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Matéria Seitas e Heresias - Teologia, Transcrições de Religião

Matéria Seitas e Heresias - Teologia

Tipologia: Transcrições

2019

Compartilhado em 11/09/2019

robsonoliveiracosta
robsonoliveiracosta 🇧🇷

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FEST – Filemom Escola Superior de Teologia
“Formando Obreiros Aprovados”
SEITAS
E
HERESIAS
Um sinal do m dos tempos
Sumário
Introdução...........................................................................7
1. O Catolicismo Romano.................................................11
2. O Espiritismo................................................................37
3. O Adventismo do 1- Dia...............................................65
4. As Testemunhas-de-jeová..............................................77
5. O Mormonismo...........................................................101
6. O Evolucionismo.........................................................117
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BERABA – MG – Filemom Escola Superior de Teologia
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FEST – Filemom Escola Superior de Teologia “Formando Obreiros Aprovados”

SEITAS

E

HERESIAS

Um sinal do fim dos tempos

Sumári o

Introdução...........................................................................

  1. O Catolicismo Romano.................................................
  2. O Espiritismo................................................................
  3. O Adventismo do 1- Dia...............................................
  4. As Testemunhas-de-jeová..............................................
  5. O Mormonismo...........................................................
  6. O Evolucionismo.........................................................

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  1. O Neomodernismo Teológico.....................................
  2. A Congregação Cristã no Brasil.................................. 141
  3. Só Jesus.......................................................................
  4. OTeosofismo............................................................ 11. O Comunismo Marxista............................................
  5. O Racionalismo Cristão............................................ 181
  6. AMaçonaria..............................................................
  7. Outras Seitas e "Ismos" Modernos........................... Bibliografia.....................................................................

Babel, fonte de inspiração das seitas falsas e heresias em todos os tempos

Introdução

Heresia deriva da palavra grega háiresis e significa: "esco^ 0 01 F lha", "seleção", "preferência". Daí surgiu a palavra seita, por efei^ 0 01 F to de semântica. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião. Em resumo, é o abandono da verdade. O termo háiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Coríntios 11.9; Gálatas 5.20 e 2 Pedro 2.1. O estudo da heresiologia é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versículos do capítulo quatro da sua primeira epístola a Timóteo, escreve:

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I

O Catolicismo Romano Até há bem pouco tempo, os melhores livros escritos sobre seitas e heresias não incluíam a Igreja Católica Romana no seu esquema de estudos, talvez devido ao fato de grande parte deles terem sido escritos em países onde essa igreja não exercia suficiente influência para ser notada como tal. Não é esse o caso do Brasil, onde a grande maioria dos membros de nossas igrejas, teoricamente, veio do catolicismo romano, já que essa igreja é ma^ 0 01 F joritária (pelo menos nominalmente) em nossa pátria desde o seu descobrimento, em 1500.

I. RESUMO HISTÓRICO DO CATOLICISMO A Igreja Católica menciona o ano 33 d.C. como a data da sua fundação. Isto vem do fato de que toda ramificação do Cristianis 0 01 Fmo costuma ligar a sua origem à Igreja fundada por Jesus Cristo. Porém, quanto ao desenvolvimento da organização eclesiástica e doutrinária da Igreja Romana, é muito difícil fixar com exatidão a data de sua fundação, porque o seu afastamento das doutrinas bíblicas deu-se paulatinamente.

1.1. Começo da Degeneração Durante os primeiros três séculos da Era Cristã, a perseguição à Igreja verdadeira ajudou a manter a sua pureza, preservando-a de líderes maus e ambiciosos. Nessa época, ser cristão significava um grande desafio, e aqueles que fielmente seguiam a Cristo sabi 0 01 Fam

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que tinham suas cabeças a prêmio, pois eram rejeitados e per^ 0 01 F seguidos pelos poderosos. Só os realmente salvos se dispunham a pagar esse preço. Graças à tenacidade e coragem dos Pais da Igreja e dos famo^ 0 01 F sos apologistas cristãos, o combate da Igreja às heresias que surgi^ 0 01 F ram nessa época resultou numa expressão mais clara da teologia cristã. Quando os imperadores propuseram-se a exterminar a Igre^ 0 01 F ja Cristã, só os que estavam dispostos a renunciar o paganismo e a sofrer o martírio declaravam sua fé em Deus. Logo no início do século IV, Constantino ascendeu ao posto de imperador. Isso parecia ser o triunfo final do Cristianismo, mas, na realidade, produziu resultados desastrosos dentro da Igreja. Em 312, Constantino apoiou o Cristianismo e o fez religião oficial do Império Romano. Proclamando a si mesmo benfeitor do Cristia^ 0 01 F nismo, achou-se no direito de convocar um Concilio em Nicéia, para resolver certos problemas doutrinários gerados por determi^ 0 01 F nados segmentos da Igreja. Nesse Concilio foi estabelecido o cha 0 01 Fmado "Credo dos Apóstolos".

