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Uma visão geral das máquinas de fluxo, suas classificações, exemplos, características e demandas de energia, além de discutir o rendimento da bomba e as curvas características. Destinado ao curso de engenharia de produção da universidade itajubá.
Tipologia: Notas de aula
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Máquinas de Fluxo
Nas máquinas de deslocamento a energia transferida é substancialmente de pressão , sendo que a energia cinética transferida é muito pequena, podendo ser desprezada.
Em função do princípio de deslocamento utilizado, existem diversos tipos construtivos de máquinas, que podem ser agrupados dentro dos princípios de deslocamento por engrenagens, palhetas, pistões e parafusos.
As máquinas de deslocamento possuem algumas características marcantes:
São exemplos de máquinas de deslocamento:
Fluido de trabalho Designação líquido bomba de engrenagens, de cavidade progressiva, de parafuso gás (neutro) compressor alternativo, compressor rotativo vapor (freon, amônia, etc) compressor alternativo, compressor rotativo gás de combustão motor alternativo de pistão
As máquinas de fluxo podem ser classificadas:
A Figura 1, a seguir, esquematiza essa classificação.
Máquinas de Fluxo
Figura 1 – Classificação das máquinas de fluxo segundo o sentido de transformação de energia
(a) (b) (c)
Figura 2 – Classificação das máquinas de fluxo segundo a direção do escoamento de fluido
As máquinas de fluxo podem ser classificadas em:
Máquinas de Fluxo
As máquinas de deslocamento podem ser classificadas em:
diretamente de um pistão ou êmbolo ou de uma membrana flexível (diafragma), conforme Figura 5. Podem ser:
provenientes de uma ou mais peças dotadas de movimento rotativo que, comunicando energia de pressão, provocam seu escoamento, conforme Figuras 6, 7 e 8. Podem ser:
Figura 5 – Máquinas de deslocamento alternativa de êmbolo ou pistão
Máquinas de Fluxo
Figura 6 – Máquinas de deslocamento rotativa de parafuso
Máquinas de Fluxo
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que fornecem energia ao líquido com a finalidade de transportá-lo de um ponto a outro. Normalmente recebem energia mecânica e a transformam em energia de pressão e cinética ou em ambas.
As bombas podem ser classificadas em duas categorias, a saber:
São exemplos de bombas rotodinâmicas as conhecidíssimas bombas centrífugas e de bombas volumétricas as de êmbolo ou alternativas e as rotativas.
A literatura técnica sobre classificação de bombas é muito variada, havendo diferentes interpretações conceituais. Aqui apresentamos uma classificação geral que traduz, a partir de pesquisas bibliográficas e textos comerciais, uma visão sobre o assunto.
o baixa pressão (H < 15 mca); o média pressão (15 < H < 50 mca); o alta pressão (H > 50 mca).
Máquinas de Fluxo
(OBS: Para recalque de esgotos sanitários, por exemplo, os limites superiores podem ser significativamente menores.)
o radial ou centrífuga pura , quando o movimento do líquido é na direção normal ao eixo da bomba (empregadas para pequenas e médias descargas e para qualquer altura manométrica, porém caem de rendimento para grandes vazões e pequenas alturas além de serem de grandes dimensões nestas condições), como mostra a Figura 9; o diagonal ou de fluxo misto , quando o movimento do líquido é na direção inclinada em relação ao eixo da bomba (empregadas em grandes vazões e pequenas e médias alturas, estruturalmente caracterizam-se por serem bombas de fabricação muito complexa); o axial ou helicoidais , quando o escoamento desenvolve-se de forma paralela ao eixo e são especificadas para grandes vazões - dezenas de m^3 /s - e médias alturas - até 40 m, como mostra a Figura 10.
Figura 9 – Bomba centrífuga radial
Máquinas de Fluxo
o aberto - para bombeamentos de águas residuárias ou bruta de má qualidade; o semi-aberto ou semi-fechado - para recalques de água bruta sedimentada; o fechado - para água tratada ou potável.
Figura 11 – Tipos de rotores
o estágio único ; o múltiplos estágios - este recurso reduz as dimensões e melhora o rendimento, sendo empregadas para médias e grandes alturas manométricas como, por exemplo, na alimentação de caldeiras e na captação em poços profundos de águas e de petróleo, podendo trabalhar até com pressões superiores a 200 kg/cm^2 , de acordo com a quantidade de estágios da bomba.
o sucção única, aspiração simples ou unilateral - mais comuns; o sucção dupla, aspiração dupla ou bilateral - para médias e grandes vazões.
o sucção axial - maioria das bombas de baixa e média capacidades; o sucção lateral - bombas de média e alta capacidades; o sucção de topo - situações especiais; o sucção inferior - bombas especiais.
o de topo - pequenas e médias; o lateral - grandes vazões; o inclinada - situações especiais. o vertical - situações especiais.
Máquinas de Fluxo
o baixa rotação - n < 500rpm; o média rotação - 500 < n < 1800rpm; o alta rotação - n > 1800rpm.
OBS: As velocidades de rotação tendem a serem menores com o crescimento das vazões de projeto, em função do peso do líquido a ser deslocado na unidade de tempo. Pequenos equipamentos, trabalhando com água limpa, têm velocidades da ordem de 3200rpm. Para recalques de esgotos sanitários, por exemplo, em virtude da sujeira abrasiva na massa líquida, os limites superiores podem ser significativamente menores: n < 1200rpm.
o submersas - em geral empregadas onde há limitações no espaço físico, em poços profundos por exemplo; o afogadas - mais frequentes para recalques superiores a 100 l/s; o altura positiva - pequenas vazões de recalque.
o eixo horizontal - mais comuns em captações superficiais; o eixo vertical - para espaços horizontais restritos e/ou sujeitos a inundações e bombas submersas em geral.
o compacta ; o bipartida - composta de duas seções separadas, na maioria das situações, horizontalmente a meia altura e aparafusadas entre si.
A Figura 12 mostra um corte esquemático de uma bomba centrífuga típica de média pressão para pequenas vazões e para funcionamento afogado ou com altura positiva, eixo horizontal e carcaça compacta, fluxo radial com rotor fechado em monoestágio de alta rotação, sucção única, entrada axial e saída de topo.
Uma bomba destina-se a elevar um volume de fluido a uma determinada altura, em um certo intervalo de tempo, consumindo energia para desenvolver este trabalho e para seu próprio movimento, implicando, pois, em um rendimento característico. Estas, então, são as chamadas grandezas características das bombas, isto é, Vazão Q , Altura manométrica H , Rendimento e Potência P.
Máquinas de Fluxo
transformação desta energia mecânica em hidráulica, como esquematiza a Figura 14.
Figura 13 - Elementos da altura manométrica
Figura 14 - Esquema das demandas de energia nos conjuntos
Máquinas de Fluxo
Rendimento de uma bomba é a relação entre a potência fornecida pela bomba ao líquido ( potência útil ) e a cedida à bomba pelo eixo girante do motor ( potência motriz ). Uma bomba recebe energia mecânica através de um eixo e consume parcela desta energia no funcionamento de suas engrenagens, além do que parte da energia cedida pelo rotor ao líquido perde-se no interior da própria bomba em conseqüência das perdas hidráulicas diversas, da recirculação e dos vazamentos, de modo que só parte da energia recebida do motor é convertida em energia hidráulica útil.
A relação entre a energia útil, ou seja, aproveitada pelo fluido para seu escoamento fora da bomba (que resulta na potência útil) e a energia cedida pelo rotor é denominada de rendimento hidráulico interno da bomba. A relação entre a energia cedida ao rotor e a recebida pelo eixo da bomba é denominada de rendimento mecânico da bomba. A relação entre a energia útil, ou seja, aproveitada pelo fluido para seu escoamento fora da bomba (potência útil) e a energia inicialmente cedida ao eixo da bomba é denominada rendimento hidráulico total da bomba e é simbolizada por b. A Tabela 1 apresenta rendimentos de bombas.
Tabela 1 - Rendimentos hidráulicos aproximados das bombas centrífugas Q (l/s)
b(%) 55 61 64 68 72 76 80 83 85 86 87 88
A relação entre a energia cedida pelo eixo do motor ao da bomba (que resulta na potência motriz) e a fornecida inicialmente ao motor é denominada de rendimento mecânico do motor , m (Tabela 2). A relação entre a energia cedida pelo rotor ao líquido (que resulta na potência de elevação) e a fornecida inicialmente ao motor é chamada de rendimento total. É o produto b. m= . Este rendimento é tanto maior quanto maior for a vazão de recalque para um mesmo tipo de bomba.
Tabela 2 - Rendimentos mecânicos médios CV 1 2 3 5 6 7,5 10 15
% 72 75 77 81 82 83 84 85
CV 20 30 40 60 80 100 150 250
% 86 87 88 89 89 90 91 92
Denomina-se de potência motriz (também chamada de potência do conjunto motor-bomba ) a potência fornecida pelo motor para que a bomba eleve uma vazão Q a uma altura H. Nestes termos temos:
Máquinas de Fluxo
As curvas tipo drooping são ditas instáveis e são próprias de algumas bombas centrífugas de alta rotação e para tubulações e situações especiais, principalmente em sistemas com curvas de encanamento acentuadamente inclinadas. As demais são consideradas estáveis, visto que nestas, para cada altura corresponde uma só vazão, sendo a rising a de melhor trabalhabilidade, como mostra a Figura 16.
Figura 16 - Tipos de curvas características
Máquinas de Fluxo
A curva característica da bomba é função particular do projeto e da aplicação requerida de cada bomba, dependendo do tipo e quantidade de rotores utilizados, tipo de caracol, sentido do fluxo, velocidade específica da bomba, potência fornecida, etc.
Toda curva possui um ponto de trabalho característico, chamado de “ponto ótimo”, onde a bomba apresenta o seu melhor rendimento. Esse ponto é a intersecção da curva característica da bomba(CCB) com a curva característica do sistema(CCS), como mostra a Figura 18.
A curva característica do sistema é obtida fixando-se a altura geométrica total do sistema (sucção + recalque) na ordenada e, a partir deste ponto, calcula-se as perdas de carga com valores intermediários de vazão, até a vazão total requerida, considerando-se o comprimento da tubulação, diâmetro e tipo de tubo, tempo de uso, acessórios e conexões, como mostra a Figura 17.
Figura 17 - Curva característica do sistema
Figura 18 - Curvas típicas do sistema e de eficiência da bomba (intersecção – “ponto de ótimo”)