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Como podemos não exercer propósito nas finanças da igreja
Tipologia: Transcrições
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Índice
Dedicatória
Introdução
Capitulo um – O Dízimo deve ser administrado para o sustento dos pastores vocacionado.
Capitulo dois – O Dízimo deve ser administrado para manutenção do templo.
Capitulo três – O Dízimo deve ser administrado para a assistência aos pobres.
Capitulo quatro – É correto continuar dizimando numa igreja que administra os dízimos para promover o enriquecimento do pastor e o luxo abusivo? Conclusão
Breve biografia
Introdução
Embora o texto mais popular a respeito do dízimo seja Malaquias 3.10, o ensino bíblico concernente à entrega ou consagração de dízimos e ofertas é anterior a lei mosaica dada ao povo hebreu, logo, ele é válido dentro e fora da lei. Há três ensinos anteriores à lei de Moisés que foram dados por Deus e que são, por natureza, válidos para o povo de Deus tanto no Antigo quanto no Novo Testamento: a proibição do consumo de sangue^1 , a entrega de dízimos^2 e a guarda do Sábado^3. (Neste texto não nos deteremos em discorrer sobre o Sábado ou o sangue, apenas sobre o dízimo,
(^12) Gênesis 9.4/Atos 15.20,29. 3 Gênesis 14.20/Gênesis 28.22/ Mateus 23.23.Gênesis 2.2,3/Atos 16.13.
não conseguem ver uma administração bíblica em suas congregações. A Bíblia mostra a liberalidade dos cristãos do primeiro século ao trazerem suas contribuições aos apóstolos. Lucas narra que os crentes vendiam suas propriedades e traziam o dinheiro depositando-o diante dos apóstolos^4. Por que falta a igreja contemporânea a espontaneidade daqueles cristãos piedoso? Não seria pelo fato de faltar ministros que administrem os recursos ofertados como os apóstolos administravam? A igreja primitiva tinha amor em ofertar porque os crentes viam que seus recursos eram totalmente usados para favorecer a causa de Cristo e não a causa dos homens. Quando os crentes virem que seus dízimos e ofertas estão sendo administrados de modo que Deus é glorificado e a igreja é fortalecida, eles se despertarão para fazer contribuições generosas. Mas qual o modo biblicamente correto de a igreja administrar suas finanças?
(^4) Atos 4.36,37.
As contribuições monetárias foram estabelecidas ou instituídas visando uma tríplice finalidade: sustento da liderança que Deus vocaciona, manutenção do espaço físico consagrado para culto e ações de mesma natureza e sustento dos pobres. Todas as vezes que a Bíblia trata sobre o assunto das finanças na igreja, ela o faz associando sua utilidade a essas três coisas. Essa associação obriga-nos a aceitar que Deus determinou que a administração dos recursos que são entregues a igreja deve ser utilizada para promover esses interesses. Uma vez que Deus estabeleceu essas três áreas para receber a aplicação da renda do seu povo, isso mostra que para Ele essas coisas são prioridades. Como cristãos que prezam pela Palavra de Deus, devemos lutar contra tudo o que se interpõe em nosso caminho para executar a vontade de Deus e como filhos de Deus devemos promover seus interesses. A administração financeira dos recursos da igreja não pode e nem deve ser exceção a essa regra.
Vejamos então o que a Bíblia diz a esse respeito:
01
O dízimo deve ser administrado para o sustento dos pastores vocacionados.
“Disse ainda o SENHOR a Arão: Você não terá herança na terra deles, nem terá porção entre eles; eu sou a sua porção e a sua herança entre os israelitas. Dou aos levitas todos os dízimos em Israel como retribuição pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda do Encontro ”. (Números 18.20,21 – grifo meu).
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento põem sobre os ombros da igreja o dever de sustentar os vocacionados de Deus. No Antigo Testamento, Deus isentou a tribo de Levi de ter herança material na terra, sendo o próprio Deus a Sua
“Não sou livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Não são vocês resultado do meu trabalho no Senhor? Ainda que eu não seja apóstolo para outros, certamente o sou para vocês! Pois vocês são o selo do meu apostolado no Senhor. Esta é minha defesa diante daqueles que me julgam. Não temos nós o direito de comer e beber? Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente como fazem os outros apóstolos, os irmãos do Senhor e Pedro? (...) Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam- se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma, o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho.^5 ”
“E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui^6 ”.
Todavia, o pastor não deve ser um homem desleixado no seu estudo e no seu ministério, o pastor precisa conhecer a Deus, sua palavra e ter convicção de sua vocação e não ser
(^56) I Coríntios 9.1-5,13, Gálatas 6.6 - Almeida Corrigida Fiel.
um explorador do rebanho de Deus. O homem a quem Deus chama deve ter um caráter íntegro e se esforçar para usar seu tempo, potencial e forças no exercício unicamente dos serviços do templo conforme a prescrição apostólica:
“Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de receber sustento sem trabalhar? Quem serve como soldado à própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não bebe do seu leite? Não digo isso do ponto de vista meramente humano; a Lei não diz a mesma coisa? Pois está escrito na Lei de Moisés: Não amordace o boi enquanto ele estiver debulhando o cereal Por acaso é com bois que Deus está preocupado? Não é certamente por nossa causa que ele o diz? Sim, isso foi escrito em nosso favor. Porque o lavrador quando ara e o debulhador quando debulha, devem fazê-lo na esperança de participar da colheita^7 ”.
O salário do pastor não é um favor que a igreja lhe faz, mas um direito dele e um dever dela de acordo com o
(^7) I Coríntios 9.6-11 – grifo meu.
alparcas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento ”. (Mateus 10.1-10 – grifo meu).
Esse texto mostra algumas verdades para nós. Primeiro que é Cristo quem escolhe e Ele escolhe aquele a quem Ele quer usar para liderar seu povo. Seminários teológicos não formam pastores, imposição de mãos dos lideres das igrejas não forma pastores, unção com óleo não torna ninguém em pastor. Apenas Jesus escolhe pastores e apenas a vocação divina pode designar um homem para o pastorado. Lembremos de Efésios 4.11: “ E ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres.” É ele mesmo, ou seja, Deus mesmo não os homens, não as convenções, não as denominações, não os seminários. É ele mesmo: Jesus. Uma vez que Deus elegeu a quem Ele quis para a obra que Ele de antemão preparou, a igreja deve assistir esse vocacionado e lhe assegurar o suprimento de suas necessidades e de sua família. Deus disse que Ele mesmo é quem dá pastores para o seu povo: “e vos
darei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência^8 ”. Segundo, não são as posses materiais que o vocacionado tinha que deve ser usado para seu sustento, mas àqueles a quem Deus deu seu servo como pastor e líder. Terceiro, os vocacionados devem ter tempo livre para buscar a Deus pelo estudo, oração e pelo jejum a fim de ter condições de cumprir sua missão: pregar, curar os enfermos, ressuscitar os mortos, limpar os leprosos, expulsar os demônios. Por causa do tempo que deve ser empregado nestas áreas, o trabalho do pastor deve ser exclusivamente dentro do reino. O obreiro não deve fazer seus serviços por interesse: “ de graça recebestes, de graça dai”. Entretanto, as pessoas que são alvo ou fruto do seu ministério devem ser responsáveis pelo seu sustento e manutenção: “ Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de alparcas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento ”.
(^8) Jeremias 3.15.