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Ademais, independentemente do tipo de banho realizado, espera-se que sejam mantidos o rigor metodológico e a monitorização oxi-hemodinâmica dos pacientes.
Tipologia: Slides
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Escola de Enfermagem Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Luana Vieira Toledo Efeitos do banho no leito a seco e tradicional sobre as alterações oxi- hemodinâmicas: ensaio clínico randomizado cruzado Belo Horizonte 2020
Luana Vieira Toledo Efeitos do banho no leito a seco e tradicional sobre as alterações oxi- hemodinâmicas: ensaio clínico randomizado cruzado Versão Final Tese apresentada ao Programa de Pós- graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial à obtenção do título de Doutora em Enfermagem. Linha de pesquisa: Cuidar em Saúde e Enfermagem Orientadora: Prof.ª Dra. Flávia Falci Ercole. Coorientadora: Prof.a^ Dra. Patrícia de Oliveira Salgado. Belo Horizonte 2020
À Deus , Por ter me abençoado em todos os momentos dessa jornada. Aos meus queridos pais Edmilson e Áurea Pelo amor incondicional e incentivo diário. Ao meu querido irmão Wíves Pelo amor fraterno e cumplicidade. À minha querida tia Neide Por ser muito mais que uma tia, uma segunda mãe. Ao meu querido esposo Leonardo Pelo amor, cumplicidade e apoio em todos os momentos.
Aos meus alunos e ex-alunos Ana Izabela, Bárbara, Carla, Gabriela, Geisiane, Isabela, Laís, Lanna, Larissa, Laylla, Letícia, Luma, Maria, Nádia, Thiago e Yara, por todo apoio oferecido em diferentes momentos. Sem vocês esse trabalho não teria sido realizado. Às minhas queridas amigas Caroline Moura e Cissa Azevedo, pela amizade, abrigo, risadas e aprendizado. Por serem exemplos de competência e dedicação. Vocês fizeram com que o doutorado fosse mais leve e prazeroso. Que a nossa amizade se fortaleça a cada dia. À minha querida amiga Camila, pela escuta ativa e pelos sábios conselhos durante essa trajetória. Obrigada por partilhar a vida pessoal e profissional comigo. À prof.ª e amiga Dra. Cristiane Chaves de Souza, por acreditar nesse trabalho antes mesmo dele se tornar oficial e incentivar a sua realização. Às meninas da república Lar Doce Lar, por me darem abrigo na capital mineira nos momentos que mais precisei. Às parceiras de profissão e doutorado Katiusse Alves e Flávia Diaz, pelos momentos de descontração durante essa trajetória. Aos meus colegas de profissão da Universidade Federal de Viçosa, por entenderem a importância dessa qualificação profissional e apoiarem a sua realização. À Fundação de Amparo à pesquisa do estado de Minas Gerais e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela aprovação das bolsas de iniciação científica. A todos que torceram por mim e que, de alguma forma, contribuíram para esta conquista, meus sinceros agradecimentos.
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. (Madre Teresa de Calcutá)
Due to the risks generated for patients by the traditional bed bath, alternative methods such as dry bathing have been incorporated into clinical practice. However, there is a lack of studies that compare the oxy-hemodynamic effects of these two baths. Thus, this research was carried out with the objective of evaluating the effects of dry bed bathing in relation to traditional bed bathing on oxyhemodynamic changes (body temperature, respiratory rate, heart rate, transcutaneous arterial oxygen saturation and blood pressure) in critically ill patients. This is an open, randomized crossover clinical trial, performed with 50 critical patients, between the months of September 2018 and February 2019. Each patient was his own control and received, at random, the bed bath dry and traditional, with a 24-hour interval between them. The oxy-hemodynamic variables were measured at six times: at the beginning of the baths, at 10 minutes, at the beginning and at the end of the patients' lateralization, at the end of the procedure and 15 minutes after its closure. The time of execution of the baths and the lateralization of the patients were also evaluated. Descriptive and inferential analysis was performed, using the Generalized Estimation Equations model. The size of the effect was verified by analyzing Cohen's d and Cliff's delta. The study was approved by the Research Ethics Committee (opinion 2.550.114). There was no statistically significant difference in the oxy-hemodynamic variables between the different baths, but over time, a reduction in the patients' axillary temperature was observed in both procedures (p <0.05). In the traditional bath, patients also presented, at the end of their lateralization, an increase in respiratory rate (24.58 incursions per minute) (p = 0.029). Regarding clinical significance, the effect generated by the dry bath on the oxy-hemodynamic variables was considered negligible. The traditional bed bath generated a small magnitude effect on the reduction of axillary temperature and increase in respiratory rate. The dry bed bath was considered faster (18. minutes) than the traditional bath (26.45 minutes) (p <0.001). In this type of bath, patients remained lateralized for a shorter time (6.59 minutes) than the traditional bath (7.59 minutes) (p <0.001). It was concluded that when submitted to the bath in the dry bed, the patients presented, along the measurements, reduction of the axillary temperature. During the traditional bath, in addition to the reduction in axillary temperature, there was an increase in respiratory rate. Clinically, the effects generated by the dry bath on the oxy-hemodynamic variables were considered negligible, as well as most of the effects of the traditional bath. However, in this bath there were negative effects on the axillary temperature and respiratory rate, which despite being of small magnitude should not be neglected. The dry bath was superior to the traditional one due to the shorter execution time and lateralization of the patients. The positive aspects of this bathing method may encourage its incorporation into health services. Furthermore, regardless of the type of bath performed, methodological rigor and oxy-hemodynamic monitoring of patients are expected to be maintained. Brazilian Registry of Clinical Trials (ReBEC ): RBR-5qwkqd Keywords: Nursing; Baths; Oximetry; Hemodynamics; Critical Care, Intensive Care Units.
