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Guias e Dicas
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manual de ortopedia para estudades, Resumos de Ortopedia

manual de ortopedia para estudantes

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 01/12/2019

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rafaela-lima-4x1 🇧🇷

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Apresentação

Apresentação

Meu caro colega ortopedista,

A CEC (Comissão de Educação Continuada) cuidadosamente elaborou o Manual Básico de Ortopedia como instrumento de consulta rápida para as situações de emergência e urgência traumato-orto- pédicas. A SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e o Laboratório Sanofi-Aventis oferecem a você, médico ortopedista, a oportunidade de “relembrar” detalhes quanto à etiologia, quadro clínico e classificação de afecções, com a agilidade e praticidade que o atendimento emergen- cial requer.

Cuide bem e examine cuidadosamente o seu paciente; ofereça a cada um dos seus clientes o melhor e mais atualizado conhecimento para melhor tratá-lo como ser humano, indistintamente.

Em 2010, você é a SBOT e a SBOT é para você!

Cláudio Santili Diretoria 2010

Apresentação

Manual Básico de Ortopedia

Manual Básico de Ortopedia Colaboradores

Arnaldo Amado Ferreira Neto Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universi- dade de São Paulo (FMUSP). Cirurgião de Ombro e Cotovelo pela Sociedade Brasileira da Cirurgia de Ombro e Cotovelo. Chefe do Grupo de Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP (IOT HC- -FMUSP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Augusto César Monteiro Mestre em Ortopedia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Chefe do Grupo de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé do Hospital do Servidor Público Municipal. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, Federação Latino Americana de Cirurgia do Tornozelo e Pé, American Orthopaedic Foot and Ankle Society e American Academy of Orthopaedic Surgeons.

Carlos Castillo Fellow (residente de quarto ano) em Cirurgia do Ombro e Cotovelo no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) de Passo Fundo (RS).

Carlos Henrique Ramos Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Cirurgia de Ombro e Cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma Desportivo e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Chefe do Grupo Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Curitiba.

Carolina Monteiro Sampaio Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo- gia (SBOT).

Cláudio Marcos Mancini Jr. Médico em atuação em clínica privada em Campo Grande (MS). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo- gia (SBOT).

Cristiano Frota de Souza Laurino Mestre em Ciências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Especialista em Cirurgia do Joelho e Artroscopia. Diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Danilo Pacheco Fellow (residente de quarto ano) em Cirurgia do Ombro e Cotovelo no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) de Passo Fundo (RS).

Eduardo Hosken Pombo Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). Membro titular da Sociedade Brasileira de Or- topedia e Traumatologia (SBOT). Médico da Clínica SORT - Hospital Vila Velha (ES).

Eduardo Sadao Yonamine Chefe do Grupo de Oncologia Ortopédica e professor adjunto doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ci- ências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Emerson Kiyoshi Honda Doutor em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Cirurgia do Quadril e membro da Sociedade Brasileira de Quadril. Membro sênior do Grupo de Quadril da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Fábio Batista Doutor, chefe do Grupo de Pé Diabético da Disciplina de Ortopedia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Doutor do Núcleo de Programas Estratégicos da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Fábio Krebs Gonçalves Coordenador de Eventos Científicos em Traumatologia do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Especialista em Cirurgia do Joelho, Tornozelo, Pé e Artroscopia. Diretor da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte. Primeiro secretário da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT – RS).

Fernando Antonio Mendes Façanha Preceptor da residência médica em Ortopedia e Traumatologia do Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza (CE). Membro da Comissão de Ensino e Treinamento (CET) e membro titular da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).

Francisco de Paula Paranhos Neto Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo- gia (SBOT).

Frank Beretta Marcondes Médico assistente do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Membro da Sociedade Brasileira de Cirur- gia do Joelho (SBCJ).

Frederico Marques Fellow (residente de quarto ano) em Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia de Passo Fundo (RS).

Gustavo Sampaio de Souza Leão Membro titular da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia). Médico do Hospital do Câncer e chefe do Serviço de Tumor do Hospital Getúlio Vargas, em Pernambuco.

