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Manejo e Produção de Cana: Época e Sistemas, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Agrícola

Documento abordando principais topicos sobre o manejo e produção da cana-de-açúcar, plantio de inverno, uso da agricultura de precisão na cana, uma monografia detalhada com referencias e bibliografia.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2025

Compartilhado em 16/04/2025

leonardo-borazo
leonardo-borazo 🇧🇷

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
CANA-DE-AÇÚCAR
PLANTIO: ÉPOCA E SISTEMAS
Trabalho proposto como parte da
avaliação da disciplina FA118 - Manejo e
Produção da Cana-de-Açúcar
1°. Semestre/2024
Professor Responsável: Dr. Zigomar
Menezes de Souza
Caio Simplicio Arantes 168343
Leonardo Borazo Neri Vitoriano 220024
Djalma Baute Filho 215068
Gabriel Azambuja De Oliveira Andrade 216081
Samuel Antunes Silva Teixeira 224353
CAMPINAS
2024
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

CANA-DE-AÇÚCAR

PLANTIO: ÉPOCA E SISTEMAS

Trabalho proposto como parte da avaliação da disciplina FA118 - Manejo e Produção da Cana-de-Açúcar 1°. Semestre/ Professor Responsável: Dr. Zigomar Menezes de Souza Caio Simplicio Arantes 168343 Leonardo Borazo Neri Vitoriano 220024 Djalma Baute Filho 215068 Gabriel Azambuja De Oliveira Andrade 216081 Samuel Antunes Silva Teixeira 224353 CAMPINAS

SUMÁRIO

    1. RESUMO ………………………………………………………………………..
    1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………
    1. CANA-DE-AÇÚCAR …………………………………………………………..
    1. ÉPOCA E PLANTIO DA CANA ………………………………………………
    • 4.1 Plantio Ano e Meio ………………………………………………………….
    • 4.2 Plantio Inverno ……………………………………………………………..
    1. MANEJO E PREPARAÇÃO ………………………………………………….
    1. AGRICULTURA DE PRECISÃO …………………………………………….
    1. MELHORAMENTO GENÉTICO …………………………………………….
    1. USO DE DRONES E SENSORES ……………………………………………..
    1. CONCLUSÃO …………………………………………………………………..
    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………

CANA-DE-AÇÚCAR

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma planta tropical perene pertencente à família Poaceae, conhecida por sua importância histórica e econômica. Esta planta robusta, que pode atingir alturas de 3 a 5 metros, é conhecida pelas suas diversas partes importantes, incluindo caules, folhas, raízes e flores. O colmo é o caule da planta e é onde se concentra a maior parte dos açúcares, apresentando nós e divisões internas. As folhas são longas, estreitas, cônicas, crescendo em cada nó do caule e desempenham um papel vital na fotossíntese, permitindo que a planta capte a energia solar necessária para crescer. As raízes formam um extenso sistema radicular fibroso, garantindo a estabilidade da planta e a absorção eficiente de água e nutrientes do solo. As flores são reunidas em inflorescências chamadas panículas e são importantes para a propagação da planta, embora a propagação comercial seja geralmente assexuada. A cultura da cana-de-açúcar se desenvolve bem em áreas tropicais e subtropicais e requer condições climáticas específicas para crescer de forma ideal. Ela precisa de temperaturas médias na faixa de 20-30°C, uma vez que temperaturas abaixo de 20°C podem atrasar seu crescimento, enquanto temperaturas acima de 30°C, combinadas com alta umidade, são favoráveis ao seu desenvolvimento. A presença de alta luminosidade é crucial para o processo de fotossíntese, estimulando um crescimento vigoroso e a produção de açúcar. Além disso, a cana-de-açúcar precisa de uma quantidade anual de precipitação entre 1500-2500 mm, sendo ideal uma distribuição equilibrada das chuvas ao longo do ano, mas ela consegue tolerar períodos de seca se receber irrigação adequada. Gosta de solos profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica, sendo relativamente resistente a diferentes tipos de solo, desde que não sejam excessivamente salinos ou mal drenados. A origem da cana-de-açúcar remonta ao Sudeste Asiático, em particular à Nova Guiné, onde comunidades locais a cultivavam há mais de 6.000 anos. A propagação da cana para outras regiões foi impulsionada por migrações e intercâmbios culturais. A Índia viu a introdução da cana por volta de 2000 a.C., com o desenvolvimento de métodos indianos para a extração e cristalização do açúcar. A cultura se disseminou para a Pérsia e o mundo árabe a partir da Índia, resultando em aprimoramentos nos métodos de produção de açúcar. A chegada dos árabes ao Mediterrâneo levou a cana-de-açúcar para a Europa, especialmente na Península Ibérica. Durante a Era das Grandes Navegações no século XV, portugueses e espanhóis introduziram a cana nas Ilhas Canárias, Madeira e Açores. Com a colonização das Américas, a cana foi levada para o Novo Mundo, encontrando condições ideais para seu cultivo. O Brasil se tornou um centro importante de produção de cana-de-açúcar a partir do século XVI, com os primeiros engenhos sendo instalados no Nordeste e a mão de obra escrava africana desempenhando um papel fundamental na economia e sociedade colonial brasileira. No século XX, a produção de cana-de-açúcar passou por transformações tecnológicas significativas, incluindo mecanização, melhoramento genético e adoção de técnicas sustentáveis, aumentando a eficiência e produtividade. Atualmente, o Brasil lidera a produção mundial de cana-de-açúcar, com foco em açúcar e etanol. O setor sucroenergético é essencial para a economia brasileira, gerando empregos, promovendo o desenvolvimento rural e a sustentabilidade ambiental. Além de seus usos tradicionais, a cana-de-açúcar possui uma ampla gama de aplicabilidades. O açúcar é essencial na indústria alimentícia, enquanto o etanol renovável é usado para energia e combustível. A biomassa residual é empregada na produção de eletricidade e calor, promovendo a sustentabilidade. Subprodutos como melaço, bagaço e

