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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA BIOMEDICINA | Cesmac, Notas de aula de Biomedicina

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Fatima26
Fatima26 🇧🇷

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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA
BIOMEDICINA
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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

BIOMEDICINA

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

Dr. João Rodrigues Sampaio Filho REITOR

Prof. Dr. Douglas Apratto Tenório VICE-REITOR

Profa. Esp. Daniela Pereira do Nascimento SECRETÁRIA ACADÊMICA

Prof. Dr. Raphael de Souza Pinto COORDENADOR DO CURSO DE BIOMEDICINA

COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

Prof. Me. José Andreey Almeida Teles PRESIDENTE

APRESENTAÇÃO

Biossegurança é um conjunto de medidas que visam prevenir, minimizar ou eliminar riscos que comprometam a saúde do homem e de outros animais e quem possam trazer prejuízos ao ambiente.

Com base na idéia de que todo e qualquer trabalho a ser desenvolvido em um laboratório apresenta riscos que podem resultar em danos materiais ou acidentes pessoais, a Comissão de Biossegurança do Centro Universitário Cesmac elaborou este Manual com o objetivo de divulgar normas de segurança e os cuidados necessários às diversas atividades realizadas nos laboratórios desta Instituição.

Este manual é dedicado aos acadêmicos do curso de Biomedicina, professores e demais funcionários dos Cursos da área da Saúde visando garantir a qualidade e a segurança no laboratório.

.

Prof. Dr. Raphael de Souza Pinto Coordenador do Curso de Biomedicina

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA – FEJAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC Campus Marechal Deodoro

  • Introdução SUMÁRIO
  • Capítulo
  • Funções da Comissão de Biossegurança
  • Capítulo
  • Higienização das mãos
  • Capítulo
  • Equipamento de segurança
  • Capítulo
  • Imunização
  • Capítulo
  • Acidente com material biológico
  • Capítulo
  • Gerenciamento dos resíduos sólidos
  • CAPÍTULO
  • Regras gerais de segurança básica nos Laboratórios Didáticos
  • CAPÍTULO
  • Reagentes Químicos
  • CAPÍTULO
  • Avaliação de riscos biológicos
  • REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO 01

FUNÇÕES DA COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA (CBIOSS)

A CBIOSS do Centro Universitário Cesmac é composta por professores dos cursos que compõem o Núcleo da Saúde. Esta comissão deve trabalhar para atingir o objetivo principal que é preservar a segurança de toda comunidade pertencente à instituição, principalmente na prestação de serviços à sociedade.

FUNÇÕES

 Trabalhar em parceria com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) buscando condições seguras de trabalho para toda a equipe;  Normatizar os cuidados de Biossegurança nas clínicas e laboratórios;  Elaborar, implantar e avaliar periodicamente o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS);  Elaborar e implantar um protocolo de redução de acidentes com material químico e biológico;  Elaborar um programa de controle de infecções visando proteger pacientes e a equipe de saúde (professores, estudantes e funcionários) do risco de transmissão de doenças infecciosas nas clínicas dos cursos da área da saúde do Centro Universitário Cesmac;  Implantar um protocolo de assistência ao discente acidentado;  Supervisionar os Laboratórios, Clínicas e a Central de Material Esterilizado, pertencentes ao Centro Universitário Cesmac;  Capacitar discentes, docentes e funcionários, no tocante às atividades desenvolvidas pela CBIOSS;

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 Sensibilizar e acompanhar os discentes no tocante a prevenção de doenças através de vacinação;  Implementar a coleta seletiva de lixo na instituição. O Programa de Controle de Infecções visa:

 Difundir entre todos os membros da equipe de saúde o conceito de precauções padrão, que assume que qualquer contato com fluidos corpóreos é infeccioso e requer que todo profissional sujeito ao contato direto com eles se proteja;

 Revisar anualmente os manuais de biossegurança;

 Reduzir o número de microrganismos patogênicos encontrados no ambiente de trabalho e, consequentemente, contaminação cruzada;

 Sensibilizar a equipe de saúde quanto à importância de, consistentemente, aplicar as técnicas adequadas de controle de infecção;

 Estabelecer estratégias de promoção à saúde dos pacientes e da equipe de saúde;

 Promover a vacinação para alunos e colaboradores dos cursos do Núcleo da Saúde;

 Atender às exigências dos regulamentos governamentais locais, estaduais e federais.

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LEMBRETES TÉCNICOS:

  1. O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos;
  2. Mantenha as unhas tão curtas quanto possível e remova todos os adornos antes da lavagem das mãos;
  3. Utilize técnicas que tratem todas as partes da mão igualmente;
  4. Realize o procedimento de lavagem de mãos a cada atividade;
  5. Lave as mãos em uma pia distinta daquela usada para a lavagem do instrumental.

Para anti-sepsia das mãos ou da área operatória antes de procedimentos cirúrgicos, as preparações contendo digluconato de clorexidina a 2% ou 4%, polivinilpirrolidona-iodo – PVP-I (solução aquosa, solução alcoólica, solução degermante, todas a 10%, com 1% de iodo ativo), e álcool isopropílico a 70% são indicadas para anti-sepsia das mãos e área operatória com o objetivo de eliminar a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente por um período de tempo adequado para prevenir introdução de microrganismos na ferida cirúrgica. Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante o procedimento, elas deverão ser removidas imediatamente e as mãos rigorosamente lavadas, e novamente enluvadas, antes de completar o procedimento. Após completar o atendimento, realize todas as etapas de avaliação e tratamento de acidentes de trabalho com material biológico, conforme fluxograma para acidentes (Fig. 01, p. 25). Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o desaparecimento das lesões, de cuidar de clientes e de manipular instrumentos e

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aparelhos potencialmente contaminados. Contudo, em casos especiais estes devem ser cobertos com curativos antes do calçamento das luvas. As superfícies das bancadas de trabalho são limpas e descontaminadas com hipoclorito a 2% ou álcool a 70%, antes e após os trabalhos e sempre após algum respingo ou derramamento, sobretudo no caso de material biológico potencialmente contaminado e substâncias químicas.