Henrique A. Berwanger de A. Cabrita Doutor em Ortopedia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Sociedade Brasileira de Quadril, e em Artroscopia, Traumatologia Esportiva e Medicina Esportiva. Assistente do Grupo de Quadril do Instituto de Ortopedia e Trauma- tologia (IOT-FMUSP) e do Instituto Vita.

Idemar Monteiro da Palma Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ). Médico assistente do Grupo de Clínica e Cirurgia do Joelho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro (RJ).

Manual Básico de Ortopedia Colaboradores

Jair Simmer Filho Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Médico da Clínica SORT, Hospital Vila Velha (ES).

João Fernando Argento Pozzi Especialista em Cirurgia do Joelho, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ). Membro das Sociedades Portuguesas de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) e Cirurgia do Joelho (SPCJ). Preceptor da Residência Médica do SOTI, em Porto Alegre (RS).

João Maurício Barretto Doutor em Ortopedia pela Universidade de São Paulo (USP). Mem- bro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital Geral Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

José Antônio Veiga Sanhudo Doutorando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diretor Regional Sul e membro titular da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTpe). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

José Vicente Pansini Doutor em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP). Membro titular da Associação Brasileira de Tornozelo e Pé (ABTPé). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Diretor clínico do Hospital de Fraturas Novo Mundo, em Curitiba (PR).

Leonardo Vieira Santos Moraes Médico assistente do Grupo de Ombro e Cotovelo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Luiz Antônio Chaves Carvalho Mestre em Ortopedia. Membro efetivo da Sociedade de Cirurgia de Ombro e Cotovelo e membro da Associação Brasileira de Tornozelo e Pé (ABTPe). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Diretor técnico/proprietário da C&F Clínica Médica Ltda.

Luiz Carlos Angelini Doutor em Medicina. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão. Professor titular da Disciplina de Urgência e Emergência da Universidade Metropolitana de Santos. Chefe da Clínica de Cirurgia da Mão do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.

Luiz Eduardo Munhoz da Rocha Especialista em Ortopedia Pediátrica e Cirurgia da Coluna. Pre- sidente da Sociedade Brasileira da Coluna. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Ortope- dista Pediátrico do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Médico ortopedista pediátrico e cirurgião de coluna do Hospital Pequeno Príncipe.

Marcelo Barreto de Lemos Instrutor da Residência Médica do Instituto de Ortopedia e Trau-

matologia (IOT) de Passo Fundo (RS). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Marcelo Loquette Damasceno Médico colaborador do Grupo de Coluna Vertebral do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Marcelo Pires Prado Mestre em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Espe- cialista em Cirurgia de Pé e Tornozelo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Médico no Hospital do Coração e do Hospital Israelita Albert Einstein.

Marco Antonio Percope de Andrade Doutor em Medicina pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universida- de Federal de Minas Gerais. Coordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Presidente da Comissão de Educação Continuada (CEC) da Socieda- de Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Marco Aurélio Telöken Doutor em Ortopedia pela Unifesp (Unifersidade Federal de São Paulo). Membro titular da Sociedade Brasileira de Quadril e da Sociedade Bra- sileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Coordenador da Ortopedia e Traumatologia do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS).

Marcus Vinicius Mota Garcia Moreno Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo- gia (SBOT).

Maria Isabel Pozzi Guerra Especialista em Cirurgia do Ombro. Membro da Sociedade Brasileira e Latino-Americana de Ombro e Cotovelo. Membro da Comissão de Educação Continuada (CEC) da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Chefe do Serviço de Ombro e Cotovelo da Universidade Luterana do Brasil, em Porto Alegre (RS).

Maurício Pagy de Calais Oliveira Membro da Sociedade Brasileira de Coluna. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Coorde- nador do Centro Mineiro de Cirurgia da Coluna.

Michael Simoni Membro titular das Sociedades Brasileiras de Ortopedia e Trauma- tologia (SBOT) e de Cirurgia da Mão (SBCM).