1.2. Causas da Decadência da Igreja A decadência doutrinária, moral e espiritual da Igreja come^ 0 01 F çou quando milhares de pessoas foram por ela batizadas e recebi^ 0 01 F das como membros, sem terem experimentado uma real conver^ 0 01 F são bíblica. Verdadeiros pagãos que eram, introduziram-se no seio da Igreja trazendo consigo os seus deuses, que, segundo eles, eram o mesmo Deus adorado pelos cristãos. Nesse tempo, homens ambiciosos e sem o temor de Deus co^ 0 01 F meçaram a buscar posições na Igreja como meio de obter influên^ 0 01 F cia social e política, ou para gozar dos privilégios e do sustento que o Estado garantia a tantos quantos fizessem parte do clero. Deste modo, o formalismo e as crenças pagas iam-se infiltrando na Igreja até o nível de paganizá-la completamente.

1.3. Raízes do Papado e da Mariolatria Desde o ano 200 a.C. até o ano 276 da nossa Era, os impera^ 0 01 F dores romanos haviam ocupado o posto e o título de Sumo Pontí^ 0 01 F fice da Ordem Babilônica. Depois que o imperador Graciano se negara a liderar essa religião não-cristã, Dâmaso, bispo da Igreja Cristã em Roma, foi nomeado para esse cargo no ano 378. Uni 0 01 Fram- se assim numa só pessoa todas as funções dum sumo sacer 0 01 Fdote apóstata e os poderes de um bispo cristão. Imediatamente depois deste acontecimento, começou-se a pro^ 0 01 F mover a adoração a Maria como a Rainha do Céu e a Mãe de Deus. Daí procederam todos os absurdos romanistas quanto à hu^ 0 01 F milde pessoa de Maria, a mãe do Salvador.

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VI 593 O dogma do Purgatório começa a ser ensinado. VI 600 O latim passa a ser usado como língua oficial nas VI celebrações litúrgicas. VII 609 Começo histórico do papado. VIII 758 A confissão auricular é introduzida na igreja por re^ 0 01 F ligiosos do Oriente. VIII 789 Início do culto das imagens e das relíquias. IX 819 A festa da Assunção de Maria é observada pela pri^ 0 01 F meira vez. IX 880 Canonização dos santos. X 998 Estabelecimento do Dia de Finados. X 998 Quaresma. X 1000 Cânon da Missa. XI 1074 Proíbe-se o casamento para os sacerdotes. XI 1075 Os sacerdotes casados devem divorciar-se, compulsoriamente, cada um de sua esposa. XI 1095 Indulgências plenárias. XI 1100 Introduzem-se na igreja o pagamento da missa e o culto aos anjos. XI 1115 A confissão é transformada em artigo de fé. XII 1025 Entre os cônegos de Lião aparecem as primeiras idéi^ 0 01 F as da Imaculada Conceição de Maria. XII 1160 Estabelecidos os 7 sacramentos. XII 1186 O Concilio de Verona estabelece a "Santa Inquisição". XII 1190 Estabelecida a venda de indulgências. XII 1200 Uso do rosário por São Domingos, chefe da inquisição. XII 1215 A transubstanciação é transformada em artigo de fé. XIII 1220 Adoração à hóstia. XIII 1226 Introduz-se a elevação da hóstia. XIII 1229 Proíbe-se aos leigos a leitura da Bíblia. XIII 1264 Festa do Sagrado Coração. XIII 1303 A Igreja Católica Apostólica Romana é proclamada como sendo a única verdadeira, e somente nela o homem pode encontrar a salvação... XIV 1311 Procissão do Santíssimo Sacramento e a oração da Ave-Maria. XIV XV 1414 Definição da comunhão com um só elemento, a hós^ 0 01 F tia. O uso do cálice fica restrito ao sacerdote.

