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Informações sobre duas brincadeiras populares no brasil: 'lencinho branco' e 'saci-pererê'. Além disso, discute a importância da mandioca na cultura brasileira. As crianças são encorajadas a ler o texto, comparar as regras da brincadeira com o que já conhecem, criar desenhos e responder perguntas relacionadas aos assuntos abordados.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Antes de ler o texto ou promover a brincadeira, perguntar às crianças quem já brincou de Corre cutia:
Corre cutia (conhecida também como “Lenço atrás”, “Lencinho branco”, entre outros nomes) é uma brincadeira que mistura pega-pega com roda e possui variações, de acordo com a cultura local. Não se sabe a origem exata dela, mas é considerada uma parlenda típica do folclore brasileiro, bastante conhecida nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.
Corre cutia
Corre cutia De noite e de dia Debaixo da cama Na casa da tia Corre cipó Na casa da avó Lencinho na mão Caiu no chão Moça bonita do meu coração Criança: Posso jogar? Roda: Pode! Criança: Ninguém vai olhar? Roda: Não!
Cantiga popular.
Como brincar: Sentar-se no chão, em círculo, com a turma toda. Uma das crianças deve correr do lado de fora da roda com um lenço ou uma bola na mão, ao ritmo da parlenda. Tapar os olhos com as mãos, enquanto a criança que está de pé deixa cair o objeto atrás de uma que esteja sentada. Esta deve pegar o lenço e correr, tentando alcançar a outra criança antes que ela ocupe o lugar vago na roda. Quem é pego tem de pagar uma prenda, ou seja, cumprir um desafio definido pelo grupo. Caso a criança consiga sentar na roda sem ser pega, a brincadeira deve recomeçar com quem ficou de pé.
Orientações didáticas
A brincadeira permite que se trabalhe condicionamento, agilidade, atenção e socialização. Por isso, é interessante propô-la à turma. Ler o texto para as crianças e comparar o que ouviram com o que já conheciam sobre as regras da brincadeira. Depois, pedir que expliquem como a brincadeira se desenrola, trabalhando a compreensão oral e a oralidade. Organizar a brincadeira com as crianças em um espaço sem obstáculos, que minimize riscos de se machucarem enquanto correm. Observar com a turma o ritmo da parlenda. Seria interessante que, antes de brincarem, falassem a parlenda marcando o ritmo com palmas para que percebessem como ele é sinalizado nos versos. Esse é um recurso da linguagem poética que será trabalhado pelas crianças em outros momentos. Perceber a possibilidade de associar ritmo (próprio da linguagem musical) às palavras (matéria da linguagem verbal) nas brincadeiras acentua o caráter lúdico que tem a linguagem poética.
Se achar interessante, ler o livro O Saci , de Monteiro Lobato, e, em seguida, perguntar à turma quais informações ele acrescenta ao que o outro texto traz. Depois de conversar sobre o texto, pedir às crianças para criarem um desenho do Saci e recortarem em formato de quebra-cabeça. Elas devem trocar entre si o que produziram para que ualgumas montem os quebra-cabeças que as outras fizeram. O ilustrador Ziraldo escreveu uma série de histórias agrupadas em um livro intitulado A turma do Pererê. As histórias, passadas em uma floresta, são vividas por vários animais e personagens do folclore brasileiro, entre elas, o Saci. Propor às crianças a leitura dessas histórias, caso esse livro não esteja disponível na biblioteca da escola, solicitar ao bibliotecário algumas sugestões de livros sobre o mesmo tema.
