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saúde em família e longitudidade do cuidado
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Identificação: Paciente 1: Dona Maria, 74 anos Paciente 2: Ana, 9 meses (neta de Dona Maria) Histórico Familiar: Dona Maria reside com sua filha Juliana, de 30 anos, e sua neta Ana, de 9 meses. História: Dona Maria, uma idosa de 74 anos, portadora de Diabetes Mellitus tipo 2 , vive com sua filha Juliana e sua neta Ana em uma residência simples. Dona Maria sofreu uma queda em sua casa após escorregar em um tapete. O acidente, que é comum entre idosos, resultou em uma ferida na perna direita, mas a idosa não procurou atendimento médico. Ela acreditava que poderia tratar a lesão por conta própria utilizando pomadas caseiras. A neta Ana de 9 meses aparentava estar um pouco abaixo do peso esperado para sua idade e estava com dificuldades na introdução de alimentos sólidos. O que estiver em vermelho, foram alterações que eu realizei dentro da sua parte ACS Em uma consulta rotineira da Agente Comunitária de Saúde (ACS) , que tinha como objetivo orientar sobre o retorno de Ana, que completara 9 meses e necessitava de realizar a puericultura do 9° mês , a ACS percebeu que a menina aparentava estar um pouco abaixo do peso esperado para sua idade e conversando com a idosa, observou que Ana estava com dificuldades na introdução de alimentos sólidos. A ACS também notou que Dona Maria, a avó da criança, apresentava uma ferida na perna esquerda , visivelmente inflamada. Durante a consulta domiciliar, a ACS, além de lembrar a família sobre a importância do retorno de Ana para a consulta de puericultura e vacinação, fez uma avaliação cuidadosa do quadro clínico de Dona Maria. A ACS descobriu que Dona Maria não mencionou a queda nem a ferida, possivelmente para não sobrecarregar sua filha Juliana, que tem uma rotina de trabalho intensa. A ACS, atenta a essas condições, orientou Dona Maria a procurar assistência para tratar a ferida e recomendou que Juliana marcasse a consulta de puericultura para Ana. Ela observou que a criança apresentava possíveis sinais de desnutrição leve, com peso inferior ao esperado para sua faixa etária, o que poderia estar relacionado com a alimentação seletiva e a resistência a novos alimentos, como legumes e verduras. Orientou a Dona Maria sobre a necessidade de eliminar objetos do chão e melhorar a organização da casa para evitar futuras quedas. Ela também falou sobre a importância de realizar exames regulares, especialmente devido à diabetes da idosa. A ACS ajudou Dona Maria a agendar uma consulta para o dia seguinte, garantindo que ela pudesse receber o atendimento necessário para sua ferida e uma avaliação geral da saúde e a puericultura de sua neta.
No outro dia, ao chegarem à UBS, Dona Maria se deparou com uma agente de limpeza que estava atentamente realizando uma limpeza no chão da unidade, passando um pano. A funcionária cumprimentou ela e a criança, avisando sobre os cuidados a se ter ali na área que estava sendo lavada. O trabalho dela era fundamental para a manutenção da unidade, pois com a limpeza constante, ela ajudava a prevenir acidentes, que poderiam ser especialmente perigosas para os idosos e crianças. RECEPCIONISTA Quando Dona Maria se dirigiu à recepção, foi recebida por uma recepcionista simpática. A recepcionista não apenas registrava a chegada dos pacientes, mas também tinha um papel essencial em acolher e orientar os usuários, garantindo que se sentissem bem-vindos e seguros na UBS. A recepcionista atualizou os dados de Dona Maria e Ana no sistema e a confirmou a consulta de ambas com a enfermeira e o médico. Sua atenção e cuidado na recepção eram fundamentais, pois estabeleciam uma primeira impressão positiva e tranquilizavam os pacientes, especialmente aqueles que podiam estar ansiosos. Após finalizar o registro, a recepcionista pediu para que elas aguardassem até serem chamadas. TÉCNICO DE ENFERMAGEM Depois de alguns minutos de espera, o técnico de enfermagem, chamou Dona Maria e Ana para o atendimento. Assim que entraram, ele iniciou o acolhimento de ambas pacientes. Ele começou o atendimento com um sorriso, perguntando como estavam se sentindo. Dona Maria explicou sobre a ferida em sua perna, mencionando que havia