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O equipamento que converte energia elétrica (relacionada com tensão e corrente) em energia mecânica (torque, rotação) é denominado MOTOR ELÉTRICO. Ao contrário, ...
Tipologia: Notas de estudo
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Máquinas Elétricas II Prof. Dr. Falcondes J. M. Seixas
Fig. 1.2 - Exemplos de máquinas motrizes.
2 – Principais Tipos de Máquinas Elétricas
Máquina Síncrona : Não possui torque de partida, portanto é usada normalmente como
gerador. Apresenta velocidade constante, para freqüência constante. O sistema de
excitação, geralmente montado no rotor, requer alimentação em corrente contínua.
Pode ser usada para corrigir fator de potência no sistema elétrico quando opera na
região de sobre-excitação. É um equipamento de alto custo e sujeito a manutenção
periódica.
Máquina de Corrente Contínua : Possibilita grande variação de velocidade, com comando
muito simples. Também requer fonte de corrente contínua para alimentação do
circuito de excitação, que geralmente é montado no estator. Utiliza escovas e
comutador, resultando em altos custos construtivos e com manutenção. Opera muito
bem como gerador ou como motor.
Máquina de Indução : Opera normalmente como motor e pode ser trifásica ou monofásica
(bifásica). Possui torque de partida, que no caso monofásico é obtido por artifícios
especiais. Dispensa fonte CC, sendo robusta, versátil e de baixo custo. É encontrada
tanto em grandes potências quanto para potências fracionárias. Como não utiliza
escovas, requer pouca manutenção.
Máquinas Elétricas II Prof. Dr. Falcondes J. M. Seixas
3 – Aspectos Construtivos
Rotor – é a parte girante da máquina e constituída basicamente por um eixo, por um circuito
magnético e por um ou mais enrolamentos. É comum possuir também um ventilador
para bombear para fora o calor gerado internamente;
Estator – é a parte estática da máquina, composta de um circuito magnético e um ou mais
enrolamentos;
Carcaça – serve como suporte para o rotor e o estator. Nas máquinas CC a carcaça faz parte
do circuito magnético do estator.
partes:
Indutor ou Campo – responsável pela magnetização do circuito magnético da máquina;
Induzido ou Armadura – é o local onde ocorre a conversão eletromecânica de energia.
4 – Conceitos Básicos
Pólo Magnético – É a região do entreferro na qual o fluxo magnético tem um determinado
sentido. As linhas de campo “deixam” um pólo norte e “entram” no pólo sul, como mostrado
na Figura 1.3. Assim, a um pólo norte do estator corresponde um pólo sul do rotor. O número
de pólos de qualquer máquina é necessariamente par, já que as linhas de campo magnético são
fechadas.
Fig. 1.3 – Pólos magnéticos.
Graus Elétricos e Graus Mecânicos – Por definição, um par de pólos corresponde a 360º
elétricos ou 2π radianos elétricos. A Figura 1.4 representa esta definição.
Máquina de dois pólos Máquina de quatro pólos
Fig. 1.4 – Graus elétricos e graus mecânicos.
Assim, elétrico
o mecânico
o ( 1 ) = (P 2 )
180º mec = 180º el 90º mec = 180º el
Máquinas Elétricas II Prof. Dr. Falcondes J. M. Seixas
i I H H
i 0 H 0
2 2
1 1
ωt = 0
i
i
2 2
1 1
ωt = π/4 (45º)
i 0 H 0
i I H H
2 2
1 1 r
ωt = π/2 (90º)
2 2 r
1 1
i I H H
i 0 H 0
ωt = π (180º)
i 0 H 0
i I H H
2 2
1 1 r
= → =
ωt = 3π/2 (270º)
Portanto, o campo resultante possui módulo constante e igual a Hr e gira com
velocidade ω , denominada velocidade síncrona. Neste caso, o giro é no sentido anti-horário.
Mostre que, invertendo-se o sentido de uma das correntes, por exemplo
Exercício:
i I sen( t 90 º ) 2 = ⋅ ω+ ,
inverte-se o sentido do campo girante.
H 1
H (^) r
H 2
H (^) r
H (^) r
H 1
H (^) r
H 1
H 2
H 2
H (^) r
Máquinas Elétricas II Prof. Dr. Falcondes J. M. Seixas
Sistema Trifásico
Para o sistema trifásico mostrado na Figura 1.7, consideram-se três bobinas defasadas
de 120ºel no espaço e conduzindo correntes defasadas 120ºel no tempo. Assumindo seqüência
positiva, tem-se:
i I sen( t 120 º )
i I sen( t 120 º)
i I sen( t)
c
b
a
= ⋅ ω +
= ⋅ ω−
= ⋅ ω
Fig. 1.7 – Sistema trifásico.