A mandioca tem uma presença importante na mesa brasileira. Ela também é conhecida como aipim, uaipi, maniva, maniveira, pão-de-pobre, entre outros nomes. Antes de ler a introdução, seria interessante comentar isso com as crianças. A mandioca é nativa da Amazônia brasileira e foi cultivada por diversas tribos indígenas desde o primeiro milênio antes de Cristo. Também teve papel importante na alimentação dos africanos escravizados e também dos portugueses. Para mais informações sobre o tema, sugerimos o link a seguir: Mandioca, de norte a sul do Brasil. Disponível em: <http://www.petitgastro.com.br/ mandioca-de-norte-a-sul-do-pais/>. Acesso em 24 jan. 2018. Mandioca , ou macaxeira, aipim, entre outros tantos nomes, é um tubérculo originário do Brasil, cultivado pelos indígenas antes mesmo da chegada dos colonizadores. O indígena buscava explicar por meio de suas lendas tudo o que acontecia ao seu redor, numa espécie de veneração e respeito. Dessa maneira, para eles, a mandioca nasceu primeiramente do túmulo de Mani. Origem da mandioca Há muito tempo, numa tribo indígena, nasceu uma linda indiazinha. Seu nascimento foi um verdadeiro mistério, pois o pai e a mãe ficaram espantados com a pele branquinha da menina. O nome da menina era Mani. Ela era linda, muito quieta, comia e bebia muito pouco. Não queria brincar e não queria se alimentar. Foi então que sem nem ficar doente, ou sentir dor, Mani morreu. Como era o costume, Mani foi enterrada dentro de sua casa e, diariamente, a família regava o local. Um dia, brotou de seu túmulo uma planta que a tribo nunca havia visto e, por isso, deixaram-na crescer, florescer e dar frutos. Passado um tempo, a terra rachou onde havia a planta. Cavaram pouco e apareceram raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, os meninos índios. Mas a polpa era branquinha, quase da cor de Mani. Foi assim que os indígenas passaram a cultivar e se alimentar da mandioca, palavra que vem de MANI OCA: casa ou transformação de Mani.
Domínio público.
Orientações didáticas
Depois da leitura, propor às crianças algumas questões. Perguntar:
Enfatizar às crianças que a história de Mani explica a origem de um elemento da natureza − a mandioca. Ela é uma história, um relato oral sobre a origem fantástica de um alimento muito importante para os indígenas. A morte de Mani é cercada de mistério, pois ela não ficou doente. Perguntar à turma por que pode ser um mistério a morte da menina; depois conversar sobre a associação entre o mistério e o mito: a explicação da origem da mandioca associada ao inexplicável, a um acontecimento miraculoso.
Caso tenha trabalhado a lenda da mandioca e explorado elementos da cultura indígena pode-se perguntar quem joga peteca, quem gosta do jogo. Em seguida, explorar as informações a seguir: Peteca é um brinquedo infantil de origem indígena, muito popular no Brasil, e que vem ganhando adeptos em outros países. Em 1985, o esporte da peteca foi oficializado e teve suas regras codificadas. Para os jogos oficiais, a peteca é composta por discos de borracha sobrepostos com o diâmetro de 5 cm e possui quatro penas geralmente brancas, totalizando a altura de 20 cm. Já para a brincadeira das crianças, a base da peteca pode ser construída com os materiais mais inusitados: tecido ou couro cheio com areia, palha de milho, casca da bananeira e até papel e saco plástico.
Peteca feita de papel e plástico Material: Folhas de papel reaproveitadas: revistas velhas, jornais velhos ou folhas inutilizadas de cadernos dos anos anteriores Saco plástico Fita adesiva ou barbante Como montar a peteca: Amasse bem as folhas de papel e preencha o fundo do saco plástico com elas. Amarre a parte de cima do saco em volta de si mesma, prendendo-a com fita adesiva. Deixe um furo no meio. Espete pedaços compridos de papel no furo, como se fossem as penas da peteca. Como brincar: Dividir os jogadores em dois times, jogando a peteca de um lado para o outro, sem deixar cair. Se ela cair, o time adversário marca ponto. Variantes: Jogar peteca em roda, eliminando da brincadeira os jogadores que a deixarem cair, e aquele que ficar até o fim é o vencedor. Manter uma pessoa no meio da roda, espalmando a peteca para as demais. Quem deixar a peteca cair vai para o meio da roda, trocando com outro jogador.
Orientações didáticas
Solicitar, com antecedência aos responsáveis pelas crianças, que enviem os materiais necessários para a produção da peteca. Organizar a turma para construir as petecas. As crianças podem ser divididas em grupos, organizados em volta de uma mesa sobre a qual será produzida a peça. Orientar a confecção da peteca passo a passo auxiliando as crianças caso tenham alguma dificuldade. Essa vivência deve favorecer a concentração, a colaboração, habilidades manuais e a interação entre as crianças. Depois que a peteca estiver pronta é hora de brincar. Escolher um lugar aberto, onde a turma possa jogar sem perigo de o objeto tocar em fios, lâmpadas etc. Propor que experimentem brincar das duas maneiras descritas no texto: em grupos pequenos e numa roda maior. Estimular as crianças a rebater a peteca de maneiras diferentes: com a mão direita, com a mão esquerda, por cima da cabeça, na altura da cintura etc. Se acharem interessante, podem
estabelecer uma pontuação para o jogo; por exemplo, quem deixar cair ganha um ponto, por isso, quem fizer mais pontos perde. Chamar a atenção para essa variação, pois quem tem mais pontos será o perdedor. Ao final, conversar sobre o que acharam mais divertido e porquê. Essa brincadeira trabalha diversas habilidades, como agilidade, atenção, coordenação motora, espacialidade, condicionamento físico, concentração, força, entre outras.
