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LITÍASE BILIAR, Resumos de Cirurgia Geral

Informações sobre a vesícula biliar, sua função, composição da bile, formação de cálculos biliares, sintomas, fatores de risco e diagnóstico. São abordados os tipos de cálculos biliares, como a colelitíase e a coledocolitíase, e suas consequências, como a pancreatite. O documento também discute as patologias que podem afetar o ducto biliar principal, como o colangiocarcinoma e a neoplasia de cabeça de pâncreas. O diagnóstico é feito principalmente por ultrassom.

Tipologia: Resumos

2022

À venda por 21/12/2022

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LITÍASE BILIAR
A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, que mede 7-10 cm e tem formato similar a uma
pêra. Situa-se na junção do lobo direito e quadrado do fígado. Sua função é armazenar a bile,
que atua na digestão de gorduras no intestino.
A bile é formada por várias substâncias, entre elas o colesterol, que é grande
responsável pela formação de cálculos que podem impedir o fluxo da bile.
A vesícula é onde a maioria dos cálculos se encontram, e quando estão nos canais biliares é
porque a pedra se moveu na maioria das vezes.
Com menor frequência as pedras podem se formar nos próprios canais, devido a
infecções ou estase biliar.
O cálculo formado no colédoco pode ir para o ducto pancreático, causando pancreatite
por obstrução. Os sintomas são clássicos da pancreatite: dor em faixa direita, icterícia.
Ducto biliar principal tem de 8-11cm e 8 de calibre. Ao longo da vida ocorre sua dilatação
naturalmente, porém algumas patologias podem ocorrer
Neoplasia de cabeça de pâncreas.
Colangiocarcinoma.
Adenocarcinoma de papila duodenal. “Icterícia flutuante” em que ocorrem obstruções de
massas, que progressivamente se desprendem e são liberadas nas fezes, fazendo com
que o fluxo obstrua e desobstrua frequentemente, causando esse tipo de icterícia.
O nervo vago direito é quem inerva e produz contração da vesícula.
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LITÍASE BILIAR

A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, que mede 7-10 cm e tem formato similar a uma pêra. Situa-se na junção do lobo direito e quadrado do fígado. Sua função é armazenar a bile , que atua na digestão de gorduras no intestino. A bile é formada por várias substâncias, entre elas o colesterol, que é grande responsável pela formação de cálculos que podem impedir o fluxo da bile. A vesícula é onde a maioria dos cálculos se encontram, e quando estão nos canais biliares é porque a pedra se moveu na maioria das vezes. Com menor frequência as pedras podem se formar nos próprios canais, devido a infecções ou estase biliar. O cálculo formado no colédoco pode ir para o ducto pancreático, causando pancreatite por obstrução. Os sintomas são clássicos da pancreatite: dor em faixa direita, icterícia. Ducto biliar principal tem de 8-11cm e 8 de calibre. Ao longo da vida ocorre sua dilatação naturalmente, porém algumas patologias podem ocorrer ● Neoplasia de cabeça de pâncreas. ● Colangiocarcinoma. ● Adenocarcinoma de papila duodenal. “Icterícia flutuante” em que ocorrem obstruções de massas, que progressivamente se desprendem e são liberadas nas fezes, fazendo com que o fluxo obstrua e desobstrua frequentemente, causando esse tipo de icterícia. O nervo vago direito é quem inerva e produz contração da vesícula.

● COLELITÍASE/COLECISTOLITÍASE: o calcúlo ocorre na vesícula; geralmente são assintomáticos até chegar no infundíbulo, onde ocorre a saída da bile e a vesícula começa fazer contrações para tentar expulsar. ● COLEDOCOLITÍASE: cáculo nos canais biliares , causa cólica também devido ao fator obstrutivo e tentativa de contração para tentar expulsar o cálculo. A bile é formada majoritariamente por água. Sais biliares, bilirrubina, lectina e outros fosfolipídios + colesterol não esterificado também são componentes. Seu pH varia de 5,7 a 8, e em média são secretados 500-1000mL por dia. ORIGEM DOS CÁLCULOS A vesícula mantém os sais “misturando” e quando isso para ou diminui ocorre a formação de cálculos. ● Excesso de colesterol em relação aos sais biliares e fosfolipídios, ocorrendo cristalização do colesterol. Responde por 90% dos cálculos. ● Cálculos pigmentares: são mais raros, castanhos, maciços e sem forma definida. São os únicos formados FORA DA VESÍCULA biliar - originados nos ductos. Contém sais de bilirrubina e outras substâncias. A cor castanha é mais comum devido a infecção, como da E. coli e Klebsiella sp, que produzem beta glucuronidase, que eleva a atividade enzimática da bile com consequente desconjugação de quase toda bilirrubina direta em bilirrubina indireta. ○ Cálculos negros: doenças hemolíticas, como a cirrose, alimentação parenteral prolongada e pós-ressecção ileal. O UG permite o reconhecimento frequente da lama biliar no interior da vesícula. FATORES DE RISCO ● Gravidez: maior prevalência devido ao efeito hormonal que altera a composição biliar; hiperproteinemia e alterações motoras da vesícula. ● Obesidade: excesso de colesterol ou insuficiência de sais biliares. ● DM: disturbio metabólico. CLÍNICA ● A maioria é assintomático. ● Dor recidivante, que pode evoluir para colecistite aguda, empiema e perfuração vesicular. ● SINAL DE MURPHY: dor a palpação do hipocôndrio direito durante a inspiração, sugerindo doença de vesícula biliar. ● Dor epigástrica no quadrante superior direito, geralmente é intermitente. ● Dor biliar típica = cólica biliar. ● Alguns cálculos podem se dissolver e/ou migrar para o intestino. DIAGNÓSTICO ● Ultrassom: muito específico para cálculos maiores do que 2mm.