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manual de equipamentos de refrigeração
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
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M a n u a l d e B o a s P r á t i c a s e M s u P e r M e r c a d o s P a r a s i s t e M a s d e r e f r i g e r a ç ã o e a r c o n d i c i o n a d o
upermercadistas, este Manual de Boas Práticas em supermercados tem como principal objetivo conscientizar os empresários e todos os profissionais do setor envolvidos na compra, operação e manutenção de equipamentos refrigerados e ar condicionado da importância das boas práticas para economizar energia e diminuir custos, evitando o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio do Planeta*. Hoje os sistemas de refrigeração dos supermercados são os grandes responsáveis pelo uso de substâncias que destroem a camada de ozônio-sdos, os clorofluorcarbonos-cfcs (usados pelo setor especialmente nos anos 70) e os hidroclorofluorcarbonos- Hcfcs (mais conhecidos como r22). só para se ter uma idéia do dano causado por essas substâncias: .: uma única molécula de cfc destrói 1.000 moléculas da camada de ozônio. .: o r22 colabora até 1.780 vezes mais para o aquecimento global, que gases naturais (mudança do clima da terra). Pelos danos que podem causar à camada de ozônio que protege a terra, esses gases vão ser aos poucos eliminados. o Protocolo de Montreal – acordo internacional com o objetivo de proteger a camada de ozônio – já determinou a eliminação completa dos cfcs, que hoje só é utilizado em equipamentos de refrigeração antigos. agora é a vez dos Hcfcs, principais substitutos dos cfcs, serem eliminados a partir de 2015 com congelamento do nível de consumo já em 2013. isso mesmo, o gás que os supermercados mais utilizam, o r22, terá seu nível de consumo congelado no prazo de 4 anos e começará a ser eliminado em seis anos. É hora de planejar a troca de equipamentos e de selecionar alternativas, já que existe mais de uma opção de troca, com vantagens e desvantagens, e os custos envolvidos são grandes. Por isso, o acordo de cooperação técnica (act), assinado pelas entidades em março de 2008, além deste manual prevê outras ações, como o desenvolvimento de atividades para incentivar a troca ou a reforma dos equipamentos antigos que operam com essas substâncias prejudiciais ao meio ambiente. Mas o ponto mais importante, e no qual este Manual de Boas Práticas se propõe a colaborar, é na importância da boa operação e manutenção desses equipamentos: Hoje, cerca de 40% do consumo dos Hcfcs no Brasil é utilizado para suprir o setor de manutenção em supermercados.
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Módulo I: GESTÃO ESTRATÉGICA DA ENERGIA Foco: Proprietários, Executivos e Gerentes de Loja
este módulo contém informações sobre: .: os custos envolvidos nos sistemas de refrigeração e ar condicionado; .: os desperdícios que ocorrem e que comprovadamente comprometem a margem de lucro da loja; .: as formas de evitar ou reduzir esses desperdícios podem gerar recursos necessários para outros investimentos e para a distribuição de lucros da empresa.
Módulo II: BOAS PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO E INSTALAÇÃO Foco: Técnicos de Manutenção (Pessoal de Loja e Terceirizados)
este Módulo contém informações básicas para: .: a melhor instalação e manutenção dos equipamentos refrigerados e de ar condicionado .: Para apoiar a antecipação dos problemas e evitar desperdícios, como os vazamentos de fluidos refrigerantes.
