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Guias e Dicas
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Manobras Cirúrgicas Fundamentais, Esquemas de Cirurgia Dentária

As técnicas cirúrgicas fundamentais, incluindo a diérese, hemostasia e síntese. São descritos os instrumentais utilizados em cada técnica, bem como os tipos de fios de sutura e suas características. Além disso, são abordados temas como tipos de incisões, tipos de hemostasia, doenças hemorrágicas e exames complementares. útil para estudantes de medicina e áreas relacionadas.

Tipologia: Esquemas

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MANOBRAS CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS 03/09/2020
Profº Valthierre
Combinação de procedimentos técnicos executados de forma precisa e com instrumentais apropriados,
comuns à todo tipo de cirurgia.
NECESSIDADES CIRÚGICAS BÁSICAS
Visibilidade:
- Acesso cirúrgico apropriado
- Iluminação suficiente
- Campo cirúrgico livre de sangue e saliva
Auxílio adequado
1. DIÉRESE
Manobras que visam romper a integridade tecidual, penetrando o interior dos tecidos e atingindo áreas de
interesse do cirurgião.
É o tempo operatório que reúne manobras cirúrgicas destinadas à separação cruenta dos tecidos.
Divide-se em:
INCISÃO
Manobra que serve para abrir, por meios mecânicos (bisturi ou tesoura) ou térmicos (bisturi elétrico ou
laser), os tecidos superficiais, de modo a ter acesso aos planos mais profundos.
Corte do tecido
a) Incisão com bisturi:
- cabo n° 3
- lâminas descartáveis (11,12 ou 15)
b) Montagem e remoção da lâmina no cabo:
- sempre utilizar o porta-agulhas para tal fim
- nunca utilizar a mão para montar ou remover a lâmina
c) Técnica para incisão:
- empunhadura do bisturi: “pena de escrever”
PRINCÍPIOS PARA INCISÃO CORRETA:
Evitar estruturas anatômicas importantes;
Utilizar lâmina nova e afiada;
Incisão firme, contínua e com bordos regulares;
Bisturi perpendicular as incisões: tipo, localização e extensão adequados
d) Incisões intrabucais:
- preferencialmente na gengiva inserida;
- margens posicionadas sobre osso sadio e intacto;
- incisões próximas aos dentes devem ser realizadas no sulco gengival
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MANOBRAS CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS 03/09/

Profº Valthierre → Combinação de procedimentos técnicos executados de forma precisa e com instrumentais apropriados, comuns à todo tipo de cirurgia. NECESSIDADES CIRÚGICAS BÁSICAS

  • Visibilidade:
    • Acesso cirúrgico apropriado
    • Iluminação suficiente
    • Campo cirúrgico livre de sangue e saliva
  • Auxílio adequado

1. DIÉRESE

→ Manobras que visam romper a integridade tecidual, penetrando o interior dos tecidos e atingindo áreas de interesse do cirurgião. → É o tempo operatório que reúne manobras cirúrgicas destinadas à separação cruenta dos tecidos. Divide-se em:

  • INCISÃO → Manobra que serve para abrir , por meios mecânicos (bisturi ou tesoura) ou térmicos (bisturi elétrico ou laser), os tecidos superficiais, de modo a ter acesso aos planos mais profundos. → Corte do tecido a) Incisão com bisturi:
    • cabo n° 3
    • lâminas descartáveis (11,12 ou 15 ) b) Montagem e remoção da lâmina no cabo:
  • sempre utilizar o porta-agulhas para tal fim
  • nunca utilizar a mão para montar ou remover a lâmina c) Técnica para incisão:
  • empunhadura do bisturi: “pena de escrever” PRINCÍPIOS PARA INCISÃO CORRETA: → Evitar estruturas anatômicas importantes; → Utilizar lâmina nova e afiada; → Incisão firme, contínua e com bordos regulares; → Bisturi perpendicular as incisões: tipo, localização e extensão adequados d) Incisões intrabucais:
  • preferencialmente na gengiva inserida;
  • margens posicionadas sobre osso sadio e intacto;
  • incisões próximas aos dentes devem ser realizadas no sulco gengival

Retalho: Base (x) maior do que a altura (y) = questão de suprimento sanguíneo do retalho confeccionado. Base ampla permite maior irrigação do retalho Incisões oblíquas devem ser divergentes e não convergentes, por conta do suprimento sanguíneo. e) Tipos de incisões:

  1. Neumann: gengiva inserida, livre e papila dental com 1 relaxante
  2. Neumann modificada: gengiva inserida, livre e papila dental com 2 relaxantes
  3. Wasmund: gengiva inserida e livre

CINZÉIS:

→ Diversidade de tipos; → Utilizado com martelo ou pressão manual; → Precisão; → Não produz aquecimento ósseo ( aquecimento ósseo = necrose ); → Traumático para o paciente ; → Evitar em osso esclerótico e mandíbula atrófica; → Complementar osteotomia e osteoctomia PINÇA-GOIVA, OSTEÓTOMO, ALVEOLÓTOMO: → Diversidade de tipos; → Corte frontal ou lateral; → Parte ativa sempre limpa; → Utilizar com cautela; → Utilizar com ação de corte e não com movimentos de luxação e torção; → Menos traumático que rotatório e cinzel; → Campo de aplicação limitado BROCAS: → Sob alta ou baixa rotação; → Sempre com irrigação constante com soro fisiológico: evitar aquecimento ósseo; → Técnica mais rápida e menos incômoda para o paciente; → Alta rotação: risco de enfisema (entrada de ar nos tecidos), principalmente na maxila; → Exige maior treinamento: risco de lesões de estruturas vásculo-nervosas, tecidos moles e dentes. CURETAGEM: → É a manobra cirúrgica pela qual removem-se formações estranhas, patológicas ou não, presentes no campo operatório ou ainda decorrentes do ato cirúrgico. → Remoção de tecido alterado do interior de cavidades; → Complementação do tratamento de lojas ósseas; → Perigo de dano a estruturas váculo-nervosas e seio maxilar;

