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Manual segurança laboratorio quimico 2008, Manuais, Projetos, Pesquisas de Bioquímica

Manual de Biossegurança em laboratorio quimico

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2012

Compartilhado em 04/10/2012

renan-cavalcanti-7
renan-cavalcanti-7 🇧🇷

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CONSELHO REGIONAL DE
QUÍMICA - IV REGO (SP)
Ministrante: Antonio Ferreira Verga Filho
Bacharel em Química e diretor da Isolab Treinamentos
11 3721-3245 - isolab@terra.com.br
Campinas, 13 de setembro de 2008
Segurança em
laboratório químico
Apoio
Observação: A versão original desta apresentação, com slides coloridos, no formato
PDF, está disponível na seção downloads do site do CRQ-IV (www.crq4.org.br/donwloads.php)
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Baixe Manual segurança laboratorio quimico 2008 e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Bioquímica, somente na Docsity!

CONSELHO REGIONAL DE

QUÍMICA - IV REGIÃO (SP)

Ministrante: Antonio Ferreira Verga Filho

Bacharel em Química e diretor da Isolab Treinamentos

11 3721-3245 - isolab@terra.com.br

Campinas, 13 de setembro de 2008

Segurança em

laboratório químico

Apoio

Observação: A versão original desta apresentação, com slides coloridos, no formato PDF, está disponível na seção downloads do site do CRQ-IV (www.crq4.org.br/donwloads.php)

Índice

  • Capítulo I Introdução
    • Acidentes e Intoxicações no Laboratório
    • Definição de Risco
    • Vias de Introdução de agentes químicos no organismo
    • físicos no Ambiente de Trabalho Formas de controle da Exposição a agentes químicos ou
    • Avaliação de agentes químicos no ar
    • Toxicidade de produtos químicos
    • Organograma de Responsabilidades
  • Capítulo II Projeto e Layout de um laboratório seguro
    • Projeto Hidráulico e Elétrico
    • Equipamentos de Proteção coletiva
    • Teste de Eficiência de Capelas
    • Coifas Fechadas (glove-box)
    • Coifas de Captação
    • Sistemas portáteis de exaustão
    • C huveiros de Emergência e Lava-olhos
    • Manta corta-fogo
    • Sinalizações de Segurança
  • Capítulo III Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
    • Proteção de mãos e braços
    • Proteção dos olhos e face
    • Tabela de resistência química de policarbonato
    • Protetores faciais
    • Proteção auricular
    • Proteção respiratória
    • Seleção de filtros / Máscaras semi-faciais descartáveis
  • Capítulo IV Boas Práticas Laboratoriais
    • Operação com vidrarias
    • C hoques térmicos em vidrarias
    • Resistência ao impacto
    • Transporte de vidrarias e reagentes no Laboratório
    • Preparo de soluções / Pipetagem
    • Lavagem de vidrarias / Manuseio de reagentes e amostras
    • Simbologias de riscos para produtos químicos
  • Capítulo V Armazenagem de produtos químicos
    • armazenagem Incompatibilidade de produtos químicos para fins de
    • Produtos químicos peroxidáveis
    • Armazenagem que Líquidos Inflamáveis

PREFÁCIO

Este manual foi redigido a partir da nossa experiência profissional, vivência em laboratórios de empresas em que trabalhamos, estudos de normas, livros, artigos e manuais de procedimentos em dezenas de laboratórios por onde transitamos. Não poucas vezes, presenciamos acidentes com colegas ou tomamos conhecimento de casos graves de intoxicações e de alguns acidentes fatais. O fato comum que observamos em todos os casos é que, se as condições de trabalho ou os equipamentos oferecessem maior segurança e se os trabalhadores recebessem o devido treinamento, esses acidentes teriam sido evitados. Assim sendo, reunimos aqui muitas informações úteis sobre materiais, equipamentos e procedimentos corretos para iniciantes, profissionais ou para supervisores orientarem seus comandados. Contribuíram na sua elaboração deste manual os amigos Dra. Arline Sidnéia Abel Arcuri, com seus profundos conhecimentos em Higiene do Trabalho, e o amigo de muitos anos, Adolfo Godoy Borges, com sua experiência, seus conhecimentos e coleta de dados. Antonio F. Verga Filho upervisores orientarem seus comandados.