Módulo III: BOAS PRÁTICAS OPERACIONAIS Foco: Profissionais da Loja Envolvidos com a Refrigeração
este módulo complementa o Manual, enfatizando a boa operação da loja: .: a melhor organização e utilização dos expositores, balcões e câmaras frias .: o uso correto para obter eficiência energética e de forma ambientalmente correta
a boa manutenção permite:
.: Programar e cumprir os prazos programados (menor estoque) .: oferecer produtos com um mesmo padrão (melhor qualidade) .: Manter o cliente atual (fidelidade) .: conquistar novos clientes (competitividade) .: diminuir custos de produção e armazenagem (redução de custo 1) .: reduzir as perdas de matéria-prima e produtos (redução de custo 2) .: reduzir despesas com componentes e mão-de-obra (redução de custos 3) .: reduzir a perda de fluido refrigerante (redução de custos 4) .: reduzir o consumo energético (redução de custos 5) .: aumentar a vida útil de equipamentos e sistemas (redução de custos 6) .: Preservar o meio ambiente (responsabilidade ambiental) .: Melhorar a imagem com o cliente (governança corporativa) .: cumprir a lei (responsabilidade social e evitar multas) Pense nestes benefícios e cuide da manutenção, pois, essa é uma questão de sustentabilidade, do seu negócio, do País e do Mundo. impulsionados pela opinião pública, governos de todo o mundo estão adotando medidas de controle que exigem cada vez mais o uso responsável de substâncias que agridem a camada de ozônio e provocam o aquecimento global, como os fluidos utilizados nos equipamentos refrigerados. Há países que optam por legislações severas e multas altíssimas, em outros, a preferência é pela conscientização, a opção brasileira, orientada pelo Ministério do Meio ambiente.
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Manutenção e Redução de Custos
Você já analisou o seu custo anual com a reposição do gás refrigerante? Você sabia que os sistemas foram projetados de forma hermética, e que o gás deve apenas circular sem nenhum consumo? Você sabia que a reposição só deveria existir no caso de vazamentos, que deveriam ser mínimos, pois podem ser evitados pela manutenção preventiva correta? Hoje os supermercados gastam muito mais que o necessário na reposição de gás refrigerante, devido à má instalação de sistemas de refrigeração e, principalmente, à falta de manutenção preventiva desses sistemas. Mas, o custo de reposição do gás é apenas uma parte do problema. em cascata surgem outros custos como: .: o pagamento da mão-de-obra para a reposição .: a perda de produtos, que se deterioram nos expositores .: a perda de clientes, pela falta de qualidade e segurança alimentar .: o aumento do consumo de energia em até 30%, devido à perda de eficiência do equipamento.
21 milhões de reais vão para o lixo (ou, pior, para destruir a camada de ozônio) considerando um valor aproximado de r$ 7,00/kg (o valor médio do r22 em julho 2008), pode-se afirmar que os supermercados brasileiros, só com a reposição do gás, jogam fora todos os anos r$ 21 milhões (3.000.000 x 7,00). este valor pode dobrar, se incluir outros custos, como perda de produtos, energia, etc.
Para evitar esses custos, melhorar a performance dos sistemas refrigerados e ampliar a vida útil dos equipamentos, mesmo que sua loja tenha uma instalação nova ou renovada, é necessária a manutenção preventiva. ou seja, é preciso prevenir sempre, para evitar problemas de última hora.
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existem algumas referências importantes que podem ser observadas pelas empresas de supermercados, como se os técnicos de refrigeração que prestam serviço às suas lojas passaram por treinamento em instituições como SENAI e ABRAVA, ou pelas próprias Empresas Fabricantes de compressores e componentes frigoríficos.
Investimento em Sistemas Refrigerados
o supermercadista deve estar atento na hora da troca de equipamentos e sistemas refrigerados, porque uma nova geração de gases refrigerantes (ou fluidos refrigerantes) está se estabelecendo no Brasil e no mundo. .: a tendência é de evolução contínua e de inovação permanente. .: as alternativas que surgem são os Hfcs (com baixo potencial de aquecimento global) e fluidos naturais, considerados mais eficientes e menos poluentes. .: Mas novas tecnologias estão em desenvolvimento, novas aplicações e novos desenhos de sistema também. Por isso, não existe um cenário claro de que alternativa em fluido refrigerante o supermercadista deve optar. só há um referencial: a opção de compra deve ser por equipamentos que utilizem fluidos menos danosos ao meio ambiente, sob pena de o investimento ficar inviabilizado em poucos anos. sem dúvida, a melhor opção no caso de um novo investimento é buscar o apoio de profissionais e empresas com capacitação reconhecida para o projeto, instalação e manutenção dos sistemas de refrigeração e ar condicionado. É sempre bom lembrar que esses equipamentos são responsáveis por cerca de 60% do total consumido em uma loja.