Pode-se escrever:
H H sen( t 120 º )
H H sen( t 120 º)
H H sen( t)
c
b
a
= ⋅ ω +
= ⋅ ω−
= ⋅ ω
Tanto as correntes como as intensidades de campo magnético, que são proporcionais,
podem ser representadas pela Figura 1.8, em função do tempo.
Fig. 1.8 – Sistema trifásico – representação no tempo.
A verificação gráfica do campo girante pode ser feita considerando-se alguns
instantes, durante um período da rede.
i, H
-H
Ha
H Hb Hc
π (^2) π
ωt
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Observa-se que o campo resultante possui módulo constante e gira com velocidade
angular S ω. Neste caso, o campo gira em sentido horário.
O módulo de Hr pode ser calculado aplicando-se a lei dos cossenos em qualquer um
dos diagramas fasoriais anteriores.
Sendo H o valor máximo do campo em cada fase, tem-se:
H cos 60 º 2
2 2
2 r + ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅
2 2 2 r = ⋅ + ⋅ ⋅
H (^) r = ⋅
O campo resultante completa 360ºel a cada período da corrente. Assim, para uma
máquina de dois pólos (onde um grau elétrico é equivalente a um grau mecânico) o campo
resultante dá uma volta a cada período. Para uma máquina de p pólos, o campo resultante dá
uma volta completa (360ºmec) a cada p/2 ciclos da corrente da rede.
A velocidade do campo girante (velocidade síncrona) pode ser expressa como:
2 f S ω = ⋅π⋅ [rad el / s]
Em termos mecânicos,
p/ 2
2 f S
⋅π ⋅ ω = [rad mec / s]
Ou ainda,
s
rad
2 rad
1 rot
1 min
60 s
p/ 2
2 f S ⋅
⋅π
⋅π⋅ ω =
Finalmente,
p
120 f S
ω = rpm
Exercícios:
sentido de giro do campo girante.
por um sistema bifásico de correntes a três fios (defasadas de 90ºel) há a produção
de campo girante. A amplitude resultante é constante? Considere o ponto médio do
sistema bifásico conectado ao centro estrela da máquina.
H (^) r
⋅ H 2
3
⋅ H 2
3
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A U L A 2
6 – Noções sobre Construção dos Enrolamentos do Estator
Camada Única:
É o enrolamento em que cada ranhura é totalmente ocupada por um único lado de
bobina.
Os tipos mais comuns são:
Camada Dupla:
É o tipo de enrolamento mais comumente encontrado nas máquinas trifásicas. Sua
diferença construtiva em relação ao enrolamento de camada única está no fato de que, cada
ranhura, é ocupada por dois lados de bobinas.
São dois os principais tipos de enrolamentos de camada dupla:
<180ºel)
O passo fracionário, que é mais usado, melhora as características elétricas da máquina.
Camada única: Para facilitar o projeto do enrolamento, algumas definições são necessárias:
Númerode polos
Númeroderanhurasdoestator
r τ p = =
P m
q
r
⋅
= onde “ m ” é o número de fases
k = m ⋅ (para a máquina trifásica, k = 3 x número de pares de pólos)
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Marque os sentidos das correntes nos condutores do estator em cada instante, desenhe
as linhas de campo e o campo magnético resultante:
Exemplo 2:
Realize a representação dos enrolamentos de uma máquina trifásica de 4 pólos.
Considere um enrolamento imbricado com Nr = 24 ranhuras.
N (^) r p τ = = = 6 ranhuras para um passo polar (180ºel)
O passo polar também pode ser expresso como: τp = 1:7 (entra
na ranhura 1 e volta na 7)
P m
q
r
⋅
= = 2 ranhuras / pólo / fase
k = m ⋅ = ⋅ = 6 grupos de bobinas (total do estator)
6 ranhuras =180ºel
1 ranhura =? 1 ranhura = 30ºel
30ºel = 1 ranhura
120ºel =? 120ºel = 4 ranhuras
1 2 3 4 5 6
7
8
9
10
11
12
1 2 3 4 5 6
7
8
9
10
11
12
1 2 3 4 5 6
7
8
9
10
11
12 1 2 3 4 5 6
7
8
9
10
11
12
ωt=
o
(i (^) a =0, i (^) b<0, i (^) c>0)
1 2 3 4 5 6
7
8
9
10
11
12 1 2 3 4 5 6
7
8
9
10
11
12
ωt= 60 º (i (^) a >0, i (^) b<0, i (^) c=0)
ωt= 120 º (i (^) a >0, i (^) b=0, i (^) c<0)
ωt=240º (i (^) a <0, i (^) b>0, i (^) c=0)
ωt=300º (i (^) a <0, i (^) b=0, i (^) c>0)
ωt=180º (i (^) a =0, i (^) b>0, i (^) c<0)
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Exemplo 3:
Construir um enrolamento concêntrico de camada única para o estator de uma
máquina trifásica de 2 pólos com Nr = 12 ranhuras.
