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Exercícios sobre Macroeconomia e Contabilidade Social
Tipologia: Exercícios
1 / 8
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Não perca as partes importantes!
Microeconomia II – LGE
Introdução
Microeconomia II – LGE
O equilíbrio
Em monopólio, existe apenas um produtor que tem poder de mercado pois domina totalmente o lado da oferta, não tendo qualquer concorrente. Logo, o monopolista fixa o preço de mercado ( price-maker ) ou a quantidade. No entanto, esse poder de mercado é limitado, dado que o monopolista está sujeito à curva da procura. Significa então que a função procura que o monopolista enfrenta corresponde à função procura de mercado. Dado que a função procura é negativamente inclinada, então o monopolista enfrenta uma relação inversa entre o preço e a quantidade: quanto mais elevado for o preço, menor a quantidade que os consumidores estão dispostos a adquirir (e vice-versa) RT = P(Q).Q
Rmd = P(Q)
Rmg = dQ
dQ
d ( P ( Q ). Q ) = P + dQ
dP Q
Significa então que a receita marginal tem duas componentes: → o preço P a que é vendida a última unidade, que é positiva; → dP/dQ, que é negativa: a diminuição do preço que se verifica em todas as unidades anteriores (em concorrência perfeita, dP/dQ = 0).
Microeconomia II – LGE
O equilíbrio O equilíbrio corresponde à situação em que o monopolista maximiza o lucro: Max (^) Q LT = RT – CT
dQ
dLT = 0 ⇔ dQ
dRT
dCT = 0 ⇔ Rmg = Cmg
Significa então que o lucro do monopolista é maximizado quando o benefício obtido com a venda da última unidade produzida iguala o custo de produzir essa unidade adicional. Para volumes de produção superiores ao volume de produção de equilíbrio, Cmg>Rmg, donde a produção de uma unidade adicional faz reduzir o lucro, pelo que se deve reduzir a produção; para volumes de produção inferiores ao volume de produção de equilíbrio, Cmg<Rmg deve produzir-se mais pois o lucro aumenta.
Condição de segunda ordem (CSO): 2 2 0
d LT dRmg dCmg dQ dQ dQ
Rmd Q
P
Rmg
Cmg P*
Q*
Condição de primeira ordem (CPO):
Microeconomia II – LGE
Perda de bem-estar em monopólio
Cmg
Rmd
Q
$
Qm Rmg
P (^) m
Qc
P (^) c C
E (^) m E (^) c
A B D E
Concorrência perfeita Monopólio (^) Δ EC A+B+C A -B-C EP D+E B+D B-E W = EC + EP A+B+C+D+E A+B+D -C-E
Microeconomia II – LGE
Regulação de Monopólio
A regulação económica é o processo pelo qual o governo intervém no mercado com o objectivo de aumentar o bem-estar social (soma do excedente do produtor e do consumidor), através da redução do preço e aumento da quantidade transaccionada. Na definição da política de regulação, é necessário assegurar que a empresa regulada não saia do mercado.
Alguns dos instrumentos de regulação mais utilizados são:
Independentemente dos instrumentos usados, o governo ou alguma entidade reguladora de concorrência e preços, se quiser atingir o máximo bem-estar social possível, deve tentar obter como solução de equilíbrio o preço que iguale o custo marginal, desde que a empresa não saia do mercado com essa medida. No longo prazo, tal implica que o lucro seja pelo menos normal, após a regulação.
Microeconomia II – LGE
Regulação de Monopólio: maximização do bem-estar social
CmgPL
CmdPL
Para maximizar o bem-estar social, o regulador deve procurar obter a solução de concorrência perfeita, ou seja, uma quantidade indicada por QC^ e um preço por PC, resultantes de igualdade entre a Rmd e o Cmg. Com esta medida, o monopolista continuará a produzir, pois existem lucros supranormais (P C>Cmd C).
CmdC
Se o lucro resultante fosse inferior ao normal, o regulador deveria optar por uma solução de second best , ou seja, garantir que o preço fosse aquele que resultasse da igualdade entre a Rmd e o Cmd, a melhor aproximação possível ao resultado de concorrência perfeita.
