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LÚDICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NA ..., Notas de estudo de Psicopedagogia

Qual a relação do lúdico no processo de ensino e aprendizagem? E como o lúdico, por meio da formação do educador, interfere neste processo. Inclui um vasto ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LÚDICO COMO INSTRUMENTO
FACILITADOR NA APRENDIZAGEM DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Fabiane dos Santos Oliveira
Orientador: Profª. Fabiane Muniz
Co-orientadora: Profª. Narcisa Castilho Melo
ARAIOSES-MA
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LÚDICO COMO INSTRUMENTO

FACILITADOR NA APRENDIZAGEM DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: Fabiane dos Santos Oliveira

Orientador: Profª. Fabiane Muniz Co-orientadora: Profª. Narcisa Castilho Melo

ARAIOSES-MA

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LÚDICO COMO INSTRUMENTO

FACILITADOR NA APRENDIZAGEM DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Instituicional. Orientador: Profª. Fabiane Muniz Co-orientadora: Profª. Narcisa Castilho Melo

ARAIOSES-MA

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao meu filho Davi por ser a razão do meu viver.

RESUMO

O objetivo desta monografia visa observar alguns tópicos que nortearam a escolha do tema e do problema principal: por que as crianças brincam e de que forma? Qual a relação do lúdico no processo de ensino e aprendizagem? E como o lúdico, por meio da formação do educador, interfere neste processo. Inclui um vasto estudo teórico a respeito das estratégias voltadas para o conceito histórico de criança, concepção sobre o cuidar, fundamentos sobre as instituições escolares e aborda o tema principal sobre conceitos de ludicidade e estudiosos que defendem este novo prazer lúdico como um de diversos instrumentos que podem ser contextualizados e que influenciam no desenvolvimento cognitivo e social dos educandos, agindo de forma dinâmica na relação de educandos e educadores no processo de ensino e aprendizagem. Viram-se atividades nas quais foram observados conteúdos que envolvessem as brincadeiras lúdicas e que confirmam que as crianças aprendem com mais facilidade brincando. No entanto, a ludicidade ajuda no aprimoramento da educação, pode ser crítica e criativa, de acordo com a demanda e realidade da sala de aula e, junto ao educador, desenvolve possibilidades que permitam aos educandos a experimentar situações que interferem no ensino bem como a importância de um educador mediando esta relação de ensino e aprendizagem com a ludicidade.

SUMARIO

  • INTRODUÇÃO
      1. Aprendizagem e seus Conceitos
      1. A Importância do Jogo no Processo de Ensino e Aprendizagem
      • 2.1 O Lúdico e a Educação
      1. O Lúdico como Facilitador da Aprendizagem
      • 3.1 O Brinquedo como Instrumento de Aprendizagem
      1. A Importância do Lúdico na Psicopedagogia
      1. Registros das Atividades Realizadas
  • CONCLUSÃO
  • BIBLIOGRAFIA
  • ANEXOS

