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Este documento discute a teoria de que as expressões faciais de emoções são universais ou culturais. O autor apresenta a ideia de charles darwin sobre a expressão das emoções e a reedição de seu livro por paul ekman. O artigo também apresenta os resultados de pesquisas transculturais sobre a percepção de expressões faciais de emoção, incluindo estudos com culturas isoladas e com crianças. O documento também discute a semelhança entre expressões posadas e espontâneas, e a influência das práticas culturais nas expressões faciais.
Tipologia: Trabalhos
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(^1) Texto preparado por César Ades a partir de artigos de Paul Ekman. A foto desta página mostra uma mulher da tribo Fore, da Nova Guiné, que se irritou (embora não soubesse nada a respeito de máquinas fotográficas) ao ser fotografada por Ekman, talvez porque ele estivesse assim infringindo alguma regras de interação vigente na cultura Fore. O rosto dela transmite uma mensagem que nos parece clara apesar das diferenças culturais.
Será que os músculos da face falam em (qualquer) linguagem? Será que as linhas sutis de uma expressão facial narram, no fundo, a mesma história em todo o mundo, na interação de membros de tribos da Nova Guiné com pouco contato com a cultura ocidental, de americanos, húngaros, brasileiros, japoneses, indianos, e outros? Darwin e a expressão das emoções Darwin já respondia que sim e defendeu esta idéia num livro escrito há mais de 130 anos, A expressão das emoções nos animais e no homem. Ao invés de estudar o lado “mental” das emoções, como fariam psicólogos da época, dirigiu seu olhar naturalista, colecionador de detalhes, aos detalhes do movimento da face e do corpo. O livro, que era um dos primeiros a usar fotografias com finalidade científica, foi um verdadeiro best seller, na época de seu lançamento, em 1872, mas não teve impacto algum sobre a pesquisa. Levou quase um século para que a sua proposta fosse recuperada por Paul Ekman, um psicólogo que dedicou uma carreira inteira ao estudo de como a face espelha ou esconde a raiva, a tristeza, o nojo, a alegria, a surpresa, o medo, o desprezo e outras emoções. Ekman promoveu a reedição de A expressão das emoções. .. (Darwin, 1998) que ele considerava “um livro extraordinário, radical para o seu tempo e mesmo hoje” (Ekman, 2003, p. 1). Darwin sugere, no primeiro capítulo de seu livro, as fontes nas quais foi buscar informação. Em sua maioria, ainda são válidas e constituem um programa para uma psicologia evolucionista da expressão emocional. Dentre elas, observar as crianças pois elas exibem muitas emoções com “força extraordinária”, de uma maneira mais reveladora às vezes do que mais tarde na vida; usar fotos de expressões faciais para serem avaliadas, quanto à emoção transmitida [“várias dessas expressões eram reconhecidas de imediato por quase todo o mundo, embora não fossem
FIGURA 1. Homem expressando nojo. “Como a sensação de nojo é primariamente despertada em conexão com o ato de comer ou saborear, é natural que sua manifestação se dê principalmente mediante movimentos ao redor da boca. Mas como o nojo também cuasa mal-estar, ele geralmente se acompanha de um franzir do semblante e, muitas vezes por gestos como empurrar ou proteger-se do objeto que o provocou... o nojo moderado é demonstrado de diversas maneiras, abrindo-se a boca, como para deixar cair um pedaço desagradável de comida” (Darwin, 2000). Darwin também nos legou informações interessantes sobre o desenvolvimento precoce da expressão emocional e de seu papel na
interação entre o bebê o o adulto, enfatizando a natureza espontânea, não- aprendida. Era mais um argumento a favor da concepção de um repertório emocional universal. FIGURA 2. Posturas e expressões agressivas e dominantes (à esquerda) e submissas e conciliadoras (à direita). “Fiz observações”, escreve ele, “com o meu primogênito, que não poderia ter aprendido nada em contato com outras crianças, e estava convencido de que ele compreendia um sorriso e tinha prazer em ver um, respondendo com outro sorriso, numa idade tenra demais para que pudesse ter aproveitado qualquer coisa a partir da experiência passada. Quando esta criança estava com quatro meses de idade, produzi diante dele muitos barulhos esquisitos e caretas estranhas, e tentei parece selvagem; mas o som, se não fosse muito intenso, assim como as caretas, eram tomadas por ele como piadas e isso eu atribui ao fato de terem sido precedidas por sorrisos.... Quando ele tinha seis meses e alguns dias, a sua babá fez de conta que estava chorando e eu vi sua face tomar imediatamente uma expressão de melancolia, os cantos da boca colocados muito para baixo.
provável que não haja símbolos universais dos estados emocionais... [as expressões emocionais] devem ser aprendidas e padronizadas de acordo com a estrutura particular de sociedades particulares... Não somente verifiquei que muitos dos meus sujeitos sorriam no que parecia ser um ambiente positivo, mas alguns sorriam também num ambiente aversivo” (p. 126). O argumento de Birdwhistell, de que o sorriso pode ser dado em contextos diversos não é particularmente convincente; no seio da mesma cultura, sabemos que o sorriso varia de função e que há formas diversas de sorriso, algumas mais genuinamente associadas a circunstâncias agradáveis e outras não. Contra-argumento : o julgamento de fotos em várias culturas Quem trouxe elementos fortes a favor da posição de que a expressão emocional tem bases transculturais foi Paul Ekman, que, paradoxalmente, iniciou suas pesquisas a partir de uma atitude relativista. Darwin não podia ter razão! Com seus colaboradores (Ekman, Sorenson e Friesen, 1969) , selecionou fotografias que representassem emoções básicas. A seleção foi feita a partir de um conjunto de mais de 3000 fotos do acervo do psicólogo Tomkins, tomadas com adultos e crianças, com pessoas retardadas ou normais, posadas ou espontâneas, verificando-se se cada foto evidenciava os movimentos musculares que tinham sido postulados a priori por Ekman como definindo cada emoção. 30 fotos de 14 pessoas diferentes, representando seis amoções: alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa e nojo foram selecionadas e apresentadas a estudantes universitários de cinco países: Estados Unidos, Japão, Brasil, Chile e Argentina 2
. O raciocínio era o seguinte: se as expressões faciais de emoção fossem construções culturais e se fossem únicas a cada cultura, (^2) É interessante notar que sujeitos brasileiros fizeram parte desta pesquisa histórica sobre o valor transcultural da expressão facial da emoção.
então as pessoas das cinco nacionalidades deveriam emitir julgamentos diferentes diante das fotos. Uma amostra dos resultados da pesquisa está na Tabela 1, que indica a porcentagem das pessoas que julgaram que cada figura representasse uma expressão de alegria, de medo, etc. TABELA 1. Porcentagem de indivíduos de diversas nacionalidades que categorizaram as fotos apresentadas como sendo expressões de alegria, medo, raiva, tristeza e nojo. JAPÃO 87 71 63 82 74 BRASIL 97 77 82 86 82 CHILE 90 78 76 85 90 ARGENTIN A
A grande maioria dos observadores de cada nacionalidade quanto à emoção que cada figura expressava e os observadores das cinco nacionalidades também concordaram razoavelmente uns com os outros. O exame da Tabela 1 mostra que não houve consenso total: por exemplo,
cada caso, a maioria – em cada uma das 21 culturas – concordava quanto às fotos que indicavam alegria, às que indicavam tristeza e às que indicavam nojo. No caso das expressões de surpresa, houve concordância da maioria em 20 dos 21 países, e, para o medo, em 19 dos 21 países. Nos 6 casos em que a maioria das pessoas não escolheu a mesma emoção que tinha sido escolhida nos outros paises, a resposta mais freqüente (embora não fosse a maioria) era a mesma que a escolhida pela maioria nos outros países. Nos meus estudos, que eram os únicos em que as expressões das fotos eram selecionadas a partir da medida dos movimentos músculares aparentes, todas as expressões eram atribuídas à mesma emoção pela maioria dos indivíduos em todas os países estudados... ”. Nunca uma expressão categorizada, por exemplo, como “medo” pela maioria dos indivíduos de uma cultura, era categorizada diferentemente, por exemplo como “tristeza”, pela maioria dos indivíduos em outras culturas. Crítica 2: os participantes não escolhiam as suas próprias palavras para descrever as expressões. No procedimento dos primeiros estudos transculturais, os participantes tinham de escolher o rótulo que mais lhes parecia convir a determinada foto a partir de uma lista de nomes de emoção (em sua própria língua). Fornecer uma lista de nomes de emoção não seria facilitar a concordância entre os participantes de diferentes culturas? A lista fornecida poderia não ser extensa o suficiente para fornecer rótulos apropriados para uma ou outra foto. Uma crítica aos estudos de Ekman partia deste raciocínio e supunha que a concordância seria muito mais baixa (em apoio à hipótese culturalista) se se adotasse a metodologia alternativa em que os participantes pudessem descrever cada foto nos termos que quisessem.
Contra-argumento : lógico e empírico Ekman deu a estas críticas duas respostas, uma lógica e a outra empírica. O argumento lógico: se palavras como medo, raiva, nojo e alegria não tivessem nenhuma relação com as expressões a serem categorizadas, se elas fizessem tanto sentido quanto sílabas sem sentido (como oto, nim, caz, etc.), então se esperaria que houvesse uma grande discrepância entre os indivíduos dentro de cada cultura, e, por conseguinte, entre as culturas. O que se verifica, na verdade, é o contrário disso: há concordância tanto dentro de cada cultura como entre culturas. Mas o melhor contra-argumento seria, evidentemente, permitir às pessoas escolherem os seus próprios termos ao julgarem a emoção que acham existir em cada emoção e ver se os resultados são semelhantes. É exatamente o que fez Izard (1971) num de seus estudos: deixou que ingleses, franceses, gregos e norteamericanos dessem seu próprio rótulo para cada foto; e o que também fizeram Boucher e Carlson (1980) com um grupo aborígene na Malásia e Rosenberg e Ekman (1994) nos Estados Unidos. Em todos esses estudos, as palavras que as pessoas escolhiam para qualificar as expressões, eram muito semelhantes às palavras que, nos estudos anteriores, eram dadas de antemão: confirmava-se a hipótese da semelhança transcultural. Crítica 3: a semelhança decorre de difusão cultural A terceira crítica talvez seja mais contundente que as outras. Se baseia na possibilidade de que os contactos entre as culturas estudadas levem a uma homogeneização de atitudes e julgamentos, dada a exposição a informações comuns. Assim, as pessoas poderiam aprender as “expressões universais” a partir de programas de TV ou através de filmes com Angelina Jolie, Leonardo Di Caprio, Al Pacino ou Burt Reynolds. O próprio Birdwhistell é quem primeiro fez esta crítica, diretamente a Ekman, quando esse foi mostrar-lhe os resultados de suas pesquisas.
especial para que os participantes não captassem dicas involuntárias sobre a foto a ser escolhida. As fotos eram apresentadas sem que o experimentador pudesse vê-la, identificadas por números no verso Em pouco mais de algumas semanas, a equipe entrou em contato com mais de 300 pessoas, todas muito contentes de participar e curiosas com toda a novidade.
FIGURA 3. Isolados da cultura ocidental, os Fores da Nova Guiné eram capazes de emparelhar estas fotos com as histórias apropriadas: medo [“ela está com medo de o porco selvagem mordê-la”], alegria [“seus amigos chegaram e ela está feliz”], raiva [“ela está com raiva e vai brigar”]. Não houve diferença significativa entre homens e mulheres, nem entre os poucos que tinham tido algum contato com a cultura ocidental e a maioria que não tinha tido contato. Os resultados foram significativos para a alegria, a raiva, o nojo e a tristeza: os Fore identificavam perfeitamente as expressões corespondentes. Foi curioso que não houvesse discriminação, de sua parte, entre as faces de surpresa e as faces de medo. Quando alguém ouvia uma história de medo podia designar tanto a face de medo como a de surpresa. O mesmo acontecia com a história da surpresa. “Até hoje”, escreve Ekman, “não sei por que medo e surpresa não eram distinguidos. Poderia ser porque as histórias tinham algum problema ou
“você vê um porco morto que está aí estendido há muito tempo”. Ekman apresentou estes resultados ao congresso nacional de antropologia, dos Estados Unidos, em 1969. Muitos dos antropólogos presentes não se mostraram muito felizes com as conclusões : eram firmemente convencidos de que tudo, no comportamento humano, era produto da experiência, não de uma propensão natural e as suas dúvidas levaram Ekman a patrocinar mais um estudo, realizado por Karl Heider, um antropólogo e Eleanor Rosch, uma psicóloga. Estes pesquisadores acabavam de voltar de Irian, na Indonésia, depois de alguns anos de permanência entre os Danis, um grupo isolado que até muito recentemente, usava ferramentas de pedra e resistia ao contato com a civilização externa. Os Danis sequer tinham palavras, em seu vocabulário, para designar emoções. Heider e Rosch pensavam que dificilmente reconheceriam as diferenças entre faces ocidentais mas se deixaram convencer por Ekman e replicaram o seu estudo. Os resultados mostraram que, apesar da ausência de nomes de emoção, os Danis eram perfeitamente capazes de reconhecer expressões caucasianas. Demonstravam, contudo, a mesma falta de discriminação entre medo e surpresa! O caso do Danis é interessante: sugere que os nomes de emoção não sejam essenciais na percepção – concreta, interacional – das emoções. Ninguém sabe exatamente a mensagem que cada um de nós recebe, automaticamente, quando vê a expressão facial de outra pessoa. Talvez esta mensagem não inclua nomes como raiva ou medo, palavras que são usadas quando nos referimos às emoções. Talvez a informação seja semelhante às histórias que Ekman contava aos Fores: não um nome abstrato, mas alguma idéia de como a pessoa em questão irá reagir ou o que a fez sentir-se desse jeito.