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XV 1439 Os 7 sacramentos e o dogma do Purgatório são trans^ 0 01 F formados em artigos de fé. XVI 1546 Conferida à Tradição autoridade igual a da Bíblia. XVI 1562 Declara-se que a missa é oferta propiciatória e con^ 0 01 F firma-se o culto aos santos. XVI 1573 É estabelecida a canonicidade dos livros apócrifos. XIX 1854 Definição do dogma da Imaculada Conceição de Maria. XIX 1864 Declaração da autoridade temporal do papa. XIX 1870 Declaração da infalibilidade papal. XX 1950 A assunção de Maria é transformada em artigo de fé.

Vale salientar que alguns dos dados aqui registrados são ape^ 0 01 F nas aproximados, pois muitas e muitas vezes as doutrinas eram discutidas, algumas durante séculos, antes de serem finalmente aceitas e promulgadas como artigos de fé, ou dogmas. Um exem^ 0 01 F plo disto é o dogma do Purgatório, introduzido na Igreja Romana em 593, mas só declarado artigo de fé no ano de 1439.

III. É PEDRO O FUNDAMENTO DA IGREJA? A Igreja Católica Romana considera o apóstolo Pedro como a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja. Para fundamentar esse ensino, apela, principalmente, para a passagem de Mateus 16.16-19: "E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem- aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as cha^ 0 01 F ves do Reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus". Dessa passagem, a Igreja Romana deriva o seguinte raciocínio: a. Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada. b. A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, só ele detém o poder de abrir a porta do Reino dos céus. c. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma. d. Toda autoridade foi conferida a Pedro até nossos dias, atra^ 0 01 F vés da linhagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo na Terra.

3.1. Uma Interpretação Absurda Partindo deste raciocínio, o padre Miguel Maria Giambelli põe o versículo 19 de Mateus 16 nos lábios de Jesus, da seguinte

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preciosa" (1 Pe 2.4). Todos os crentes são petros = blocos rochosos e moveis, "...vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espiri^ 0 01 F tuais, agradáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo" (1 Pe 2.5).

IV. O ALEGADO PRIMADO DE PEDRO Da interpretação doutrinária que a Igreja Católica Romana faz de Mateus 16.16-19, deriva outro grande erro: o ensino de que Jesus fez de Pedro o "Príncipe dos Apóstolos", pelo que veio a se tornar o primeiro bispo de Roma, do qual os papas, no decorrer dos séculos, são legítimos sucessores. Esteve Pedro em Roma alguma vez? Há uma opinião sobre uma remota possibilidade de que Pedro tenha estado em Roma. Oscar Cullman, teólogo alemão, escreve: "A primeira carta de Pedro... alude em sua saudação final (5.13) à estada de Pedro em Roma, ao falar de 'Babilônia' como lugar da comunidade que en^ 0 01 F via saudações, pois que a opinião mais provável é que 'Babilônia' designa Roma". Também Lietzmann, em sua obra Petrus and Paulus in Rome (Pedro e Paulo em Roma), assim se expressa sobre o assunto: "Mais importante, porém, é a debatida afirmação de que Pedro, no decurso de sua atividade missionária, tenha chegado a Roma e aí morrido como mártir. Visto que esta questão está inti 0 01 Fmamente relacionada com a pretensão romana ao primado, freqüentemente a polêmica confessional influi na discussão. A resposta a ela só pode ser fruto de pesquisa histórica desinteres 0 01 Fsada. Como, porém, ao lado das fontes neotestamentárias, vêm, em consideração, principalmente testemunhos extra e pós-canônicos da literatura cristã antiga, e, além disto, documentos litúrgicos posteriores, e ainda escavações recentes, esta questão não pode ser aqui discutida em todos os seus pormenores. Que 0 01 Fremos apenas lembrar que, até a segunda metade do século II, nenhum documento afirmava expressamente a estada e martírio de Pedro em Roma".

4.1. Pedro, um Papa Diferente Tenha ou não estado em Roma, o fato é que, se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos demais que apareceram até agora. Se não, vejamos: a. Pedro era financeiramente pobre (At 3.6). b. Pedro era casado (Mt 8.14,15). c. Pedro foi um homem humilde, pelo que não aceitou ser adorado pelo centurião Cornélio (At 10.25,26). d. Pedro foi um homem repreensível (Gl 2.11-14).

