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manejo_odontologico_de_pacientes_portadores_de_lup, Resumos de Odontologia

manejo_odontologico_de_pacientes_portadores_de_lup

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 03/10/2023

ze-do-povo
ze-do-povo 🇧🇷

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Manejo Odontológico de Pacientes portadores de
Lúpus Eritematoso
Alunos: Eduardo Dias, Denise e Giovanna Magalhães
Introdução
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), também conhecido como lúpus, é uma
doença inflamatória crônica de origem autoimune. Ela pode afetar vários
órgãos e se manifestar de forma lenta e progressiva ao longo de meses ou de
maneira mais rápida em semanas. Existem dois tipos principais de lúpus: o
cutâneo, que causa manchas avermelhadas na pele exposta ao sol, como
rosto, orelhas, colo e braços, e o sistêmico, que envolve um ou mais órgãos
internos.
O lúpus ocorre em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, embora seja mais
comum em mulheres, especialmente entre 20 e 45 anos. Estima-se que
existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus no Brasil, sendo a maioria
mulheres. Os fatores genéticos, hormonais e ambientais desempenham um
papel importante no desenvolvimento da doença. Pessoas com predisposição
genética podem desenvolver alterações imunológicas após interações com
fatores ambientais, como exposição solar, infecções virais ou micro-
organismos.
Sintomas
Os sintomas do lúpus variam em intensidade de acordo com a atividade da
doença. Alguns sintomas gerais incluem cansaço, desânimo, febre,
emagrecimento e perda de apetite. Os sintomas específicos dependem dos
órgãos afetados e podem incluir dor nas articulações, manchas na pele,
inflação da pleura, hipertensão e problemas nos rins.
As lesões cutâneas são comuns no lúpus, especialmente as manchas
avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, conhecidas como lesões
em asa de borboleta. Outros sintomas incluem dor e inchaço nas articulações,
inflamação das membranas do pulmão e coração, inflamação dos rins,
alterações neuropsiquiátricas e alterações nas células do sangue.
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Manejo Odontológico de Pacientes portadores de

Lúpus Eritematoso

Alunos: Eduardo Dias, Denise e Giovanna Magalhães

Introdução

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), também conhecido como lúpus, é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune. Ela pode afetar vários órgãos e se manifestar de forma lenta e progressiva ao longo de meses ou de maneira mais rápida em semanas. Existem dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que causa manchas avermelhadas na pele exposta ao sol, como rosto, orelhas, colo e braços, e o sistêmico, que envolve um ou mais órgãos internos. O lúpus ocorre em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, embora seja mais comum em mulheres, especialmente entre 20 e 45 anos. Estima-se que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus no Brasil, sendo a maioria mulheres. Os fatores genéticos, hormonais e ambientais desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. Pessoas com predisposição genética podem desenvolver alterações imunológicas após interações com fatores ambientais, como exposição solar, infecções virais ou micro- organismos.

Sintomas

Os sintomas do lúpus variam em intensidade de acordo com a atividade da doença. Alguns sintomas gerais incluem cansaço, desânimo, febre, emagrecimento e perda de apetite. Os sintomas específicos dependem dos órgãos afetados e podem incluir dor nas articulações, manchas na pele, inflação da pleura, hipertensão e problemas nos rins. As lesões cutâneas são comuns no lúpus, especialmente as manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, conhecidas como lesões em asa de borboleta. Outros sintomas incluem dor e inchaço nas articulações, inflamação das membranas do pulmão e coração, inflamação dos rins, alterações neuropsiquiátricas e alterações nas células do sangue.

Diagnóstico

O diagnóstico do lúpus é feito com base nos sintomas relatados pelo paciente, exames físicos e resultados de exames de sangue e urina. Embora não exista um teste específico para o lúpus, a presença do fator antinuclear (FAN) em altos títulos, juntamente com sintomas característicos, pode confirmar o diagnóstico. Outros testes específicos, como anticorpos anti-Sm e anti-DNA, podem ser realizados, mas não estão presentes em todos os casos.