vinhaça têm usos na alimentação animal, adubação e processos industriais. A cana-de-açúcar desempenha um papel vital na economia global e na mitigação das mudanças climáticas. A capacidade de adaptação da cana-de-açúcar a diferentes condições climáticas e de solo, sua resiliência e longa vida útil tornam-na uma cultura valiosa e versátil. Sua importância econômica e ambiental é evidente, sustentando atividades industriais e oferecendo benefícios sustentáveis. A história e evolução da cana-de-açúcar demonstram sua relevância contínua como uma cultura essencial no cenário moderno, com potencial para inovações futuras e crescimento. Entender as fases fenológicas da cana-de-açúcar é essencial para uma gestão eficiente da cultura, pois orientam os agricultores sobre o desenvolvimento da planta ao longo do seu ciclo de crescimento. Esse conhecimento permite planejar adequadamente as atividades agrícolas e maximizar a produtividade. As principais fases fenológicas da cana-de-açúcar são: ● Germinação e Emergência: Esta é a fase inicial do ciclo de vida da cana-de-açúcar, que começa com a germinação das sementes no solo e culmina com a emergência das plântulas na superfície do solo. Esta etapa depende da umidade do solo e das condições climáticas apropriadas para um estabelecimento bem-sucedido. ● Crescimento Vegetativo: Após a emergência, a planta entra na fase de crescimento vegetativo, caracterizada pelo desenvolvimento de folhas, raízes e brotações. Neste período, a planta foca na produção de biomassa e no fortalecimento do sistema radicular, que será essencial para o crescimento futuro. ● Perfilhamento e Estabelecimento de Brotos: Nesta fase, a planta começa a produzir brotos laterais a partir dos nós do caule, chamados perfilhos. Estes perfilhos se tornam novos colmos, aumentando a densidade de plantas e contribuindo para uma cultura mais densa e produtiva. ● Floração e Formação de Espigas: A fase de floração indica o início do processo reprodutivo, com a formação de espigas de flores nos ápices dos colmos. A polinização cruzada entre variedades é crucial para o desenvolvimento adequado das espigas e a produção de sementes viáveis. ● Maturação e Acúmulo de Sacarose: Durante esta fase, os colmos passam por um processo de maturação, no qual a concentração de sacarose nos tecidos aumenta. Esta é uma fase crítica que impacta diretamente a qualidade e o rendimento de produtos como açúcar e etanol. ● Colheita e Pós-Colheita: A fase final do ciclo de vida da cana-de-açúcar é a colheita, onde os colmos maduros são cortados e processados para a extração de açúcar ou produção de etanol. Após a colheita, resíduos como palha e bagaço podem ser aproveitados para diversas finalidades, como geração de energia, adubação do solo ou fabricação de produtos biodegradáveis. O entendimento das fases fenológicas da cana-de-açúcar é vital para os agricultores, pois permite um planejamento preciso das atividades agrícolas, identificação de possíveis problemas de manejo e maximização da produtividade e qualidade da cultura. Monitorando-se atentamente o desenvolvimento da planta ao longo do ciclo de crescimento, é possível tomar