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É de estranhar que Tiago — e não Pedro, o "Príncipe dos Apóstolos", como ensina a teologia vaticana, fosse o pastor da comunidade cristã em Jerusalém (At 15). Se Pedro tivesse sido papa, cer^ 0 01 F tamente não teria aceito a orientação dos líderes da Igreja quanto à obra missionária (At 15.7). Se Pedro tivesse sido papa, a ordem das "colunas", conforme Paulo escreve em Gálatas 2.9, seria: "Cefas, Tiago e João", e não "Tiago, Cefas e João".

4.2. O Papa, um Pedro Diferente A própria história do papado é uma viva demonstração de que os papas jamais conseguiram provar serem sucessores do apóstolo Pedro, já que em nada se assemelham àquele inflamado, mas hu^ 0 01 F milde, servo do Senhor Jesus Cristo. Vejamos, por exemplo: a. Os papas são administradores de grandes fortunas da igreja. O clérigo José Maria Alegria, da Universidade Gregoriana de Roma, declarou, no final do ano de 1972, que o balanço financeiro do Vaticano dispunha de um ativo de um bilhão de dólares. b. Os papas são celibatários, isto é, não se casam, não obstante ensinarem que o casamento é um sacramento. c. Os papas freqüentemente aceitam a adoração dos homens. d. Os papas consideram-se infalíveis nas suas decisões e decretos.

V. O PURGATÓRIO A idéia do Purgatório tem suas raízes no budismo e em outros sistemas religiosos da antigüidade. Até a época do papa Gregório I, porém, o Purgatório não havia sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista. Esse papa adicionou o conceito de fogo purificador à crença, então corrente, de que havia um lugar entre o céu e o inferno, para onde eram enviadas as almas daqueles que não eram tão maus, a ponto de merecerem o inferno, mas também, não eram tão bons, a ponto de merecerem o céu. Assim, surgiu a crença de que o fogo do Purgatório tem poder de purificar a alma e todas as suas escóri^ 0 01 F as, até fazê-la apta a se encontrar com Deus.

5.1. Alegadas Razões Desse Dogma Buscando provar a existência do Purgatório, a Igreja Romana apela para algumas passagens bíblicas, das quais extrai apenas fal^ 0 01 F sas inferências, e nada mais. Entre os versículos preferidos, desta^ 0 01 F cam-se os seguintes:

  • "Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do ho^ 0 01 F mem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espíri^ 0 01 F to Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mt 12.32).

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5.4. Sufrágios pelos que se Acham no Purgatório Entre o que pode assistir aos que se encontram no Purgatório, há três atos que se destacam no ensino romanista, que são:

5.4.1. Orações pelos mortos E de se supor que a prática romanista de interceder pelos mor^ 0 01 F tos tenha-se gerado da falsa interpretação às seguintes palavras de Paulo: "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súpli^ 0 01 F cas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens" (1 Tm2.1).

5.4.2. Missas As missas são tidas como os principais recursos empregados em benefício das almas que estão no Purgatório, pois, segundo o ensino romanista, a missa beneficia não só a alma que sofre no Purgatório, como também acumula méritos àqueles que as mandam dizer.

5.4.3. Esmolas Dar esmolas com a intenção de aplicá-las nas necessidades da alma que pena no Purgatório "é jogar água nas chamas que a de^ 0 01 F voram". Pretende a Igreja Romana que, "exatamente como a água apaga o fogo mais violento, assim a esmola lava o pecado". Ainda sobre o Purgatório, o Concilio de Trento declarou: "Des^ 0 01 F de que a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo nos sagra^ 0 01 F dos escritos e pela antiga tradição dos Pais, tem ensinado nos san^ 0 01 F tos concílios, e ultimamente, neste Concilio Ecumênico, que há o Purgatório, e que as almas nele retidas são assistidas pelos sufrá^ 0 01 F gios das missas, este santo concilio ordena a todos os bispos que, diligentemente, se esforcem para que a salutar doutrina concernente ao Purgatório — transmitida a nós pelos veneráveis pais e sagra^ 0 01 F dos concílios — seja crida, sustentada, ensinada e pregada em toda parte pelos fiéis de Cristo" (Seção XXV).

