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para se realizar a análise dos poemas de Manuel Bandeira que compõem este ... distraída pelos brinquedos que vendem os camelôs e quase sempre siderada por.
Tipologia: Notas de aula
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Rafael Ubirajara de Lima Campos
Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários 2011
Rafael Ubirajara de Lima Campos
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Letras: Literatura Brasileira.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria Clark Peres
Belo Horizonte 2011
Para meus pais e irmã.
À Ana Maria Clark Peres, pelas preciosas leituras. Ao meu pai, por me fazer vivenciar a poesia desde sempre. À UFMG, pelo acolhimento.
Érico Veríssimo
R E S U M O
Esta dissertação aborda as relações entre infância e sensualismo em alguns poemas de Manuel Bandeira, enfatizando-se, de maneira especial, aqueles que fazem parte da obra Libertinagem , publicada em 1930_._ Procura-se demonstrar como a ternura e o desejo compõem um par que atua como elemento a estabelecer complexidade às noções de amor e infância que se pode ter na obra de Manuel Bandeira, levando-nos à conclusão de que a infância, nessa obra, não pode ser abarcada por uma noção totalizante ou conciliadora; pelo contrário, ela se aproxima do indecidível, pois é permeada de ambivalências e oscilações, que fazem com que a infância não se apresente como tempo de harmonia, pureza ou integridade. Toma- se por base a teoria freudiana sobre a sexualidade infantil, bem como as discussões de Georges Bataille, Octavio Paz e Roland Barthes acerca do amor e do erotismo para se realizar a análise dos poemas de Manuel Bandeira que compõem este trabalho.
In this present work the relationships between childhood and sensualism in some poems by Manuel Bandeira were tackled emphasizing in a special way those which are part of the publication Libertinage, 1930. it's tried to demonstrate how the tenderness and desire composes a pair that act as an element to establish complexity to the love and childhood notions that can be found in this publication, leading us to the conclusion that the childhood, can’t be covered by a totalizing or conciliatory notion, otherwise, she approaches of the undecidable, because are filled with ambiguities and fluctuations, which make isn’t presented with harmony, purity or integrity. Was taken as a basis the Freud’s theory of infant sexuality, as well as the Georges Bataille,Roland Barthes and Octavio Paz discussions about love and eroticism to perform the analysis of the Manuel Bandeira poems which compose this work.
Manuel Bandeira constitui um dos pilares centrais da poesia brasileira, o que é fato anotado pela crítica especializada já há algum tempo. Álvaro Lins chega mesmo a compará-lo a um dos poetas mais importantes para a fundação da lírica moderna – talvez um dos poetas mais importantes de toda a lírica. Comenta o crítico que “O sr. Manuel Bandeira representa no nosso meio um papel semelhante ao de Baudelaire na literatura francesa (...) Como Baudelaire, o sr. Manuel Bandeira significa: um poeta que harmoniza equilibra [ sic ] o delírio e a razão” (Lins, 1987: 117) Bandeira atravessou atentamente todas as fases do Movimento Modernista; do neo-parnasianismo, passando pelo verso livre, até o concretismo de 50. Ao lado de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira é, de fato, um poeta do século XX. Assim pensa Murilo Marcondes de Moura, ao constatar a presença marcante do poeta em grande parte da primeira metade desse século e nas primeiras décadas da segunda metade:
Efetivamente, quando Bandeira publicou o seu primeiro livro ( A cinza das Horas, 1917 , Olavo Bilac e Alphonsus de Guimaraens ainda estavam vivos; já em 1966, por ocasião de seus 80 anos, quando surgiu a primeira edição da Estrela da Vida Inteira , última reunião de sua obra em verso, ocorria também a estréia de Cacaso ( A Palavra Cerzida) , e Paulo Leminski já tinha publicado os seus primeiros poemas.” (Moura, 2001: 8) Poeta que experimentou as formas da tradição, agenciou e se integrou à tradição da ruptura, Bandeira ocupa o lugar de um exímio artífice do verso, cônscio de toda a técnica que tange o arranjo formal das variadas estruturas que um poema pode assumir. E não só contemplou a mutação das formas poéticas ao longo do século XX, como também as experimentou e dominou. Faz-se notório para os críticos como um arauto da morte e é visto como o dono de um domínio tão perfeito da forma que foi capaz de alcançar a extrema simplicidade, como constata Ivan Junqueira:
Seu domínio sobre as minúcias e complexidades técnico-artesanais do verso e do poema era, no mínimo, absoluto. Surpreende assim que as maiores virtudes de sua poesia seja a simplicidade, a secura de estilo, a franciscana economia de meios...” (Junqueira, 1989: 298)
A recepção crítica da poesia de Manuel Bandeira, além de atestar a sua grandeza, foi seduzida por um aspecto fundamental e, talvez, o mais impressionante de sua
