Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

A Vida e Obra de Nicolau Maquiavel - Prof. Horta, Esquemas de História Política

Nicolau Maquiavel foi um influente pensador político do Renascimento, conhecido por sua abordagem pragmática e realista da política. Suas obras, como 'O Príncipe' e 'Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio', romperam com as concepções tradicionais de moralidade e ética, defendendo que o governante deve estar preparado para agir de maneira astuta e até mesmo cruel quando necessário para manter o poder e a estabilidade do Estado. Maquiavel ofereceu uma visão perspicaz das complexidades do poder e da política, destacando a importância da habilidade política, da força e da capacidade de adaptação às circunstâncias.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 11/05/2024

mirian-cristina-16
mirian-cristina-16 🇦🇴

1 / 13

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
HISTÓRIA DAS IDEIAS POLITICAS
VIDA, OBRA E PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL
Ano:
Curso: Direito
Grupo: 07
Turma: A-O
Viana, Abril de 2024
Docente
__________________________
Dr. Osvaldo Horta
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd

Pré-visualização parcial do texto

Baixe A Vida e Obra de Nicolau Maquiavel - Prof. Horta e outras Esquemas em PDF para História Política, somente na Docsity!

Campus Universitário de Viana Universidade Jean Piaget de Angola (Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

HISTÓRIA DAS IDEIAS POLITICAS

VIDA, OBRA E PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL

Ano:Curso : Direito Grupo : 07 Turma : A-O Viana, Abril de 2024 Docente __________________________ Dr. Osvaldo Horta

Campus Universitário de Viana Universidade Jean Piaget de Angola (Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

HISTÓRIA DAS IDEIAS POLITICAS

VIDA, OBRA E PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL

INTEGRANTES

  1. Albertina Viegas
  2. Bernadeth Caputo
  3. Eugenia Maudinga
  4. Glória Nghamelai
  5. Josemar Neto
  6. Latoya Abreu
  7. Maria Hekele
  8. Miriam Borges

INTRODUÇÃO

Nicolau Maquiavel (Niccolò di Bernardo dei Machiavelli) viveu durante o renascimento italiano. Nascido em 1469, na cidade de Florença (Itália), pertenceu a uma família de poucas posses e atuou como um secretário que cuidava dos assuntos externos (serviço equivalente hoje ao de um diplomata). Seu pai, Bernardo di Niccolò di Bouoninsegna, era versado em leis e pouco se sabe sobre sua mãe, Bartolomea di Stefano Nelli. Duas irmãs mais velhas, Primavera e Margherita, e o caçula Totto completavam a família. Os escritos de Nicolau Maquiavel ainda fascinam e provocam repulsa em muitas pessoas. Visto como defensor de um governante violento, foi um grande apreciador da República Nicolau Maquiavel, embora seja muito conhecido por seus pensamentos sobre a dinâmica real do poder, também escreveu comédias e poemas. Uma conhecida pintura de Santi di Tito, finalizada em meados de 1600, muitos anos após a morte desse pensador, apresenta-o ainda jovem e com um sorriso que confirma o tom irônico ou bem-humorado com o qual as biografias recentes retratam-no. Não elaborou uma teoria política ou uma reflexão profunda sobre a essência do poder, como se poderia esperar de um filósofo em sentido clássico. Em todo caso, suas reflexões são originais e baseadas em uma riqueza de eventos históricos. Seu pensamento político orientou- se pelos fatos que vivenciou e em suas interpretações com base em circunstâncias históricas, afastando-se, assim, de abstrações ou idealizações.

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 BREVE BIOGRAFIA DE NICOLAU MAQUIAVEL

Nicolau Maquiavel, foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser. Há poucos registros sobre sua juventude, mas é indicado como pessoa bem-humorada e jovial. Casou-se com Marietta Corsini, em 1501, e tiveram quatro filhos e duas filhas. Apesar de suas ausências, em virtude das viagens, provia auxílio por meio de ajudantes. Mesmo sendo indicado como um pai carinhoso, a vida familiar não o satisfazia e frequentava tavernas e festas pela cidade. Sempre se dedicou, contudo, aos estudos, recomendação que deixou a seu filho Guido em uma carta. As reviravoltas na política e disputas pelo poder que testemunhou nessas missões em sua própria cidade são o que confere aos seus escritos o famoso realismo. É o fim do governo de Lorenzo de Medici que marca o início das missões de Maquiavel a serviço da República, quando já estava com quase 30 anos. 1.1.1 Juventude Pouco se conhece da biografia de Maquiavel antes de entrar para a vida pública. Ele era o terceiro de quatro filhos de Bernardo e Bartolomea de' Nelli. Bernardo era jurista e tesoureiro de uma província italiana chamada Marca de Ancona. A mãe era próxima da nobre família de Florença. Sua família era toscana, antiga e empobrecida. Iniciou seus estudos de latim com sete anos e, posteriormente, estudou também o ábaco, bem como os fundamentos da língua grega antiga. Comparada com a de outros humanistas sua educação foi fraca, principalmente por causa dos poucos recursos da família. Não se sabe ao certo o que teria levado à escolha de Maquiavel para a chancelaria em 19 de junho de 1498. Alguns autores afirmam que ele teria trabalhado aí como auxiliar em 1494 ou 1495, hipótese contestada atualmente. Outros preferem atribuir a sua entrada à escolha de um antigo professor seu, Marcelo Virgilio Adriani, o qual ele teria conhecido em aulas na Universidade Pública de Florença e naquele momento era Secretário da Primeira Chancelaria.