5.5. Refutação O Purgatório não é somente uma fábula engenhosamente mon^ 0 01 F tada, mas a sua doutrina se constitui num vergonhoso sacrilégio à honra de Deus e num desrespeito à obra perfeita efetuada por Cristo na cruz do Calvário. Essa doutrina, além de absurda e cruel, supõe os seguintes disparates e blasfêmias:

  • Não obstante Deus declare que já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1), contudo, Ele se con^ 0 01 F tradiz a si mesmo quando lança o salvo no Purgatório, para expiar os pecados já purgados.
  • Deus não queima os seus filhos no Purgatório para satisfazer à sua justiça já satisfeita pelo sacrifício de Cristo, mas para satis^ 0 01 F fazer a si mesmo!

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  • Ao lançar seus filhos no Purgatório, Deus está com isto di^ 0 01 F zendo que o sacrifício do seu Filho foi imperfeito e insuficiente!
  • Jesus, que dos céus intercede pelos pecadores, vê-se impos^ 0 01 F sibilitado de livrar as almas que estão no Purgatório, porque só o papa possui a chave daquele cárcere!
  • Dizer que as almas expiam suas faltas no Purgatório é atri 0 01 Fbuir ao fogo o poder do sacrifício de Jesus, e ignorar completa^ 0 01 F mente a obra que Cristo efetuou no Gólgota!
  • Que o castigo do pecado fica para depois de perdoado! Estes disparates provêm dum erro da teologia vaticana, se^ 0 01 F gundo o qual a obra expiatória de Cristo satisfez a pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e não daqueles que foram cometidos posteriormente. Todas estas incoerências sobre o dogma do Purgatório estão em contradição com as seguintes afirmações bíblicas: a. Quanto à perfeita libertação do pecado (Jo 8.32,36). b. Quanto ao completo livramento do juízo vindouro (Jo 5.24). c. Quanto à completa justificação pela fé (Rm 5.1,2). d. Quanto à intercessão de Cristo (1 Jo 2.1). e. Quanto ao atual estado dos salvos mortos (Lc 23.43;Ap 14.13). f. Quanto à bem-aventurada esperança do salvo (Fp 1.21,23;2Co5.8). O que a Igreja Católica Romana chama "Purgatório", a Bíblia chama "Gehenna", ou "Inferno", lugar de suplício eterno, de onde aqueles que nele são lançados, jamais sairão (leia Lucas 16.19-31 e veja que nada poderá ser feito em favor daqueles infelizes que são lançados nesse lugar de terrível suplício). A esses está ordena^ 0 01 F do morrerem uma só vez, vindo depois disto o juízo (Hb 9.27), quando serão julgados e condenados ao Lago de Fogo. A salvação oferecida por Cristo é uma salvação perfeita e to^ 0 01 F tal, pois ela é o resultado da misericórdia de Deus e do sangue do seu amado Filho. "Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1.7,9). O purgatório do crente é o sangue de Jesus.

VI. A TRADIÇÃO E A BÍBLIA Em 1929, sobre a Bíblia, escreveu o padre Bernhard Conway: "A Bíblia não é a única fonte de fé, como Lutero en^ 0 01 F sinou no século XVI, porque, sem a interpretação de um apostolado divino e infalível, separado da Bíblia, jamais pode^ 0 01 F remos saber, com certeza, quais são os livros que constituem as Escrituras inspiradas, ou se as cópias

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"A questão da autoridade na Igreja Romana foi sempre uma dolorosa questão, mas a História revela que a sua tendência sem^ 0 01 F pre foi de flutuar de um para outro ponto, com propensão para fincar-se no papado. Esta foi a evolução da autoridade: das Escri^ 0 01 F turas para a Tradição, desta para a Igreja, da Igreja para o clero e deste para o papado que, em 1870, diria: A tradição sou eu" (Fé e Vida, maio de 1943).