Capítulo I

INTRODUÇÃO

Ao iniciar este despretensioso manual de segurança em laboratórios, não poderia deixar de abordar o assunto “segurança” de maneira mais ampla já que, com os incríveis avanços da tecnologia, cada vez mais o homem desenvolve produtos químicos, materiais e meios de locomoção mais rápidos tais como motos, automóveis e outros mas, em contra partida, às vezes é vítima desses desenvolvimentos. Podemos observar que é difícil haver uma família, no sentido mais amplo, (irmãos, tios, primos) em que não se tenha uma criança que não tenha sofrido acidente no lar com produtos domissanitários, queimaduras ou fraturas, ou um parente que tenha sofrido acidentes com moto ou outro veículo qualquer. Seguramente 70% desses acidentes poderiam ter sido evitados se os equipamentos utilizados no lar, no trabalho e no trânsito, fossem adequadamente seguros e se todos recebessem “treinamento” para as questões de segurança. O Brasil é um dos recordistas mundiais de acidentes no trabalho, o que acarreta grandes prejuízos para nossa economia. Em função disso, órgãos competentes tais como Ministério do Trabalho, Sindicatos e empresas mais conscientes do problema têm desenvolvido programas de treinamento com resultados muito compensadores. Os benefícios de se trabalhar em condições de segurança não podem ser vistos apenas pelo lado das empresas, pois os dias perdidos de trabalho, mutilações e muitos acidentes fatais deixam marcas profundas em pessoas e famílias. Para os trabalhadores nos laboratórios e indústrias químicas, temos que abordar não só os acidentes que podem causar mutilações mas também o sério problema da exposição a produtos químicos provenientes dos reagentes nos processos analíticos, inclusive com o uso de digestores e reatores freqüentemente encontrados em laboratórios, bem como nas áreas de fabricação. O homem moderno, vivendo nas cidades, recebe uma carga de agentes químicos contidos no ar que respira, na água, nos alimentos “in natura”, que são tratados com inseticidas e herbicidas, nos alimentos industrializados com seus corantes e aditivos, nos alimentos artificiais tais como refrigerantes, guloseimas etc., nos medicamentos e, finalmente, nos próprios cosméticos que entram em contato direto com a pele. Uma pessoa que trabalha num laboratório 8 horas por dia – e isso representa quase 1/3 de sua vida profissional – recebe uma carga contaminante muito maior que a média das pessoas, pois está exposta a agentes químicos nocivos que se somam aos mencionados no parágrafo anterior. Assim sendo, faz-se necessário que nós, profissionais que exercemos funções em laboratórios, busquemos as melhores condições possíveis de trabalho, para diminuir os riscos e prolongar nossa expectativa de uma vida longa e saudável.

RISCO - É a Possibilidade ou a Probabilidade de ocorrer um acidente ou doença

profissional.

O MANUSEIO INADEQUADO DE PRODUTOS QUÍMICOS PODE LEVAR A:

_- Incêndios com Inflamáveis

  • Emanações de gases e vapores (de_ _tanques, reatores, cabines)
  • Explosões (c/ explosivos e gases sob_ _pressão)
  • Projeções na vista
  • Armazenamento impróprio
  • Derramamentos acidentais
  • Transporte inapropriado
  • Descarte inapropriado de resíduos químicos
  • Irritações, reações alérgicas
  • Lesões, queimaduras
  • Incapacitação física ou morte_ - Intoxicações agudas Altas concentrações em curto período de tempo - Intoxicações crônicas Baixas concentrações em longo período de tempo **_- Desc onheciment o do risc o;
  • Falta de atenção;
  • Imprudência;
  • Pressa / Stress;
  • Falta de ordem e limpeza;
  • Não cumprimento das regras de s egurança.
  • Conhecimento do risco;
  • Atenção;
  • Destreza;
  • Respeito às regras de s egurança._** Acidentes Pessoais devido a causando Doenças Aumentam a probabilidade do acidente Diminuem a probabilidade do acidente

VIAS DE INTRODUÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS NO ORGANISMO

Sem dúvida alguma, a assimilação via respiratória é a mais freqüente no laboratório, visto que os vapores ou partículas emitidos por amostras, frascos de reagentes, soluções, etc., são usuais no manuseio e não temos como impedir. Assim sendo, faz-se necessária a interferência dos analistas e supervisores para reduzir ao máximo estas emissões operando corretamente em capelas e com o uso dos Equipamentos de Proteção Individual, quando necessário. Na tabela abaixo temos as principais formas de introdução via respiratória e a ação no organismo dos principais agentes químicos presentes em laboratórios. Forma dos agentes químicos:

_- Gases;

  • Pós e poeiras dispersas no ar;
  • Vapores ácidos e alcalinos;
  • Vapores de solventes orgânicos._

Via Respiratória

Cérebro (SN) Fígado Rins Pulmões

Ocorre por: Contato de mãos, braços, rosto ou partes do corpo com produtos químicos sem a devida proteção com os Equipamentos de Proteção Individual. Sugere-se :

_- Lavar muito bem as mãos após o trabalho com produtos químicos.