sempre devemos observar as regras morais. O governante que exita em fazer o necessário para se manter no poder, mais cedo ou mais tarde será substituído por alguém que fará isso. Portanto, se deseja continuar governando, em algumas circunstâncias será necessário agir de forma contrária à moralidade comum. Essa ideia valeu ao filósofo um papel fundamental no desenvolvimento do pensamento político moderno. Pela primeira vez alguém propõe que ética e política sejam tratados como campos independentes e que a última não se encontre mais subordinada à primeira. 1.1.5 Escrita das principais obras Em 7 de novembro de 1512, Maquiavel foi demitido sob a acusação de ser um dos responsáveis por uma política anti-Médici e grande colaborador do governo anterior. Foi multado em mil florins de ouro e proibido de se retirar da Toscana durante um ano. Para piorar sua situação, no ano seguinte dois jovens, Agostino Capponi e Pietropolo Boscoli, foram presos e acusados de conspirarem contra o governo. Um deles deixou cair involuntariamente uma lista de possíveis adeptos do movimento republicano, entre os quais estava o de Maquiavel, que foi preso e torturado. Para sua sorte, com a morte do papa Júlio II em 21 de fevereiro de 1513 e a eleição de João de Médici, um florentino, como Leão X, todos os suspeitos de conspiração foram anistiados como sinal de regozijo e com eles Maquiavel, depois de passar 22 dias na prisão Libertado, seguiu para uma propriedade no distrito de Sant'Andrea in Percussina distante 3,3 quilômetros da comuna de San Casciano dei Bagni, província de Florença. Foi durante esse ostracismo e inatividade, o qual duraria até sua morte, que ele escreveu suas obras mais conhecidas: O Príncipe e os Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio (1512-1517). Foi também nesse período que conheceu vários escritores no Jardim Rucellai, círculo de literatos, e se aproximou de Francesco Guicciardini apesar de já conhecê-lo há tempos. Entre os escritos desse período estão o poema Asino d’oro (1517), a peça A Mandrágora (1518), considerada uma obra-prima da comédia italiana, e Novella di Belfagor (romance, 1515) Com a morte de Lourenço II em 1520, Júlio de Médici, que depois tornou-se papa com o nome de Clemente VII, assumiu o poder em Florença. Ele via Maquiavel com melhores olhos que seus antecessores e o contratou como historiador da república para escrever uma História de Florença, obra à qual dedicaria os sete últimos anos de sua vida. Nesse mesmo ano, ele estava ocupado escrevendo A Arte da Guerra (1519-1520). E é a partir de uma viagem a trabalho a Luca que ele escreveu a Vita di Castruccio Castracani da Lucca (1520).

Após a queda dos Médici, em 1527, com a invasão e saque de Roma pelas tropas espanholas de Carlos I, a república instalou-se novamente na cidade com o restabelecimento do Grande Conselho anteriormente instituído por Savonarola. Maquiavel viu mais uma vez suas esperanças de voltar a servir à cidade serem desfeitas, pois havia trabalhado para os Médici e foi tratado com desconfiança pela nova república. Poucos dias depois, ficou doente, sentindo dores intestinais. Morreu obscuramente em 21 de junho e no dia seguinte foi enterrado no túmulo da família na Basílica de Santa Cruz em Florença. 1.1.6 A Volta À Florença Em 1519, anistiado, Maquiavel voltou para Florença para exercer funções político- militares. Em 1520 conseguiu do Cardeal Gíulio de Médici a função remunerada de escrever a “História de Florença”. A obra deveria abranger desde a queda do Império Romano até a morte de Lourenço de Medici, porém, o tratado em estilo clássico que ficou consagrada como a primeira obra da historiografia moderna ficou incompleta. Maquiavel escreveu “A Arte da Guerra”, publicada em 1521 em forma de diálogo na qual expõe as vantagens das milícias nacionais sobre as tropas mercenárias e realiza um exaustivo estudo de estratégia e tática militar. Em 1526, Maquiavel foi encarregado pelo papa Clemente VII de inspecionar as fortificações de Florença e organizar um exército permanente para sua cidade, sob o comando de Giovanni Dalle Bande Nere. Em 1527, o saque de Roma pelo imperador Carlos V, do Sacro Império Romano- Germânico, restabeleceu a república em Florença. Maquiavel, visto como favorito da família Médici foi excluído de toda atividade política. Nicolau Maquiavel faleceu em Florença, Itália, no dia 22 de julho de 1527. Seu corpo foi sepultado na Igreja da Santa Cruz, em Florença. Morreu sem ver seu sonho realizado, pois a unificação da Itália só se completaria no século XIX.

