deve manter uma atitude constante de oração. ( ) 2. A oração do crente deve incluir elementos tais como: adoração, gratidão, arrependimento e confissão, intercessão, petição e consagração. ( ) 3. O crente lucra quando tem hora marcada para um encontro especial com Deus. Você está absolutamente correto (a) se assinalou as três respostas. As três afirmativas revelam verdades concernentes à oração.
Uma vez que a pessoa aceite a Cristo como seu Salvador, passa a receber orientação direta do Espírito Santo quanto ao relacionamento íntimo com Deus. A Bíblia diz que o Espírito intercede pelos santos.^9 Isso significa que quando nos aproximamos de Deus estamos sendo guiados pelo Espírito, que vive em nós.^10 Daí temos a garantia de sermos ouvidos, porque chegamos diante de Deus com as credenciais do seu próprio Filho, cujo Espírito vive em nós.
PROJETOS CONCRETOS DE VIDA
NOTAS DE REFERÊNCIA
1. Novo Nascimento
O primeiro passo para a realização da vontade de Deus na vida de uma pessoa é que ela reconheça sua condição de pecadora e se torne nova criatura, pelo poder de Jesus Cristo. O ser humano é pecador não só porque comete atos pecaminosos, mas porque a sua natureza interior é pecaminosa. Portanto, a solução para o problema do homem é ter a sua natureza transformada. A isso a Bíblia chama novo nascimento. O novo nascimento é condição fundamental para vivermos a vida que agrada a Deus - a vida segundo a sua vontade. Só as pessoas nascidas de novo têm condições de fazer a vontade de Deus com o coração bem-disposto.
2. Percepção Espiritual
Assim como percebemos o mundo físico através dos sentidos (tato, visão, gustação, olfato e audição), Deus nos equipou com a percepção espiritual para nos conduzirmos na dimensão espiritual de nossa vida. Poderíamos comparar esse equipamento interior com um radar através do qual detectamos realidades que os nossos sentidos físicos não conseguem captar. Logo, só a pessoa nascida de novo tem essa percepção espiritual aguçada. A Bíblia diz: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo...".^5 A percepção espiritual nos dá a certeza da existência de Deus, da sua presença e atuação em nossa vida, da sua vontade em cada decisão que necessitamos tomar e de todos os aspectos da vida espiritual.
3. Vida Pura
Nossa comunhão com Deus se estabelece e se mantém a partir de uma vida pura e santificada. A Bíblia diz: "As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça".^6 Logo, se a nossa vida está contaminada com o pecado, a comunhão com Deus fica bloqueada e a percepção espiritual prejudicada. Muitos cristãos entram em crise por não conseguirem perceber a vontade específica de Deus para as suas vidas. Geralmente imaginam que o problema é que Deus não lhes está revelando o que necessitam saber. Na realidade, eles mesmos são os responsáveis pela situação. Deus está tentando revelar-lhes a sua vontade, mas eles não conseguem percebê-la, por causa do pecado em suas vidas.
4. Disposição de Obediência
Deus não nos revela a sua vontade simplesmente para satisfazer a nossa curiosidade. Ele o faz para orientar a nossa vida. Por isso, para conhecer o que Deus quer, precisamos decidir antecipadamente que vamos ser obedientes ao que o Senhor nos
revelar, não importa o preço que tenhamos de pagar. Isto sempre envolve uma significativa medida de fé e confiança na sabedoria de Deus. A vontade de Deus nos é revelada progressivamente. Isto é, na medida em que vamos obedecendo àquilo que já conhecemos da vontade divina, o Senhor vai nos fazendo novas revelações, de modo que sempre podemos avançar. Nesse sentido, a revelação de novos aspectos da vontade de Deus depende de obedecermos naquilo em que já a conhecemos. É assim em todas as áreas de nossa vida. Nada mais razoável.
II - INDICADORES SEGUROS DA VONTADE DE DEUS
Para andarmos com segurança nos caminhos da vida precisamos de indicadores de confiança. São esses indicadores que nos dão convicção na hora de tomarmos as nossas decisões. Muitas vezes, gostaríamos que Deus nos falasse de modo extraordinário, através de sonhos, visões claras ou sinais específicos inconfundíveis. Houve uma época na história da revelação em que as coisas aconteceram assim. Hoje, entretanto, Deus tem usado outras formas de revelar-nos sua vontade. É certo que ele ainda tem poder para utilizar-se de métodos extraordinários. Mas isso não é usual; acontece como exceção à regra. Por outro lado, parece que as pessoas que esperam tais formas de revelação na realidade muitas vezes o fazem porque não querem pagar o preço de buscar compreender a vontade de Deus a partir da percepção espiritual. Sem dúvida, seria muito mais simples receber a revelação pronta, "mastigada', do que buscar em oração a certeza interior do Espírito Santo. Abaixo, relacionamos os principais indicadores de Deus para as nossas decisões:
1. A Palavra de Deus
A Bíblia é a Palavra de Deus e contém a opinião e o pensamento de Deus sobre todos os assuntos de nossa vida. Para nos orientarmos em todas as nossas decisões cotidianas, precisamos examinar detidamente as Escrituras Sagradas. O Senhor Jesus disse: "Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus".^7 Não é o caso de abrirmos a Bíblia de qualquer jeito, em uma hora crucial, e concluir que o primeiro versículo achado é a resposta de Deus para aquela situação específica. Não discutimos a experiência particular de cada um, mas em geral, essa é uma prática arriscada. Quando examinamos a Palavra de Deus, temos de analisar os princípios que ela nos ensina. Por exemplo: Há certas respostas sobre a vontade de Deus que a Bíblia nos dá sem rodeios, de modo que não precisamos consultar mais nada. E a resposta completa. Ela diz categoricamente: "Não adulterarás".^8 "Não mintais uns aos outros"^9 ; "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos"^10 , etc. Não há mais o que ficar perguntando. Não há mais dúvidas. Em outros casos, temos de consultar vários textos sobre o mesmo assunto e até buscar ajuda na interpretação, para chegarmos a uma conclusão tranquilizadora.
2. A Oração
A oração é basicamente um gesto de comunhão com Deus, conversa íntima com o Senhor. Naturalmente, na medida em que o crente aprofunda sua comunhão com o Senhor passa também a perceber com mais espontaneidade o que ele deseja para cada