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Guias e Dicas
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Manejo não farmacológico da dor, Resumos de Clínica médica

Abordagens terapêuticas não farmacológicas para a dor. Acupuntura, fisioterapia, nutrição, sono.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 21/10/2024

augusto-molinaroli
augusto-molinaroli 🇧🇷

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Manejo Não Farmacológico da Dor
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Manejo Não Farmacológico da
Dor
Data
Todo paciente com dor terá um plano de cudiado com tratamento completo,
utilizando estratégias farmacológicas e não-farmacológicas.
As principais estratégias não farmacológicas para controle da dor envolvem
fisioterapia, psicoterapia, nutrição, atividade física e higiene do sono.
Fisioterapia:
A fisioterapia atua como primeira linha de tratamento não farmacológico.
Ela pode ser utilizada de forma isolada, sem tratamento farmacológico, em alguns
casos, com o intuito de reabilitar ou propriamente tratar a dor.
O papel do médico é, no máximo, orientar a busca por um profissional de
fisioterapia nos casos em que essa abordagem traga benefícios para o paciente.
Já a avaliação e definição de plano terapêutico individual é realizada pelo
profissional fisioterapeuta.
A fisioterapia tem três modalidades no tratamento da dor:
 Exercícios terapêuticos que promovem mobilidade, força e função;
 Terapia manual, com a manipulação de tecidos para alívio da dor (massagem);
 Eletroterapia, que é a aplicação de correntes elétricas para modular a dor.
Lesões agudas → profissional dá maior atenção aos processos inflamatórios e às
fases de reparo tecidual. Terapia manual, eletroterapia e termoterapia são
utilizadas.
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Manejo Não Farmacológico da

Dor

Data

Todo paciente com dor terá um plano de cudiado com tratamento completo, utilizando estratégias farmacológicas e não-farmacológicas.

As principais estratégias não farmacológicas para controle da dor envolvem fisioterapia, psicoterapia, nutrição, atividade física e higiene do sono.

Fisioterapia:

A fisioterapia atua como primeira linha de tratamento não farmacológico.

Ela pode ser utilizada de forma isolada, sem tratamento farmacológico, em alguns casos, com o intuito de reabilitar ou propriamente tratar a dor.

O papel do médico é, no máximo, orientar a busca por um profissional de fisioterapia nos casos em que essa abordagem traga benefícios para o paciente. Já a avaliação e definição de plano terapêutico individual é realizada pelo profissional fisioterapeuta.

A fisioterapia tem três modalidades no tratamento da dor:

 Exercícios terapêuticos que promovem mobilidade, força e função;  Terapia manual, com a manipulação de tecidos para alívio da dor (massagem);  Eletroterapia, que é a aplicação de correntes elétricas para modular a dor.

Lesões agudas → profissional dá maior atenção aos processos inflamatórios e às fases de reparo tecidual. Terapia manual, eletroterapia e termoterapia são utilizadas.

October 21, 2024

Dores crônicas → o objetivo do profissional deve ser educação em saúde, sobre a importância de atividade física, exercícios, visando aumentar o envolvimento ativo do paciente no seu quadro. Intervenções passivas como terapia manual e eletroterapia são utilizadas de forma complementar.

A termoterapia por adição, algumas vezes referida como termoterapia somente, consiste no emprego do calor superficial. Podem ser usados métodos como compressas quentes, banheira de hidromassagem, hidroterapia de turbilhão, banhos de parafina, infravermelho, micro-ondas, ultrassom, dentre outros. Por meio desse método, ocorre o aumento da temperatura do tecido local, a melhora da circulação sanguínea, o aumento do metabolismo tecidual, analgesia, relaxamento muscular e alteração da sudorese.

A termoterapia por subtração, ou crioterapia, consiste em retirar calor superficial. É bem útil para aliviar dores agudas traumáticas ou inflamatórias. Além disso, promove redução do edema, relaxamento e analgesia muscular, quando falha a terapêutica da termoterapia por adição.