INTRODUÇÃO

O tema proposto neste trabalho vem proporcionar através dos jogos e brincadeiras que é possível contribuir para um processo de aprendizagem facilitador no desenvolvimento psicomotor da criança. Estudos e pesquisas revelam que as atividades incluindo o lúdico como eixo norteador da educação infantil, vem transformando o desempenho no campo educacional como prática psicopedagógica institucional. No que diz respeito ao tema sugerido é de fundamental importância ter as práticas lúdicas como objetos permanentes de estudo e implementação, para que além de se resgatar valores culturais possa ampliar a capacidade de criação e articulação com uma proposta que valorize a educação em todos seus aspectos. Mas para que se atinja os objetivos que permeiam as práticas lúdicas, é preciso um comprometimento em conjunto da equipe que faz parte da Instituição como professor, psicopedagogos, diretores dentre outros em trabalhar com seriedade, explorando novas possibilidades a fim de produzir um ensino significativo de qualidade para a vida de seus alunos. Portanto o objetivo é pesquisar a eficácia da utilização da brinquedoteca na motivação da aprendizagem na educação infantil, Analisar as principais dificuldades encontradas pelos professores em relação ao brincar e educar, Investigar a utilização das brincadeiras no processo de aprendizagem na educação infantil, Pesquisar de forma coerente o resultado da aplicação dos jogos e brincadeiras na formação da criança. Todos estes itens em forma de pergunta pra serem feitos diretamente para 15 professores da Educação Infantil. No primeiro capitulo será abordado à temática Aprendizagem que é vista como um sistema dinâmico de interação, pois é um processo, biológico, intelectual, emocional e social. Nos últimos anos, muitos são os estudos sobre aprendizagem, e o não aprender, e que direta ou indiretamente procuram desvelar como o homem aprende. Não existe uma fonte única, capaz de englobar os elementos fundamentais à compreensão da aprendizagem, mas

encantamento. A arte-magia do ensinar-aprender (ROJAS,1997), permite que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer.

Os jogos e as brincadeiras estão presentes em todas as fazes da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore.

CAPÍTULO I

APRENDIZAGEM E SEUS CONCEITOS

Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. O processo de construção do conhecimento se dá em base sólida de acordo com a afetividade que se tem perante o objeto de estudo e o desconhecido, pressupondo-se que todo desconhecido é novo e o novo tem que associar-se ao já aprendido, modificando-o e aumentando-o. Uma criança que, em seu processo encontra dificuldades em "crescer", em lidar com as novas propostas pode estar transformando suas má-relações familiares para o espaço escolar. É importante que o professor tenha consciência de que a criança traz consigo a bagagem natural cultural e também traz todas as referências afetivas. No aspecto social, destaca-se o ambiente, a quantidade e a qualidade de estímulos recebidos e o valor dado à aprendizagem pela família e/ou meio social comunitário. A Psicopedagogia tem como base o pensar, a forma como a criança pensa e não propriamente o que aprende. Ter um olhar psicopedagógico de um processo de aprendizagem é buscar compreender como eles utilizam os elementos do seu sistema cognitivo e emocional para aprender. É também buscar compreender a relação do aluno com o conhecimento, a qual é permeada pela figura do professor e pela escola. A Psicopedagogia preocupa-se, portanto, como a criança aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para o aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.

A educação vista sobre o prisma da aprendizagem representa a vez da voz, o resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento como cooperação, criatividade e criticidade, fomenta a liberdade e a coragem para transformar, sendo que o aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua aprendizagem.

Aprendizagem é um destes fatores. Diferentemente dos outros animais, no homem a aprendizagem é vista como um sistema dinâmica de interação, pois é um processo, biológico, intelectual, emocional e social.

Nos últimos anos, muitos são os estudos sobre aprendizagem, e o não aprender, e que direta ou indiretamente procuram desvelar como o homem aprende. Não existe uma fonte única, capaz de englobar os elementos fundamentais à compreensão da aprendizagem, mas acreditam-se nas propostas que ressaltam a importância dos processos mentais superiores, sendo resultado da interação do organismo com o meio.

Portanto, a aprendizagem tem um sentido amplo: abrange os hábitos que formamos, os aspectos de nossa vida efetiva e assimilação de valores culturais. Enfim, aprendizagem refere-se a aspectos funcionais e resulta de toda estimulação ambiental recebida pelo individuo no decorrer da vida.

As atividades motoras, associadas ao lúdico, possibilitam à criança desenvolver suas funções intelectuais e efetivas. Sendo o corpo em movimento, o meio de ação da criança sobre o mundo dos objetos, faz-se necessário desenvolver a consciência corporal, para através dela, a criança estar disponível para aprender.

