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Como acontece a resistência à insulina e o que deve ser feito
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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R E S I S T Ê N C I A À I N S U L I N A
RESISTÊNCIA À
INSULINA
AFINAL, QUE BICHO É ESSE?
L I S S B I S C H O F F
P r o d u z i d o p o r
COMERCIALIZAÇÃO PROIBIDA
R E S I S T Ê N C I A À I N S U L I N A
Embora os sintomas sejam basicamente os mesmos, a origem da doença é bastante diferente e o tratamento também. O Diabetes tipo 1 é doença de insuficiência de insulina. O pâncreas não é capaz de produzir insulina suficiente e, por causa disso, a glicemia fica elevada. Ocorre um processo de destruição das células beta do pâncreas, que na maioria dos casos, é resultado de autoimunidade (diabetes tipo 1 autoimune), que pode ser detectada mais cedo pela presença de certos anticorpos anti-insulina, anti-GAD, entre outros. Neste caso, o tratamento será, necessariamente, injetar insulina no corpo para suprir essa deficiência. Já o Diabetes tipo 2 é basicamente uma doença de fundo alimentar. Os pacientes diabéticos tipo 2 geralmente têm resistência à insulina. Neste caso, não teremos uma deficiência, mas sim um excesso de insulina (hiperinsulinemia). Em estágio mais avançado, no Diabetes tipo 2 pode ocorrer a deficiência relativa de insulina, ao invés de absoluta como ocorre no diabetes tipo 1. Neste momento o diabético tipo 2 pode vir a ter que usar insulina injetável também.
insulina, mas as células são incapazes de utilizá-la eficazmente (resistência insulínica). (Fonte: http://www.sobiologia.com.br)
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Para começarmos a entender o que é a resistência à insulina, vou reproduzir aqui alguns trechos de um texto do Dr. Drauzio Varella:
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À síndrome metabólica é a manifestação clínica da resistência à insulina.
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(...) O termo [resistência à insulina] é empregado para definir uma situação na qual a insulina que circula no sangue não exerce sua atividade plena após ser secretada pelo pâncreas em resposta ao aumento de carboidratos no sangue. A importância desse hormônio – insulina – não é só para o controle das taxas de glicose no sangue, mas também por inúmeras outras funções no fígado, tecido gorduroso, rins e mesmo nos vasos sanguíneos. Quando a pessoa tem resistência à insulina, seu pâncreas produz esse hormônio, mas em excesso. O problema é que após o estímulo gerado pela glicose, a ação dessa insulina não é a ideal. Para corrigir essa resistência, o organismo acaba secretando maiores quantidades de insulina que, em níveis mais altos, consegue cumprir suas funções. No entanto, algumas vezes, esse mecanismo pode não ser eficiente, e há um aumento na concentração da insulina e da glicose no sangue, o que pode gerar um estado de pré-diabete ou até mesmo de diabete. Da mesma forma, as alterações resultantes desse processo são responsáveis pela síndrome metabólica (...). Outras condições desfavoráveis são associadas a esse quadro, como a síndrome dos ovários policísticos. A síndrome metabólica , conhecida anteriormente como síndrome X ou quarteto da morte, por associar quatro condições muito perigosas para a saúde – obesidade, hipertensão, diabete e aumento dos triglicerídeos – consiste num conjunto de alterações orgânicas resultantes de uma ação ineficiente do hormônio insulina, chamada resistência à insulina.
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Em outras palavras, a insulina produzida pelo pâncreas, que tem a função de colocar a glicose para dentro da célula, encontra uma resistência a sua ação nos tecidos. Para vencer essa resistência, o pâncreas precisa produzir níveis maiores de insulina (hiperinsulinemia compensatória), que com o tempo, o aumento progressivo do peso e a influência de outros fatores ambientais podem predispor a intolerância à glicose e ao diabetes. Esse nível elevado de insulina na circulação gera um aumento da atividade do sistema nervoso simpático, aumento da reabsorção renal de sódio (sal) e expansão do volume plasmático circulante, favorecendo o aparecimento da hipertensão arterial. A hiperinsulinemia causa também uma disfunção no endotélio vascular, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose e doença cardiovascular.
Por que é importante diagnosticar esses pacientes?
Para que o tratamento possa ser iniciado precocemente, de modo a evitar o possível aparecimento da doença coronária e do diabetes mellitus. O diagnóstico de síndrome metabólica é feito quando o indivíduo apresenta pelo menos três das cinco características abaixo:
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Circunferência abdominal maior que 88 cm (mulher) e maior 102 cm (homem). Triglicerídeos acima de 150 mg/dL. HDL colesterol abaixo de 50 mg/dL na mulher e abaixo de 40 mg/dL no homem.
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E porque devemos nos preocupar com nossos níveis de insulina? Porque a hiperinsulinemia (níveis elevados de insulina no sangue) está associada a diversos fatores de risco e doenças (como veremos mais adiante neste e-book). E pode ser, também, a razão pela qual você tem tanta dificuldade de perder aqueles quilos a mais que acumulou ao longo dos anos. Muitas pessoas têm resistência à insulina e não sabem. Talvez você seja uma delas. Veja no diagrama abaixo se você se identifica com esses problemas:
Pressão arterial acima de 130 x 85 mmHg. Glicemia de jejum maior 100 mg/dl Fonte: Hospital Sírio Libanês
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Isso é a RESISTÊNCIA À INSULINA.