 Exercícios Terapêuticos:

Tem como foco o restabelecimento do movimento, reduzindo a excitabilidade dos nociceptores, além de promover cicatrização tecidual.

Aumenta substâncias análgésicas endógenas e diminui citocinas inflamatórias.

Ativa sistemas inibitórios descendentes e aumenta a função dos opioides endógenos e da serotonina.

A prática de exercícios regulares previne dor crônica, promove cicatrização e controla a dor. Tendo em mente que estes exercícios e movimentos devem ser prescritos e ensinados por profissional qualificado de acordo com a necessidade de cada paciente.

Ainda, os exercícios terapêuticos tem efeitos psicológicos nos pacientes, reduzindo fatores psicológicos negativos, como a catastrofização, depressão e disfunção cognitiva.

Existe uma relação inversa entre catastrofização e analgesia induzida pelo exercício.

A corrente de estimulação elétrica nervosa transcutânea TENS é indicada para dor localizada, como espasmos musculares, lombalgias, artralgias e fraturas, incluindo dores causadas por câncer ou pós-operatórias. Não deve ser aplicada na região das carótidas, em portadores de marca-passo ou em abdome de mulheres grávidas. Deve-se ter cuidado especial com idosos, portadores de epilepsia e grávidas.

Sono:

Existe uma relação bidirecional entre dor e sono.

Pacientes com dor crônica, por exemplo, tem sono de péssima qualidade, o que faz a manutenção desta dor.

O oposto é verdadeiro. Pessoas com melhor qualidade de sono tem sintomas dolorosos reduzidos.

Atividade Física:

É padrão-ouro no tratamento da fibromialgia.

Atividade física aeróbica ou resistida reduz dor, melhora função física e humor.

Produz efeitos antiálgicos e imunoestimuladores. Promove a modulação da dor e melhora a qualidade de vida.

Como médicos, devemos recomendar a prática regular de exercícios adaptados à condição de saúde do paciente.

Psicologia:

Como já estudado, a dor pode ser composta de fatores biológicos, psicológicos, sociais, emocionais, entre outros. Por isso a abordagem com profissional de psicologia é essencial para o tratamento da dor.

A compreensão destes componentes da dor permite o controle de sintomas psicológicos que agravam a dor no paciente como crenças disfuncionais, como catastrofização e autoeficácia reduzida, ansiedade, medo, depressão, raiva e estresse.

A principal abordagem é o TCC (terapia cognitivo comportamental).

Ela tem objetivo de focar na modulação das crenças e comportamentos associados à dor, desenvolver no paciente com dor a postura e enfrentamento do quadro, hábitos saudáveis de atividade física, sono e alimentação.

Ela aborda influências culturais, sociais e ambientais que afetam a percepção da dor, como aspectos laborais e familiares que impactam a recuperação e adaptação à dor.

A psicoterapia, nesse contexto, torna-se uma possibilidade de abordagem para aquilo que ultrapassa os limites do físico. A dor, mesmo que localizada e com etiologia definida, demanda também do médico a sensibilidade da indicação do tratamento psicológico adequado para cada paciente.

A intervenção psicológica vai além da identificação unicamente da queixa atual. Ela versa sobre uma tentativa de reestruturação e entendimento dos conflitos e modos de funcionar do sujeito, tanto atuais quanto passados, os quais podem influenciar de alguma forma a demanda apresentada na clínica da dor.

Nutrição:

Outra abordagem muito importante no manejo não farmacológico da dor é a da nutrição.

O aumento de massa muscular está intimamente relacionado à melhora do limiar de dor em dores crônicas.

Para isso, o paciente deve ser orientado quanto à ingestão proteica, aliada a um programa de exercícios físicos, para ganhar massa muscular.

Adultos  19 anos: 0,8 g/kg de peso corporal por dia.

Idosos  65 anos: 1,0 a 1,5 g/kg por dia, podendo ser maior em condições crônicas.

A ingestão proteica pós-exercício maximiza o ganho de massa muscular, sendo ideal até 60 minutos após o exercício. Porém, a sensibilidade muscular à proteína aumenta até 24 horas após o treino.