Milton Bernardes Pignataro Membro titular das Sociedades Brasileiras de Ortopedia e Trauma- tologia (SBOT) e de Cirurgia da Mão (SBCM).

Moises Cohen Livre-docente na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Pro- fessor adjunto chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatolo- gia da Unifesp. Responsável pelo sexto ano de Medicina, supervisor da Residência Médica em Medicina Esportiva e chefe do Setor de Traumatologia do Esporte na Unifesp. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Nelson Ravaglia de Oliveira Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo- gia (SBOT), membro do Grupo de Ombro e Cotovelo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.

Manual Básico de Ortopedia

Tiago Lazzaretti Fernandes Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumato- logia (SBOT), especialista em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME). Mestran- do do Grupo de Medicina do Esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT HC-FMUSP). Médico ortopedis- ta do Futebol Profissional da Associação Portuguesa de Desportos (2009-2010).

Wagner Nogueira da Silva Membro titular e da Comissão de Ensino e Treinamento (CET) da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Ortopedista do Serviço do Professor Matta Machado, Hospital da Baleia, Hospital Maria Amélia Lins, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG).

Wilson de Mello Alves Jr. Especialista em Cirurgia do Joelho pela Sociedade Brasileira de Ci- rurgia do Joelho (SBCJ). Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Presidente do Grupo do Joelho de Campinas, Assistente de Ortopedia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP).

Sumário

Medicina esportiva

Lesão muscular Tiago Lazzaretti Fernandes, André Pedrinelli ............................................................................................ 21 Fratura de estresse Fábio Krebs Gonçalves, Cristiano Frota Laurino ........................................................................................ 22 Tendinopatias Sérgio Marinho de Gusmão Canuto ............................................................................................................ 25 Lesão do lábio superior da glenoide (tipo SLAP) Michael Simoni ............................................................................................................................................ 26

Ombro e cotovelo

Tendinite calcária Sandro da Silva Reginaldo, Leonardo Vieira Santos Moraes ..................................................................... 29 Instabilidade glenoumeral Jair Simmer Filho, Eduardo Hosken Pombo ............................................................................................... 30 Capsulite adesiva (“ombro congelado”) Osvandré Lech, Paulo Piluski, Danilo Pacheco, Frederico Marques, Carlos Castillo ................................ 32 Osteonecrose da cabeça umeral Arnaldo Amado Ferreira Neto..................................................................................................................... 34 Artrose glenoumeral Ronaldo Percopi de Andrade ...................................................................................................................... 35 Lesão do manguito rotador Alberto Naoki Miyazaki ............................................................................................................................... 36 Artropatia do manguito rotador Maria Isabel Pozzi Guerra .......................................................................................................................... 38 Epicondilites Nelson Ravaglia de Oliveira, Carlos Henrique Ramos ............................................................................... 40 Instabilidade do cotovelo Américo Zoppi Filho .................................................................................................................................... 42

Punho e mão

Síndrome do túnel do carpo Milton Bernardes Pignataro ....................................................................................................................... 44 Instabilidade do carpo Luiz Carlos Angelini ..................................................................................................................................... 45 Artrose de punho e mão Roberto Luiz Sobania, Carolina Sampaio .................................................................................................... 46 Dedo em gatilho Paulo Randal Pires ...................................................................................................................................... 50

Sumário

Manual Básico de Ortopedia

Fixadores externos

Princípios dos fixadores externos Wagner Nogueira da Silva ........................................................................................................................ 110 Indicações dos fixadores externos na osteomielite Renato Amorim ......................................................................................................................................... 111 Indicações dos fixadores nas deformidades rotacionais e angulares Paulo Bertol............................................................................................................................................... 112

Osteometabólicas

Osteoporose Cláudio Marcos Mancini Jr. ....................................................................................................................... 114 Raquitismo Francisco de Paula Paranhos Neto........................................................................................................... 116

Referências bibliográficas ............................................................................................................... 121

Lista de siglas e abreviações .......................................................................................................... 138

Medicina Esportiva

Medicina

Esportiva

Manual Básico de Ortopedia Medicina Esportiva

Fratura de estresse

Fábio Krebs Gonçalves Cristiano Frota Laurino

Osso

Percentual das fraturas de estresse

Classificação

Sinais, sintomas e testes diagnósticos

Tratamento

Fêmur: colo. 5% Fullerton e Snowdy: com- pressão (região inferior do colo); tensão (região superior do colo); des- viada.