6.2. Tradição, Traição ao Evangelho A Tradição da Igreja Romana é, sem dúvida alguma, um "ou^ 0 01 F tro evangelho" (Gl 1.8); antítese do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Ela não tinha lugar na igreja primitiva. O Evangelho só, contém "todo o conselho de Deus" (At 20.27), dispensando, por^ 0 01 F tanto, a tradição vaticana. Paulo, o maior escritor e doutrinador do Novo Testamento, cujo ministério estava fundamentado no Evangelho, falou sobre a suficiência deste quando escreveu: "Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, se^ 0 01 F gundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3,4, ênfase do autor). A Tradição não pode resistir a uma análise por parte de famo^ 0 01 F sos cristãos da antigüidade, tampouco diante das Escrituras. Cipriano, no século III, disse: "A tradição, sem a verdade, é o erro envelhecido". Tertuliano afirmou: "Cristo se intitulou a Verdade, mas não a tradição... Os hereges são vencidos com a Verdade e não com no^ 0 01 F vidades". No ano 450, disse Venâncio: "Inovações são coisas de hereges e não de crentes ortodoxos". Jerônimo, o tradutor da "Vulgata", tradução oficial da Bíblia usada pela Igreja Romana, escreveu: "As coisas que se inventam e se apresentam como tradições apostólicas, sem autoridade e teste^ 0 01 F munho das Escrituras, serão atingidas pela Espada de Deus". A Confissão de Fé de Westminster traz num dos seus decretos algo que os católicos deveriam ler e não esquecer, que diz: "O Supremo Juiz, pelo qual todas as controvérsias de religião são de^ 0 01 F terminadas e todos os decretos de concílios, opiniões de escritores antigos, doutrinas de homens e espíritos privados serão examina^ 0 01 F dos e cujas sentenças devemos acatar, não pode ser outro senão o Espírito Santo, falando através das Escrituras."

VII. A VIRGEM MARIA A essência da adoração na Igreja Católica Romana gira não em torno do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas da pessoa da Virgem Maria. No decorrer dos séculos as mais diferentes e absurdas crendi^ 0 01 F ces têm sido criadas em torno da humilde mãe do Salvador.

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7.1. A Teologia Mariana Decreta o Concilio Vaticano II: "Os fiéis devem venerar a memória primeiramente da gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo". Dentre as muitas declarações em torno de Maria, destacam-se as seguintes:

7.1.1. Concebida sem pecado "Daí não admira que nos Santos Padres prevalece o costume de chamar a Mãe de Deus toda santa, imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo e formada nova criatura" (Compêndio Vaticano II, p. 105).

7.1.2. Sempre virgem "Maria sempre foi virgem: Esta é doutrina tradicional da Igre0 01 F ja Católica. No entanto a grande maioria das Igrejas Protestantes afirma que Maria não guardou a sua virgindade e teve outros fi^ 0 01 F lhos além de Jesus" (A Igreja Católica e os Protestantes, p. 88).

7.1.3. Medianeira e intercessora "A Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Adjutriz, Medianeira" (Com^ 0 01 F pêndio Vaticano II, p. 109).

7.2. O Cúmulo do Absurdo Há alguns anos foi publicado na imprensa de uma capital lati^ 0 01 F no-americana um discurso de um cardeal católico-romano. O emi^ 0 01 F nente prelado recorda este sonho. Ele sonhou que estava na cidade celestial. Ouviu-se bater à porta. Foi comunicado a Deus que um pecador da Terra estava pedindo entrada. "Cumpriu ele as condi^ 0 01 F ções?" foi a pergunta. A resposta foi: "Não!" "Então não pode entrar", foi o veredicto. Nesse ponto, a virgem Maria, que estava sentada à direita do seu Filho, falou: "Se esta alma não entrar eu me ponho fora". A porta abriu-se e o pecador entrou.

7.3.0 Testemunho das Escrituras Invocando o testemunho das Escrituras, concluímos que:

7.3.1. Maria não foi concebida sem pecado O que a Bíblia declara é que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3.23). Só a respeito de Cristo é que pode ser dito: "Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus" (Hb 7.26).

7.3.2. Maria teve outros filhos Além de João 2.12, o Novo Testamento se refere aos irmãos de

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Calvário. "O apóstolo Paulo alerta os coríntios de que aquele pão e aquele vinho, após as palavras consagradas, não são mais pão e vinho comuns, mas são algo de misterioso que esconde o corpo sagrado de Jesus, e quem, portanto, se atrever e comer deste pão e beber deste vinho sem as devidas condições espirituais, comete uma pro^ 0 01 F fanação tão sacrílega que o torna réu de um crime contra o corpo e o sangue do Senhor Jesus. Daí porque São Paulo continua alertando os coríntios a tomarem muito a sério o ato de comer deste pão e beber deste cálice consagrado na eucaristia, porque quem os come e bebe sem crer firmemente que são corpo vivo de Cristo, e, por^ 0 01 F tanto, sem fazer distinção entre o pão comum da padaria e pão consagrado 'come e bebe sua própria condenação!'" (A Igreja Católica e os Protestantes, p. 27). Deste ensino deduz-se que Giambelli afirma:

a. Missa e santa ceia do Senhor são a mesma coisa. b. A missa renova o sacrifício do Calvário. c. O pão e o vinho usados na missa são transubstanciados no próprio corpo de Cristo no momento da celebração. d. Quem não diferençar o pão que é servido na missa do que é vendido na padaria, "come e bebe sua própria condenação".