Figura 1- Fluxo de assistência aos pacientes críticos diagnosticados, pelo enfermeiro, com “Déficit no autocuidado para banho”..............................
Figura 2 a- Treinamento dos pesquisadores auxiliares para a prática do banho no leito..............................................................................................................
Figura 2b- Treinamento dos pesquisadores auxiliares para a prática do banho no leito..............................................................................................................
Figura 3- Embalagem de lenços para o banho a seco: “ FeelClean® ”......................... 40 Figura 4- Representação da sequência dos seguimentos corporais higienizados durante o banho a seco................................................................................
Figura 5 - Termômetro clínico digital auricular Incoterm ® TH809........................... 42 Figura 6 - Termômetro clinico digital axilar GTECH® TH1027................................ 42 Figura 7 - Monitor Multiparâmetro Dixtal Dx® 2023................................................ 43 Figura 8 - (^) Ventilador Mecânico Newport ® E 360 br.................................................. 43 Figura 9 - Representação esquemática da operacionalização do estudo..................... 47 Figura 10- Fluxograma de rastreamento da amostra.................................................... 54 Figura 11 - Comparação das médias da temperatura do ambiente da UTI durante o banho no leito a seco e tradicional.............................................................
Figura 12- Comparação das médias da umidade do ambiente da UTI durante o banho no leito a seco e tradicional...........................................................
Figura 13- Distribuição dos pacientes críticos de acordo com o tempo de execução do banho no leito tradicional.......................................................................
Figura 14- Distribuição dos pacientes críticos de acordo com o tempo de execução do banho no leito a seco..............................................................................
Figura 15- Distribuição dos pacientes críticos de acordo com o tempo de lateralização durante o banho no leito tradicional......................................
Figura 16 - Distribuição dos pacientes críticos de acordo com o tempo de lateralização durante o banho no leito a seco .............................................
leito a seco e tradicional sobre a pressão arterial diastólica (PAD) dos pacientes críticos ao longo do tempo..............................................
Tabela 17 - Análise das alterações na pressão arterial diastólica (PAD) dos pacientes críticos submetidos ao banho no leito a seco e tradicional... 72 Tabela 1 8 - Análise das estimativas dos parâmetros do modelo de equação de estimativa generalizada (GEE) para avaliação do efeito do banho no leito a seco e tradicional sobre a pressão arterial média (PAM) dos pacientes críticos ao longo do tempo.................................................... 73 Tabela 1 9 - Análise das alterações na pressão arterial média (PAM) dos pacientes críticos submetidos ao banho no leito a seco e tradicional... 74 Tabela 20 - Análise do tamanho do efeito ( effect size ) do banho no leito a seco e tradicional sobre as variáveis oxi-hemodinâmicas dos pacientes críticos................................................................................................... 75 Tabela 21 - Associação entre o tempo de permanência em decúbito lateral dos pacientes críticos e o tempo médio de execução dos banhos no leito a seco e tradicional................................................................................... 77 Tabela 22 - Comparação da idade, sexo e variáveis clínicas dos pacientes críticos em relação ao tempo médio de execução dos banhos no leito a seco e tradicional.............................................................................................. 78 Tabela 23 - Comparação da idade, sexo e variáveis clínicas dos pacientes críticos em relação ao tempo médio de lateralização durante a execução dos banhos no leito a seco e tradicional...................................................... 79
ºC - Graus Celsius bpm - Batimentos por minuto CID- 10 - Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde COEP - Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos DE - Diagnóstico de Enfermagem DP - Desvio Padrão DVA - Drogas Vasoativas ECG - Escala de Coma de Glasgow ECR - Ensaio Clínico Randomizado FC - Frequência Cardíaca FR - Frequência Respiratória GC - Grupo Controle GE - Grupo Experimental GEE - Generalized Estimating Equations Hg - Hemoglobina Ht - Hematócrito IC - Intervalo de Confiança IIQ - Intervalo Interquartílico irpm - Incursões respiratórias por minute LPP - Lesão por pressão M - Média mmHg - Milímetros de mercúrio NANDA - North American Nursing Diagnosis Association NHB - Necessidades Humanas Básicas NIC - Classificação das Intervenções de Enfermagem PA - Pressão Arterial PAD - Pressão Arterial Diastólica PAM - Pressão Arterial Média PAS - Pressão Arterial Sistólica QIC - Quasi-Akaike Information Criterion