Dor à mobilização do quadril, claudi- cação; Fabere+.

Compressão (baixo risco): conservador (muletas + fisio- terapia). Tensão desviada (alto risco): tratamen- to cirúrgico (os- teossíntese).

Fêmur: diáfise. 7,0% a 12,8% Baixo risco. Teste do fulcro. Conservador: proteção da descarga de peso durante a fase dolorosa. Cirúrgico nos casos refratários (osteossíntese intramedular).

Tíbia: diáfise. 50% Baixo risco. Alto risco: cortical anterior (terço médio); raios X: “linha de radioluscência alarmante”.

Palpação dolorosa localizada, edema.

Conservador: analgésicos; órteses pneumá- ticas, proteção da descarga de peso; atividades sem impacto, aquáticas; corre- ção de fatores de risco. Cirúrgico: alto risco, pseu- doartrose, atle- tas profissionais. Osteossíntese (haste, enxerto, curetagem do foco).

Tíbia: maléolo. 0,6% e 4,1% Shelbourne. Baixo risco: RM ou cintilografia +, sem traço de fratura. Alto risco: RM ou cintilografia +, com traço de fratura.

Palpação dolorosa localizada, edema.

Baixo risco: conservador, com proteção da des- carga de peso durante a fase dolorosa. Alto risco: cirúrgico (osteossíntese, parafuso).

Fíbula. 4,6% a 21% Baixo risco. Palpação dolorosa localizada, edema.

Baixo risco: con- servador prote- ção da descarga de peso durante a fase dolorosa, órtese pneumá- tica.

1 o, 2o^ e 3o^ me- tatársicos (colo e diáfise).

Baixo risco. Palpação dolorosa localizada, edema, massa endure- cida.

Calçados com solado rígido ou órteses.

5 o^ osso meta- tarsal (fraturas transversas na transição metáfiso- -diafisária).

Torg. Tipo 1: diafisárias agudas.Tipo 2: diafisárias com retardo de con- solidação. Tipo 3: diafisárias com pseudoar- trose.

Palpação dolorosa localizada, edema.

Tipo 1: repouso, diminuição da descarga de peso, órtese suropodálica, de 4 a 6 semanas. Tipo 2 e 3: fixa- ção intramedular e utilização de enxerto ósseo.

Navicular. 0,7% a 2,4% Sem desvio: parciais; com- pletas. Com desvio.

Dor difusa, claudi- cação.

Sem desvio: imobilização su- ropodálica por 6 sem apoio. Com desvio: retardo, pseudoartrose: tratamento cirúr- gico (osteossín- tese percutânea)

  • enxerto ósseo.

Manual Básico de Ortopedia Medicina Esportiva

Tratamento das fraturas de estresse de baixo risco

proposto por Diehl, Best, Kaeding.

Sintoma Objetivo Sugestões de tratamento

Qualquer nível de dor. Curar a lesão. Atividade dentro de um nível assintomático por quatro a oito semanas; órteses/muletas; modifi- cações dos fatores de risco.

Dor sem limitações fun- cionais.

Continuar a participação nos esportes.

Diminuir a atividade, manter den- tro de um nível aceitável de dor; acompanhamento de perto ; modi- ficações dos fatores de risco.

Dor com limitações fun- cionais.

Continuar a participação nos esportes.

Diminuir a atividade, manter dentro de um nível aceitável de dor e me- lhora funcional; acompanhamento de perto; modificações dos fatores de risco.

Dor limitante que se intensifica apesar das mo- dificações nas atividades funcionais.