3. HEMOSTASIA

→ Manobras cirúrgicas que visam parar ou prevenir o sangramento tecidual excessivo (hemorragia), oriundo das manobras de diérese e exérese. → Tipos de hemorragias:

  • Arterial
  • Venosa
  • Capilar (em lençol) → A hemostasia tem por objetivo prevenir ou coibir as hemorragias decorrentes de feridas acidentais ou operatórias. → Constitui um fenômeno “in vivo” em que participam além da coagulação sanguínea, os vasos e as plaquetas. → Podem ser esquematizadas em três tempos ou etapas:
  • Tempo parietal:
    • dura aproximadamente 30 s;
    • vasoconstricção reflexa;
    • adesão e agregação plaquetária;
    • obstrução e recobrimento da porção lesada do vaso sanguíneo.
  • Tempo plasmático:
    • constitui a fase de formação do coágulo;
    • compreende a formação de tromboplastina, trombina e fibrina.
  • Tempo trombodinâmico:
    • três fases: (72 horas após a formação do coágulo)
      • construtiva
      • estabilizadora
      • destrutiva TIPOS DE HEMOSTASIA ESTANCA O SANGRAMENTO AÇÃO DAS PLAQUETAS PARA FORMAÇÃO TAMPÃO PLAQUETÁRIO DOENÇAS HEMORRÁGICAS
  • PÚRPURASVasculares : devido a defeito na parede vascular ou aumento da fragilidade capilar → Plaquetárias : devido a redução ou eliminação das plaquetas

PRIMÁRIA SECUNDÁRIA

EVITA O

RESSANGRAMENTO

AÇÃO DOS FATORES DA CASCATA

DE COAGULAÇÃO PARA

FORMAÇÃO DA REDE DE FIBRINA

4. SÍNTESE

→ Síntese ou sutura consiste nas manobras cirúrgicas feitas para a aproximação das bordas da ferida cirúrgica. → Objetivos:

  • reposicionar adequadamente os tecidos;
  • auxiliar a hemostasia;
  • impedir a formação de “espaço morto “ – evitar hematomas e infecção. INSTRUMENTAIS: → Porta-agulhas Mayo-Hegar; → Pinça cirúrgica (dissecção ou dente de rato); → Tesoura cirúrgica; → Fio de sutura CARACTERÍSTICAS DO FIO IDEAL: → Grande resistência à tração e torsão; → Mole, flexível e pouco elástico; → Ausência de reação tecidual; → Baixo custo. TIPOS DE FIOS DE SUTURAAbsorvíveis (sutura de mucosas e planos profundos): maior reação tecidual
  • Naturais : categute (+ barato; muita reação tecidual) – feito do intestino do porco – para ele ser reabsorvido há necessidade de um processo inflamatório pq ele é reabsorvido por fagocitose.
  • Sintéticos : poliglactina 910 e ácido poliglicólico (+ caro; menos reação tecidual) – não há necessidade de fagocitose. → Inabsorvíveis (sutura de mucosa e pele): menor reação tecidual
  • Naturais : seda, linho e algodão (multifilamentados) - > maior resistência a tração, porém acumula mais alimentos pq apresenta superfície irregular
  • Sintéticos : nylon, poliéster e polipropileno (monofilamentados) – conformação lisa, menos resistência a tração e não acumula alimentos. ESPESSURA DOS FIOS DE SUTURA

TEMPO DE ABSORÇÃO:

→ Catgut: 8 a 10 dias; → Catgut cromado: 20 dias; → Ácido poliglicólico (PGA): 30 a 60 dias; → Poliglactina: 60 a 90 dias.

MAIOR ESPESSURA

MENOR ESPESSURA

AGULHAS DE SUTURAS:

→ Pré-montadas → Não montadas → Retas → Semi-circulares → Circulares → Cilíndricas (não cortantes) → Triangulares (cortantes) – mais utilizada PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DA SUTURA → Apreender a agulha com o porta-agulhas na metade ou ¾ da distância da ponta; → Agulha deve penetrar perpendicularmente ao tecido suturado; → Introduzir a agulha com movimento circular (rotação do pulso); → Não forçar a agulha contra os tecidos; → Não apreender a agulha pela ponta ativa; → Realizar a sutura dos tecidos móveis em direção aos relativamente fixos; → Aproximar as bordas da ferida sem tensão; → Passar a agulha nos tecidos com o auxílio da pinça nos tecidos com o auxílio da pinça de dissecção (evitar apreender a agulha com os dedos);Primeiro ponto no meio da incisão, segundo e terceiro nas extremidades; → No caso de incisões relaxantes, primeiro ponto no ângulo das incisões;O nó cirúrgico deverá sempre ser posicionado lateralmente ao traço da incisão TIPOS DE SUTURA → Interrompida simples → Interrompida em “X” → Contínua simples → Contínua festonada → Interrompida em “U” → Contínua em “U” Sutura interrompida simples Sutura interrompida em “X”