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Informações importantes sobre o transporte e cuidados especiais para doentes críticos, incluindo os riscos associados, a importância da competência técnica e responsabilidade da equipe, e as medidas necessárias para estabilizar e transportar doentes com condições graves. O documento aborda vários temas, como avaliação clínica, diagnósticos específicos, medicações e procedimentos, e cuidados de suporte vital. Além disso, são discutidos diversos tipos de choques e suas classificações, além de sintomas e tratamentos de condições relacionadas a infecções, endocrinopatias, tumores cerebrais, traumatismos cranianos, avc e outras condições. Essencial para equipes de saúde que trabalham com doentes críticos e precisa de ser estudado para melhor compreender as melhores práticas de transporte e cuidados especiais.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
1ª Edição
2010
República de Cabo Verde
M
Transportes e Telecomunicações
Infraestruturas
Ministério das
Cooperação e Comunidades
Púrpura Escuro: Progresso
Vermelho: Vitalidade
Ouro: Dinheiro
Azul: Polícia
Azul: Paz, Justiça e Equidade
Verde: Tropa
Azul: Tranquilidade Protecção, Harmonia
Agradecimentos O Ministério da Saúde agra-dece
muito
particularmente
ao
Dr.
Dario
Dan
tas
dos
Reis pela s
ua contribuição
essencial
na
elaboração
deste Manual
de Protoco-
lo
s Terapêuticos de Medicina Interna
;
Aos
Revisores Técnicos
Drª
Dulce
Dupret,
Dr.
Helder
Tavares e Drª Odete Silva;Aos
membros
do
Comité
Técnico
Drª
Carla
Abu-
Raya,
Drª
Elsa
Semedo,
Drª
Florentina
L ima,
Drª
Francisca Inociêncio, Drª Ire-nita Soares, Dr. Jorge
Noel
Barreto,
Dr.
Luís
Celes-
tino
Sanches,
Drª
Maria
Conceição Pinto, Drª NairChantre Lucas e Dr. TomásValdez;Aos participantes da reuniãoalargada
do
Ministário
da
Saúde
para
a^
validação
dos Manuais dos Protoco-los
Terapêuticos
de
Me-
dicina Interna e de Pedia-tria, designamente: Drª AnaPaula Santos, Dr. AntónioMoreira, Drª Antonina Gon-çalves, Dr. António PedroDelgado,
Drª
Aretha
B.
Monteiro
Fortes,
Dr.
Ar-
lindo do Rosário, Dr.
Artur
Jorge
Correia,
Dr.
Asnel
Wilson Gomez, Dr
ª^ Carlina
da Luz, Drª Cláudia San-
tos, Drª Edith Santos, DrªEdna Irene Moniz, Drª Is-abel Delgado Tavares, Dr.João
Baptista
Semedo,
Dr. João Lisboa Ramos,Dr. Jorge Noel Barreto,Dr. José Benvindo Lopes,Dr.
José Manuel d´Aguiar, Dr. José da R
osa, Dr. José
Rui
Moreira,
Dr.
Júlio
Fernades Lima, Dr. JúlioBarros,
Dr.
Júlio
Mon-
teiro Rodrigues, Drª Liz-iana Barros, Dr. Luís Ce-lestino Sanches, Dr. LuísManuel Dias, Dr. ManuelRodrigues Boal, Drª MariaConceição Pinto, Drª Ma-ria da Conceição de Car-valho
, Drª Maria Filomena
Tavr
es Moniz, Drª Maria da Luz Lima, Drª Mariade Lourdes Monte
iro, Drª
Maria de Jesus Ca
rvalho,
Enfª Maria Luísa Teixeira,Drª
Marta
Isabel
Freire,
Drª Mecilde Fontes Costa,Drª N
Gibo Mubeta Fer-
nandes, Drª Odete Silva,Drª Osvaldina Brito, Dr.Paulo Jorge Tavares, Dr.Paulo
Soares,
Dr.
Pedro
Lomba
Morais,
Drª
.^
Ri-
sete
Inociêncio
Gomes,
Dr. Tomás de Só Valdez,Dr. Ulardina Furtado, DrªVera
Ambrozina
Brito,
Drª Wanneida Pina.E, por
fi
m, à Drª Albertina
Fernandes Lima, enquanto rewriter
deste manual.
1ª Edição manual de protocolos terapÊuticos de medicina interna
1ª Edição
República de Cabo Verde
Coordenação
Dra Jaqueline Rocha, Directora Geral de Saúde (2006-2009). Dr. Manuel Boal, Director Geral de Saúde (2009-2010). Dr. Tomás A. de Só Valdez, Director da Região Sanitária Santiago Norte.
Autor dos textos
Dr. Dario Laval Rezende Dantas dos Reis, Cardiologista, Especialista em Medicina Interna.