1.2 PRINCIPAIS IDEIAS

A obra mais conhecida de Nicolau Maquiavel é certamente O príncipe, que começa a ser escrito em meados de 1512. Nele as ideias são expostas de forma clara, e seu pensamento político entende a política como um fim em si mesma. A avaliação das ações de um governante toma por base os fatos que se apresentam e não valorações de qualquer âmbito.

1.3 PENSAMENTO

Maquiavel não foi um pensador sistemático. Ele utiliza o empirismo para escrever através de um método indutivo e pensa em seus escritos como conselhos práticos, sendo além disso antiutópico e realista. A teoria não se separa da prática em Maquiavel. Os conceitos desenvolvidos por ele rompem com a tradição medieval teológica e também com a prática, comum durante o Renascimento, de propor estados imaginários perfeitos, os quais os príncipes deveriam ter sempre em mente. A partir da observação da política de seu tempo e da comparação desta com a da Antiguidade vai formular o seu pensamento por acreditar na imutabilidade da natureza humana.

1.4 VIRTÙ E FORTUNA

Os conceitos de virtù e fortuna são empregados várias vezes por Maquiavel em suas obras. Para ele, a virtù seria a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência no poder. A virtù seria como uma barragem que deteria os desígnios do destino. Mas segundo o autor, em geral, os seres humanos tendem a manter a mesma conduta quando esta frutifica e assim acabam perdendo o poder quando a situação muda. A ideia de fortuna em Maquiavel vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos. Não se pode saber a quem ela vai fazer bens ou males e ela pode tanto levar alguém ao poder como tirá-lo de lá, embora não se manifeste apenas na política. Como sua vontade é desconhecida, não se pode afirmar que ela nunca lhe favorecerá. Maquiavel escreve história mais como pensador político do que como historiador. Assim ele não se preocupa tanto com a referência precisa de afirmações contidas nas suas obras, ainda que tenha ido aos arquivos de Florença - prática incomum na época - e deixa transparecer nas suas obras históricas a defesa de algumas das suas ideias através da narração dos fatos históricos. Ele também acredita que a história se repete, tornando a sua escrita útil como exemplo para que os homens, tentados a agir sempre da mesma maneira, evitassem cometer os mesmos erros. Assim, enquanto alguns dos seus biógrafos atribuem-lhe os fundamentos da escrita moderna da história, outros admitem que ele não possuía uma visão crítica o suficiente para poder separar os fatos históricos dos mitos e aceitou como verdade, por

exemplo, a fundação mitológica de Roma, Outros, ainda, atribuem-lhe uma "concepção dogmática e ingénua da história".

1 .5 ÉTICA

A ética em Maquiavel se contrapõe à ética cristã herdada por ele da Idade Média. Para a ética cristã, as atitudes dos governantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. Com Maquiavel a finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não o próprio, de forma que uma atitude não pode ser chamada de boa ou má a não ser sob uma perspectiva histórica. Reside aí um ponto de crítica ao pensamento maquiavélico, pois com essa justificativa, o Estado pode praticar todo tipo de violência, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la má.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Strauss, Leo (2015). Reflexões Sobre Maquiavel. [S.L.]: É Realizações Abrahão, Miguel M. (2009). O Strip Do Diabo. São Paulo: Agbook Bath, Sérgio (1992). Maquiavelismo. A Prática Política Segundo Nicolau Maquiave l. São Paulo: Editora Ática Cortina, Arnaldo (2000). O Príncipe De Maquiavel E Seus Leitores. Uma Investigação Sobre O Processo De Leitura. São Paulo De Grazia, Sebastian (1993). Maquiavel No Inferno. São Paulo : Companhia Das Letras Larivaille, Paul (1979). A Itália No Tempo De Maquiavel:. Roma E Florença. São Paulo: Companhia Das Letras. Ledeen, Michael A. Maquiavel E A Liderança Moderna. [S.L.]: Cultrix. Isbn Nedel, José. Maquiavel. Concepção Antropológica E Ética. Porto Alegre : Edipucrs Nivaldo, José (2004). Maquiavel, O Poder. São Paulo: Martin Claret Ridolfi, Roberto (2003). Biografia De Nicolau Maquiavel. [S.L.]: Musa Tenenti, Alberto (1973). Florença Na Época Dos Médici. Da Cidade Ao Estado. São Paulo: Perspectiva Viroli, Maurizio (2002). O Sorriso De Nicolau. São Paulo : Estação Liberdade