que ele faz é mostrar como há riqueza numa obra poética que se volta inteira para a vida, recolhendo desta elementos que são a matéria de seus poemas. E assim fez Manuel Bandeira com o tema “infância”. Ele recolheu de sua memória particular as vivências, fatos, acontecimentos e nomes, e os tocou de poesia, transfigurando-os, fazendo com que passassem da condição de arquivo pessoal para se tornarem elementos encantatórios do poema. Ao estudarmos os poemas de Libertinagem que apresentam a junção do discurso erótico-amoroso com a evocação da infância, constatamos que a obra de Manuel Bandeira oferece uma dose rara de complexidade, que permite leituras tão diversas que só lhe adensam o significando e justificam a nomeação de “clássica” à poesia de Manuel Bandeira. Antonio Candido e Gilda de Melo e Souza salientam que “ao contrário do que pensam alguns críticos modernos é impossível desvendar o núcleo motivador de toda uma obra, se é que ele existe; o que podemos é descobrir uma pluralidade de focos, dos quais ela irradia” (Bandeira, s/d: 7). Este trabalho tem como intuito estudar um desses possíveis focos de irradiação aludidos pelos críticos literários supracitados. Pensamos que a poesia de Manuel Bandeira estabelece especial relação com a temática amorosa, e que em Libertinagem essa especialidade encontra significado na evocação do universo infantil que ocorre em seus poemas que têm por temática o amor. No caso da poesia de Manuel Bandeira, a infância figura desde seu primeiro livro, A cinza das horas , publicado em 1917, mas em tal obra ela aparece, ainda, como índice de escapismo, quase sempre revestida de melancolia e acompanhada pelo penumbrismo simbolista que dá a tônica do primeiro Bandeira , não se filiando a uma noção propriamente modernista do tema. Já em Libertinagem , obra eleita pelos críticos como de maturidade, o poeta lida decididamente com o tema infância, incorporando-o à fatura de seus poemas de diversas maneiras: ora num tom melancólico, ora num tom jocoso ou natural. Além do caráter aparentemente paradoxal que se tem nessa união do maduro com o infantil, o título Libertinagem indica-nos um aspecto recorrente que figura nos poemas de Manuel Bandeira, tanto em sua obra geral como em seus poemas que dialogam com o tema infância: certa noção material da vida e do amor. Quer dizer, nessa obra o poeta já não é o mesmo que escrevera A cinza das horas. Ao
colocare-se lado a lado esses títulos, o leitor já pode notar a diferença que eles geram no que tange à maneira de posicionar-se diante da vida. O primeiro respira os ares do tema nobre e das preocupações metafísicas; já o segundo se faz despojado, revestido de uma inegável aura mundana. Assim, conduzidos por aspectos que compõem Libertinagem , pretendemos tratar de dois temas que aparecem conjugados em tal obra, formando, em verdade, um só par temático: o amor e a infância. O livro Libertinagem foi e é recebido pela crítica como um marco na poesia de Manuel Bandeira. Esse livro significaria a consolidação do poeta, tanto no que diz respeito ao manejo seguro do verso livre quanto no que concerne à assunção estilística da simplicidade. Para Mário de Andrade, “Libertinagem é um livro de cristalização” (Bandeira, 1990: 199), quer dizer, confirma e aperfeiçoa o que já se vinha anunciando nas obras anteriores do poeta. Ainda segundo Mário, é com Libertinagem que Manuel Bandeira teria alcançado os seus ideais estéticos anunciados nestes versos do poema “Poética”, contidos também em Libertinagem : “Não quero mais saber do lirismo que não é libertação”. É obra que liberta para a forma, mas também para a vida, pois se verá nesse livro um Manuel Bandeira menos romântico, mais realista, interessado pela festa, pelo bom humor e pelos acontecimentos banais que dão forma à epopeia cotidiana dos Joões Gostosos. Pensamos que esse flerte com o universo infantil, a ponto de condensá-lo em poesia, está ligado à própria história do Movimento Modernista, pois se sabe que não são poucos os poetas que se interessaram pelo tema infância; alguns, como Cecília Meireles, Mário Quintana e Vinícius de Moraes, escreveram mesmo livros destinados ao público infantil; outros, como Drummond, Bandeira e Murilo Mendes fizeram com que a infância participasse de seus poemas sem, no entanto, dar-lhe feição propriamente infantil. E, num âmbito generalizado, pode-se pensar a voga do primitivismo – não só na literatura – como uma opção amplificada pela infância do homem. 3 Sem pretendermos ser enredados por um reducionismo fácil e empobrecedor, podemos dizer que um dos motivos que fazem com que a infância tenha algum destaque entre os modernistas é a própria natureza desse movimento. De acordo
(^3) A própria obra de Oswald de Andrade, adotando o primitivismo, endossa o que afirmamos. Lembremos, também, que é de Oswald o poema “3 de maio”, cujos versos aqui reproduzimos: “Aprendi com meu filho de dez anos/ Que a poesia é a descoberta/ Das coisas que eu nunca vi.”