Curar a lesão. Repouso completo; imobilização/ cirurgia; modificações dos fatores de risco.

Tendinopatias

Sérgio Marinho de Gusmão Canuto

Características (^) sintomasSinais e Testes (^) complementaresExames Tratamento

Fatores extrín- secos (erro de treinamento, tipo de solo etc.) e in- trínsecos (falta de flexibilidade)

Dor à palpação bem localizada no tendão, edema na fase aguda

Dor à palpação do polo inferior da patela e dor no tendão de Aquiles, 2 a 6 cm proximal à inserção do tendão

Raios X AP e de perfil

Fisioterapia e fortalecimento excêntrico em plano inclinado (para joelho), descendente

Grau I – dor leve após atividade;

Relacionada à atividade física

Testes irritati- vos: fazer com o joelho em extensão

Ecografia Alongamento e reequilíbrio muscular

Grau II – dor no início e no final da atividade física,

Atrofia muscu- lar com diminui- ção da força da coxa

Dor à palpação: pode ser leve, moderada, ou grave

RM Terapia de on- das de choque

Grau III – dor du- rante e após a ati- vidade física, com piora importante do rendimento; Grau IV – ruptura parcial ou total do tendão.

A dor pode ser classificada como leve, moderada ou grave.

Joelho: squat test. Dor no teste do aga- chamento exe- cutado em um plano inclinado descendente a 30º

Cirúrgia, após 6 meses de tratamento con- servador sem sucesso.

Ombro e Cotovelo

ombro

e cotovelo

Manual Básico de Ortopedia Ombro e Cotovelo

Tendinite calcária

Sandro da Silva Reginaldo Leonardo Vieira Santos Moraes

Características Fases da doença Exame clínico

Exames complementares Tratamento Etiologia desco- nhecida (hipó- teses: hipóxia tecidual circuns- crita, pressão mecânica local, predisposição genética).

Pré-calcificação: fase indolor, em que ocorre hipó- xia local e meta- plasia tecidual.

Fase aguda (reabsorção): pacientes se recusam a movimentar o ombro (dor intensa!).

US: mais sensível do que a radiogra- fia, principalmente na fase aguda ou de reabsorção.

Clínico é o de escolha: analgési- cos, infiltrações, fisioterapia, barbotage (perfu- ração da calcifi- cação).

Ocorre depósito de cálcio (hidro- xiapatita) em um tendão íntegro. Doença autolimi- tada. Diagnóstico diferencial com exostose na tuberosidade maior, consequ- ência de degene- ração do mangui- to rotador.

Calcificação. Formação: dor leve; depósito de cristais de cálcio no tendão.

Repouso: dor leve; formação de uma borda fibrocartilaginosa ao redor do foco de calcificação.

Reabsorção: fase com dor aguda ou hiperaguda e li- mitação funcional dos movimentos; reabsorção fago- citária.

Fases subaguda e crônica:

testes de impacto suba- cromial (Neer, Hawkins, Yokum) posi- tivos;

testes irritativos para man- guito rotador (Jobe, Patte, Gerber) positivos de acordo com tendão aco- metido.

Radiografias: AP com rotação neutra = ver supra-espinal;

AP com rotação interna = ver infra-espinal e re- dondo menor;

AP com rotação externa = ver subescapular;

perfil escapular = ver se a cal- cificação causa impacto.

Cirúrgico (princi- pais indicações): progressão dos sintomas, dor constante inter- ferindo com as atividades da vida diária, ausência de melhora após tratamento não operatório. Artroscopia (vantagens): menor agressão ao deltoide, possibilidade de tratamento de lesões associadas intra-articulares.

Afeta principal- mente mulheres entre 30 e 50 anos. Maior frequência no tendão do supra- -espinal (82%).

Pós-calcificação: fase indolor ou mínima dor; sem sinais de depó- sito às radiogra- fias.

RM: na maioria das vezes, é dis- pensável.

Terapia de ondas de choque: pode ser uma alternati- va ao tratamento cirúrgico.