Revisores Técnicos
Dra Dulce Valadares Dupret, Gastro-enterologista, Centro de Saúde Achada Santo António. Dr. Helder Margarito Évora Tavares, Nefrologista, Hospital Dr. Agostinho Neto. Dra Odeth Maria Santos Cardoso Silva, Pneumologista, Hospital Dr. Baptista de Sousa.
Comité Técnico
Dra Elsa Leonor Teixeira Semedo, Cirurgiã Geral, Hospital Regional Santiago Norte. Dra Florentina da Cruz Lima e Lima, Clínica Geral. Hospi- tal Dr. João Morais.
Dra Francisca Inocêncio, Oftalmologista, Hospital Dr. Bap- tista de Sousa. Dra Irenita Almeida Fortes F. Soares, Cardiologista, Hospital Dr. Agostinho Neto. Dr. Jorge Noel de Carvalho M. Barreto, Infectologista, Hospital Dr. Agostinho Neto. Dr. Luís Celestino T. Sanches, Especialista em Medicina Interna, Hospital de São Felipe. Dra Maria da Conceição Ramos Pinto, Hematologista, Hospital Dr. Baptista de Sousa. Dra Nair Chantre Lucas, Especialista em Medicina Interna, Hospital Dr. Baptista Sousa. Dr. Tomás A. De Só Valdez, Mestre em Saúde Pública, Região Sanitária Santiago Norte.
Equipa de validação
Este Manual foi validado em Reunião Alargada do Ministé- rio da Saúde – Julho 2010 – em que participaram os Direc- tores Gerais do Ministério, os Delegados de Saúde, os Di- rectores dos Hospitais, os Directores dos Programa de Saúde Pública e outros profissionais de saúde cabo-verdianos, além dos Autores dos textos, Revisores Técnicos e os membros do Comité Técnico.
Rewriter
Dra Albertina Fernandes Lima, Neurologista, Hospital Dr. Agostinho Neto.
Tiragem - 1000 exemplares
Serviços Gráficos: Imprensa Nacional de Cabo Verde.
Propriedade: Ministério da Saúde de Cabo Verde
Com o financiamento da Cooperação do Grão-Ducado do Luxemburgo
terialização e a qualidade e abrangência dos textos elaborados determinaram a sua adaptação à escala nacional. É nesse contexto que a Cooperação Luxemburguesa, parceira estratégica na criação e consolidação da Região Sanitária de Santiago Norte, é credora dos nossos agra- decimentos sinceros, por mais este importante passo dado no desenvolvimento sanitário de Cabo Verde. Estou convencido que os Manuais de Protocolos Terapêuticos de Medicina e de Pediatria serão recebi- dos e utilizados como instrumentos de valor por todos os médicos cabo-verdianos, e não só.
Ministro de Estado e da Saúde
nejar bem todo o equipamento eventualmente necessário existente. A segurança no transporte ou a vida do doente vai de- pender fundamentalmente da competência técnica e do sentido de responsabilidade desta equipa.
A Decisão
A decisão de transferir um doente de uma estrutura para outra é um acto médico relevante e que encerra respon- sabilidade. O médico decisor deve ouvir outros colegas e obrigatoriamente o técnico para quem ele vai enviar o doente, antes de tomar a decisão.
O Planeamento
O Planeamento da transferência decidida vai passar por:
Informar o doente ou seu representante sobre a de- cisão de transferir. Comunicação com o Serviço de Ambulâncias e com o Serviço de destino, informando sobre a hora de partida e a duração provável do trajecto. Qualquer alteração de horários deve ser comunicada. Estabilização do doente para transporte (Airway Breathing Circulation): Desobstruir vias aéreas/Ventilar Disponibilizar duas vias venosas de calibre largo. Colocar sonda vesical, se necessário Imobilização da coluna cervical, em caso de trau- matismo. Convocar a equipa que leva o doente e que assu- me a responsabilidade do transporte do doente até entregá-lo no destino à equipa que vai encarregar-se do doente. Equipamento a ser escolhido para a assistência du- rante o transporte. Medicamentos eventualmente necessários
Documentação que acompanha o doente (Guia de Referência/Contrareferência) aonde conste o que foi observado à entrada, a sequência de observações subsequentes, drogas administradas e horas de ad- ministração, registo de resultados dos exames auxi- liares de diagnóstico. Previsão de possíveis complicações no transporte. Monitorização contínua durante transporte para: frequência cardíaca e respiratória, oximetria de pul- so, ECG, tensão arterial.