Dr. Rodrigo Bomeny
Endocrinologista
@rodrigobomeny
Rosinha era mais disciplinada. Tinha uma alimentação rica em
legumes e vegetais, carnes e gorduras. Comia poucos alimentos
industrializados.
O resultado da glicemia dela foi 80. Para conseguir manter essa
quantidade de glicose no sangue, teve que produzir " 1 insulina".
A glicemia no sangue foi a mesma, mas percebam que Chico
Bento teve que se esforçar muito mais para conseguir manter a
mesma quantidade de glicose no sangue.
A tendência é que se o Chico Bento não passar a prestar mais
atenção na aula, em algum momento esses estudos pré-prova
não sejam suficientes e ele fique de recuperação.
O mesmo vale para sua glicemia. A tendência é que se ele não
parar de comer goiabada e continuar tirando seus cochilos,
precise produzir cada vez mais insulina para manter uma
quantidade boa de glicose no sangue. Mas em algum momento
isso não será mais suficiente (possível) e ele ficará de
recuperação (diabetes).
Analisar a glicose de maneira isolada é igual comparar os alunos
apenas pela sua nota. Existe um contexto por trás que não pode
ser desprezado e que pode ser mais importante que a própria
nota / glicose.
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O texto anterior do Dr. Rodrigo Bomeny ilustra de maneira bem
simples o que é a resistência à insulina e também ajuda a
entender a lógica por trás do cálculo do Homa-IR.
O Homa-IR ( Homeostasis Model Assessment ) é o indicador de
resistência à insulina mais utilizado. Para calcular o Homa-IR
basta ter os resultados de glicose em jejum e insulina basal
(desde que os resultados sejam referentes a coletas de sangue
realizadas no mesmo dia e horário) e aplicar a fórmula a seguir:
Muitos laboratórios já apresentam o cálculo do Homa-IR
juntamente com o resultado do exame de insulina basal. Porém,
se o seu laboratório não apresenta esse cálculo e você possui os
dados de glicose e insulina, você pode utilizar a planilha abaixo
para inserir os dados e calcular automaticamente seu Homa-IR:
Um resultados DESEJÁVEL de Homa-IR deve ficar próximo de 1
(que indica, teoricamente, boa saúde metabólica).
Resultados de Homa-IR acima de 2,7 são considerados casos de
resistência à insulina.
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Analisar a glicose de maneira isolada não nos diz muito coisa. Uma glicemia em jejum "normal" apenas nos diz que a pessoa ainda não é diabética. E mesmo com a insulina basal teoricamente "normal", a pessoa pode ter resistência à insulina.
não significa
"normal"
"desejável"
Marina e Pedro apresentaram exatamente a mesma glicemia em jejum ( 81 ). No entanto, Marina parece ser metabolicamente saudável, enquanto o resultado de Pedro indicou resistência à insulina (Homa-IR acima de 2,7). O pâncreas de Pedro teve que fazer um esforço muito maior (produzindo 3 vezes mais insulina) para manter o mesmo nível de glicemia. Se você já viu um exame de insulina basal, talvez tenha notado que o valor de referência para exame varia de 3 a 25 μUI/mL aproximadamente. Ou seja: uma insulina de 15 é considerada "normal". Mas o Homa-IR indicou resistência à insulina. O que isso nos mostra? Que:
Resultado
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Muitas vezes, sinais físicos podem nos dizer muito mais do que exames de sangue.
Circunferência abdominal: acima de 102cm para homens e 88cm para mulheres é indicativo de RI. Relação cintura/altura: superior a 0,5 é indicativo de RI. Estudos mostraram que a relação cintura/altura tem alta correlação com o Homa-IR.
pescoço) também é um indicador de resistência à insulina e f ibromas moles t ambém são indicadores de resistência à insulina.
Acantose nigricans (manchas escuras na região das axilas e do
CLIQUE NA IMAGEM PARA LER MAIS A RESPEITO
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Mas o diagnóstico de Diabetes tipo 2 é apenas a ponta do iceberg. Antes disso, o seu corpo sofreu uma série de danos. Estudos mostram que as complicações microvasculares começam até 5 anos antes do diagnóstico e as complicações macrovasculares começam até 10 anos antes do diagnóstico (como se vê no gráfico a seguir).
A resistência à insulina emerge quase quatorze anos antes do diabetes tipo 2. A resistência à insulina instalada produz o aumento lento e gradual na glicose sanguínea. O pâncreas começa a produzir cada vez mais insulina para impedir o aumento rápido da glicemia. Então, por mais de uma década, a glicose no sangue permanece relativamente normal. Só nos anos que antecedem o diagnóstico de Diabetes tipo 2 é que a hemoglobina glicada aumenta rapidamente (conforme se vê no gráfico abaixo) e aí a pessoa recebe o diagnostico de Diabetes tipo 2.
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Como você já deve ter percebido, resistência à insulina e Diabetes tipo 2 são diferentes de estágio de uma mesma doença:
Em nível macrovascular , destaca-se que pessoas com diabetes podem desenvolver cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica , que estão frequentemente associadas à morbimortalidade decorrente da doença. Já as complicações microvasculares são caracterizadas por lesões na visão (retinopatia), doença renal (nefropatia) e lesão neuronal (neuropatias) , que constituem causas mais comuns de cegueira irreversível, doença renal crônica e amputações não traumáticas de membros inferiores (http://www.scielo.br/pdf/csc/v20n3/pt_ 1413 - 8123 - csc- 20 - 03 - 00761.pdf)
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