As brincadeiras de roda, além de garantir entretenimento, favorecem o trabalho com a linguagem, o ritmo, a lateralidade, a convivência em grupo. É provável que a turma conheça a cantiga a seguir. Perguntar quem já brincou de roda cantando essa cantiga. Como é muito conhecida, as crianças podem perguntar em casa se seus familiares brincaram de roda com ela e do que se lembram com base nisso. Esse pode ser um meio de trabalhar a memória e as relações familiares. Cirandinha é a mais comum das cantigas de roda no Brasil. A ciranda (dança em roda) que se conhece no Brasil é resultado da mistura de danças indígenas, europeias e africanas praticadas por adultos. Ainda hoje temos as cirandas de adultos principalmente no Nordeste brasileiro, e o semelhante baile de fandango no Sudeste, além das danças em roda nas comunidades indígenas. Mas, entre as crianças, a dança, acompanhada de cantigas simples e repetitivas, ganhou imensa popularidade e se espalhou pelo país. Hoje dificilmente haverá quem não conheça os primeiros versos da cantiga Cirandinha , mesmo que o resto da cantiga tenha sofrido variações regionais. Cirandinha
Ciranda, cirandinha, Vamos todos cirandar, Vamos dar a meia-volta, Volta e meia vamos dar. O anel que tu me deste Era vidro e se quebrou, O amor que tu me tinhas Era pouco e se acabou. Por isso, [Fulano], agora Entre dentro desta roda, Diga um verso bem bonito, Diga adeus e vá embora.
Cantiga popular.
Como brincar: Organizar as crianças em círculo, de mãos dadas. Seguir as orientações da letra da música. Nos versos “Vamos dar a meia volta,/Volta e meia vamos dar”, rodar para o lado oposto. A criança citada vai até o centro da roda para declamar um poema ou uma parlenda ao fim da cantiga.
Waldomiro Neto Brincadeira de roda.
Orientações didáticas
Antes de promover a brincadeira, explorar os aspectos rítmicos e sonoros da cantiga. Pedir à turma para identificar os sons parecidos em cada estrofe (“cirandar” e “dar”; “quebrou” e “acabou”; “roda” e “embora”). Pedir também para cantarem batendo palmas para perceber o ritmo dela, que tem em geral duas sílabas fortes por verso (“Ciranda, cirandinha,/Vamos todos cirandar,/ Vamos dar a meia-volta,/ Volta e meia vamos dar [...]”). Explicar que sons parecidos em versos recebem o nome de rima. Solicitar que digam palavras que rimam. Passar então à brincadeira e organizar uma roda com toda a turma. Seria interessante se crianças de outras turmas integrassem a vivência. Perguntar a elas o que acham da ideia. Se aprovada, orientar que convidem as outras turmas e façam uma roda grande. Perguntar que outras cantigas de roda gostam de cantar e introduzi-las na brincadeira.
Orientações didáticas
Pedir às crianças para identificarem as rimas na parlenda. Pedir também que elas recitem a parlenda batendo palmas para perceberem o ritmo do texto. Perguntar sobre o que fala a parlenda – haveria um assunto? O que seria mais importante, o assunto ou a linguagem do texto? Por quê? Pedir que memorizem a parlenda e organizem dois grupos que deverão dizer a parlenda de cor. Sugerir formas de cada grupo declamar a parlenda: ou todos juntos ou uma parte para cada um. Levar outras parlendas para a classe (por exemplo, a do Macaco foi à feira , ou a de sequência de acontecimentos Cadê o toucinho que estava aqui?) e pedir à turma que comparem com a Hoje é domingo.