Equipamentos digitais a utilização de instrumentos digitais para controle dos equipamentos de refrigeração e ar condicionado como pressostatos, controles de fase, termômetros e termostatos, bem como softwares de gerenciamento à distância, também ajudam a economizar energia elétrica e reduzir os custos operacionais dos equipamentos, além de proporcionar facilidades na programação de manutenção preventiva e preditiva.
Na hora da compra de um sistema ou equipamento refrigerado, é importante analisar: .: credibilidade do fornecedor e capacidade técnica (qualidade de suporte, treinamento, etc.) .: tipo de fluido refrigerante utilizado e prováveis danos que pode causar ao meio ambiente (opção deve ser por fluidos que apresentem Zero Pdo (potencial de destruição da camada de ozônio, e Baixo gWP (em português Pag, potencial de aquecimento global) .: atenção ao consumo de energia – a eficiência energética é vital para sua loja! .: contrato de pós-venda e manutenção (viabilizar desde a aquisição, para não aumentar custos futuros) .: compare custo inicial e custo operacional, levando em conta a economia de energia ao longo do tempo de uso. cuidado com o preço inicial menor e o custo maior na manutenção futura.
Conclusão e Próximos Módulos
empresário, executivo e/ou gerente de supermercado, o Ministério do Meio ambiente, a aBras e a aBraVa entendem que seguindo as orientações acima sua tomada de decisão em relação à compra e manutenção de equipamentos refrigerados se dará de forma muito mais segura e eficiente e certamente trará economia de recursos para sua empresa. a seguir, iniciaremos o Módulo ii mostrando um exemplo de planilha de acompanhamento das condições de operação dos equipamentos frigoríficos utilizados em supermercados e muito mais. em seguida, virá o módulo iii, com orientações bem práticas para seu pessoal de loja. este manual está dividido desta forma para que você, empresário e gestor de supermercados, possa, de forma mais fácil e ágil, encaminhar os demais módulos para os responsáveis das áreas de manutenção e operação de loja. fique atento, pois a média de lucro líquido das empresas supermercadistas gira em torno de 1,7% do faturamento (ranking aBras 2008) e qualquer operação ineficiente pode custar muito caro. É o caso da manutenção malfeita ou a reposição desnecessária de fluidos, que podem estar corroendo a lucratividade da sua loja. Pratique e faça praticarem as orientações desse manual!
Manutenção Preventiva
a manutenção preventiva, como o próprio nome sugere, trata de antecipar tarefas evitando que os problemas aconteçam aleatoriamente. ou seja, prevenir é investir na instalação para proporcionar funcionamento adequado, sem traumas. a manutenção corretiva é aquela que presta atendimento a um problema ou evento de última hora. em tese, não deveria ocorrer, pois a preventiva evitará a parada não programada. Portanto, a manutenção preventiva subentende reduzir custos, melhorar a performance do sistema e ampliar a vida dos equipamentos. a seguir, é mostrado um exemplo de planilha de acompanhamento das condições de operação dos equipamentos frigoríficos utilizados em supermercados. a adoção de uma planilha, ou check list, é fundamental para a racionalização dos trabalhos e para a formação de uma base histórica da instalação. a planilha pode ser confeccionada da forma que o técnico desejar, mas é importante que contenha espaços para anotações dos detalhes de dimensões e identificação de todos os componentes usados na instalação, além dos dados e informações pertinentes que serão úteis para realizar sua reposição.
tabela 1 – exemplo de planilha de acompanhamento das condições de operação do equipamento frigorífico.
CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO FRIGORÍFICO cliente data obra instalador contato telefone equipamento data original da instalação Modelo compressor 1 nº série Modelo compressor 2 nº série Modelo compressor 3 nº série Modelo compressor 4 nº série Modelo compressor 5 nº série fluido refrigerante carga refrigerante (Kg)
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leituras oBtidas compressor 01 02 03 04 05 Pressão de sucção (psig) temperatura de evaporação (ºc) temperatura de sucção do compressor (ºc) superaquecimento do gás de sucção (K) Pressão de descarga (psig) temperatura de condensação (ºc) temperatura da linha de líquido (ºc) sub-resfriamento natural (K) temperatura de descarga (ºc) temperatura do cárter do compressor (ºc) temperatura ambiente (ºc) Pressão de entrada da bomba de óleo (psig) Pressão de saída da bomba de óleo (psig) diferencial de pressão da bomba de óleo (psig) nível de óleo no visor do cárter (¼; ½; ¾) nível de óleo no reservatório (¼; ½; ¾) – se houver temp. da água ou ar na entrada do condensador (ºc) temp. da água ou ar na saída do condensador (ºc)
tensão elétrica nominal (V)
rs rt st
corrente elétrica nominal (a)
r s t
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Fluidos Refrigerantes Alternativos (Para não Agredir o Meio Ambiente)
Para qualquer troca de fluidos, em primeiro lugar é fundamental seguir as recomendações das empresas prestadoras de serviços de manutenção e dos fabricantes dos equipamentos e de fluidos refrigerantes. elas podem acontecer durante os serviços de manutenção, e a melhor opção deve ser pelas conversões para refrigerantes alternativos às substâncias que destroem a camada de ozônio-sdos. outra opção do supermercadista é substituir os equipamentos que estiverem com vida útil comprometida por equipamentos que já utilizem refrigerantes que não destroem a camada de ozônio (zero Pdo) e que também possuam Baixo Potencial de aquecimento global (gWP). existem três opções básicas e ambientalmente corretas: 1ª. impedir o vazamento e reciclar os fluidos .: adotar medidas para conservar o fluido refrigerante na ocasião da manutenção do equipamento, identificando e impedindo as fugas; .: recolher o refrigerante, quando da sua manutenção; .: tratá-lo (recolhimento, reciclagem ou regeneração); e .: reutilizá-lo no equipamento ou encaminhá-lo aos centros de regeneração.
2ª. trocar por equipamento mais moderno .: tirar de uso o equipamento cuja vida útil esteja no fim e substituí-lo por outro que use um dos novos refrigerantes alternativos (tabela 2). .: as substituições podem reduzir custos de operação quando for selecionado um equipamento com maior eficiência energética (que consuma menos energia).
3ª. fazer o retrofit (substituir fluido) .: substituir o fluido refrigerante com potencial de destruição da camada de ozônio por um dos fluidos que podem ser utilizados em equipamentos existentes (ver tabela 2). .: o processo de retrofit envolve a substituição do fluido refrigerante e eventualmente a troca de lubrificante e/ou dispositivo de expansão. .: sempre que for aplicado um fluido para retrofit é importante identificar qual produto será utilizado (nunca se deve misturar os produtos de fabricantes diferentes), pois perderá a característica química do fluido. .: Quando for realizado um retrofit, é importante recolher corretamente o fluido refrigerante, dando um destino seguro ao produto, evitando danos ao meio ambiente. Veja a seguir a tabela 2, que explica os fluidos, inclusive os considerados alternativos ao mais utilizado nos supermercados hoje, o r22, que a partir de 2015 começará a ser eliminado (importações limitadas, etc.).
tabela 2 – lista de refrigerantes alternativos ao r22 e suas propriedades.
refrigerantes r 22 r 404 a r 507 a r134a r 410 a r 407 c r 422 d r 427 a r 717 r 744 r 290 r 1270 substância natural não não não não não não não não sim sim sim sim nome comercial - - - - - - iMsceono 29 fX100 amônia d cióxidoarbono Propano Propileno fabricante vários vários vários vários vários vários duPont arkema vários vários vários vários
composição química cHclf 2
r143a/ r125/ r134a
r143a / r 125 cf^3 cH2f^
r32 / r 125
r32 / r125 / r134a
r125 / r134a / r600a
r32 / r125 / r143a / r134a
nH3 co 2 c3H8 c3H
destruição camada ozônio (Pdo)* 0,05^0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Potencial aquecimento global (gWP)** 1500 3260 3300 1300 1725 1525 2230 1830 0 1 3 3 temperatura glide (K) 0 0,7 0 0 0,2 7,4 4,5 7,1 0 0 0 0 inflamabilidade não não não não não não não não baixa não alta alta