para as usinas ou instalações de processamento. Os transbordos possuem sistemas de carregamento automatizados, que facilitam o processo de carregamento rápido e eficiente da cana colhida, reduzindo o tempo de espera e aumentando a eficiência do transporte. Durante o transporte, a cana é levada para as usinas ou locais de processamento por meio de caminhões ou tratores equipados com reboques. Esses veículos são concebidos para transportar grandes cargas de cana-de-açúcar de maneira segura e eficiente, minimizando o risco de perdas ou danos durante o transporte. Ao chegar à usina ou local de processamento, a cana-de-açúcar passa por uma série de operações adicionais, como sulcação, plantio e cobrição. Essas etapas são realizadas com o uso de equipamentos especializados, como sulcadores, plantadoras e cobridoras, que automatizam o processo e asseguram uma distribuição uniforme e precisa da cana no campo. O plantio de mudas pré-brotadas (MPB) é um método moderno que utiliza mudas já enraizadas, proporcionando uma maior uniformidade na lavoura e redução no uso de insumos. Este sistema envolve a produção de mudas em viveiros controlados, onde são cuidadas até atingirem um estágio adequado para o plantio no campo. O uso de mudas pré-brotadas pode aumentar a taxa de sobrevivência das plantas e acelerar o início do crescimento, resultando em uma lavoura mais uniforme e produtiva. Além disso, este método pode reduzir a necessidade de replantio e os custos associados, bem como diminuir a pressão sobre os recursos naturais, uma vez que as mudas podem ser produzidas com menor uso de água e fertilizantes. O plantio direto é uma técnica que minimiza a mobilização do solo, mantendo a cobertura vegetal e melhorando a retenção de umidade. Este método é baseado na prática de deixar os resíduos da colheita anterior no campo, criando uma camada protetora sobre o solo. A cobertura vegetal ajuda a conservar a umidade do solo, reduzindo a evaporação e protegendo contra a erosão. Além disso, o plantio direto pode melhorar a estrutura do solo e aumentar a matéria orgânica, promovendo um ambiente mais saudável para o crescimento das plantas. Esta técnica também pode reduzir a necessidade de insumos químicos, como fertilizantes e pesticidas, contribuindo para uma produção mais sustentável e ambientalmente amigável. O sistema semi-mecanizado de cultivo da cana-de-açúcar envolve diversas fases da produção agrícola, integrando equipamentos mecânicos e atividades manuais para aumentar a eficiência e a produtividade da lavoura. Essas fases incluem o corte de mudas, o carregamento, o transporte e a sulcação, cada uma desempenhando um papel vital no ciclo de cultivo e beneficiando-se de práticas semi-mecanizadas. A primeira etapa, o corte de mudas, consiste na retirada de plantas de um canavial existente para transplantá-las em uma nova área. Nesta fase, o uso de colhedoras de mudas pode automatizar tanto o corte quanto o carregamento, diminuindo a necessidade de esforço manual e aumentando a eficiência. Contudo, em terrenos acidentados ou irregulares, pode ser necessária a intervenção de trabalhadores manuais para garantir a precisão no corte e carregamento das mudas. Após o corte, as mudas são transportadas para a área de plantio. Veículos como caminhões ou tratores com reboques podem ser usados nesta fase para garantir um transporte rápido e eficiente, economizando tempo no replantio. Equipamentos de carga e descarga, como empilhadeiras ou guindastes, facilitam o manuseio das mudas durante o transporte, preservando sua integridade e qualidade. Na área de plantio, as mudas são sulcadas no solo, assegurando espaçamento adequado e estabelecimento uniforme. Implementos mecanizados como sulcadores acoplados a tratores ou plantadoras automáticas tornam o processo de sulcamento rápido e preciso. Tecnologias de posicionamento global (GPS) também podem ser usadas para garantir uma distribuição uniforme das mudas, otimizando o espaçamento e a densidade do plantio. Os