tido uma queda em casa e que tratou a ferida com pomadas caseiras, mas estava insegura sobre a eficácia do tratamento. O profissional ouviu atentamente e assegurou que iria avaliar a ferida para oferecer a ajuda necessária. O técnico iniciou a avaliação de triagem, que é uma das principais atribuições do técnico de enfermagem na ESF. Ele mediu a pressão arterial, a frequência cardíaca e outros sinais vitais de Dona Maria, garantindo que a idosa estivesse estável. Em seguida, examinou a ferida, orientando-a sobre os cuidados adequados e a importância de evitar objetos soltos em casa para prevenir novas quedas. Após finalizar o atendimento de Dona Maria, o técnico de enfermagem perguntou sobre a Ana. Ele fez perguntas simples sobre como a menina estava e orientou sobre a importância de uma alimentação saudável para seu crescimento. Foi realizado a medição de peso, altura e temperatura de Ana, anotando as informações, que são fundamentais para monitorar o desenvolvimento infantil. Com o atendimento concluído, o técnico agradeceu pela visita e reforçou que elas poderiam retornar sempre que precisassem de mais assistência. Ele também mencionou que, como técnico de enfermagem, estava sempre disponível para fornecer orientação e suporte, contribuindo para a promoção da saúde e bem-estar da comunidade. ENFERMAGEM Após a triagem, Dona Maria e Ana são chamadas para a consulta de enfermagem; como ambas são parentes, elas são atendidas em conjunto pela enfermeira. A consulta de Enfermagem tem por objetivo prestar assistência integral para as famílias de uma comunidade, propiciando melhores condições de vida e avaliando a situação clínica desses familiares. Dentro da sala, é realizado o
Em relação ao desenvolvimento, é observado que a criança possui bons reflexos psicomotores, além de já estar tentando introduzir a fala e se sentar sem apoio. No entanto, como nessa fase a criança está se tornando mais ativa, curiosa e começa a explorar o ambiente, a enfermeira realiza uma orientação de como evitar acidentes dentro de casa. Para finalizar, a enfermeira comenta sobre possíveis cuidados a se ter nessa fase, demonstra preocupação com o quadro nutricional da criança e orienta sobre a extrema necessidade de realizar um acompanhamento com o nutricionista, fazendo o encaminhamento da criança para a profissional do postinho. É realizado todas as alterações de informações na Caderneta da Criança. RECEPÇÃO Após a consulta de Enfermagem, é remarcada na recepção uma nova consulta com o médico, o nutricionista e no dentista. A recepção informa sobre a garantia de atendimento para a realização dos curativos e sobre a localização do setor de vacinação do município. MÉDICO No dia da consulta, Dona Maria é atendida pelo médico da UBS, onde é analisado a anamnese completa e o exame físico realizado pela enfermeira, junto com os dados coletados pelo técnico de enfermagem. Ele avalia também o histórico médico da paciente, com foco nas queixas atuais e possíveis complicações relacionadas a Diabetes Mellitus. Ele realiza novamente uma nova avaliação, incluindo a verificação de sinais vitais, exame físico cardiovascular e respiratório. O médico solicita exames adicionais para uma avaliação mais detalhada da saúde de Dona Maria, como glicemia em jejum e hemoglobina glicada. Após a avaliação, ele discutiu o plano de tratamento de Dona Maria, orientou sobre o monitoramento contínuo da glicemia e das medidas de autocontrole, como a alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas adequadas. Com a criança, o médico realiza uma nova avaliação após analisar a anamnese coletada pela enfermeira, verificando sinais clínicos de desnutrição. Após uma avaliação detalhada, ele sugere a realização de exames complementares (hemograma completo, vitaminas, albumina) para confirmação de diagnóstico. O médico, preocupado com as possibilidades de agravos, sugere que a criança seja levada até o nutricionista para realizar um plano alimentar qualificado. Após as consultas, os dados são atualizados nas Cadernetas de idoso e Criança. O médico confere a remarcação de consulta no próximo mês, avisando a disponibilidade de atendimento com equipe em domicílio, caso necessário. DENTISTA Na consulta realizada pelo dentista, é essencial que ocorra uma anamnese