Procedimento de lavagem das mãos Colocar-se junto a pia exclusiva para lavagem das mãos, obedecendo à sequência

TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

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Na ausência de pia com água e sabão realizar antissepsia com álcool etílico a 70%.

Fonte: Manual Técnico de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde: 2007.

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CAPÍTULO 03

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

Equipamentos de Proteção Individual – EPIs

São elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos, químicos e físicos no ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. Desta forma, a utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória durante todo atendimento/procedimento. Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são considerados elementos de contenção primária ou barreiras primárias. E podem reduzir ou eliminar a exposição da equipe, de outras pessoas e do meio ambiente aos agentes potencialmente perigosos.

3.1 Luvas As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminação da pele, das mãos e antebraços com material biológico, durante a prestação de cuidados e na manipulação de instrumentos e superfícies. Deve ser usado um par de luvas exclusivo por usuário, descartando-o após o uso. O uso das luvas não elimina a necessidade de lavar as mãos. A higienização das mãos (capítulo 2) deve ser realizada antes e depois do uso das luvas, uma vez que estas podem apresentar pequenos defeitos, não aparentes ou serem rasgadas durante o uso, provocando contaminação das mãos durante a sua remoção. Além disso, os micro-organismos multiplicam-se rapidamente em ambientes úmidos.

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Luvas de borracha nitrílica

São as mais resistentes que as luvas de borrachas. Devem ser utilizadas para o manuseio de ácidos minerais (HCl, HNO3, H 2 SO 4 ), produtos caústicos (NaOH), e solventes orgânicos (tolueno, benzeno, hexano). São as mais resistentes das luvas de borrachas. Devem ser utilizadas para manuseio de ácidos minerais (HCl, HNO3, H 2 SO 4 ), produtos caústicos (NaOH), e solventes orgânicos (tolueno, benzeno, hexano).

TIPOS DE LUVAS INDICAÇÃO DE USO

Luvas de cloreto de vinila (PVC)

Manuseio de produtos químicos como ácidos, amoníacos, álcoois, cetonas e óleos.

Luca de Malha de Aço

Proteção contra materiais cortantes, utilizadas em: Indústria Alimentícia, Frigoríficos, Abatedouros, Cozinha Industrial, Restaurantes e Corte de Faca.

Luvas de fio de kevlar tricotado

Manipulação de trabalhos com temperaturas até 250ºC.

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Luvas térmicas de nylon

Atividades leves e sem contato com objetos molhados em ambientes de baixa temperatura (até - 35°C).

Luvas de raspa de couro cano longo

Para manipulação de animais que ofereçam risco de perfuração por garras, unhas ou bico.

Notas:  Sempre verificar a integridade física das luvas antes de calçá-las;  Não lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirúrgicas para reutilização. O processo de lavagem pode ocasionar dilatação dos poros e aumentar a permeabilidade da luva, além disso, agentes desinfetantes podem causar deterioração;  As luvas não devem ser utilizadas fora do local de trabalho (clínicas, consultórios, laboratórios e blocos cirúrgicos) a não ser para o transporte de materiais biológicos, químicos, estéreis ou de resíduos;  Nunca tocar objetos de uso comum ou que estão fora do campo de trabalho (caneta, fichas dos usuários, maçanetas, telefones) quando estiver de luvas e manuseando material biológico potencialmente contaminado ou substâncias químicas.

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LEMBRETES TÉCNICOS:

TIPOS DE MÁSCARAS INDICAÇÃO DE USO

Máscara de TNT (Tecido Não Tecido)

Composta por grânulos de resina de polipropileno unidos por processo térmico. É um material inerte e que funciona como barreira contra passagem de micro-organismos. A eficiência de Retenção Bacteriana (EFB) é de 99,8%. Devem ser descartadas após o uso.

Máscara N

Para proteção das vias respiratórias em ambientes hospitalares contra presença de aerodispersóides e prevenção de disseminação de alguns agentes de transmissão por via respiratória, como o Mycobacterium tuberculosis , o vírus do Sarampo, e o vírus da H1N1/Gripe tipo A

Máscara para inalação

Mascara de inalação em polipropileno. Após sua utilização, lavar com água e sabão e ácido peracético a 1% em imersão em 15 min, enxaguar e secar.

  1. Nunca deixar a máscara pendurada no pescoço ou ouvido;
  2. Descartar em recipiente apropriado, após o uso e sempre que estiver visivelmente contaminada ou úmida;
  3. Não guardar em bolsos ou gavetas;
  4. Evitar tocá-la após a sua colocação.

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LEMBRETES TÉCNICOS:

3.3 Óculos de segurança Devem ser usados em atividades que possam produzir respingos e/ou aerossóis, projeção de estilhaços pela quebra de materiais, bem como em procedimentos que utilizem fontes luminosas intensas e eletromagnéticas, que envolvam risco químico, físico ou biológico. Após sua utilização, lavar com água e sabão. No caso de trabalho com agentes biológicos, utilizar solução desinfetante - hipoclorito a 0,1%. O uso de solução alcoólica pode danificar os óculos.

ÓCULOS INDICAÇÃO DE USO

Óculos Nitro de Segurança

Para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes, luminosidade intensa, radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha, e contra respingos de produtos químicos.

  1. Óculos comuns não oferecem proteção adequada;.
  2. Os protetores oculares devem ser fornecidos também aos clientes, pois alguns procedimentos constituem riscos de contaminação.