métodos alternativos de plantio na produção de cana-de-açúcar têm ganhado importância devido à busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes. Nesse cenário, destacam-se dois sistemas: o PBDG (Plantio de Cana-de-Açúcar com Palha em Dose Graduada) e o sistema Emerald. Ambos são inovações essenciais que visam aprimorar a eficiência do plantio e os resultados agronômicos, reduzindo simultaneamente os impactos ambientais negativos associados à produção de cana-de-açúcar. O PBDG envolve o plantio direto combinado com um manejo gradual e controlado da palha no solo. Esse método mantém a cobertura de palha na superfície do solo, oferecendo benefícios como redução da erosão, conservação da umidade, melhoria da estrutura do solo e promoção da atividade biológica. No PBDG, a palha é aos poucos descompactada e espalhada uniformemente durante o plantio, contribuindo assim para a sustentabilidade agrícola e a preservação ambiental. O sistema Emerald é uma variação do PBDG que se destaca por sua eficiência e uso de tecnologias avançadas. Baseado também no plantio direto e na manutenção da palha na superfície, ele utiliza técnicas mais sofisticadas de manejo da palha e equipamentos especializados para otimizar o plantio. O sistema Emerald é projetado para maximizar a cobertura de palha, minimizar a compactação do solo e garantir uma distribuição uniforme das mudas de cana-de-açúcar, resultando em maior produtividade e melhoria contínua da qualidade do solo. Tanto o PBDG quanto o Emerald apresentam várias vantagens em relação aos métodos tradicionais de plantio de cana-de-açúcar. Além dos benefícios mencionados, esses sistemas podem reduzir os custos de produção, aumentar a eficiência operacional, conservar recursos naturais e promover a sustentabilidade da agricultura. Com a adoção desses métodos, os produtores de cana-de-açúcar não apenas podem melhorar seus resultados econômicos, mas também contribuir para a preservação do meio ambiente e o bem-estar das comunidades rurais. Os métodos de plantio na cultura da cana-de-açúcar são cruciais para decidir a produtividade, eficiência e sustentabilidade da lavoura. Entre as técnicas mais comuns estão o plantio pleno, meiosi, cantosi e o método internacional simultâneo, cada um com suas características e específicas aplicações. ● Plantio Pleno: Esse é o método mais tradicional e amplamente utilizado na cultura da cana-de-açúcar. Neste sistema, as mudas são plantadas em filas contínuas, sem espaçamento entre elas, resultando em uma cobertura total do solo. Ele é geralmente adotado em áreas planas e uniformes, onde não há restrições de espaço. Oferece uma alta densidade de plantas por hectare, maximizando a produtividade da lavoura. ● Meiosi: O método meiosi, ou "meio-a-meio," envolve o plantio de mudas em filas alternadas, com espaçamento entre elas. Este espaço pode ser preenchido posteriormente com culturas intercalares, como soja, milho ou feijão, permitindo a diversificação da produção e a maximização do uso do espaço disponível. O meiosi é particularmente adequado para áreas com limitações de água ou nutrientes, onde a rotação de culturas melhora a saúde do solo e reduz os riscos de doenças e pragas.