detalhada antes da avaliação física, tanto de Dona Maria, quanto de Ana. O histórico clínico de diabetes influencia diretamente no tratamento odontológico, visto que a diabetes pode provocar lesões nas gengivas, estimular a presença de cáries e infecções, enquanto a desnutrição, devido a fraqueza do sistema imunológico e a falta de nutrientes, pode ocasionar má formação dentária, cáries e manchas nos esmaltes dentários. O dentista informa sobre essas condições e realiza um exame clínico em Dona Maria, verificando a necessidade de uma limpeza dentária. Para o bebê, na avaliação odontológica, o dentista realiza o desenvolvimento e nascimento dos primeiros dentes da criança, e orienta a avó sobre como é feita a higienização correta dos dentes do bebê nessa fase. O auxiliar de dentista a informa sobre a necessidade utilizar os itens de limpeza de forma correta, incluindo fio dental e uma pasta de dente, e realiza as técnicas corretas de escovação para o conhecimento de ambos os pacientes. O dentista marca um novo dia para inicio de tratamento, e
orienta sobre a necessidade de uma alimentação equilibrada para a preservação dos dentes das pacientes. NUTRICIONISTA Na consulta com a nutricionista, Dona Maria relata os últimos atendimentos clínicos e informa sobre a condição de desnutrição de sua neta Ana, perguntando sobre qual seria o tratamento possível a ser realizado para melhora. A nutricionista analisa a anamnese realizada pela enfermeira e pelo médico, percebendo que a criança possui sinais de atraso no crescimento e que sua dieta alimentar habitual não está sendo nutritiva da forma necessária. Ela realiza um exame físico na criança, verificando peso e altura, distribuição de gordura, sinais de desnutrição e exames complementares. A nutricionista realiza um plano alimentar como tratamento, com variedade nas refeições de nutrientes e horários definidos para o plano alimentar; faz a orientação de incentivar a criança com alimentos apetitosos e que possam atrair a atenção e desenvolver o paladar. Além disso prescreve o uso de suplementos vitamínicos e para anemia, e ressalta a importância da continuidade do aleitamento materno, devido a grande quantidade de nutrientes presente no leite. Para a idosa, a nutricionista avalia as consultas prévias realizadas pela enfermeira e médico e realiza exame físico com peso, altura, sinais vitais e solicita exames laboratoriais de glicemia em jejum, colesterol etc. Ela orienta sobre a necessidade de realizar o controle glicêmico através de uma dieta com baixos valores de glicose, carboidratos equilibrados, evitando açúcares, e ingestão correta de nutrientes. Orienta também a realização de 5 a 6 refeições por dia para melhor controle diabético, sempre avaliar os valores nutricionais dos produtos a ser consumidos. A nutricionista remarca o retorno na próxima consulta no próximo mês para reavaliação de ambas as pacientes. RETORNO DA ACS E ACOMPANHAMENTO Após o atendimento de Dona Maria e Ana na UBS e a implementação das orientações de saúde, a ACS retornou à residência de Dona Maria no mês seguinte para dar continuidade ao acompanhamento. A visita domiciliar é uma das principais atribuições da ACS, garantindo o suporte necessário para o bem- estar da família e a efetivação das orientações realizadas nas consultas. Visita domiciliar – Dona Maria e Ana: Quando a ACS chegou à casa de Dona Maria, encontrou a idosa com sinais de melhora na ferida da perna, seguindo as orientações sobre os cuidados com o curativo e a limpeza da casa para evitar novas quedas. A ferida estava cicatrizando bem, embora ainda necessitasse de alguns cuidados adicionais. Dona Maria mencionou que estava se sentindo mais segura após a reorganização dos móveis e a remoção dos tapetes, e relatou que havia tomado mais cuidados com o controle de sua glicemia, conforme a orientação médica. Durante a visita, a ACS sugeriu que antiquedas (barras de apoio) fossem instaladas no banheiro e ao lado da cama para dar maior estabilidade. Além disso, a ACS recomendou o uso de pisos antiderrapantes em áreas como o banheiro e a cozinha, onde a probabilidade de escorregar é maior. Dona Maria ouviu atentamente todas as recomendações e se comprometeu a colocar essas medidas em prática para melhorar a segurança de sua casa.