r τ (^) p = = = 6 ranhuras para um passo polar (180ºel)
O passo polar também pode ser expresso como: τp = 1:6:
ωt= 180
o (i (^) a=0, i (^) b>0, i (^) c<0) ωt= 240 º (i (^) a<0, i (^) b>0, i (^) c=0) ωt=300º (i (^) a<0, i (^) b=0, i (^) c>0)
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
ωt= o (i (^) a =0, i (^) b<0, i (^) c>0) ωt= 60 º (ia >0, i (^) b<0, i (^) c=0) ωt= 120 º (i (^) a>0, i (^) b=0, i (^) c<0)
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
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Camada Dupla
Procedimento:
N (^) r p τ =
P m
q
r
⋅
k = m ⋅ P
e p τ <τ
Exemplo 5:
Construir um enrolamento imbricado de camada dupla para o estator de uma máquina
trifásica de 12 terminais, 2 pólos, com Nr = 24 ranhuras e passo encurtado τe = 8 ranhuras (τe
= 1:9).
r p τ = =12 ranhuras.
P m
q
r
⋅
= =4 ranhuras / pólo / fase.
k = m ⋅ P =6 grupos de bobinas
12 ranhuras = 180ºel
1 ranhura =? 1 ranhura = 15ºel
15ºel = 1 ranhura
120ºel =? 120ºel = 8 ranhuras
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Faça uma representação das bobinas de cada fase em cada estator (pinte as ranhuras):
Ranhuras da fase a Ranhuras da fase b^ Ranhuras da fase c
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
12
2
4
6
8
14 10
16
18
20
22
24
12
2
4
6
8
14 10
16
18
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22
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Traçando 0 H ou ℑ em função da posição θ , tem-se a distribuição de f.m.m. mostrada
na Figura 1.10.
Fig. 1.10 – Distribuição da f.m.m. no entreferro.
A onda de f.m.m da fase “ a ”, chamada aqui de a ℑ pode ser escrita através de uma
série de Fourier.
( ) (^) ∑
=
n
k
a a^ ak senk bk k 1
As bobinas das fases b e c são idênticas à da fase a e estão espaçadas de 120º el..
Assim,
( )
a
( )
⋅ θ− + ⋅ θ− + ⋅ θ− + π
ℑ θ= sen 5 ( 120 º) 5
sen 3 ( 120 º) 3
sen( 120 º)
b
( )
⋅ θ+ + ⋅ θ+ + ⋅ θ+ + π
ℑ θ= sen 5 ( 120 º) 5
sen 3 ( 120 º) 3
sen( 120 º)
c
Se as corrente das fases a , b e c são variáveis e estão defasadas de 120º el. no tempo,
ou seja:
ω α
ω α
ω α
i I sen t
i I sen t
i I sen t
c
b
a
Então, a f.m.m resultante no entreferro, em função de θ e t , vale:
ℑ e (θ , t ) =ℑ a (θ , t ) +ℑ b (θ , t ) +ℑ c ( θ , t )
Substitua a corrente contínua “I” presente nas equações de
Exercício:
a ,^
b e^
c
pelas respectivas correntes das fases i (^) a , i (^) b e i (^) c , defasadas de 120º, e encontre a expressão da
Ho ou F
N.I
- N.I
Norte Norte
Sul Sul
0 π 2π 3π 4π θ
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Componentes Harmônicas
Fundamental: ( ) (^) cos( )
1 , θ ω^ α π
θ ⋅ ⋅ ⋅ − −
ℑ t = N I t
3ª ordem: ( (^) ,) (^0) ℑ 3 θ t =
5ª ordem: ( ) cos( 5 )
5
5
ℑ t =− N I t
7ª ordem: ( ) N I cos( 7 t )
7
,t 7 ⋅ ⋅ ⋅ θ−ω−α ⋅π
ℑ θ =
9ª ordem: ( ,) 0 9 ℑ θ t =
11ª ordem: ( ) cos( 11 )
11
ℑ t =− N I t
13ª ordem: ( ) N I cos( 13 t )
13
13 ,t ⋅ ⋅ ⋅ θ−ω−α ⋅π
ℑ θ =
15ª ordem: ℑ 15 ( θ , t ) = 0
A f.m.m total é a soma de todas as componentes harmônicas, sendo que as
componentes pares e múltiplas de três são nulas.
ℑ ( θ , t ) =ℑ 1 (θ , t ) +ℑ 5 (θ , t ) +ℑ 7 (θ , t ) +ℑ 11 ( θ , t ) +
( ) cos( )
ℑ t = N I t
Esta componente é uma função cossenoidal no espaço e no tempo, como representado
na Figura 1.11.
Fig. 1.11 – Distribuição cosseinodal da f.m.m.
A distribuição de f.m.m ao longo do entreferro é cossenoidal, para um dado instante.
1 ℑ θ, t é constante, observa-se que isto somente ocorrerá se
( θ − ω t − α)for constante. Derivando, tem-se: