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LITERATURA BARROCA, Notas de estudo de Literatura

havia um público leitor para consumir obras literárias. O movimento barroco ... Iniciador do Barroco no Brasil, autor de Prosopopéia. 2. GREGÓRIO DE MATOS.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Ronaldinho890
Ronaldinho890 🇧🇷

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LITERATURA
BARROCA
NO BRASIL
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LITERATURA

BARROCA

NO BRASIL

O que é o Barroco?

 O Barroco foi um período estilístico e

filosófico da História da sociedade

ocidental, ocorrido durante os séculos XVI

e XVII (Europa) e XVII e XVIII (América),

inspirado no fervor religioso e na

passionalidade.

CARACTERÍSTICAS

CULTISMO ou GONGORISMO – É o jogo de palavras; é o rebuscamento da forma, é a obsessão pela linguagem culta, erudita, por meio de inversão da frase (hipérbato), do uso de palavras difíceis. É o abuso no emprego de figuras de linguagem, especialmente a metáfora, a antítese e o hipérbato. O principal cultista do barroco mundial foi o espanhol Luiz de Gôngora. No Brasil, Gregório de Matos.

CONCEPTISMO – É o aspecto construtivo do Barroco, voltado para o jogo das ideias e dos conceitos. É a preocupação com as associações inesperadas, seguindo um raciocínio lógico, racionalista. O principal conceptista do barroco mundial foi o espanhol Francisco de Quevedo. No Brasil, padre Antônio Vieira.  TEOCENTRISMO x ANTROPOCENTRISMO – O rebusca-mento da arte barroca é reflexo do dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos: espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e inferno. Tudo isso gerava a preocupação com a brevidade da vida ( carpe diem )

BENTO TEIXEIRA

Veio cedo para o Brasil; formou-se no Colégio da Bahia, onde foi professor de primeiras letras. Assassinou a mulher em 1594; fugindo à prisão, refugiou-se em Pernambuco, no convento dos beneditinos, em Olinda. A redação de Prosopopéia aconteceu durante o isolamento no convento. Tudo indica que o motivo não era outro senão o de agradar os poderosos, principalmente Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco.

PROSOPOPÉIA POEMA ÉPICO – Poemeto épico, em 94 estâncias (o mesmo que estrofe) de oitava-rima (as estrofes de oito versos têm os dois últimos rimando entre si), em versos decassílabos (dez sílabas métricas), conforme ensinava Camões, em Os Lusíadas. O livro conta os feitos históricos de Jorge de Albuquerque Coelho, governador de Pernambuco, a quem o autor pretendia agradar. A imitação de Os Lusíadas é freqüente, desde a estrutura até as construções sintáticas. Isto tirou da obra o valor literário que, porventura, pudesse ter, ficando a fama histórica de ser o livro inaugurador do Barroco brasileiro. Considerado o primeiro poema épico de nossa literatura. Considerado poema laudatório (que contém louvor). Personagens de Prosopopéia: Proteu (narrador). Na mitologia grega, “Proteu” é deus marinho, capaz de se transformar em animais, em água e em fogo. Jorge de Albuquerque (herói).

OBRAS PUBLICADAS – As obras de Gregório de Matos

somente foram publicadas no século XX, entre 1923 e 1933,

pela Academia Brasileira de Letras, em seis volumes:

I. Sacra

Contém todos os poemas religiosos.

II. Lírica

Contém todos os poemas lírico-amorosos.

III. Graciosa

Contém poemas que exploram o humor.

IV e V. Satírica

Contém todos os poemas que exploram a sátira.

VI. Última

Contém poemas misturados.

POESIA SATÍRICA – Apesar de ter exercido funções religiosas e de ter um irmão padre (Eusébio de Matos), Gregório não perdoa a Igreja Católica baiana: faz sátiras ferinas contra padres e freiras, chegando mesmo a usar palavrões em pleno século XVII. Depois de ridicularizar a Igreja Católica, Gregório voltou sua pena satírica contra o governador-geral da Bahia, Antônio de Sousa Meneses, que esteve à frente do governo de maio de 1682 a junho de 1684.

Quando foi libertado, seguiu para Roma, onde conseguiu anulação do processo e tornou-se orador oficial do salão literário da Rainha Cristina da Suécia. Em 1681, retornou ao Brasil, dedicando-se à faina de redigir e polir seus sermões. Dentre os inúmeros sermões de Vieira, é de leitura obrigatória: Sermão da Sexagésima Proferido na Capela Real de Lisboa, em 1655. Sermão da Primeira Dominga da Quaresma Pregado no Maranhão, em 1653, em que tenta persuadir os colonos a libertarem os indígenas.