CAPÍTULO II

A IMPORTÂNCIA DO JOGO NO PROCESSO DE ENSINO

E APRENDIZAGEM

A psicopedagogia, por contar com a contribuição de várias áreas do conhecimento, Psicologia, Sociologia, Antropologia, e outros, assume o papel de desmitificadora do fracasso escolar, entendendo o erro apresentado pelo indivíduo no processo de construção do seu conhecimento (Piaget), a as interações (Vygotsky), como fator importante no desenvolvimento das habilidades cognitivas. Apresenta assim, uma perspectiva diferenciada daquelas que há muito permeia a mente de muitos professores. O psicopedagogo assume papel relevante na abordagem e solução dos problemas de aprendizagem. Não procura culpados e não age com indulgência. De acordo com Bossa (2000, p. 14), “é comum, na literatura, os professores serem acusados de si isentarem de sua culpa e responsabilizar o aluno ou sua família pelos problemas de aprendizagem”, mas há um processo a ser visto, às vezes, os métodos de ensino tem que ser mudados, o afeto, o amor, a atenção, isto tudo influi muito na questão. Nesse caso, o psicopedagogo procura avaliar a situação da forma mais eficiente e proveitosa. Em sua avaliação, no encontro inicial com o aprendente e seus familiares, que é um recurso importantíssimo, utiliza a “escuta psicopedagógica”, que o auxiliará a captar através do jogo, do silêncio, dos que possam explicar a causa de não aprender. A brincadeira, seja ela qual for, é algo de sumo importância na infância. Pelos pais, ela deve ser vista não apenas como um momento de entretenimento e lazer de seus filhos, mas também como uma oportunidade de desenvolver nas crianças hábitos e atitudes que os façam amadurecer se tornando responsáveis. Aliar as atividades lúdicas ao processo de ensino aprendizagem pode ser de grande valia para o desenvolvimento do aluno, um exemplo de atividade que desperta e muito o interesse do aluno é o jogo.

Os professores precisam pensar os jogos, ajudando as crianças melhor escolhê-los, modificá-los e mesmo inventar novos jogos. É importante também durante o jogo a intenção social da criança entre seus colegas para poder construir sua lógica, seus valores sociais e morais. As crianças aprendem com mais facilidade através de jogos em grupos do que em muitas lições e folhas mimeografadas.

A competição no jogo é um ponto importante, porque estimula na criança o desejo de cada vez melhorar mais e por conseguinte conseguir a vitória através de seus conhecimentos e habilidades. Os jogos em grupos exigem identificação do aluno com o grupo, geram direitos e deveres, ensinado-o a conviver e a participar mantendo sua individualidade. É importante também que durante os jogos as crianças tenham oportunidade de construir suas próprias regras.

Segundo Piaget (1978, p. 29) " os jogos de regras são: atividade lúdica do ser socializado ". Ou seja, através dos jogos de regras, a criança assimila a necessidade de cumprimento das leis da sociedade e das leis morais.

De acordo com VYGOTSKY (1991, p. 122):

“É na atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento do muno adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar (...). Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos”.

Nos estudos de Vygotsky ele afirmou que não existem brincadeiras sem regras, partindo do princípio de que os pequenos se envolvem nas atividades de faz-de-conta para entender o mundo em que vive. Para isso, usam a imaginação. Quando finge que está dirigindo um carro, a criança procura seguir regras de conduta social e de convivência. É uma forma de expandir sua compreensão sobre o mundo.

Enfim, através da brincadeira e do jogo, a criança aprende a lidar com o mundo, formando sua personalidade, vivenciando sentimentos como amor e medo. No jogo a criança se coloca em movimento num universo simbólico, projetando-se no mundo ao seu redor.

Os jogos favorecem a alta expressão, desenvolvem a capacidade física, favorecem a aprendizagem, oferecem atividades físicas prazerosas. Na antigüidade, as crianças brincavam de cantigas de roda, amarelinha, queimado e outras tantas brincadeiras da idade da inocência.