Microeconomia II – LGE
Regulação do Monopólio: o caso do Monopólio Natural
Quando os custos unitários de produção são decrescentes até volumes de produção elevados face à dimensão da procura, a existência de uma única empresa pode ser a única solução para as empresas não terem prejuízos. Contudo, se não existir qualquer intervenção exterior, o monopolista pode definir um preço relativamente elevado, afectando o bem-estar social.
D
Q
P
Rmg
Cmd Cmg Qa
Pa^ a
Monopólio natural sem regulação
O preço mais eficiente é p=Cmg, uma vez que o bem-estar social é máximo. Mas neste caso, o monopolista tem prejuízos (área a sombreado) Com regulação do tipo P=Cmd obtém-se uma maior quantidade transaccionada a um preço mais baixo do que sem regulação e o monopolista aufere o lucro normal.
D
Q
P
Rmg
Cmd Cmg Qa
Pa
Qb Qc
Pb Pc
b (^) c
Monopólio natural com regulação
a
Microeconomia II – LGE
Discriminação de Preços
A prática de cobrar a consumidores diferentes preços diferentes pelo mesmo produto designa-se de discriminação de preços. A empresa observa determinadas características dos consumidores que funcionam como um indicador da disponibilidade para pagar. Consegue identificar diferentes grupos de consumidores, com elasticidades preço da procura diferentes e cobrar-lhes preços diferentes.
Exemplos: dumping; bilhetes de teatro mais baratos para jovens e idosos.
As condições necessárias para que a discriminação de preços seja proveitosa para o monopolista são:
Microeconomia II – LGE
Discriminação de Preços
Considere-se um monopolista que vende o seu produto em 2 mercados diferentes: Mercado 1: P 1 (q 1 ) P 1 , P 2 = Preços de mercado nos mercados 1 e 2 Mercado 2: P 2 (q 2 ) q 1 , q 2 = Quantidades vendidas nos mercados 1 e 2 Q = q 1 +q 2 = Quantidade total produzida pelo monopolista C(Q) = C(q 1 +q 2 ) = Custo total de produção Problema do monopolista:
2 Maxq q Pqq Pq q Cq q q
Condição de primeira ordem:
⎪
⎪ ⎩
⎪⎪ ⎨
⎧
= ∂
∂
= ∂
∂
0
0
2
1
q
q π
π
⎧
− + =
− + = ⇔ ' ' 0
' ' 0 2 2 2 2 2 1 2
1 1 1 1 1 1 2 P q q P q C q q
P q q Pq Cq q ⎩
⎨
= ⇔ Rmg Cmg
Rmg Cmg 2
1 ⇔ Rmg 1 (^) = Rmg 2
Logo, o lucro do monopolista é máximo quando q 1 e q 2 são tais que Rmg 1 = Rmg 2 , caso contrário seria possível aumentar o lucro com a transferência de alguma quantidade de um mercado para outro
Microeconomia II – LGE
Discriminação de Preços $
Rmga
pa
0 125 200 qa
1500 1200
875 600 250
$
Rmgb
pb
0 175 300 400 500 qb
1400 1200 1000 800 600 425 250
$
Rmgagregada Cmg
0 100 200 300 400 500 q
1400 1200 1000 800 600 250
Resolução gráfica: a função receita marginal agregada soma quantidades para a mesma receita marginal dos 2 mercados. A intersecção com o custo marginal indica a quantidade global a produzir pela empresa. Para se encontrar o preço a praticar em cada mercado (e a quantidade a vender em cada um deles), basta considerar que as receitas marginais têm de ser iguais. Desde que o acréscimo de custo decorrente da discriminação (incluindo publicidade, inspecção, etc) seja inferior à receita marginal, a discriminação é vantajosa para a empresa. À primeira vista poderia parecer que o consumidor é o perdedor (pode significar a apropriação de parte do excedente do consumidor pela empresa), mas os consumidores do mercado que pagam um preço inferior ao que vigoraria sem discriminação (aquele em que a sensibilidade ao preço, ou seja, a elasticidade preço da procura é mais elevada) são beneficiados. Microeconomia II – LGE
Dumping
P E
Q
P
Rmd (^) I Q
P
Q E = Q* - Q I QI Rmg I
Mercado Externo Mercado Interno
Q
P Cmg
Rmg (^) E +Rmg (^) I
Q*
P (^) I Rmg E = Rmd E
Microeconomia II – LGE