universo infantil. Declarada ou veladamente eróticos^6 , esses e outros poemas inscrevem a infância num âmbito especial, seja pela forma como o poeta lida com o tema, seja pelo fato de que o afeto infantil, traduzido muitas vezes pela ternura, encontra num corpo adulto o seu lugar incômodo, como ocorre nos poemas “O impossível carinho” e “Namorados”. Os próprios poemas de Manuel Bandeira, bem como as suas cartas e a obra Itinerário de Pasárgada oferecem-nos precioso instrumental crítico acerca da infância, o que constitui um dos pontos mais importantes da pesquisa, já que as nossas reflexões apoiaram-se, também, em elaborações do próprio autor sobre o tema por nós estudado. Assim, toda a produção de Manuel Bandeira nos interessa^7 , pois poemas que não figuram em Libertinagem são de fundamental importância para que apontemos alguns pontos mais ou menos seguros no que concerne, por exemplo, ao conceito de infância que o poeta utiliza. No poema “Camelôs”, por exemplo – e esse não é um poema que envolve o amor – os versos finais são significativos para que construamos uma possível conceitualização de infância: “E ensinam no tumulto das ruas os mitos heróicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes uma lição de infância”. Nesse poema, a infância surge como o negativo da maturidade. Esta, vivida por um sujeito já consciente de sua integração numa história que lhe cobra responsabilidade, que é marcada, sobretudo, pela preocupação que caracteriza o universo do trabalho; aquela, distraída pelos brinquedos que vendem os camelôs e quase sempre siderada por sua vocação natural para a fábula. Essa infância capaz de imaginação estará presente em alguns poemas que analisaremos. Fora de dúvida que um dos significantes mais importantes de toda a obra de Manuel Bandeira é a “ternura”, termo que tem recorrência generalizada em sua poesia e que, em função disso, nos indicou importante caminho teórico a ser adotado neste trabalho. Um de nossos veios teóricos é justamente o da ternura. Amparados por Freud, Bataille e Barthes, demonstraremos como a ternura compõe o discurso amoroso da poesia de Bandeira, situando-se quase sempre como
(^6) Em que pese que até o erotismo mais declarado tem algo de velado, ou então perderia o caráter de erótico, ao menos se levamos em conta o pensamento de Bataille, para quem todo erótico é secreto. Cf:. BATAILLE, Georges. 7 O erotismo. Porto Alegre: L&PM, 1987. O primeiro capítulo desta dissertação, por exemplo, é composto pela análise de dois poemas que não estão na obra Libertinagem.