No plantio de inverno, as mudas de cana são plantadas logo após o fim da estação das chuvas, geralmente entre maio e agosto, aproveitando o solo ainda úmido e temperaturas mais amenas. Embora desafiador devido à menor disponibilidade de água e condições climáticas adversas, esse método evita a competição com outras culturas por recursos. Além disso, o plantio de inverno pode ser mais sustentável, pois utiliza os recursos hídricos de forma mais eficiente e reduz a erosão do solo durante a estação chuvosa. Contudo, o sucesso desse método depende de uma gestão cuidadosa da irrigação, do manejo do solo e do controle de pragas e doenças. Em suma, a época de plantio e o sistema de plantio escolhidos são fatores cruciais que influenciam diretamente a produtividade e a sustentabilidade da cultura da cana-de-açúcar. Cada método tem suas próprias vantagens e desafios, e a escolha entre eles deve considerar as condições específicas da propriedade, os recursos disponíveis e os objetivos de produção. A adoção das melhores práticas de plantio pode levar a uma lavoura mais produtiva, eficiente e sustentável, contribuindo para o sucesso econômico e ambiental da produção de cana-de-açúcar. MANEJO E PREPARAÇÃO As práticas agronômicas desempenham um papel fundamental no cultivo da cana-de-açúcar, contribuindo para o sucesso e a sustentabilidade da produção. A preparação adequada do solo, a seleção criteriosa das mudas, o manejo eficiente de nutrientes e o controle de pragas e doenças são apenas algumas das práticas essenciais adotadas pelos agricultores para garantir uma lavoura saudável e produtiva. A preparação do solo é o primeiro passo no processo de cultivo da cana-de-açúcar e envolve uma série de operações, incluindo aração, gradagem e sulcamento. Essas práticas são essenciais para garantir um ambiente propício para o desenvolvimento radicular das plantas, permitindo a aeração do solo, a quebra de torrões e a formação de sulcos adequados para o plantio. Uma preparação cuidadosa do solo ajuda a promover o enraizamento profundo das plantas, melhorando a absorção de água e nutrientes e contribuindo para um crescimento saudável e vigoroso. A seleção e preparo das mudas são aspectos críticos do cultivo da cana-de-açúcar. A escolha de variedades resistentes a pragas e doenças é crucial para o sucesso do plantio, pois ajuda a reduzir a incidência de problemas fitossanitários e aumentar a produtividade da lavoura. Além disso, o preparo cuidadoso das mudas antes do plantio, incluindo a remoção de folhas danificadas e a proteção contra o ressecamento, é importante para garantir a sobrevivência e o estabelecimento das plantas no campo. A adubação e o manejo de nutrientes são aspectos fundamentais do manejo agronômico da cana-de-açúcar. A análise de solo é fundamental para definir a adubação correta, fornecendo informações sobre os níveis de nutrientes disponíveis no solo e as necessidades das plantas. Com base nesses dados, os agricultores podem aplicar os fertilizantes de forma precisa e eficiente, visando maximizar a produtividade e minimizar os custos. Além disso, o manejo adequado dos nutrientes ajuda a promover um crescimento equilibrado das plantas, reduzindo o risco de deficiências ou excessos nutricionais. O controle de pragas e doenças é uma preocupação constante para os produtores de cana-de-açúcar. A utilização de práticas integradas de manejo, que combinam métodos biológicos, culturais, mecânicos e químicos, é essencial para manter a lavoura livre de problemas fitossanitários. O controle biológico, que envolve o uso de organismos vivos para controlar pragas e doenças, tem se mostrado uma alternativa eficaz e sustentável aos

pesticidas convencionais. Além disso, a rotação de culturas e o manejo adequado da palhada ajudam a reduzir o acúmulo de patógenos no solo, diminuindo o risco de infestações e doenças. As tecnologias e inovações desempenham um papel cada vez mais importante no manejo agronômico da cana-de-açúcar, permitindo aos agricultores monitorar e gerenciar suas lavouras de forma mais eficiente e sustentável. O uso de drones e sensores, por exemplo, permite o monitoramento da lavoura em tempo real, identificando áreas com necessidade de intervenção e otimizando o uso de insumos. A agricultura de precisão, que envolve a aplicação localizada de insumos com base em dados de sensoriamento remoto e análises de solo, também tem se mostrado uma ferramenta poderosa para aumentar a eficiência e reduzir os desperdícios na produção de cana-de-açúcar. Além disso, o melhoramento genético contínuo tem levado ao desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes, que são capazes de enfrentar os desafios crescentes da agricultura moderna, garantindo assim a sustentabilidade e o sucesso futuro do cultivo da cana-de-açúcar. AGRICULTURA DE PRECISÃO A agricultura de precisão é uma metodologia inovadora que tem transformado a produção agrícola globalmente, e a cultura da cana-de-açúcar não foge a essa realidade. Essa técnica se apoia no uso de tecnologias avançadas, como sistemas de posicionamento global (GPS), sensores remotos, drones, sistemas de informações geográficas (SIG) e dispositivos de monitoramento, para coletar e analisar dados em tempo real sobre as condições do solo, clima e saúde das plantas. Esses dados orientam decisões agronômicas precisas, otimizando o manejo da cultura e aumentando a eficiência, produtividade e sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar. Uma das principais vantagens da agricultura de precisão na cultura da cana-de-açúcar é a aplicação localizada de insumos, como fertilizantes, defensivos agrícolas e água, de acordo com as necessidades específicas de cada parte do campo. Isso é particularmente importante para culturas perenes, como a cana-de-açúcar, onde condições do solo e do clima podem variar significativamente dentro da mesma área de cultivo. A aplicação precisa de insumos maximiza a eficiência no uso dos recursos, reduz custos de produção e minimiza impactos ambientais. Além disso, a agricultura de precisão permite monitorar o crescimento das plantas e detectar problemas de saúde de forma precoce, como pragas, doenças e estresses hídricos. Com o uso de sensores remotos e drones, é possível realizar mapeamentos detalhados da lavoura, identificando áreas com baixo rendimento, deficiências nutricionais ou infestações de pragas. Isso facilita intervenções rápidas e direcionadas, reduzindo perdas de produção e aumentando a rentabilidade da cultura. Outro ponto relevante é a gestão da variabilidade espacial do solo. Análises detalhadas das características do solo, como textura, pH, teor de matéria orgânica e capacidade de retenção de água, permitem segmentar o campo em zonas de manejo, cada uma com suas próprias recomendações de práticas agronômicas. Isso possibilita a adaptação das práticas de adubação, irrigação e controle de pragas às condições específicas de cada zona, potencializando a produtividade da cultura. No entanto, é importante reconhecer que a adoção da agricultura de precisão na produção de cana-de-açúcar apresenta desafios e demanda investimentos significativos em

O melhoramento genético é uma ferramenta poderosa para criar variedades de cana-de-açúcar mais produtivas, resistentes e sustentáveis. Ao integrar técnicas tradicionais e modernas, os programas de melhoramento podem desenvolver variedades que atendam às necessidades dos agricultores, da indústria e do meio ambiente, contribuindo para a segurança alimentar, geração de renda e desenvolvimento sustentável das regiões produtoras de cana-de-açúcar. USO DE DRONES E SENSORES A utilização de drones e sensores na produção de cana-de-açúcar tem se revelado uma ferramenta indispensável para os agricultores, conferindo uma série de vantagens que aprimoram a eficiência, precisão e sustentabilidade da lavoura. Essas tecnologias possibilitam a coleta de dados detalhados e em tempo real sobre as condições das plantações, permitindo que os produtores tomem decisões mais informadas e eficazes ao longo de todo o ciclo de cultivo. Os drones, ou Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), são equipados com câmeras e sensores que capturam imagens de alta resolução da plantação a partir de uma perspectiva aérea. Essas imagens fornecem informações valiosas sobre o estado de saúde das plantas, a distribuição de pragas e doenças, a cobertura do solo e o desenvolvimento das culturas ao longo do tempo. Com base nessas informações, os agricultores podem rapidamente identificar problemas, como deficiências nutricionais, infestações de pragas ou estresses hídricos, e tomar ações corretivas antes que esses fatores afetem significativamente a produtividade da lavoura. Além das imagens visuais, os drones também podem ser equipados com sensores remotos que capturam dados espectrais e térmicos das plantações. Esses dados são utilizados para avaliar a saúde das plantas, monitorar a maturação dos colmos, identificar áreas com excesso de nutrientes e detectar pragas e doenças antes que se tornem visíveis a olho nu. A análise desses dados, utilizando algoritmos de processamento de imagem e aprendizado de máquina, permite que os agricultores obtenham insights valiosos e tomem decisões baseadas em evidências para otimizar o manejo da lavoura. Além dos drones, os sensores terrestres também desempenham um papel crucial no monitoramento das plantações de cana-de-açúcar. Sensores portáteis ou montados em veículos agrícolas podem coletar dados sobre a qualidade do solo, sua umidade, a concentração de nutrientes e outros parâmetros importantes. Esses dados podem ser combinados com aqueles coletados pelos drones, proporcionando uma visão ampla e abrangente da saúde e do desempenho da lavoura. O uso de drones e sensores na produção de cana-de-açúcar traz vários benefícios, tais como: ● Monitoramento em tempo real: Os drones permitem monitorar a plantação em tempo real, possibilitando que os agricultores identifiquem problemas de imediato e tomem medidas corretivas rapidamente. ● Precisão e eficiência: As imagens de alta resolução capturadas pelos drones oferecem uma visão detalhada da plantação, permitindo uma análise precisa e eficiente das condições das plantas e do solo. ● Redução de custos: O monitoramento aéreo com drones pode ser mais econômico do que métodos tradicionais de monitoramento terrestre, como inspeções manuais ou imagens de satélite. ● Sustentabilidade: Ao possibilitar uma aplicação mais precisa de insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, os drones e sensores contribuem para uma gestão mais sustentável da lavoura, reduzindo o uso excessivo de produtos químicos e minimizando o impacto ambiental.

A utilização de drones e sensores na produção de cana-de-açúcar constitui uma ferramenta poderosa para que os agricultores monitorem e gerenciem suas plantações de maneira mais eficiente, precisa e sustentável. Essas tecnologias estão impulsionando a produtividade e a rentabilidade da cultura, ao mesmo tempo em que reduzem o impacto ambiental e promovem o desenvolvimento sustentável do setor açucareiro. CONCLUSÃO A cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na economia global, na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento rural, sendo uma das culturas mais importantes e versáteis do mundo. Ao longo dos séculos, ela evoluiu significativamente desde sua domesticação inicial no Sudeste Asiático até se tornar uma cultura amplamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais ao redor do globo. O cultivo da cana-de-açúcar é caracterizado por uma série de práticas agrícolas complexas e inovadoras, que visam otimizar a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade da lavoura. A escolha da época de plantio, os sistemas de cultivo adotados e as técnicas de manejo do solo desempenham um papel fundamental na determinação dos resultados agronômicos e econômicos da cultura. Atualmente, o Brasil se destaca como um dos principais produtores mundiais de cana-de-açúcar, liderando não apenas na produção de açúcar, mas também na produção de etanol combustível. A indústria sucroenergética brasileira desempenha um papel vital na geração de empregos, no desenvolvimento econômico e na mitigação das mudanças climáticas globais, contribuindo significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, apesar dos avanços tecnológicos e das práticas sustentáveis adotadas pelo setor, o cultivo da cana-de-açúcar enfrenta desafios contínuos relacionados à gestão da água, ao uso de agrotóxicos e à conservação do solo. A busca por soluções inovadoras e sustentáveis é essencial para garantir um futuro próspero para a cultura da cana-de-açúcar, promovendo práticas agrícolas responsáveis e respeitosas com o meio ambiente. A integração de tecnologias emergentes com métodos tradicionais de cultivo está transformando a maneira como os agricultores conduzem seus negócios, permitindo decisões mais informadas e precisas ao longo do ciclo de produção. Ao monitorar de perto as condições do solo, o desenvolvimento das plantas e a presença de pragas e doenças, os produtores podem antecipar problemas, implementar estratégias de manejo direcionadas e, assim, garantir a saúde e a robustez da lavoura. Ademais, o contínuo avanço no melhoramento genético fortalece a resiliência das variedades de cana-de-açúcar, conferindo-lhes resistência a desafios climáticos e bióticos crescentes. A criação de novas cultivares mais produtivas e adaptadas é essencial não apenas para a competitividade do setor, mas também para a segurança alimentar global e a sustentabilidade ambiental.Com base nos estudos detalhados dos métodos de plantio pleno e meiosi cantosi, bem como nos sistemas alternativos MPB e PBDG Emerald, este trabalho explorou suas respectivas vantagens e desafios na prática agrícola da cana-de-açúcar. A análise minuciosa do histórico de plantio por sistema, utilizando dados fornecidos pela CANAPLAN, ofereceu um panorama da evolução das técnicas ao longo do tempo e sua influência na produtividade do cultivo. O estudo também se aprofundou na importância do plantio mecanizado, examinando em detalhes as etapas envolvidas, como corte, transbordo, transporte, sulcação, plantio e cobrição. Foi destacada a contribuição decisiva do plantio mecanizado para a eficiência operacional e a sustentabilidade ambiental na produção de cana-de-açúcar. A análise dos dados específicos de produtividade da cana planta em relação ao TCH (Toneladas de Cana por Hectare) entre os anos de 2010 a 2017 permitiu identificar tendências

Souza, R. M. S., & Santos, J. C. F. (2020). Aplicações de drones na agricultura: revisão bibliográfica. Scientific Electronic Archives, 13(7), 34-40. Tairo, F., Gómez, L. D., Hoebler, C., & Lopes, M. L. (2019). Cana-de-Açúcar: Origens, Tecnologias e Produtos. Editora UFV. Vianna, M. C., Molin, J. P., & Filho, H. S. R. (Eds.). (2019). Agricultura de Precisão: Uma Realidade Brasileira. Editora UFV. Villa, T. F., & Teixeira, M. A. C. (2017). Aplicações dos veículos aéreos não tripulados na agricultura. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 21(2), 89-95. Zaman, Q. U. (Ed.). (2017). Role of Precision Farming in Sustainable Agriculture. Springer.