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Maldonado, Maria Tereza P. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. Petrópolis,. Vozes, 1976, 118 p. Enquanto muito se fala a respeito da mulher como ...
Tipologia: Notas de aula
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Maldonado, Maria Tereza P. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. Petrópolis, Vozes, 1976, 118 p.
Enquanto muito se fala a respeito da mulher como sujeito e não mais objeto, a psicologia pouco se tem preocupado com vivências especificamente femininas. Entre os trabalhos acadêmicos, desenvolvidos no mestrado em psicologia clínica da PUC, é ínfimo o número de dissertações que se propõem estudar temas tais como gravidez, puerpério, menstruação, lactação etc., e isso apesar da esmagadora superioridade numérica das estudantes sobre os seus condiscípulos. O interesse do assunto, por si só, já bastaria para valorizar a presente contribuição, que foi objeto de brilhante defesa de dissertação de mestrado, na PUC do Rio de Janeiro, em
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A autora parte do conceito de crise elaborado por Kaplan, e definido como perturbação temporária de um estado de equihbrio. Dentro da perspectiva que considera as situações de crise como encruzilha- das existenciais, necessárias ao desenvolvimento da pessoa, a gravidez surge como um momento privilegiado para a reformulação de todos os valores vitais da mulher. Não são mudanças fisiológicas apenas, mas também psicossociais - a gravidez provoca mudança de identidade e nova definição de papéis. Os fatores socioeconômicos desempenham um papel nada desprezível em nosso meio. Por isso a época da gravidez representa um núcleo de tensões entre diversos fatores. A rigor, destaca a autora, "é necessário pensar não apenas em termos de 'mulher grá- vida' mas sim de 'família grávida'" (p. 16), ao contrário da maioria dos trabalhos, que focaliza exclusivamente a situação da mulher, como se a mesma não fizesse parte de um conjunto dinâmico. Eis o duplo enfoque - a gravidez como crise existencial e como drama familiar - que domina a descrição desta psicologia da gravidez. As três grandes fases são descritas sob esse ângulo, e o parto é especifica- mente situado como o ponto alto da crise, que a resume e a sintetiza. Daí a importância da modalidade de parto escolhida pela parturiente e, portanto, do preparo psicológico para tal momento. O puerpério é também tratado, bem como o significado pSicológico da amamentação. Resumindo os principais estudos já realizados sobre os aspectos psicossomá- ticos da gravidez e do parto, a autora mostra que a maioria ainda padece de sérias carências teóricas e metodológicas. Especial atenção é dedicada ao método psico-
Finalizando, a autora propõe aquilo que chama de Intervenção Psicológico- Educacional (IPE). A IPE visa conjugar as técnicas tradicionais tais como informa- ções e exercícios de sensibilização corporal, relaxamento, respiração etc. com aspectos psicoterápicos de grupo. "Os três vetores básicos da IPE são: a transmissão de informações sobre o ciclo grávido-puerperal; os exercícios de sensibilização corporal e de estética pós-parto, e o treinamento de técnicas de relaxamento e respiração para o parto; os grupos de discussão sobre as vivências emocionais envolvidas na situação de ter um ftlho e o impacto da gravidez na estrutura familiar. Cada um implica a utilização de diversas técnicas, de atendimento psicológico, especialmente a orientação antecipatória, a reflexão de sentimentos e o reasseguramento" (p. 101). Nessa perspectiva, a expressão de ansiedade é facilitada, não só para permitir a descarga de emoções, mas por corresponder a uma vivência real e autêntica. A dor não é negada, mas enfocada dentro do seu significado existencial. Concluindo, a autora destaca a importância do trabalho conjunto do obste- tra e do psicólogo. Ambos têm por função aiudar a pessoa em momento decisivo
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