O papel do nutricionista nessa abordagem é essencial para garantir o equilíbrio entre macronutrientes. Carboidratos e lipideos são fundamentais para síntese

inserção de agulhas em pontos estratégicos do corpo humano, com fins terapêuticos.

Seus efeitos decorrem, de forma geral, a partir do estímulo em receptores específicos, que alcançam o sistema nervoso central pela rede nervosa periférica em três níveis de neuromodulação: local, espinhal e supra-espinhal, resultando na liberação de várias substâncias que vão provocar o homeostasia do organismo. É um tratamento de origem estimulatória, que ativa sítios específicos (pontos) a fim de obter analgesia, normalização das funções orgânicas e modulação imunitária.

O objetivo é restaurar o equilíbrio do corpo, promovendo saúde e alívio da dor.

Qi (Chi): energia vital que percorre o corpo através de meridianos.

Meridianos: canais energéticos que não coincidem com nervos ou vasos sanguíneos.

Pontos de acupuntura são, portanto, localizados ao longo dos meridianos, com menor resistência elétrica, coincidem com terminações nervosas e pontos-gatilho miofasciais.

A aplicação Prática da Acupuntura pode ser uma terapia da desarmonia, ajustando o Chi para restaurar o equilíbrio entre os elementos. Para diagnóstico e tratamento, com a identificação de desequilíbrios dos elementos e ajuste através dos pontos de acupuntura.

O mecanismo de ação é a liberação de neurotransmissores a partir da agulha ou ventosa aplicada nos pontos dos meridianos. Encefalinas, endorfinas, dinorfinas, serotonina.

Atuação no alívio da dor por meio das fibras nervosas A-delta e C.

O estímulo da acupuntura induz alterações nos marcadores inflamatórios e no tecido conjuntivo, causando imunomodulação.

Analgesia alcançada através da liberação de opioides naturais em níveis espinhal e supraespinhal.

A acupuntura pode ser indicada em casos de dor crônica, fibromialgia, náuseas e vômitos pós-operatórios, gravidez e quimioterapia.

Nível de evidência da acupuntura:

Evidências moderadas a fortes para 46 condições.

Quando comparada a muitos tratamentos convencionais, a acupuntura possui evidências de eficácia mais robustas e é mais econômica.

Contraindicações da Acupuntura

Populações vulneráveis.

Em pacientes em uso de anticoagulantes, apesar de não ser contraindicado, o tempo de sangramento pode ser maior.

Plaquetopênicos 30.000, usar laser, cromoterapia ou moxabustão em vez de agulhas.

Pacientes com uso de marca-passo deve ser evitada a estimulação elétrica.

Não recomendado para pacientes que apresentem psicose ou delírios.

Acupuntura para dor lombar, osteoartrite, artrite reumatoide, fibromialgia, migrânea, neuralgia pós-herpética e epicondilite lateral tem eficácia comprovada.

A acupuntura melhora a função e reduz a dor em pacientes com lombalgia.

Revisões sistemáticas mostram melhorias significativas na dor da osteoartrite do joelho.

Acupuntura associada a melhorias em 8 semanas, mesmo quando comparada ao placebo.

Efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. A acupuntura alivia a dor e melhora a função em artrite reumatoide.

A eletroacupuntura pode melhorar dor e rigidez em pacientes com fibromialgia, com evidências de qualidade baixa a moderada.

Reduz a frequência e intensidade das crises de enxaqueca.

Acupuntura vs. Topiramato: acupuntura mostrou menos efeitos colaterais 6% vs. 66%.

Recomendação do NICE acupuntura deve ser usada para dores de cabeça crônicas ou enxaquecas que não respondem ao tratamento farmacológico.

Combinação de tratamentos: Acupuntura + moxabustão + ventosas mostrou maior eficácia que medicina ocidental para tratar neuralgia pós-herpética NPH.

Resultados mistos, mostrando eficácia variável no tratamento da epicondilite lateral.