antípoda da sensualidade e criando, assim, a tensão que constitui a maioria dos poemas por nós analisados. O eu-lírico de muitos dos poemas de Manuel Bandeira sente certa nostalgia da ternura; ele deseja alcançar uma maneira de amar que há muito se perdeu no tempo, e aí temos o olhar saudoso do adulto que se orienta na direção do impossível que é a infância. Por meio de associações insólitas próprias da criança ou mesmo da evocação explícita do universo infantil, Manuel Bandeira demonstra sua simpatia com a visão que concebe a infância como um tempo de despreocupada felicidade. Porém, ele não constata simplesmente a falta de felicidade que há na maturidade; ele evidencia a infelicidade que é não mais conseguir amar ou ser amado como uma criança. No entanto, em outros poemas, essa visão romantizada da infância cede lugar a um ponto de vista que permite ver a infância como um tempo de turbulências afetivas e emocionais. Isso porque a problemática amorosa na poesia de Manuel Bandeira não apresenta caráter fechado, muito pelo contrário, ela é bastante movediça. Em se tratando de um vasto conjunto de poemas, inseridos num alargado universo temporal, sequer poderíamos aventar a hipótese de que o poeta trabalha com uma única noção do amor e da infância. São muito diferenciadas, por exemplo, as concepções de amor encontradas em “Arte de amar” (“Deixa o seu corpo se entender com outro corpo”), em “Madrigal melancólico” (“O que eu adoro em ti é a vida”) e em “Porquinho-da-índia” (“O meu porquinho da índia foi a minha primeira namorada”). Lidaremos, portanto, com algo que não se ordena num discurso coeso ou coerente, mas que se materializa de acordo com a demanda secreta do lirismo. Mesmo tendo escolhido uma especialização dentro do tema amoroso – a presença da infância – o que há é uma diversidade de noções acerca do amor e da infância. Note-se, a título de exemplificação, a diferença de conceitualização da infância que poderemos ter no poema “Namorados”, em que a evocação da infância traz felicidade à moça, interlocutora do rapaz que se declara; e o que pode ser inferido do poema “Porquiho-da-índia”, que traduz um sentimento inaugural de rejeição amorosa. Assim, tendo em vista que a divergência de noções pontua os poemas com os quais trabalharemos, não pretendemos dar coerência ao que, por natureza, escapa a ela. Não trabalharemos com a noção de evolução, mas sim de mutação. Mas
comungarem, também, de concepções aproximadas acerca do que seja o texto literário, enfatizando-lhe a sua relação com o sensualismo. Freud, em “Escritores criativos e devaneios”, relaciona a inspiração dos poetas à neurose: “Uma poderosa experiência no presente desperta no escritor criativo uma lembrança de uma experiência anterior (geralmente de sua infância), da qual se origina então um desejo que encontra realização na obra criativa.” (Freud, 1966: 156). O mesmo movimento faz Barthes, em O prazer do texto : “Todo escritor dirá então: louco não posso, são não me digno, neurótico sou” (Barthes, 2002: 11). Assim, podemos notar que há uma teoria e teóricos que advogam que a criação poética tem, em sua fundação, uma inalienável ligação com a infância, tendo em vista que, sob o ponto de vista da psicanálise, a neurose só tem razão de ser na infância do sujeito. Nessa mesma perspectiva psicanalítica, Yudith Rosenbaum (1993) vê na rememoração da infância, o espaço angustiante da ausência, do impossível de reaver que, em função disso, gerará o desejo que se encarnará em poesia. Assim, podemos encarar a questão da rememoração da infância no espaço do poema como indiretamente erótica. Em outras palavras, ao estabelecer num dado poema um eu- lírico que rememora, o que ocorre é uma demanda da ausência e, segundo Rosembaum, o erotismo se dá em função dessa demanda. É o que se mostrará no capítulo II deste trabalho, quando da análise do poema “O impossível carinho”. Em Itinerário de Pasárgada , Bandeira demonstra uma relação de tal modo afetiva com o passado infantil que se torna inegável a importância deste para a sua formação e consolidação como poeta. Se o estilo é a “mitologia pessoal” do autor, “uma lembrança encerrada do corpo do escritor”, como afirma Barthes (2004: 11-12), Manuel Bandeira tem na sua infância o espaço embrionário de seu estilo. Nas palavras de Rosenbaum (1993), “as emoções infantis são para o autor matrizes da sensibilidade poética” (p. 42). Assim, este trabalho estuda, principalmente, as relações que Manuel Bandeira mantém com os temas amor e infância, mas também, ao analisar essa questão, propõe que a sua poética tem, na relação especialíssima com a infância, uma de suas feições, que lhe dará identidade inconfundível na poesia brasileira. Este trabalho é estruturado em três capítulos, sendo que no primeiro deles estudaremos, a partir do poema “Infância”, de Belo Belo , a maneira como Manuel
Bandeira lida com a infância de forma sofisticada e eivada de potencialidade polissêmica. Escolhemos o poema “Infância” justamente por acharmos que nele se encena, de maneira enfática, o tempo infantil como um construto dotado de complexidade, pois nesse poema vê-se, claramente, a existência da sexualidade e do erotismo como componentes do universo infantil. No segundo capítulo, daremos destaque a poemas da obra Libertinagem que carregam consigo o conflito ternura x sensualismo, como é o caso de “Mulheres” e “O impossível carinho”, entre outros. Já no último capítulo, ainda trabalhando com Libertinagem, concederemos atenção especial ao uso do diálogo, que se faz presente na maioria dos poemas que nos servem de objeto de pesquisa, pois supomos ser o colóquio o elemento que dá sustentação ao embate que há entre o erotismo e a ternura nesses poemas, o que será visto, sobretudo, por meio da análise do poema “Namorados”.