Os trava-línguas são uma expressão do folclore que explora, de maneira lúdica, as possibilidades rítmicas e sonoras da linguagem. Em geral, apresentam um desafio que favorece o trabalho com a identificação e a distinção de sons, de sílabas e de palavras, a oralidade, a interação, já que se trata de uma brincadeira em que um texto de fato pode “travar a língua” pelas dificuldades que as sequências sonoras impõem à pronúncia. Antes de comentar as informações da introdução, a seguir, para ler o trava-língua aqui proposto, brincar com as crianças e ler outro texto desse gênero bem rapidamente para elas, perguntando quem entendeu todas as palavras. Então passar a comentar as informações da introdução. Trava-línguas são pequenos versos ou quadrinhas feitos para declamação rápida, e as crianças aprendem apenas ouvindo-os.
Sapo no saco
Olha o sapo dentro do saco,
O saco com o sapo dentro,
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.
Quadrinha popular.
Waldomiro Neto Representação artística da quadrinha Sapo no saco.
Orientações didáticas
Pedir às crianças para memorizarem e repetirem o trava-língua, elas devem repetir em velocidades diferentes e observar a diferença que os diversos ritmos de leitura produzem. Depois, perguntar:
Solicitar também que identifiquem os sons que se repetem: as sílabas “sa” e “pa”, a insistência na repetição da vogal “a”, aberta, que imprime sonoridade específica no trava-língua, a consoante “p” em “papo”, “sapo”, a rima de “dentro” e “vento”. Pedir aos responsáveis pelas crianças que, em casa, pesquisem outros trava-línguas. Eles devem ajudar as crianças a registrar e memorizar um trava-língua para que ela possa compartilhar com os colegas na sala de aula.
algumas das mais tradicionais cantigas de festa junina que podem ser exploradas em sala de aula como forma de ampliar o repertório cultural da turma. Organizar a dança com a turma selecionando os pares. Se houver um número maior de meninos ou de meninas, estudar com todos como montar: dançar a três, ou duas meninas ou dois meninos. As crianças devem, antes, escolher as músicas que irão acompanhar a quadrilha. Fazer uma apresentação aos responsáveis e/ou à comunidade escolar favorece a integração e costuma ser muito motivador para as crianças.
Amarelinha é uma brincadeira muito popular no Brasil, em que crianças pulam, com o apoio de uma só perna, as casas, geralmente numeradas, de uma figura desenhada no chão. O nome da brincadeira surgiu da palavra francesa marelle (que significa pedaço de madeira, peão ou jogo com o peão). Além de “amarelinha”, é conhecida no Brasil também pelos nomes: macaca, como em Portugal, maré, sapata, avião, academia ou cademia. A amarelinha possui várias versões tanto nas regras como no formato do desenho (quadrado, em forma de trajeto até o “céu”, caracol). Também pode variar o objeto para acertar as casas, como uma pedrinha achatada, um toco, uma moeda, uma tampinha, entre outros. Depois de ler a introdução, explorar a variedade de nomes da amarelinha mostrando como diferentes culturas podem atribuir diferentes nomes à mesma brincadeira. Qual a relação de marelle com a brincadeira? Por que se chamaria macaca? Sapata? Marelle é o nome francês para a pedra ou o pedaço de madeira com que se pratica a brincadeira. Lembrar que ela exige que se pule em um pé só; daí, talvez, o nome “macaca” (que pula muito) e “sapata” (sapata é como se nomeia um sapato mais simples ou chinelo em algumas regiões do Brasil; gasta-se muito calçado no movimento que a brincadeira exige). Como pode ser jogada de diferentes maneiras, perguntar se alguém já brincou e como brincou de amarelinha. Ao descrever, as crianças estarão trabalhando a oralidade.
Ilustra Cartoon Brincadeira amarelinha.
Como brincar: Desenhar no chão com giz (ou riscar no chão de terra ou areia) um percurso contendo dez casas para as crianças pularem, intercalando assim: a primeira, com o número 1, sozinha; depois, as de número 2 e 3 formando um par; o número 4 também numa casa isolada; e assim por diante, até o número 10. No final, desenhar um círculo grande, que é a casa chamada “céu”. Cada criança, em sua vez de jogar, deve começar atirando a pedra na casa do número 1. Ela deverá pisar em todas as casas da amarelinha, menos a que tem a pedrinha, sendo sempre um pé em cada uma delas. Ao chegar ao “céu”, o jogador fará o percurso de volta, se equilibrando para pegar a pedrinha. Perde a vez se pisar na casa que tem a pedrinha, se cair ou se esquecer de pegá-la.
BELLINGHAUSEN, Ingrid Biesemeyer. Personagens encantados. 2. ed. São Paulo: DCL,