Crítica 4: a diferença entre expressões posadas e expressões espontâneas Margaret Mead, a antropóloga conhecida pelos seus estudos sobre o pessoal de Samoa, disse uma vez a Ekman que talvez as expressões posadas é que seria universais, não as espontâneas. Gestos posados poderiam ser uma linguagem não-verbal convencional que nada teria a ver com emoções. Mesmo concordando com a idéia de que caras posadas não são necessariamente idênticas, no detalhe, às espontâneas que as pessoas exibem, sobra a questão de saber porque pessoas na Nova Guiné e em New Hampshire nos Estados Unidos aprendem as mesmas poses... Mas há também contra-argumentos. Contra-argumento : a semelhança entre culturas nas expressões espontâneas Há uma crença ocidental de que os japoneses são inescrutáveis. Numa perspectiva darwinista, universalista, isto poderia apenas significar que os japoneses são menos propensos a expressar em público suas emoções, não que têm expressões emocionais diferentes, aprendidas diante das mesmas condições afetivas. Para testar esta idéia, Ekman, Lazarus e Tomita convidaram 25 estudantes de Tóquio e 25 estudantes norteamericanos a participarem de um experimento em que tinham de assistir a dois filmes, um filme neutro que mostrava cenas de turismo, e um filme estressante com cenas fortes de cirurgias ou acidentes. A explicação fictícia dada aos participantes é que se buscava verificar a influência do conteúdo dos filmes sobre respostas fisiológicas: na verdade, importava saber como mudaria a face dos estudantes diante dos filmes e eles eram filmados por uma câmera oculta enquanto assistiam.
Este último resultado chama a atenção para uma característica muito importante do mecanismo de controle da expressão facial, que tem a ver com o debate sobre suas origens biológicas ou culturais. Dizer que as expressões de emoções básicas são as mesmas (basicamente) em toda parte do mundo não significa dizer que não sofrem influências das práticas culturais. A questão é qualificar o tipo de influência. O que os estudos de Ekman e os de muitos outros pesquisadores mostram é que o padrão, a estrutura temporal básica da linguagem expressiva são os mesmos de uma cultura para outra e que também são análogos os contextos em que cada expressão tende a se manifestar: chora-se em circunstâncias tristes, ri-se de uma situação cômica, franze-se o nariz diante de cheiros nauseabundos em qualquer lugar. O grupo social exerce, contudo, controle especificando as regras de desempenho de cada expressão, isto é, as condições socialmente apropriadas de sua exibição. Não se pode (não se deveria) rir durante uma circunstância solene e temos, felizmente, um controle voluntário de nossas faces, como o temos dos gestos e das palavras, que nos permite inibir ou soltar sinais faciais no momento que julgamos apropriado, com a intensidade apropriada. Também a tese universalista não implica que, mesmo no padrão e na estrutura do gesto facial expressivo não possa haver alguma aprendizagem individual que se superponha ao padrão e à estrutura partilhados e típicos de nossa espécie. Podemos reconhecer muito bem a risada de alguém em particular e sabemos que nem todo o mundo chora do mesmo jeito e com a mesma intensidade. É interessante notar que, em mais ou menos 20 % dos casos, tanto na amostra de estudantes japoneses como na amostra de estudantes norteamericanos, não havia mudança de expressão facial durante a exibição dos filmes. O que significa isso? Significa que há diferenças individuais na reatividade expressiva, algumas pessoas têm o rosto muito móvel e intensamente expressivo, outras preferem manter seu rosto constante e quase que impassível ou então usam um repertório de
movimentos musculares menores que acabam assim mesmo sendo discriminados, a partir de uma aprendizagem individual, pelas pessoas que com elas convivem. Expressões espontâneas em crianças pequenas Um outro teste a respeito das semelhanças/diferenças em expressões espontâneas foi efetuado com crianças pequenas. Camras e colaboradores (1992) mediram, através de outro instrumento preciso criado por Ekman para avaliar os movimentos da face, o FACS (Facial Action Coding System), as expressões faciais de bebês quando submetidos a uma restrição (desagradável) de movimento, restrição de que os pais muitas vezes têm de se valer.