18 2017 ). Na prática clínica, observa-se que a padronização da técnica, muitas vezes, é banalizada na rotina dos profissionais de enfermagem. A realização do tradicional banho no leito, utilizando-se bacias com água e sabão, tem sido questionada devido às consequências geradas para os pacientes, incluindo-se a sensação de dependência e desconforto (LIMA; LACERDA, 2010; GOZALO et al ., 2014). Além disso, destacam-se o risco de queda, de infecções e de deslocamento de dispositivos invasivos, bem como de alterações em parâmetros oxi-hemodinâmicos como: a saturação transcutânea de oxigênio arterial (SpO 2 ), a temperatura corporal (Tcorº) e a frequência cardíaca (FC) (OLIVEIRA et al ., 2009; LIMA; LACERDA, 2010; OLVEIRA; LIMA, 2010; SILVA et al ., 2 016). Essas alterações podem contribuir para uma pior evolução clínica dos pacientes e até mesmo maior índice de mortalidade. Nos pacientes críticos, os efeitos gerados por essas alterações podem ser ainda mais significativas, tendo em vista a complexidade dos pacientes e do cenário no qual estão inseridos (PEREIRA et al ., 2015). Lima e Lacerda (2 010 ) identificaram, a partir de uma revisão sistemática, os fatores de risco para as alterações oxi-hemodinâmicas dos pacientes críticos relacionadas à execução do banho no leito tradicional. Incluem-se como fatores de risco: o tempo de duração do banho superior a 20 minutos, a exposição prolongada do paciente ao decúbito lateral durante a sua execução e a realização do banho nas primeiras quatro horas do pós-operatório de cirurgia cardíaca. Diante disso, a evolução técnico-científica propõe um método alternativo de banho, abolindo-se o uso de bacias, água e sabão, mas mantendo-se a exigência do rigor técnico. Patenteado em 1994 pela enfermeira Susan M. Skewes, o método alternativo conhecido como bag bath® , banho a seco ou banho descartável, consiste em uma embalagem com oito toalhas de algodão pré-umedecidas em solução emoliente com pH ácido, próximo ao da pele, e de hidratante com vitamina E, livre de sabão e álcool. Cada toalha de algodão é de uso único e destina-se à limpeza de uma área do corpo, a qual depois de higienizada não necessita de enxágue e secagem. (SKEWES, 1996). O método de banho a seco tem sido considerado como um método alternativo de banho no leito cujo desempenho em relação à limpeza da pele é semelhante ao método tradicional (GROVEN et al ., 2017). Os resultados de uma revisão sistemática apontam a superioridade do método de banho a seco em decorrência da menor incidência de infecções urinárias associadas ao uso de cateteres, menor tempo de execução do procedimento e menor custo (STROUSE, 2 015). Entretanto, ainda evidencia-se uma escassez de estudos com alta
19 evidência científica que avaliem essa tecnologia de cuidado de enfermagem, especialmente no que tange ao seu efeito sobre as variáveis oxi-hemodinâmicas dos pacientes críticos. Ressalta-se que o banho a seco, apesar de ter sido inserido na prática da enfermagem em 1994, não está contemplado pela Classificação Internacional de Intervenções de Enfermagem (NIC) como uma atividade relacionada à intervenção “banho” (BULECHEK et al., 2016). Além disso, em relação ao tradicional banho no leito, observa-se que mesmo diante de evidências científicas que comprovem a importância do monitoramento oxi-hemodinâmico dos pacientes durante esse procedimento, tal ação também não é citada nessa taxonomia (LIMA; LACERDA 201 0 ; BULECHEK et al ., 2016; TOLEDO et al., 2019 ). Tendo em vista o papel da NIC na padronização e seleção das adequadas intervenções de enfermagem, emerge a necessidade de nova revisão do conteúdo relacionado ao banho, a fim de promover uma prática de enfermagem mais segura. A partir da análise dos dados da literatura científica, da experiência profissional e da rotina das UTIs percebe-se que o banho no leito constitui-se como uma prática do cotidiano da enfermagem que não está isenta a riscos. Dessa forma, faz-se necessária a realização de ensaios clínicos controlados de alta qualidade metodológica, com amostras expressivas, que tenham como objetivo avaliar os efeitos dessa intervenção sobre as alterações oxi- hemodinâmicas em pacientes críticos. A partir desses estudos será possível a implementação de um cuidado que atenda às reais necessidades do paciente, minimizando os riscos decorrentes de sua realização. Assim, espera-se que o paciente não aumente o seu consumo de energia em decorrência da realização do banho no leito, favorecendo a sua promoção de conforto, higiene e manutenção da sua estabilidade hemodinâmica. Diante dessas considerações e em face do escasso conhecimento sobre os melhores cuidados de enfermagem na realização do banho no leito questiona-se: Quais os efeitos do banho no leito a seco e do banho no leito tradicional sobre as alterações oxi-hemodinâmicas (Tºcor., Frequência Respiratória [FR], FC, SpO 2 , e Pressão Arterial[PA]) em pacientes críticos?