8.2.0 Que Dizem as Escrituras Esse ensino é errado, portanto, contrário àquilo que as Escri^ 0 01 F turas Sagradas ensinam. O recurso que a Igreja Romana usa para confundir o significa^ 0 01 F do da expressão "... em memória..." com a palavra "... renovar", se constitui numa incoerência, primeiro à luz da Bíblia, e depois à luz da gramática. No Dicionário da Língua Portuguesa, de Augusto Miranda, a expressão "em memória" tem como sinônimo a ex^ 0 01 F pressão "em lembrança"; enquanto a palavra "renovar" tem como sinônimo a palavra "recompor". Portanto, uma nada tem a ver com a outra. Se a morte de um amigo nos vem à memória, isto não é a mesma coisa que renová-la. Existem vários versículos na Bíblia que falam da impossibilidade de se renovar o sacrifício de Cristo, entre os quais se destacam: Hebreus 7.26,27; 10.12-14; 1 Pedro 3.18 e Romanos 6.9.

8.3. O Problema da Transubstanciação Não há um só versículo nas Escrituras em apoio à tese do Concilio de Trento de que o pão e o vinho usados na missa, ao serem consagrados, tornam-se, ou transubstanciam-se, em Jesus, física e espiritualmente, assim como Ele está no céu. Veja, por exemplo: a. Mesmo após a ressurreição, não obstante gozando do

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privi0 01 F légio de um corpo espiritual, Jesus não bilocou-se, isto é, Ele não esteve em dois lugares ao mesmo tempo. Se estava em Emaús, não estava em Jerusalém. Ele estava num só lugar de cada vez. Como pretende, pois, a teologia vaticana provar que Jesus esteja fisica^ 0 01 F mente, tanto no céu como nas hóstias espalhadas nos sacrários dos templos católicos por todo o mundo? b. Quando Jesus diz: "E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt 28.10), Ele não sugere que estaria fisicamente através do pão e do vinho da missa, mas espiri^ 0 01 F tualmente, assim como esteve com Paulo, conforme Atos 18.9,10. c. O corpo de Cristo hoje na Terra não é o pão e o vinho usa^ 0 01 F dos na celebração da missa, mas a sua Igreja, conforme mostram as seguintes passagens bíblicas: 1 Coríntios 10.16,17; 12.27; Efésios 1.22,23; 4.15,16; 5.30. Outra prova de que missa e santa ceia do Senhor são cerimô^ 0 01 F nias diferentes, é que na missa os comungantes só tomam um ele^ 0 01 F mento (a hóstia) enquanto o vinho é tomado exclusivamente pelo padre celebrante, quando a ordem novitestamentária é: "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice" (1 Co 11.28).

IX. OS LIVROS APÓCRIFOS Muitas perguntas têm sido feitas e muitas questões têm sido levantadas quanto aos livros apócrifos. Os católicos chegam mesmo a afirmar que a Bíblia usada pelos evangélicos (aos quais cha^ 0 01 F mam "protestantes") é incompleta e falha por faltarem nela os li^ 0 01 F vros apócrifos. Muitos evangélicos, por sua vez, perguntam por que a nossa Bíblia não contém tais livros.

9.1. Definição de "Apócrifo" Empregamos aqui o termo apócrifo num sentido restrito, for^ 0 01 F çando um pouco o sentido original da palavra, e pondo de parte o caráter de certos escritos, aos quais o referido termo se aplica. A palavra "apócrifo", literalmente, significa "oculto". Porém, no decorrer dos tempos e em razão do uso, o termo já não tem o sen 0 01 Ftido de "oculto", mas de "espúrio", isto é, "não-puro". No tempo da Reforma, o termo "apócrifo" foi definitivamente aplicado a esses livros não-canônicos contidos na Vulgata, pois não faziam parte do cânon hebraico. Seu significado oposto ao termo "canônico" acarretou, para esses livros, o desprezo que se sentia pela literatura apocalíptica e oculta, tanto judaica como cristã- judaica.

9.2. Relação dos Apócrifos O número de livros apócrifos vai muito além daqueles que a

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