  • Tomar um bom banho, após o expediente de trabalho._

Olhos

FORMAS DE CONTROLE DA EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS OU

FÍSICOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Limites de Tolerância

É definido em caráter não absoluto como a concentração dos “agentes químicos” ou a intensidade dos “agentes físicos” presentes no ambiente de trabalho, sob as quais os trabalhadores podem ficar expostos durante toda a sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde. No Brasil, adotam-se os Limites publicados pela ACGIH (American C onference of Governmental Industrial Hygienists – Ohio – USA) adaptado para a nossa jornada de trabalho (48 horas semanais). TLV – Threshold Limit Value (Limiar do Valor Limite) ou no Brasil: Limite de Tolerância (L.T.). TLV – TWA (Time Weighted Average). Definido para exposições de até 8 hs/dia. TLV – STEL (Short Term Exposure Limit). Definido para exposições de curto período de tempo (até no máximo 15 minutos).

  • São uma porta aberta!
  • A maior parte das substâncias são irritantes ou corrosivas aos olhos.

TABELA: Lim ites de Tolerância (TLV) - A.C.G.I.H. – 2005

(ou L.E.O. – Limite de Exposição Ocupacional) Produto Químico TLV-TWA TLV-STEL (C) ppm mg/m3 ppm mg/m Acetato de Etila 400 1440 -- -- Acetato de Isopropila 100 1040 200 1290 Acetato de Vinila 10 - A3 35 - A3 15 - A3 53 - A Acetona 500 - A4 -- 750 - A4 -- Acetonitrila 20 - A4 67 - A4 -- -- Ácido Acético 10 25 15 37 Ácido Clorídrico -- -- C - 2 - A4 -- Ácido Fórmico 5 9,4 10 19 Ácido Nítrico 2 5,2 4 10 Ácido Sulfúrico -- 0,2-A2 -- -- Álcool Etílico (Etanol) 1000 - A4 -- -- -- Álcool Isoamílico 100 361 125 452 Álcool Isobutílico 50 152 -- -- Álcool Isopropílico 200 - A4 -- 400 - A4 -- Álcool Metílico 200 262 250 328 Álcool n-Butílico 20 -- -- -- Álcool n-Propílico 200 492 400 614 Amônia 25 17 35 24 Anidrido Ftálico 1 - A4 6,1-A4 -- -- Anidrido Maleico 0,1-A4 0,4-A4 -- -- Benzeno 0,5-A1 1,6-A1 2,5-A1 8 - A C loreto de Metila 50 - A4 103 100 - A4 207 C loreto de Vinila 1 - A1 2,6-A1 -- -- C loro 0,5-A4 1,5 1 - A4 2, C lorobenzeno 10 - A3 46 - A3 -- -- C lorofórmio 10 - A3 49 - A3 -- -- Dibutilfosfato 1 8,6 2 17 Dimetilformamida 10 - A4 -- -- -- Dióxido de Enxofre 2 - A4 5,2 5 - A4 13 Dióxido de Nitrogênio 3 - A4 5,6-A4 5 - A4 9,4-A Dissulfeto de Carbono 10 -- -- -- Estireno (monômero) 20 - A4 85 - A4 40 - A4 170 - A Etanolamina 3 7,5 6 15 Éter Etílico 400 1210 500 1520 Éter Isopropílico 250 1040 310 1300 Etilbenzeno 100 - A3 434 - A3 125 - A3 543 - A Etilenoglicol -- -- -- C - 100 - A Fenil-hidrazina 0,1-A3 0,4-A3 -- --

Comitês internacionais de saúde e segurança ocupacional, tais como NIOSH-USA e CC E-Europa, definem monitorização como uma “atividade sistemática, contínua e repetitiva, relacionada à saúde e desenvolvimento, para implantar medidas corretivas sempre que se façam necessárias”. Esta determinação deve ser feita de maneira a não incorrer em erros que poderão levar a graves conseqüências futuras. A estratégia para a elaboração de amostragem, com a finalidade de determinar a concentração representativa da exposição ocupacional do trabalhador a agentes químicos presentes na atmosfera do ambiente de trabalho está sendo proposta pela Norma PN-1.601.05-006/ABTN - 1993. Nesta Norma encontramos todas as definições pertinentes ao assunto, desde as formas como se apresentam os agentes químicos tais como gases, vapores, fumos, névoas, neblinas e até locais, técnicas de avaliação e expressão dos resultados. Trata também das considerações que se deve levar em conta, para se fazer o reconhecimento de risco. Antes de ser executada uma amostragem da exposição ocupacional a um determinado agente, deve ser desenvolvida uma estratégia de amostragem, a qual, conforme a finalidade do estudo, levará em consideração os seguintes fatores:

  • Definição do local da avaliação e layout.
  • Tecnologia, processos e demais características operacionais de trabalho, tipos de equipamentos etc.
  • Fontes potenciais de liberação do agente, propagação e interferências das áreas vizinhas.
  • Fatores ligados aos agentes químicos presentes nos locais de trabalho tais como:  propriedades físicas, químicas e toxicológicas  metodologia e equipamentos de coleta e análise  resultado das avaliações preliminares  dados de avaliações anteriores
  • Fatores ligados aos trabalhadores, tais como:  número de trabalhadores em cada grupo de risco selecionado  descrição de jornada da função e tempo de exposição.  duração da jornada e turnos de trabalho.  atividade física e aspectos ergonômicos. Após estas considerações, estabelece-se a estratégia de amostragem onde se definem os locais ou postos de trabalho específicos para coletas, tipos de coleta, duração e o número de amostras, bem como quando proceder estas coletas e, no caso de coleta individual, quantos e quais trabalhadores deverão ser amostrados. Quanto às técnicas de coleta, que são escolhidas de acordo com a estratégia definida, podemos ter:
  • coleta de um volume total de ar.
  • coleta do contaminante através de captação por concentração do agente, fazendo o ar atravessar o leito de coleta onde o agente é retido.
  • instrumentos de coleta/análise instantânea com instrumentos de leitura direta.

Definida a técnica de coleta, parte-se para a definição da duração da coleta, período de coleta na jornada de trabalho, número de amostras e seleção dos trabalhadores a serem amostrados.

Monitoração Ambiental

Após as avaliações da exposição dos trabalhadores integrantes de um grupo homogêneo e, conforme os resultados obtidos, deve ser realizada a monitoração ambiental através da estimativa periódica da exposição ocupacional, para efeito de acompanhamento da exposição e das medidas de controle. A monitoração ambiental deve ser completada pela monitoração biológica, que consiste na avaliação de agentes químicos, ou seus matabólicos, em fluídos orgânicos (urina, sangue etc.) do trabalhador. Serve para indicar a exposição ou efeito de um agente químico, em particular de um trabalhador, num grupo ao qual pertence. As diferenças existentes para cada indivíduo (idade, sexo e hábitos alimentares) assim como a intensidade, a duração e a freqüência de exposição influem nos resultados obtidos. Parte-se então, para a interpretação dos resultados e tomada de decisões no que se refere à alteração dos processos para minimizar a exposição, com o afastamento temporário ou permanente de trabalhadores. Este trabalho, pela sua complexidade e alta responsabilidade, é feito por empresas especializadas, com acompanhamento de médico responsável especialista em higiene do trabalho. Nota: Ver empresas prestadoras de serviços no final deste manual.

Aerodispersóides

São dispersões de partículas Sólidas ou Líquidas no ar, de tamanho extremamente reduzido de forma que conseguem permanecer em suspensão por longo tempo. Poeiras: são partículas sólidas geradas por ação mecânica de ruptura de sólidos. Geralmente são maiores que 0,5 μ (micras) e são geradas através de operações como: lixamentos, triturações, perfurações, explosões etc. Sílica Partículas de 0,5 a 7 micrômetros, insolúveis no organismo. Provoca “Silicose”. Lesões na pleura com enrijecimento do tecido. Doença progressiva. Morte por asfixia. Amianto Provoca “Asbestose”, fibras pontiagudas que se alojam nos pulmões, perfurando a pleura. Causam fibroses e câncer no pulmão.

Ácidos

Características, toxicidade e perigos ao manusear:

  • Ação corrosiva sobre a pele, mucosas, olhos, tecidos do trato respiratório e digestivo. A intensidade depende de:  natureza do ácido  concentração  tempo de contato
  • Muito perigoso no contato com os olhos
  • Reatividade: com metais, produtos alcalinos tipo cimento, cal etc. C lassificados em: - Poeiras - Fumos - Névoas - Neblinas