A brincadeira deve ser vista como uma forma lúdica e prazerosa de desenvolver e criar respostas em nossas vidas. Se hoje, nós adultos, adotássemos brincadeiras consideradas “infantis" talvez não seríamos adultos tão “doentes” quanto somos.

2.1 O LÚDICO E A EDUCAÇÃO

A Criança, jogo e brincadeira estão intrinsecamente interligados, no entanto, o nosso sistema escolar não percebe essa interligação e cerceia a criança das suas necessidades de movimento, expressão e de construção de seu conhecimento a partir do seu próprio corpo. Apesar de estar inserida neste meio, a escola precisa perceber a criança como um ser em constante desenvolvimento. O clima de seriedade e de repressão estabelecido por tal instituição, não chega a intimidar totalmente as crianças, pois estas encontram sempre um jeito de fazer o que mais gostam, que é brincar. Esse brincar se manifesta das mais variadas formas, até mesmo, sob a forma de brigas e intrigas aparentes. A ação de educar não pode restringir-se à simples preocupação com as estruturas mentais, mas também com a expressão do corpo em sua totalidade. Se educar é libertar, então, os processos que regem esta ação educativa devem fornecer subsídios para que tal idéia se concretize. A intervenção psicopedagógica introduziu uma contribuição mais rica no enfoque da Pedagogia. O processo de aprendizagem da criança é

seus conceitos, assim, haveria um incentivo à aprendizagem de determinado conteúdo, como por exemplo, desenvolver a noção de números na criança, neste caso o professor ensina aos seus alunos uma brincadeira que trate desse assunto. As brincadeiras nas escolas não são utilizadas com fins pedagógicos sendo apenas um passatempo ou para preencher o tempo antes de bater o sinal para a saída, não articulando-a às outras disciplinas. O professor pode utilizar o lúdico tornando as aulas mais dinâmicas e participativas. A aprendizagem através do lúdico deve ser considerada do ponto de vista das crianças, propondo a compreensão dos conteúdos a partir da reconstrução que ela realiza. A aprendizagem é assegurada através da estruturação cognitiva dos conhecimentos prévios que as crianças constroem quando elaboram seus novos conhecimentos. O professor não é um transmissor de conhecimentos e sim um ser que pode mediar a qualquer momento a aprendizagem de seus alunos, fazendo da escola um ambiente propício para a relação professor-aluno ser mais criativa.

Paulo Freire diz: “Que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (2001, p.52). Criar em sala de aula situações onde o aluno possa fazer indagações, permitindo-se assim construir o seu conhecimento. Ser um ser crítico, aberto à sugestões, valorizando também o ponto de vista de seus alunos e não somente o seu próprio. Quando o professor deixar de lado a sua posição de detentor do saber considerando seus alunos como “receptores” desse saber e passar a construir o conhecimento junto com os alunos, numa relação de interação e trocas de conhecimentos, certamente o ensino terá mais qualidade, porque o indivíduo é considerado como um ser social, capaz de desenvolver-se dentro de uma sociedade numa relação de troca.

Na criança, em sua fase de desenvolvimento é muito fácil perceber a presença o egocentrismo, por exemplo, é muito difícil a criança aceitar a regra do “outro”, construindo ela mesma a sua própria regra. Em um jogo, de regras, esta não é capaz de aceitar as regras já existentes, seguindo as suas próprias.

Segundo Piaget: “C ada uma segue as suas próprias, sem parecer sentir necessidade de regular as diferentes condutas a partir de uma referência única” ( 1992, p.15). Durante o período da Educação Infantil é que a criança começa a realizar atividades que envolvam a brincadeira, os jogos e a música. Tudo o que a criança precisa realmente saber, ela aprende na infância. A sabedoria não está no topo da montanha de uma graduação, mas em um monte de areia nas brincadeiras inocentes de roda no pátio da escola, ou mesmo, fora deles.