Achados Odontológicos

"Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) podem apresentar uma variedade de sintomas e manifestações, afetando diferentes sistemas e órgãos do corpo. Alguns dos sintomas mais comuns incluem eritema malar, lesão discoide, fotossensibilidade, úlceras orais e nasais, artrite, serosite, além de comprometimentos no sistema cardiovascular, pulmonar, renal, neuropsiquiátrico, hematológico e imunológico (Louis et al., 2001). Em pacientes com LES, também são comuns sintomas orais e bucais que são afetados por uma série de problemas, como ardência bucal, xerostomia, doenças das glândulas salivares (como necrose focal da glândula parótida), disfunções nas articulações têmporomandibulares, gengivite descamativa e doença periodontal (Ramakrishna et al., 2009; Umbelino et al., 2010). É importante observar que as manifestações bucais são mais prevalentes no lúpus eritematoso discoide (LED) do que no LES em si (Costa et al., 2009). Essas lesões podem se apresentar como erosões da mucosa, placas com descamação superficial, fissuras com tendência hemorrágica, ulcerações ou erosões dentro de placas, ou estrias brancas irradiadas (Umbelino et al., 2010; Louis et al., 2001). Devido ao amplo envolvimento do LES em diferentes sistemas e órgãos do corpo, é essencial que cirurgiões-dentistas estejam familiarizados com a patologia e suas manifestações orais, a fim de auxiliar no diagnóstico. O controle e tratamento odontológico de pacientes com LES requerem uma compreensão abrangente da condição médica geral do paciente. Pacientes com LES necessitam de cuidados bucais especiais devido à maior suscetibilidade a infecções. “O acompanhamento periódico pelo cirurgião- dentista é essencial para o diagnóstico precoce de doença periodontal e lesões bucais associadas ao LES (Stojan, 2012).”

minutos para escovar os dentes completamente. As placas de tártaro, que causam cáries e doenças periodontais, acumulam-se na superfície de cada dente e devem ser removidas diariamente. Caso a gengiva sangre ou doa, ela deve ser escovada com mais cuidado. Pacientes com lúpus devem verificar regularmente a parte interna da boca em busca de áreas vermelhas ou irritações. Se essas áreas forem encontradas, devem ser relatadas ao médico e ao dentista.

  1. Os pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) necessitam de cuidados bucais especiais, especialmente devido à maior suscetibilidade a infecções de modo geral. É fundamental que o paciente seja acompanhado regularmente pelo cirurgião-dentista para possibilitar o diagnóstico precoce de doenças periodontais e lesões bucais associadas ao lúpus eritematoso sistêmico. O cirurgião-dentista desempenha um papel crucial no diagnóstico das lesões bucais decorrentes do lúpus, uma vez que a cavidade bucal pode ser o local primário de manifestações da doença. Por fim, é importante que esse profissional esteja atento aos cuidados bucais específicos para esse grupo de pacientes, bem como à profilaxia antibiótica nos procedimentos odontológicos necessários (Umbellino et al., 2010).

Referencias bibliográficas

LOUIS, P. J., FERNANDES, R. Review of systemic lupus erythematosus. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod ., v. 91, n. 5, p. 512-6,

RAMAKRISHNA, Y., REDDY, J. S. Systemic lupus erythematosus presenting with oral mucosal lesions - a case report. J. Clin. Pediatr. Dent ., v. 33, n. 3, p. 255-8, 2009. UMBELINO JÚNIOR AA, CANTISANO MH, KLUMB EM, DIAS EP, SILVA AA. Achados bucais e laboratoriais em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. J Bras Patol Med Lab. 2010; 46(6):479-86. UMBELLINO JÚNIOR, A. A. et al. Achados bucais no lúpus eritematoso sistêmico. Rev. Bras. Odontol., v. 67, n. 2, p.183-187, 2010. LURDES NARCISO. Manual informativo para o doente com LÚPUS 2014 SALDANHA, K. ; COSTA, D. Lúpus eritematoso sistêmico em Odontologia: relato de caso. Arch Health Inves t (2015) 4(6): 21-24 © 2015 - ISSN 2317-3009.

DIAS, N. S. L. Dental care and lúpus. 1997. Disponível em:. Acesso em 21 jun. 2023. STOJAN G, BAER AN. Flares of systemic lupus erythematosus during pregnancy and the puerperium: prevention, diagnosis and management. Expert Rev Clin Immunol 2012;8(5):439-53.