Ácido Clorídrico (nome comercial: ácido muriático)  Gás clorídrico borbulhado em água destilada.  Vapores são irritantes das vias respiratórias. Ácido Sulfúrico  Vapores irritantes das mucosas, provocam corrosão dos dentes, dificuldade para respirar, bronquite, edema na laringe e pulmões, perda dos sentidos.  Na pele soluções diluídas causam dermatites irritativas.  Soluções concentradas causam alterações e destruição dos tecidos. Muito corrosivo. Ácido Nítrico  Vapores são irritantes das vias respiratórias.  Ação sobre os pulmões pode até causar edema pulmonar.  Na pele causa queimaduras graves  Em vazamento, quando muito aquecido produz gases tóxicos e inflamáveis. Ácido Perclórico  Contatos com a pele, olhos e mucosas causa queimaduras.  Tomar cuidados especiais pois forma Percloratos em contato com vários produtos orgânicos, inclusive madeira (das capelas), materiais combustíveis e oxidantes (exemplo HNO3) formando compostos explosivos ao choque.  Manusear em capelas especiais (revestidas de aço inox).  Muito explosivo quando anidro. Em condições de uso a concentração não deve exceder a 72%. Ácido Fluorídrico  Corrói vidros e metais.  É extremamente corrosivo para a pele, olhos e mucosas.  Causa queimaduras graves que podem ser indolores ou invisíveis nas primeiras horas.  Irritação severa dos olhos e pálpebras. Pode resultar em lesões prolongadas ou permanentes e perda total da visão.  Efeito crônico: fluorose, perda de peso, anemia, Leucopenia e descoloração dos dentes.  Em contato com a roupa, retirar imediatamente. C ontato com a pele: lavar com muita água, durante 15 minutos, e procurar um médico.  Para testar vazamentos, usar luvas pré-testadas com água. Ácido Fosfórico  Geralmente solução em água.  Corrosivo para pele, olhos e mucosas.

 Larga faixa de inflamabilidade do vapor: pega fogo em contato com chapa quente.  Intoxicação crônica.  Efeitos adversos múltiplos sobre diferentes órgãos e sistemas.  Encefalopatia crônica: transtornos psicológicos e neurológicos.  Lesões vasculares, arteriosclerose precoce.  Transtornos na espermatogênese, menstruação irregular abortos prematuros. Estireno  Pode formar peróxidos explosivos; intoxicação crônica.  Irritante do sistema respiratório.  Irritação da pele: secura, formação de bolhas.  Irritante para os olhos. N-Hexano  Inalação aguda: aparecimento de sinais nervosos que começam com euforia, levando à vertigem, paralisia das extremidades e perda de consciência.  Inalação Crônica:

  • Alterações cutâneas
  • Neuropatia periférica, principalmente nos membros inferiores.  Está presente nas colas de sapateiro.  É um dos principais constituintes de Benzina. Tolueno  Intoxicação crônica. Ação maior que benzeno, enxaqueca, debilidade generalizada, falta de coordenação e memória, náuseas, falta de apetite, lesões no SNC e SNP.  Disfunção menstrual na mulher.  Danos no canal auditivo. Xilenos (dimetilbenzenos)  Intoxicação crônica.  Cefaléia (dor de cabeça), irritabilidade, fadiga, sonolência durante o dia, transtorno do sono à noite, sinais de deterioração do S.N.

Solventes Clorados

Tetracloreto de Carbono  Inibição do S.N.  Lesões de fígado e rins - mesmo com uma exposição aguda.  Efeito tardio: carcinogênese.  Efeito prolongado com a pele: dermatite.

Tricloroetileno  Ação sobre SNC (fadiga, transtorno do sono, mudança de caráter perda de memória, etc.).  Pequena alteração hepática.  Dermatite.  Efeito tardio: suspeita de carcinogênese.  Características de exposição aguda:  Após algumas horas: náuseas e vômitos.  Dia seguinte: formigamento de boca e nariz.  Após alguns dias: sintomas pelo rosto todo, perda de reflexos da córnea. Obs: SN - Sistema Nervoso SNC - Sistema Nervoso Central SNP - Sistema Nervoso Periférico

Resumindo:

Exposição a Solventes

  • Atuam no sistema nervoso central.
  • C ausam perda de memória de curto tempo.
  • Produzem efeito narcótico, podendo chegar a provocar alucinações.
  • Efeitos tóxicos generalizados em diversos órgãos tais como vista, pele, fígado etc.

Solventes Clorados

  • Anestésicos e de efeito sobre as vísceras.
  • Podem causar câncer hepático (fígado).
  • Quando queimados produzem “fosgênio” que é um gás tóxico que causa edema pulmonar como efeito retardado. Exemplos: clorofórmio, cloreto de metileno, percloretileno etc.

Álcoois

  • Efeitos anestésicos sobre o sistema nervoso. - Álcool metílico – ação tóxica primeiramente, dirigida sobre o nervo ótico. Muito lentamente eliminado pelo organismo. - Álcoois superiores – tipos propílicos, butílicos, amílicos. Ação tóxica no figado.