LISTA DE EQUIPAMENTO E DE MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS
EQUIPAMENTOS
o Monitor desfibrilhador com alarmes. o Material de intubação adequado ao doente com in- suflador manual o Garrafa de oxigénio com capacidade e O 2 suficien- tes para o tempo do transporte. o Aspirador eléctrico equipado com baterias e sondas de aspiração o Drenos torácicos, conjunto para introdução o Material para punção e manutenção de perfusão. o Ventilador de transporte o Meios de comunicação
MEDICAMENTOS
o Adenosina o Adrenalina o Amiodarona o Atropina o Bicarbonato de Sódio o Captopril o Diazepan
É provavelmente o principal sintoma que leva o doente a procurar o médico. É pois importante ouvir o doente, tentando levá-lo a caracterizá-la. O exame criterioso do paciente bem como alguns exames auxiliares de diagnós- tico são determinantes para chegar às causas da dor. Sem esse trabalho consciente e orientado o “tratamento” só iria servir para ocultar um sintoma – a dor – que embora incomodativo é um dado importante para o diagnóstico. Apesar de haver vários ângulos a partir dos quais pode- mos analisar a dor - dor aguda, dor crónica, dor visceral, dor somática, dor neuropática, etc. Neste texto iremos analisar apenas alguns tipos de dor conforme a sua lo- calização:
A cefaleia é um sintoma frequente. O médico deve procu- rar distinguir as cefaleias banais relacionadas por exem- plo com o stress, daquelas a que chamaremos “ cefaleias semibanais”, como na enxaqueca, das cefaleias graves que podem anunciar quadros de prognóstico sombrio como uma massa expansiva intra craniana, uma hemor- ragia intra craniana, uma afecção cérebro vascular isqué- mica aguda, uma malformação vascular intra craniana
cerebral quer abram directamente para o espaço subarac- noideu.
Cerca de 15% dos AVC são produzidos por hemorragias intra cranianas. Destas, dois terços são hemorragias que se fazem para os espaços sub aracnoideus e para o interior dos ventrículos enquanto um terço são intra cerebrais.
Oitenta por cento das hemorragias subaracnóideias devem-se à rotura de aneurismas sendo os restantes cau- sados por traumatismos ou a malformações arteriovenosas.
Nas hemorragias sub aracnoideias o doente refere uma cefaleia como a pior jamais sentida por ele. Com fre- quência a cefaleia acompanha-se de náuseas e vómitos, fotofobia e rigidez da nuca. Os doentes, que chegam em estado estupuroso ou em coma, têm um risco elevado de mortalidade.
Dada a elevada mortalidade deste tipo de hemorragia e considerando a falta de meios eficazes para combatê-la, é importante reconhecerem-se sinais premonitórios que são a chave para um diagnóstico precoce numa fase em que se pode ainda fazer qualquer coisa. O aneurisma pode inicialmente ter pequenas perdas que se manifestam por cefaleias repetidas, geralmente fortes e que se podem acompanhar de náuseas e vómitos.
A TAC deve ser feita tão cedo a suspeita deste diagnós- tico seja colocada. Feita nas primeiras 24 horas dá geral- mente o diagnóstico. Às 48 horas a sensibilidade diag- nóstica reduz-se para cerca de 75%.
Tratamento
O tratamento clínico é importante nas primeiras horas e consiste nos 3 H s:
1. H emodiluição 2. H idratação - 3 a 4 litros de solução salina em 24 horas 3. H ipertensão
O emprego da droga Nimodipina - 60 mg 4/4h, 21 dias - melhora o prognóstico. Além disso, associar o tratamento coadjuvante:
o Controle da TA - manter acima de 160 x 90 mmHg o Controle da temperatura - evitar tº ax. > 37,8ºC o Controlo das convulsões Diazepan – dose: 10 mg IV Difenilhidantoina – dose 20 mg /kg peso o Controlo rigoroso da glicemia - níveis entre 70 a 110 mg/dl, evitar hipoglicemiantes orais, utilizar Insulina de acção rápida , se necessário. o Controlo dos iões - Sódio, Potássio, Cálcio e Magnésio o Controlo da volemia - manter balanço hídrico e só depois pensar em tratamento cirúrgico.
O prognóstico é reservado. A mortalidade atinge os 12% antes do doente chegar ao hospital. Metade dos sobrevi- ventes morre até aos 30 dias.
As hemorragias intra cerebrais não traumáticas ocor- rem em geral como consequência de hipertensão arterial crónica deficientemente controlada. A rotura de malfor- mações vasculares são outra causa a ter em conta embo- ra sejam menos frequentes. A maioria das hemorragias ocorre nas bifurcações das artérias ou próximo delas. Após o desencadeamento da hemorragia o hematoma cresce nas horas seguintes podendo a pressão atingida dentro do crânio fazer parar a hemorragia.
A terapêutica anticoagulante e a trombolítica são causas importantes da hemorragia intra cerebral.